A. J. Jacobs leu a Enciclopédia Britânica de A a Z e depois viveu seguindo os conselhos da Bíblia por uma ano, literalmente. Recentemente el...
A. J. Jacobs leu a Enciclopédia Britânica de A a Z e depois viveu seguindo os conselhos da Bíblia por uma ano, literalmente. Recentemente ele resolveu levar uma vida mais saudável. Por um ano inteiro, ele seguiu todo conselho sobre saúde que pode - desde passar filtro solar com um copo até usar capacete de ciclista enquanto fazia compras. No palco do TEDMED, ele compartilha as surpreendentes coisas que aprendeu.
Passei a última década sujeitando-me a dor e a humilhação, tomara que por uma boa causa, que é o auto-aprimoramento. E fiz isto em 3 partes. Primeiro comecei com a mente. E decidi tentar ficar mais esperto lendo a Enciclopedia Britânica por inteiro de A a Z -- ou, mais precisamente, de "a-ak" até "Zywiec". Aqui temos uma imagem disso. E foi um ano impressionante. Foi de fato uma jornada fascinante. Dolorosa as vezes, especialmente para quem estava perto de mim. Minha esposa começou a me cobrar 1 dólar para cada fato irrelevante que eu trazia para a conversa. Assim teve seus contras.
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Mas depois disso, decidi trabalhar com o espírito. Como mencionei ano passado, cresci sem religião alguma, sou judeu, mas da mesma maneira que o Jardim das Oliveiras é italiano. (Risos) Na verdade não. Mas decidi aprender sobre a Bíblia e minha herança aprofundando-me nela e tentando vivê-la imerso nela. Assim decidi seguir todas as regras da Bíblia. A partir dos Dez Mandamentos até crescer minha barba -- porque no Levítico diz que você não pode se barbear. Fiquei desse jeito perto do final. Obrigado por essa reação. (Risos) Pareço um pouco com Moisés, ou Ted Kaczynski. Um pouco dos dois. Tinha a poda ornamental ali. E lá está a ovelha.
Agora na parte final da trilogia o que eu queira era me concentrar no corpo e tentar ser a pessoa mais saudável que pudesse, a pessoa mais saudável viva. Isso é o que eu estive fazendo nos últimos dois anos. E recém concluí há dois meses atrás. E tenho que dizer, obrigado meu Deus. Porque viver saudável assim estava me matando. (Risos) Foi tão esmagador, porque a quantidade de coisas que se tem de fazer, é de virar a cabeça. Eu escutei a todos os especialistas e conversei com um tipo de conselho médico. E eles me disseram todas as coisas que eu tinha de fazer. Tive que comer corretamente, me exercitar, meditar, animais de estimação, porque isto abaixa a pressão sanguínea. Escrevi o livro em uma esteira, e me levou cerca de 1.600 Km para escrevê-lo. Tive que passar filtro solar. E não foi pouca coisa, porque se você ouvir os dermatologistas, eles dizem que você deveria ter um copo cheio de filtro solar. E reaplicar a cada duas ou até quatro horas. Creio que metade do adiantamento do meu livro foi gasto em filtro solar. Eu era um doce cheio de glacê na maior parte do ano. Teve também o lavar as mãos. Tinha que fazer corretamente. E meu imunologista me contou que eu deveria me livrar de todos os controles remotos e iPhones na minha casa, porque eles são uma orgia de germes. Isso me tomava muito tempo.
Tentei também ser a pessoa mais segura que pude, porque faz parte de ser saudável. Fui inspirado pelo Conselho de Segurança Dinamarquês. Eles iniciaram uma campanha pública que diz:
Eles acreditam que você não deveria usar capacete apenas na bicicleta, mas também quando andar por aí. E vocês podem ver ali que eles vão as compras com seus capacetes. (Risos) Então tá, tentei isso. É um pouco demais, eu admito. Mas se parar pra pensar, é certo mesmo -- os autores de "Freakonomics" escreveram sobre isso -- que mais pessoas morrem por quilômetro de caminharem bêbadas do que por dirigirem bêbadas. Algo pra se pensar hoje a noite se forem um casal.
Então terminei, e de certo modo foi um sucesso. Todos os indicadores estavam na direção certa. Meu colesterol baixou, perdi peso, minha esposa parou de me dizer que eu parecia grávido. Isso foi bom. E foi um completo sucesso. Mas também aprendi que eu estava saudável demais, e que isso não era saudável. Eu estava tão concentrado fazendo todas estas coisas que negligenciei meus amigos e família. E como Dan Buettner pode lhes dizer, ter uma forte rede social é crucial para a nossa saúde.
Então eu terminei. E eu meio que embarquei na semana seguinte ao final do projeto. Fui para o lado sombrio, e fui indulgente comigo mesmo. Era algo saído do Calígula. (Risos) Sem a parte sexual. Porque tenho três filhos pequenos, então aquilo não aconteceu Mas o comer demais e o beber demais, com certeza. E finalmente eu me estabilizei. Agora vou voltar a adotar muitos -- não todos; não uso mais um capacete -- mas dúzias de hábitos saudáveis que adotei durante o meu ano. Foi mesmo um projeto de mudança de vida. E, é claro, não tenho tempo para adotar todos eles. Permitam-me falar rapidamente de dois deles.
O primeiro é -- e foi uma surpresa para mim; não esperava que isso acontecesse -- mas vivo uma vida mais silenciosa agora. Porque vivemos em um mundo bem barulhento. Tem trens e aviões e carros e Bill O'Reilly, ele é bem barulhento. (Risos) E esta é uma ameaça real à saúde subestimada, depreciada -- não só porque traz danos a audição, o que obviamente ela traz, mas porque na verdade inicia uma resposta lutar-ou-fugir. Um barulho alto vai disparar sua resposta lutar-ou-fugir. E isto, com o passar dos anos, pode causar um problema sério, cardiovascular. A Organização Mundial da Saúde fez um grande estudo que publicaram este ano. E foi feito na Europa. Eles estimaram que 1.6 milhões de anos em vida saudável são perdidos todo ano na Europa por causa da poluição sonora. Assim eles pensar ser extremamente mortal.
E a propósito, também é terrível para o seu cérebro. Danifica a sua cognição. E nossos Pais Fundadores sabiam sobre isto. Quando escreveram a Constituição, eles cobriram todas as pedras do lado de fora das paredes para que pudessem se concentrar. Sem tecnologia de redução de ruídos, nosso país não existiria. Então como patriota, senti que era importante -- Eu uso tudo que é tampão e fone de ouvido, e melhorou realmente minha vida de modo surpreendente e inesperado.
A segunda questão que quero levantar, a questão final, é que - e na verdade vem sendo um tema do TEDMED - que a alegria é tão importante para a sua saúde, que bem pouco destes comportamentos permaneceriam comigo a menos que houvesse algum tipo de prazer ou alegria neles. E só pra dar um exemplo disso: comida. A industria do alimento rápido é muito boa em atingir nossos centros de prazer e adivinhar o que é mais prazeiroso. Mas penso que podemos usar as técnicas deles e aplicá-las na comida saudável. Pra dar só um exemplo, adoramos o crocante em nossa boca. Então basicamente tentei incorporar o crocante em muitas das minhas receitas -- jogando algumas sementes de girassol. Quase se pode enganar a si mesmo pensando que se está comendo Doritos. (Risos) O que me fez uma pessoa mais saudável.
Então é isso. O livro sobre isso sai em Abril. Se chama "Drop Dead Healthy" (Abandone a Vida Saudável). Espero não ficar doente durante a turnê do livro. É o meu maior desejo.
Muito obrigado a vocês.
(Aplausos)
[Via BBA]
Passei a última década sujeitando-me a dor e a humilhação, tomara que por uma boa causa, que é o auto-aprimoramento. E fiz isto em 3 partes. Primeiro comecei com a mente. E decidi tentar ficar mais esperto lendo a Enciclopedia Britânica por inteiro de A a Z -- ou, mais precisamente, de "a-ak" até "Zywiec". Aqui temos uma imagem disso. E foi um ano impressionante. Foi de fato uma jornada fascinante. Dolorosa as vezes, especialmente para quem estava perto de mim. Minha esposa começou a me cobrar 1 dólar para cada fato irrelevante que eu trazia para a conversa. Assim teve seus contras.
Mas depois disso, decidi trabalhar com o espírito. Como mencionei ano passado, cresci sem religião alguma, sou judeu, mas da mesma maneira que o Jardim das Oliveiras é italiano. (Risos) Na verdade não. Mas decidi aprender sobre a Bíblia e minha herança aprofundando-me nela e tentando vivê-la imerso nela. Assim decidi seguir todas as regras da Bíblia. A partir dos Dez Mandamentos até crescer minha barba -- porque no Levítico diz que você não pode se barbear. Fiquei desse jeito perto do final. Obrigado por essa reação. (Risos) Pareço um pouco com Moisés, ou Ted Kaczynski. Um pouco dos dois. Tinha a poda ornamental ali. E lá está a ovelha.
Agora na parte final da trilogia o que eu queira era me concentrar no corpo e tentar ser a pessoa mais saudável que pudesse, a pessoa mais saudável viva. Isso é o que eu estive fazendo nos últimos dois anos. E recém concluí há dois meses atrás. E tenho que dizer, obrigado meu Deus. Porque viver saudável assim estava me matando. (Risos) Foi tão esmagador, porque a quantidade de coisas que se tem de fazer, é de virar a cabeça. Eu escutei a todos os especialistas e conversei com um tipo de conselho médico. E eles me disseram todas as coisas que eu tinha de fazer. Tive que comer corretamente, me exercitar, meditar, animais de estimação, porque isto abaixa a pressão sanguínea. Escrevi o livro em uma esteira, e me levou cerca de 1.600 Km para escrevê-lo. Tive que passar filtro solar. E não foi pouca coisa, porque se você ouvir os dermatologistas, eles dizem que você deveria ter um copo cheio de filtro solar. E reaplicar a cada duas ou até quatro horas. Creio que metade do adiantamento do meu livro foi gasto em filtro solar. Eu era um doce cheio de glacê na maior parte do ano. Teve também o lavar as mãos. Tinha que fazer corretamente. E meu imunologista me contou que eu deveria me livrar de todos os controles remotos e iPhones na minha casa, porque eles são uma orgia de germes. Isso me tomava muito tempo.
Tentei também ser a pessoa mais segura que pude, porque faz parte de ser saudável. Fui inspirado pelo Conselho de Segurança Dinamarquês. Eles iniciaram uma campanha pública que diz:
Um capacete para caminhar é um bom capacete.
Eles acreditam que você não deveria usar capacete apenas na bicicleta, mas também quando andar por aí. E vocês podem ver ali que eles vão as compras com seus capacetes. (Risos) Então tá, tentei isso. É um pouco demais, eu admito. Mas se parar pra pensar, é certo mesmo -- os autores de "Freakonomics" escreveram sobre isso -- que mais pessoas morrem por quilômetro de caminharem bêbadas do que por dirigirem bêbadas. Algo pra se pensar hoje a noite se forem um casal.
Então terminei, e de certo modo foi um sucesso. Todos os indicadores estavam na direção certa. Meu colesterol baixou, perdi peso, minha esposa parou de me dizer que eu parecia grávido. Isso foi bom. E foi um completo sucesso. Mas também aprendi que eu estava saudável demais, e que isso não era saudável. Eu estava tão concentrado fazendo todas estas coisas que negligenciei meus amigos e família. E como Dan Buettner pode lhes dizer, ter uma forte rede social é crucial para a nossa saúde.
Então eu terminei. E eu meio que embarquei na semana seguinte ao final do projeto. Fui para o lado sombrio, e fui indulgente comigo mesmo. Era algo saído do Calígula. (Risos) Sem a parte sexual. Porque tenho três filhos pequenos, então aquilo não aconteceu Mas o comer demais e o beber demais, com certeza. E finalmente eu me estabilizei. Agora vou voltar a adotar muitos -- não todos; não uso mais um capacete -- mas dúzias de hábitos saudáveis que adotei durante o meu ano. Foi mesmo um projeto de mudança de vida. E, é claro, não tenho tempo para adotar todos eles. Permitam-me falar rapidamente de dois deles.
O primeiro é -- e foi uma surpresa para mim; não esperava que isso acontecesse -- mas vivo uma vida mais silenciosa agora. Porque vivemos em um mundo bem barulhento. Tem trens e aviões e carros e Bill O'Reilly, ele é bem barulhento. (Risos) E esta é uma ameaça real à saúde subestimada, depreciada -- não só porque traz danos a audição, o que obviamente ela traz, mas porque na verdade inicia uma resposta lutar-ou-fugir. Um barulho alto vai disparar sua resposta lutar-ou-fugir. E isto, com o passar dos anos, pode causar um problema sério, cardiovascular. A Organização Mundial da Saúde fez um grande estudo que publicaram este ano. E foi feito na Europa. Eles estimaram que 1.6 milhões de anos em vida saudável são perdidos todo ano na Europa por causa da poluição sonora. Assim eles pensar ser extremamente mortal.
E a propósito, também é terrível para o seu cérebro. Danifica a sua cognição. E nossos Pais Fundadores sabiam sobre isto. Quando escreveram a Constituição, eles cobriram todas as pedras do lado de fora das paredes para que pudessem se concentrar. Sem tecnologia de redução de ruídos, nosso país não existiria. Então como patriota, senti que era importante -- Eu uso tudo que é tampão e fone de ouvido, e melhorou realmente minha vida de modo surpreendente e inesperado.
A segunda questão que quero levantar, a questão final, é que - e na verdade vem sendo um tema do TEDMED - que a alegria é tão importante para a sua saúde, que bem pouco destes comportamentos permaneceriam comigo a menos que houvesse algum tipo de prazer ou alegria neles. E só pra dar um exemplo disso: comida. A industria do alimento rápido é muito boa em atingir nossos centros de prazer e adivinhar o que é mais prazeiroso. Mas penso que podemos usar as técnicas deles e aplicá-las na comida saudável. Pra dar só um exemplo, adoramos o crocante em nossa boca. Então basicamente tentei incorporar o crocante em muitas das minhas receitas -- jogando algumas sementes de girassol. Quase se pode enganar a si mesmo pensando que se está comendo Doritos. (Risos) O que me fez uma pessoa mais saudável.
Então é isso. O livro sobre isso sai em Abril. Se chama "Drop Dead Healthy" (Abandone a Vida Saudável). Espero não ficar doente durante a turnê do livro. É o meu maior desejo.
Muito obrigado a vocês.
(Aplausos)
[Via BBA]
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