Estudos recentes comprovam efeitos positivos do aprendizado no cérebro de bilíngues. Veja como estudar sem gastar nada, usando seu smartphon...
Estudos recentes comprovam efeitos positivos do aprendizado no cérebro de bilíngues. Veja como estudar sem gastar nada, usando seu smartphone.
Dois estudos comprovam os benefício de se estudar um novo idioma. A estratégia pode ser usada para preservar funções como a memória e a capacidade de aprendizagem durante a velhice.
Publicado na revista Neurology a primeira pesquisa analisou cerca de 650 voluntários diagnosticados com o distúrbio — incluindo acometidos por demência provocada por um acidente vascular cerebral e 450 pacientes acometidos por Alzheimer. Ao término da análise, o resultado surpreendeu: pessoas bilíngues estavam no mesmo nível de disfunção cognitiva de quem falava apenas uma língua, porém demoraram quatro anos a mais para dar sinais de que estavam doentes. Os mecanismos que levam ao benefício, entretanto, ainda são desconhecidos. Porém, os pesquisadores sugerem que a troca de informações constante no processo bilíngue, com diferentes sons, palavras, conceitos e estruturas gramaticais, pode ser uma forma muito eficaz de treinar o cérebro. .
Em outro estudo, publicado na revista científica "Annals of Neurology", Pesquisadores liderados pelo professor Thomas Bak, do Centre for Cognitive Ageing and Cognitive Epidemiology, compararam testes de inteligência de 262 pessoas. O primeiro teste do grupo foi feito quando essas pessoas tinham 11 anos de idade. O segundo teste foi feito quando já tinham mais de 70 anos.
A conclusão é que o grupo apresentava habilidades cognitivas significativamente melhores do que as registradas na infância.
Durante o estudo, uma das questões levantadas foi se as pessoas eram mais inteligentes e por isso aprenderam uma segunda língua ou, se por aprenderem um segundo idioma, tornaram-se mais inteligentes.
Bak disse que o padrão revelado pelo estudo era "significativo" e que as melhorias na atenção, foco e fluência não podiam ser explicadas pela inteligência original (constatada a partir dos testes feitos na infância).
Desse grupo, 195 aprenderam a segunda língua antes dos 18 e 65 aprenderam depois dos 18 anos de idade. As áreas mais afetadas pelo aprendizado de uma nova língua são as da inteligência e da leitura. As conclusões foram as mesmas tanto no grupo que aprendeu o segundo idioma na infância quanto no que aprendeu mais tarde.
Pensando na questão prática, nós do Brasil Acadêmico, testamos um dos mais conhecidos apps para aprendizado de idiomas: O Duolingo. Trata-se de um aplicativo baseado na comunidade de aprendizado de idiomas, de mesmo nome, que reúne estudantes de línguas de todo mundo que traduzem textos voluntariamente como forma de estudo (é assim que eles ganham dinheiro para sustentar a comunidade e o serviço).
O desenho instrucional funciona como um jogo social onde os alunos ganham pontos ao completar as lições e possui um número de corações (como as "vidas" nos games) que a cada erro é diminuído. Se o estudante não possuir mais corações o aluno deve recomeçar a lição para tentar completá-la.
O Duolingo usa uma abordagem orientada a dados voltada à Educação. A cada passo, o sistema mede quais questões os usuários sentiram dificuldade e quais tipos de erros foram cometidos. O sistema, então, analisa os dados e aprende a partir dos padrões que foram identificados.
A eficácia da abordagem orientada a dados do Duolingo tem sido estudada pela empresa. De acordo com a Wikipedia, um estudo conduzido por professores da Universidade de Nova Iorque e Universidade do Sul da Califórnia, descobriu que 34 horas no Duolingo eram equivalentes à habilidade de leitura e escrita adquiridas no primeiro semestre de uma universidade, o que equivale a mais de 130 horas. O mesmo estudo mostrou que os usuários do software Rosetta Stone levaram entre 55 a 60 horas para aprender o mesmo conteúdo.
O aplicativo é considerado o melhor aplicativo do ano pela Apple e o melhor do melhor no Google Play (para sistemas Android). Ele não foca na conversação, sendo mais voltado para tradução.
Eles oferecem cursos de Inglês e Espanhol para o falantes de português, mas se você já tem o básico de inglês, pode partir para outros idiomas tendo o inglês como base (é interessante até aprender os dois ao mesmo tempo).
Para quem quer conhecer outros idiomas por curiosidade, ou para treinar o cérebro, sem maiores pretensões profissionais, o software chega a ser divertido. E é bem melhor "brincar" de Duolingo do que investir seu tempo no Candy Crush. Eu recomendo (não custa experimentar, já que é de graça).
Fonte: Duolingo, The Independent, BBC, Veja, G1, Wikipedia
[Via BBA]
Dois estudos comprovam os benefício de se estudar um novo idioma. A estratégia pode ser usada para preservar funções como a memória e a capacidade de aprendizagem durante a velhice.
Publicado na revista Neurology a primeira pesquisa analisou cerca de 650 voluntários diagnosticados com o distúrbio — incluindo acometidos por demência provocada por um acidente vascular cerebral e 450 pacientes acometidos por Alzheimer. Ao término da análise, o resultado surpreendeu: pessoas bilíngues estavam no mesmo nível de disfunção cognitiva de quem falava apenas uma língua, porém demoraram quatro anos a mais para dar sinais de que estavam doentes. Os mecanismos que levam ao benefício, entretanto, ainda são desconhecidos. Porém, os pesquisadores sugerem que a troca de informações constante no processo bilíngue, com diferentes sons, palavras, conceitos e estruturas gramaticais, pode ser uma forma muito eficaz de treinar o cérebro. .
Em outro estudo, publicado na revista científica "Annals of Neurology", Pesquisadores liderados pelo professor Thomas Bak, do Centre for Cognitive Ageing and Cognitive Epidemiology, compararam testes de inteligência de 262 pessoas. O primeiro teste do grupo foi feito quando essas pessoas tinham 11 anos de idade. O segundo teste foi feito quando já tinham mais de 70 anos.
A conclusão é que o grupo apresentava habilidades cognitivas significativamente melhores do que as registradas na infância.
Durante o estudo, uma das questões levantadas foi se as pessoas eram mais inteligentes e por isso aprenderam uma segunda língua ou, se por aprenderem um segundo idioma, tornaram-se mais inteligentes.
Bak disse que o padrão revelado pelo estudo era "significativo" e que as melhorias na atenção, foco e fluência não podiam ser explicadas pela inteligência original (constatada a partir dos testes feitos na infância).
Desse grupo, 195 aprenderam a segunda língua antes dos 18 e 65 aprenderam depois dos 18 anos de idade. As áreas mais afetadas pelo aprendizado de uma nova língua são as da inteligência e da leitura. As conclusões foram as mesmas tanto no grupo que aprendeu o segundo idioma na infância quanto no que aprendeu mais tarde.
Esses resultados são de relevância prática considerável. Milhões de pessoas no mundo adquirem sua segunda língua mais tarde na vida. Nosso estudo mostra que ser bilíngue, mesmo quando a segunda língua é aprendida na idade adulta, pode ser benéfico para o cérebro em envelhecimento.
Dr. Thomas Bak. Universidade de Edimburgo
Pensando na questão prática, nós do Brasil Acadêmico, testamos um dos mais conhecidos apps para aprendizado de idiomas: O Duolingo. Trata-se de um aplicativo baseado na comunidade de aprendizado de idiomas, de mesmo nome, que reúne estudantes de línguas de todo mundo que traduzem textos voluntariamente como forma de estudo (é assim que eles ganham dinheiro para sustentar a comunidade e o serviço).
Inglês ou espanhol: Com exercícios em áudio e reconhecimento de voz no smartphone. |
O Duolingo usa uma abordagem orientada a dados voltada à Educação. A cada passo, o sistema mede quais questões os usuários sentiram dificuldade e quais tipos de erros foram cometidos. O sistema, então, analisa os dados e aprende a partir dos padrões que foram identificados.
Curso de Alemão: Quando você escolhe o inglês como base, aumentam as possibilidades de estudo de idiomas na plataforma. |
Exemplo de gamification: Acumule pontos e troque por poderes especiais. |
Eles oferecem cursos de Inglês e Espanhol para o falantes de português, mas se você já tem o básico de inglês, pode partir para outros idiomas tendo o inglês como base (é interessante até aprender os dois ao mesmo tempo).
Para quem quer conhecer outros idiomas por curiosidade, ou para treinar o cérebro, sem maiores pretensões profissionais, o software chega a ser divertido. E é bem melhor "brincar" de Duolingo do que investir seu tempo no Candy Crush. Eu recomendo (não custa experimentar, já que é de graça).
Fonte: Duolingo, The Independent, BBC, Veja, G1, Wikipedia
[Via BBA]
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