Veja é dissecada em artigo da Le Monde Diplomatique Brasil.
Veja é dissecada em artigo da Le Monde Diplomatique Brasil.
Em vez de se apresentar como a ponta de lança da campanha anticorrupção que acabaria por levar Collor a renunciar, a Veja o apoiava sempre que possível. Mais tarde, reinventaria a própria imagem e o papel que desempenhava na queda do presidente corrupto.
por Carla Luciana Silva
Uma forma de desvendar a revista Veja é ler as cartas dos leitores, de um entusiasmo algo monótono: “um farol iluminando o mar de lágrimas de nosso mundo político”; “não somente uma bússola [ética], mas também fonte de constância e competência”; uma publicação “livre, corajosa e obcecada pela busca da verdade”.1 Outra é, simplesmente, folhear um exemplar.
A Veja é a revista mais influente da América Latina, com uma tiragem de aproximadamente 1,2 milhão de exemplares, dos quais 925 mil por assinatura, e recruta três quartos de seus leitores entre os 12% de brasileiros mais abastados – população que, parece, não se incomoda com uma visão de mundo conservadora. A seção “Panorama”, por exemplo, exibe regularmente imagens e citações de homens e mulheres públicos: os primeiros, de terno, expressam sempre suas preocupações políticas; elas, pouco vestidas, se inquietam sobre o peso ou as nádegas. Já a publicidade ocupa em média mais de setenta das 140 páginas da publicação. Na edição de 7 de novembro de 2012, os leitores depararam com dezesseis páginas seguidas de propaganda da Procter & Gamble.
É necessário, contudo, desembolsar R$ 9,90 para comprar a Veja em uma banca – o equivalente a 1/60 do salário mínimo. Essa proporção, na França, significaria desembolsar mais de 18 euros por uma L’Express ou Le Nouvel Observateur. Papel fino e principalmente cinza, manchetes capitulares, capa sensacionalista: a Veja não é propriamente uma revista elegante. Sua ambição? Figurar entre as instituições “indispensáveis ao país que desejamos ser”, como proclama seu slogan. E o país a que a Veja aspira não gosta nada do Estado.
Na edição de 15 de agosto de 2012, o editorial enalteceu um programa de privatização que coloca o Brasil “em harmonia com a lei da gravitação universal”. Não sem advertir: “a presidente Dilma Rousseff vai se chocar contra as resistências evidentes de seu partido, o PT, e contra outras forças reacionárias da esquerda. Trata-se de uma batalha na qual necessitará do apoio da opinião pública. O apoio da Veja já está garantido”.
Editada pelo Grupo Abril, a Veja surgiu em 1968, mesmo ano do Ato Institucional n. 5, que marcou a radicalização da repressão exercida pela junta que chegou ao poder em 1964. Se, por um lado, a revista sempre teve uma relação ambígua com a ditadura, por outro se engajou a favor das reformas neoliberais desde o retorno da democracia, em 1985 – com a mesma devoção com que anuncia sua linha editorial de “jamais refugiar-se no conforto da imparcialidade”.
Em 1989, na primeira campanha presidencial democrática após a queda dos militares, a Veja apoiou Fernando Collor, cuja base política era frágil em relação à candidatura de Lula. Barbudo, sindicalista, sem diploma universitário, este entoava um discurso que ameaçava os poderosos. Na época, o proprietário do grupo Globo, Roberto Marinho, também escolheu seu lado. Sobre Collor, alertava seus funcionários: “Não criticamos esse jovem”.2 A Veja atuava da mesma forma, construindo a imagem de um candidato “jovem e sedutor” e grande “caçador de marajás”.
Nos anos seguintes, uma questão obcecou os economistas ortodoxos: a inflação, que acabava com as economias dos rentistas. E aterrorizou a Veja, que consagrou várias capas ao tema com, por exemplo, um vampiro com olhos esbugalhados (9 maio 1993), um crocodilo fotografado de frente e com a boca aberta (9 mar. 1994) ou ainda um dragão cujas labaredas de fogo parecem queimar a capa (4 dez. 2002).
A Veja também se alarma diante de protestos e manifestações populares: os organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os dos sindicatos. Assim, no dia 31 de maio de 1995, publicou na capa uma fotomontagem que apresenta o presidente Fernando Henrique Cardoso usando um capacete de soldado. A publicação o felicita por “domar” a central sindical mais importante do país ao reprimir uma greve de petroleiros com o Exército.
As “ditaduras populistas”
Preocupada com a chegada ao poder dos dirigentes progressistas na América Latina, a revista se empenhou em denunciar as “ditaduras populistas”. No dia 10 de maio de 2006, com a manchete “Essa doeu!”, representa um Lula visto de costas após ter recebido um chute no traseiro. A imagem era uma burla da suposta ingenuidade do chefe de Estado perante seu homólogo boliviano, Evo Morales, que acabava de nacionalizar o gás e o petróleo bolivianos, explorados por empresas brasileiras – porque, para a Veja, os interesses das multinacionais devem prevalecer. No dia 4 de julho de 2012, a revista denunciou uma tentativa de golpe de Estado no Paraguai: não a de Frederico Franco, exitosa, e sim a do presidente venezuelano Hugo Chávez, que teria tentado destituir Franco com o Exército paraguaio...
Até o início da década de 2000, o PT era o assunto que mais preocupava a publicação. No dia 23 de outubro de 2002, às vésperas da eleição que levou Lula à presidência, a Veja pegou pesado. A manchete “O que querem os radicais do PT” titulava uma imagem do candidato do partido segurando uma coleira com um cachorro de três cabeças – as de Lenin, Marx e Trotski –, que o desequilibrava. Enquanto Lula enviava sua “Carta aos brasileiros”, destinada a tranquilizar os especuladores, o periódico chamava a atenção para as franjas “extremistas” do partido.
A Veja se considera na vanguarda da luta contra a corrupção: um editorial de 5 de setembro de 2012 apresenta a revista como a “bússola ética” do Brasil. Mas esse comportamento desempenha, em primeiro lugar, a função de despolitizar. “Ao colocar a corrupção no centro do tratamento da informação política, a Veja transforma o político em policial e omite o fato de que sua própria conduta policial é eminentemente política”, analisa o jornalista Roberto Efrem Filho.3 Assim, em vez de se apresentar como a ponta de lança da campanha anticorrupção que acabaria por levar Collor a renunciar, a Veja o apoiava sempre que possível. Mais tarde, reinventaria a própria imagem e o papel que desempenhava na queda do presidente corrupto. Da mesma forma, em 2005, a Veja reivindicou a revelação do mensalão, quando em realidade a denúncia havia sido feita pela Folha de S.Paulo.
O caso desencadeou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito batizada de “CPI Cachoeira”. Policarpo, nomeado redator-chefe em janeiro de 2012 e encarregado das páginas políticas, aparece em gravações que o implicam na publicação de artigos e reportagens cujo único objetivo era promover o interesse de empresários.
Confrontada pelo ressentimento anticorrupção que ela mesma ajudou a alimentar, notadamente na internet, a Vejareagiu violentamente, chegando até a denunciar na capa as “táticas de guerrilha destinadas a manipular as redes sociais” (16 maio 2012). Nessa nota, acusa o PT de colocar um robô encarregado de publicar mensagens anti-Vejano Twitter. Solidário, O Globoapoiou a revista em nome da “defesa da liberdade”.
Carla Luciana Silva
é autora de Veja: indispensável partido neoliberal (1989-2002), Edunioeste, Cascavel, 2009
Ilustração: André Dahmer
1 Respectivamente, 23 maio 2012, 12 e 19 set. 2012.
2 Citado por Christian Dutilleux em Lula, Flammarion, Paris, 2005.
3 Roberto Efrem Filho, “A revista Veja e o meu pai”, Brasil de Fato, São Paulo, 19 jun. 2008.
Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil
Saiba mais: O caso de Veja por Luís Nassif
[Via BBA]
Em vez de se apresentar como a ponta de lança da campanha anticorrupção que acabaria por levar Collor a renunciar, a Veja o apoiava sempre que possível. Mais tarde, reinventaria a própria imagem e o papel que desempenhava na queda do presidente corrupto.
por Carla Luciana Silva
Uma forma de desvendar a revista Veja é ler as cartas dos leitores, de um entusiasmo algo monótono: “um farol iluminando o mar de lágrimas de nosso mundo político”; “não somente uma bússola [ética], mas também fonte de constância e competência”; uma publicação “livre, corajosa e obcecada pela busca da verdade”.1 Outra é, simplesmente, folhear um exemplar.
A Veja é a revista mais influente da América Latina, com uma tiragem de aproximadamente 1,2 milhão de exemplares, dos quais 925 mil por assinatura, e recruta três quartos de seus leitores entre os 12% de brasileiros mais abastados – população que, parece, não se incomoda com uma visão de mundo conservadora. A seção “Panorama”, por exemplo, exibe regularmente imagens e citações de homens e mulheres públicos: os primeiros, de terno, expressam sempre suas preocupações políticas; elas, pouco vestidas, se inquietam sobre o peso ou as nádegas. Já a publicidade ocupa em média mais de setenta das 140 páginas da publicação. Na edição de 7 de novembro de 2012, os leitores depararam com dezesseis páginas seguidas de propaganda da Procter & Gamble.
É necessário, contudo, desembolsar R$ 9,90 para comprar a Veja em uma banca – o equivalente a 1/60 do salário mínimo. Essa proporção, na França, significaria desembolsar mais de 18 euros por uma L’Express ou Le Nouvel Observateur. Papel fino e principalmente cinza, manchetes capitulares, capa sensacionalista: a Veja não é propriamente uma revista elegante. Sua ambição? Figurar entre as instituições “indispensáveis ao país que desejamos ser”, como proclama seu slogan. E o país a que a Veja aspira não gosta nada do Estado.
Na edição de 15 de agosto de 2012, o editorial enalteceu um programa de privatização que coloca o Brasil “em harmonia com a lei da gravitação universal”. Não sem advertir: “a presidente Dilma Rousseff vai se chocar contra as resistências evidentes de seu partido, o PT, e contra outras forças reacionárias da esquerda. Trata-se de uma batalha na qual necessitará do apoio da opinião pública. O apoio da Veja já está garantido”.
Editada pelo Grupo Abril, a Veja surgiu em 1968, mesmo ano do Ato Institucional n. 5, que marcou a radicalização da repressão exercida pela junta que chegou ao poder em 1964. Se, por um lado, a revista sempre teve uma relação ambígua com a ditadura, por outro se engajou a favor das reformas neoliberais desde o retorno da democracia, em 1985 – com a mesma devoção com que anuncia sua linha editorial de “jamais refugiar-se no conforto da imparcialidade”.
Em 1989, na primeira campanha presidencial democrática após a queda dos militares, a Veja apoiou Fernando Collor, cuja base política era frágil em relação à candidatura de Lula. Barbudo, sindicalista, sem diploma universitário, este entoava um discurso que ameaçava os poderosos. Na época, o proprietário do grupo Globo, Roberto Marinho, também escolheu seu lado. Sobre Collor, alertava seus funcionários: “Não criticamos esse jovem”.2 A Veja atuava da mesma forma, construindo a imagem de um candidato “jovem e sedutor” e grande “caçador de marajás”.
Nos anos seguintes, uma questão obcecou os economistas ortodoxos: a inflação, que acabava com as economias dos rentistas. E aterrorizou a Veja, que consagrou várias capas ao tema com, por exemplo, um vampiro com olhos esbugalhados (9 maio 1993), um crocodilo fotografado de frente e com a boca aberta (9 mar. 1994) ou ainda um dragão cujas labaredas de fogo parecem queimar a capa (4 dez. 2002).
A Veja também se alarma diante de protestos e manifestações populares: os organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e os dos sindicatos. Assim, no dia 31 de maio de 1995, publicou na capa uma fotomontagem que apresenta o presidente Fernando Henrique Cardoso usando um capacete de soldado. A publicação o felicita por “domar” a central sindical mais importante do país ao reprimir uma greve de petroleiros com o Exército.
As “ditaduras populistas”
Preocupada com a chegada ao poder dos dirigentes progressistas na América Latina, a revista se empenhou em denunciar as “ditaduras populistas”. No dia 10 de maio de 2006, com a manchete “Essa doeu!”, representa um Lula visto de costas após ter recebido um chute no traseiro. A imagem era uma burla da suposta ingenuidade do chefe de Estado perante seu homólogo boliviano, Evo Morales, que acabava de nacionalizar o gás e o petróleo bolivianos, explorados por empresas brasileiras – porque, para a Veja, os interesses das multinacionais devem prevalecer. No dia 4 de julho de 2012, a revista denunciou uma tentativa de golpe de Estado no Paraguai: não a de Frederico Franco, exitosa, e sim a do presidente venezuelano Hugo Chávez, que teria tentado destituir Franco com o Exército paraguaio...
Até o início da década de 2000, o PT era o assunto que mais preocupava a publicação. No dia 23 de outubro de 2002, às vésperas da eleição que levou Lula à presidência, a Veja pegou pesado. A manchete “O que querem os radicais do PT” titulava uma imagem do candidato do partido segurando uma coleira com um cachorro de três cabeças – as de Lenin, Marx e Trotski –, que o desequilibrava. Enquanto Lula enviava sua “Carta aos brasileiros”, destinada a tranquilizar os especuladores, o periódico chamava a atenção para as franjas “extremistas” do partido.
A Veja se considera na vanguarda da luta contra a corrupção: um editorial de 5 de setembro de 2012 apresenta a revista como a “bússola ética” do Brasil. Mas esse comportamento desempenha, em primeiro lugar, a função de despolitizar. “Ao colocar a corrupção no centro do tratamento da informação política, a Veja transforma o político em policial e omite o fato de que sua própria conduta policial é eminentemente política”, analisa o jornalista Roberto Efrem Filho.3 Assim, em vez de se apresentar como a ponta de lança da campanha anticorrupção que acabaria por levar Collor a renunciar, a Veja o apoiava sempre que possível. Mais tarde, reinventaria a própria imagem e o papel que desempenhava na queda do presidente corrupto. Da mesma forma, em 2005, a Veja reivindicou a revelação do mensalão, quando em realidade a denúncia havia sido feita pela Folha de S.Paulo.
Mais grave, a própria revista está envolvida em casos de corrupção. Há ligações entre Policarpo Júnior, diretor da Veja em Brasília, e empresários como Carlinhos Cachoeira, acusado de desvio de dinheiro.
O caso desencadeou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito batizada de “CPI Cachoeira”. Policarpo, nomeado redator-chefe em janeiro de 2012 e encarregado das páginas políticas, aparece em gravações que o implicam na publicação de artigos e reportagens cujo único objetivo era promover o interesse de empresários.
Confrontada pelo ressentimento anticorrupção que ela mesma ajudou a alimentar, notadamente na internet, a Vejareagiu violentamente, chegando até a denunciar na capa as “táticas de guerrilha destinadas a manipular as redes sociais” (16 maio 2012). Nessa nota, acusa o PT de colocar um robô encarregado de publicar mensagens anti-Vejano Twitter. Solidário, O Globoapoiou a revista em nome da “defesa da liberdade”.
Carla Luciana Silva
é autora de Veja: indispensável partido neoliberal (1989-2002), Edunioeste, Cascavel, 2009
Ilustração: André Dahmer
1 Respectivamente, 23 maio 2012, 12 e 19 set. 2012.
2 Citado por Christian Dutilleux em Lula, Flammarion, Paris, 2005.
3 Roberto Efrem Filho, “A revista Veja e o meu pai”, Brasil de Fato, São Paulo, 19 jun. 2008.
Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil
Saiba mais: O caso de Veja por Luís Nassif
[Via BBA]
E o que seria uma publicacao isenta? Istoé? Toda imprensa, de maneira geral será tendenciosa. No final do dia, são todas corporacoes que visam o lucro. É assim que o mundo funciona e é assim que continuara funcionando. Cabe a nos, leitors e cidadaos, termos uma leitura diversificada e formamos nossa opiniao sobre os fatos. Isso é questa de cultura. O problema é que o pessoal quer tudo pronto, inclusive um ponto de vista.
ResponderExcluirVeja erra sim.... como todos jornais e revistas... mas ela é INDEPENDENTE e não tem o rabo preso com o PT, que financia a "imprensa comprada".
ResponderExcluirNão pensem quem vcs enrolam a todos... muitos estão abrindo os olhos para quem vcs são e a história vai ser bem cruel com o líder LuLLa, cuja imagem já não é mais a mesma!
Vocês da esquerda, sabem mas não dizem que durante a CPI do Cachoeira (encomendada por LULA para perseguir desafetos que não é com certeza o autor desse blog de m....), o DELEGADO FEDERAL que atuou na operação que ocasionou a prisão de Carlinhos Cachoeira disse para todos os governistas, principalmente aquele senador que apoia o governo que lhe paga para manter esse blog chamado de FERNANDO COLLOR DE MELLO, que a relação de Policarpo Júnior era apenas de INFORMANTE E REPORTER, se você buscar você encontra essa resposta, você encontra também o video com a fala do delegado. "http://blog.brasilacademico.com" a tática do cinismo.
ResponderExcluir"Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do “mensalão”, do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo “neocon”. Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor -, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos." (Luis Nassif)
ResponderExcluirIsento seria a Carta Capital?
ResponderExcluirTalvez a Caros Amigos:
ResponderExcluirhttp://blog.brasilacademico.com/2008/02/o-filho-bastardo-de-fhc-e-o-papel-da.html
....
ResponderExcluirC: A reportagem sobre o filho bastardo do FHC (“Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com a jornalista da Globo”, n.º 37, abril de 2000) não foi sensacionalismo?
Arbex: O Pelé tem filho fora do casamento, isso gera uma puta notícia. O Lula e o Maluf idem. Por que o fato do FH ter um filho fora do casamento não virou notícia? Um deputado me ligou para fazer uma ameaça, dizendo que tinha gente em Brasília descontente com a apuração. Publicamos essa pressão. A matéria não foi sobre o filho do FHC, mas sobre os bastidores da notícia.
Marina: Essa matéria é transparente. Tudo o que chegou às nossas mãos foi publicado. O problema não é o presidente ter um filho, mas saber até que ponto a Globo tem ligação com o Planalto. Saber o porquê deles terem mandado a jornalista para a Europa. Quando apareceu a filha do Lula, O Globo fez um editorial intitulado “O direito de saber”, defendendo que o caso dele com a Míriam devia ser público. Já o do FHC, alegam que é privado.
Arbex: Só tem vida privada quem pode pagar por ela. Quando morreu a Lady Di, fui convidado para debates, na TV Cultura e na Globo News, sobre se era legítimo ou não os paparazzi ficarem atrás dela. Quando ela casou, teve filho, corneou o marido, se separou, convocou a imprensa. Aí, quando a imprensa vai, acha ruim! Quando a imprensa invade um barraco da favela porque o filho de uma mulher morreu assassinado por narcotraficante, metem câmera na cara dela e perguntam: “O que a senhora acha do assassinato do seu filho?”. Aí é jornalismo verdade! Quando uma prostituta de luxo, que sempre convocava a imprensa, morre, é invasão de privacidade...
Esse é o problema de expor fatos. Sempre há quem não entenda e acredita que por alguém publicar uma matéria como essa,está a favor de outro propósito. Bom texto. Fica devendo agora comentar do restante das outras publicações que "puxam a sardinha" pro lado do governo.
ResponderExcluirPTista detected.
ResponderExcluirNão tenho nada a favor do PSDB, mas em especial o PT eu tenho pavor, nojo !
ResponderExcluirPregavam baboseiras enquanto eram oposição e pra vencer a eleição mudaram o discurso.
Mas e depois que assumiram o poder ?! Seguiram a risca a política econômica do PSDBosta.
Bando de badernistas. Só quem aceita essa classe de bandidos são os pobres vadios (por causa da bolsa-esmola) e os algumas classes de universitários que fumam maconh.., digo cursam
História, Artes, Biologia e cursos que são contra o "sistema"... Vão pra Cuba seus maconheiros!