Jornalista e escritor fala sobre o último livro da trilogia do século XIX: "1889 - Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um ...
Jornalista e escritor fala sobre o último livro da trilogia do século XIX: "1889 - Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um Professor Injustiçado Contribuíram para o Fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil".
No dia 9 de setembro o jornalista e escritor Laurentino Gomes foi mais uma vez ouvido pelo Roda Viva a respeito de seu último livro, sobre a história do país, lançado recentemente com grande expectativa.
Bloco 1 - Laurentino Gomes
O Roda Viva, apresentado pelo jornalista Augusto Nunes, contou com os apresentadores: Norma Couri, correspondente da revista portuguesa Visão; Oscar Pilagallo, jornalista e escritor; Ubiratan Brasil, editor do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo; Cassiano Elek Machado, repórter especial do jornal Folha de S. Paulo; e Manuel da Costa Pinto, comentarista e repórter do programa Metrópolis da TV Cultura. Além da participação fixa do cartunista Paulo Caruso.
Bloco 2 - Laurentino Gomes
Ele falou sobre a última obra que completa a trilogia do século 19: "1889 - Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um Professor Injustiçado Contribuíram para o Fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil". O livro aborda os eventos que permearam a Proclamação da República e já encabeça as listas dos mais vendidos.
Bloco 3 - Laurentino Gomes
Aliás, estar na lista dos mais vendidos se tornou algo constante desde o início da trilogia que começou com “1808” e seguiu com “1822” – os dois juntos já somam 1,5 milhão de exemplares vendidos, uma quantia inimaginável se tratando de publicações sobre a história do Brasil.
Bloco 4 - Laurentino Gomes
Tateando em um território estranho para um jornalista.
Ele ousou ao contar uma parte importante e complexa da história e explica o que difere o seu trabalho do trabalho de historiador.
O jornalista afirma que é preciso entender o que é um historiador:
Na entrevista cita alguns exemplos que humanizam os vultos da história o que tornaria seu texto mais interessante.
Seu próximo trabalho ainda não está definido, no entanto Laurentino garante:
A Inconfidência Mineira e a Guerra do Paraguai são temas que chamam sua atenção no momento.
Fonte: TV Cultura
[Via BBA]
No dia 9 de setembro o jornalista e escritor Laurentino Gomes foi mais uma vez ouvido pelo Roda Viva a respeito de seu último livro, sobre a história do país, lançado recentemente com grande expectativa.
O Roda Viva, apresentado pelo jornalista Augusto Nunes, contou com os apresentadores: Norma Couri, correspondente da revista portuguesa Visão; Oscar Pilagallo, jornalista e escritor; Ubiratan Brasil, editor do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo; Cassiano Elek Machado, repórter especial do jornal Folha de S. Paulo; e Manuel da Costa Pinto, comentarista e repórter do programa Metrópolis da TV Cultura. Além da participação fixa do cartunista Paulo Caruso.
Ele falou sobre a última obra que completa a trilogia do século 19: "1889 - Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um Professor Injustiçado Contribuíram para o Fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil". O livro aborda os eventos que permearam a Proclamação da República e já encabeça as listas dos mais vendidos.
Aliás, estar na lista dos mais vendidos se tornou algo constante desde o início da trilogia que começou com “1808” e seguiu com “1822” – os dois juntos já somam 1,5 milhão de exemplares vendidos, uma quantia inimaginável se tratando de publicações sobre a história do Brasil.
Na Bienal eu fiquei 18 horas autografando mais de 2000 livros. As pessoas pensam que eu faço um trabalho intelectual, mas eu faço um trabalho braçal (risos).
Tateando em um território estranho para um jornalista.
Quem é esse animal novo que está entrando no nosso zoológico?
Aos poucos os historiadores foram percebendo que o meu objetivo não era desqualificar o trabalho da pesquisa acadêmica. Era divulgar cientificamente. É um trabalho de divulgação científica.
Ele ousou ao contar uma parte importante e complexa da história e explica o que difere o seu trabalho do trabalho de historiador.
Um historiador tem como foco os seus colegas e raramente quando esse tipo de trabalho é convertido em livro fica acessível ao leitor, já o jornalista tem a missão de ser acessível e relevante.
O jornalista afirma que é preciso entender o que é um historiador:
A imensa maioria são professores que estão em sala de aula no duro desafio de seduzir a garotada no tema história do Brasil. E esses estão encantados. Realmente eu encontro muitos professores de história do Brasil dizendo: Muito obrigado. Você está me ajudando a dar aula. Eu uso seus livros para atrair a atenção dos estudantes.
O desafio do meu trabalho é realizar uma pesquisa profunda, mas na hora de escrever tem que ser para um estudante adolescente entender. O meu papel é ampliar o conhecimento e servir como um abridor de portas.
Na entrevista cita alguns exemplos que humanizam os vultos da história o que tornaria seu texto mais interessante.
Em momento algum do dia 15 de novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil. Apenas depôs o gabinete do Visconde de Ouro Preto contra o qual o exército estava brigando.
A república só foi proclamada na madrugada do dia 16, ou seja, quando o marechal deodoro soube que o Dom Pedro II havia convocado para compor o novo ministério seu principal rival. Que era o senador gaúcho Gaspar da Silveira Martins.
Rival na política gaúcha mas também na vida pessoal. Porque alguns anos antes esses dois homens tinham disputado o coração da Baronese de Triunfo, uma gaúcha quarentona muito bonita e sedutora, segundo relatos da época. E o Silveira Martins levou a melhor nessa disputa e nunca mais foi perdoado pelo Deodoro. Então, quando o Deodoro soube que o Dom Pedro ia entregar o ministério ao Silveira Martins ele falou: Então agora acabou. Acabou a monarquia que venha a república.
Esse é um exemplo de que questões pessoais interferem no rumo da história. Porque o fato de haver uma richa amorosa, uma história de ciúmes entre o Deodoro e o Silveira martins, dita o rumo da república. Como se a república tivesse uma madrinha secreta que não aparece nos livros de história normalmente que é a Baronesa de Triunfo.
Seu próximo trabalho ainda não está definido, no entanto Laurentino garante:
Não vou mais escrever livros com data na capa. Essa trilogia teve uma lógica. Agora vou ter que me reinventar. Mas eu pretendo continuar escrevendo sobre história do Brasil.
A Inconfidência Mineira e a Guerra do Paraguai são temas que chamam sua atenção no momento.
Fonte: TV Cultura
[Via BBA]
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