A versão em português do jornal alemão Deutsche Welle chama a atenção para a contribuição brasileira para resolver o problema da fome da Áfr...
A versão em português do jornal alemão Deutsche Welle chama a atenção para a contribuição brasileira para resolver o problema da fome da África e o que o país pode ganhar com isso.
De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) o Brasil conseguiu reduzir o número de subnutridos de 14,9% para 6,9% da população desde 1990.
Apesar de desde os anos 1960, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada principalmente por países desenvolvidos, já ter destinado cerca de US$ 650 bi em ajuda aos países da África Subsaariana, o mesmo relatório mostra que o número de pessoas subnutridas na África aumentou de 175 milhões para 239 milhões nos últimos 20 anos.
Nos últimos anos o Brasil também se juntou à luta pela erradicação da fome no continente, principalmente devido à expertise de segurança alimentar no país.
E o que o Brasil ganha com isso? A atuação brasileira na África pode representar uma grande oportunidade comercial e de investimentos, principalmente no setor agrícola.
Ao final de novembro, o diretor-geral da FAO, José Graziano, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – em nome do Instituto Lula – reuniram-se em Addis Abeba, capital da Etiópia, para discutir a ajuda ao desenvolvimento e marcaram para março de 2013 uma reunião sobre "novas abordagens unificadas para acabar com a fome na África".
Na opinião do coordenador executivo para a África do Instituto Lula, Celso Marcondes, os programas sociais desenvolvidos nos últimos anos ajudaram a "desenvolver a imagem do Brasil como um país que combate a má distribuição de renda com intensidade". Segundo ele, os programas podem ser utilizados, com as devidas adaptações, nos países africanos.
Para as empresas brasileiras, o mercado africano em expansão abre boas oportunidades.
Para o diretor de programas da ADRA-Moçambique (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), Armindo Salato, que atua no país africano desde 1987, o diferencial da atuação brasileira no projeto está na experiência e na tecnologia.
Salato, que já presenciou três grandes projetos quinquenais de agricultura contra a fome, acha não houve mudanças significativas nos investimentos tecnológicos.
Com a nova parceria, Salato espera que a agricultura industrializada se desenvolva.
De acordo com dados da União Africana, o continente tem potencial para aumentar consideravelmente sua produção agrícola, uma vez que quase 60% da terra cultivável ainda não é usada.
Uma das medidas a ser debatida na reunião em 2013 será a necessidade de se investir na produção agroindustrial, em vez da simples produção agrícola de subsistência. Para Salato, a "mecanização da agricultura poderá resolver de fato, em pouco tempo, o problema da fome", mas alertou para a necessidade de se incluir os pequenos agricultores no programa.
Outra preocupação está nos tipos de culturas agrícolas a serem produzidas em larga escala. Salato teme que a industrialização da agricultura foque apenas na exportação e não invista no cultivo de alimentos.
Fonte: DW
[Via BBA]
De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) o Brasil conseguiu reduzir o número de subnutridos de 14,9% para 6,9% da população desde 1990.
Apesar de desde os anos 1960, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada principalmente por países desenvolvidos, já ter destinado cerca de US$ 650 bi em ajuda aos países da África Subsaariana, o mesmo relatório mostra que o número de pessoas subnutridas na África aumentou de 175 milhões para 239 milhões nos últimos 20 anos.
Nos últimos anos o Brasil também se juntou à luta pela erradicação da fome no continente, principalmente devido à expertise de segurança alimentar no país.
Na África, 60% da terra cultivável ainda não é usada. |
Ao final de novembro, o diretor-geral da FAO, José Graziano, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva – em nome do Instituto Lula – reuniram-se em Addis Abeba, capital da Etiópia, para discutir a ajuda ao desenvolvimento e marcaram para março de 2013 uma reunião sobre "novas abordagens unificadas para acabar com a fome na África".
Na opinião do coordenador executivo para a África do Instituto Lula, Celso Marcondes, os programas sociais desenvolvidos nos últimos anos ajudaram a "desenvolver a imagem do Brasil como um país que combate a má distribuição de renda com intensidade". Segundo ele, os programas podem ser utilizados, com as devidas adaptações, nos países africanos.
Para as empresas brasileiras, o mercado africano em expansão abre boas oportunidades.
A balança comercial no Brasil cresceu muito fortemente em relação à África. Empresas brasileiras estão indo [para o continente] com cada vez mais força, tanto as grandes empresas, como também as pequenas e médias, que começam a descobrir esse novo mercado.
Para o diretor de programas da ADRA-Moçambique (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), Armindo Salato, que atua no país africano desde 1987, o diferencial da atuação brasileira no projeto está na experiência e na tecnologia.
Salato, que já presenciou três grandes projetos quinquenais de agricultura contra a fome, acha não houve mudanças significativas nos investimentos tecnológicos.
Nunca vi trazerem um trator para esses projetos. Foi sempre a enxada com cabo curto, trabalho manual. Eu esperava que em algum momento pudéssemos começar, pouco a pouco, a mecanizar a agricultura nesses 15 anos.
Com a nova parceria, Salato espera que a agricultura industrializada se desenvolva.
De acordo com dados da União Africana, o continente tem potencial para aumentar consideravelmente sua produção agrícola, uma vez que quase 60% da terra cultivável ainda não é usada.
Uma das medidas a ser debatida na reunião em 2013 será a necessidade de se investir na produção agroindustrial, em vez da simples produção agrícola de subsistência. Para Salato, a "mecanização da agricultura poderá resolver de fato, em pouco tempo, o problema da fome", mas alertou para a necessidade de se incluir os pequenos agricultores no programa.
Outra preocupação está nos tipos de culturas agrícolas a serem produzidas em larga escala. Salato teme que a industrialização da agricultura foque apenas na exportação e não invista no cultivo de alimentos.
Temos que olhar primeiro para as necessidades da própria África, e a primeira necessidade é a alimentar. Antes de sermos produtores para vender para fora, temos que olhar para o consumo interno.
Fonte: DW
[Via BBA]
A gente só sabe sobre o que o Brasil tem de bom pela imprensa estrangeira.
ResponderExcluirIsso... fome zero na África... mandem o mullusco e a corja dos PTralhas prá lá!
ResponderExcluir''A gente só sabe sobre o que o Brasil tem de bom pela imprensa estrangeira.''
ResponderExcluirFaço de tuas minhas palavras.