Mais grave que o stress , a síndrome de " burn out " possui como grupo de risco: professores, médicos, policiais e idealistas. Ser...
Mais grave que o stress, a síndrome de "burn out" possui como grupo de risco: professores, médicos, policiais e idealistas. Ser perfeccionista é fator de risco e se esse for seu caso é bom estar atento.
Deu na Folha, o "burn out", termo que em inglês designa a combustão completa, está incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.
Não deve ser confundida com um "mero" estado de stress, a síndrome é bem mais que isso.
É um transtorno psíquico que mistura esgotamento nervoso e desilusão. Pode ser detonado por uma exposição contínua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade que pesquisa o "burn out".
Segundo Lipp, o stress tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo. Enquanto que o "burn out" é um estado emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.
O diagnóstico não é fácil: a apatia gerada pelo "burn out" pode sugerir depressão ou síndrome do pânico. Médicos, professores e policiais são grupos de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clínicas.
O professor Cláudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes. Começou como um estresse, que foi se acumulando ao longo de dez anos.
Deprimido, se manteve afastado das salas por dois anos. Em 2004, depois de receber acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, voltou. Em maio deste ano, recaiu.
No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole. Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.
A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de "burn out". Em 2006, ela fazia a ronda noturna em um colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.
Ela se tratou e se readaptou. Hoje, só trabalha de dia, e acompanhada de outros vigias.
Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos mas, segundo Marilda Lipp, a medicação só combate os sintomas.
Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.
De acordo com Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima estressante. E se o ambiente de trabalho puder criar um "estado de férias", melhor ainda.
A síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Herbert J. Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
Fonte: Folha, Wikipedia
[Via BBA]
Deu na Folha, o "burn out", termo que em inglês designa a combustão completa, está incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da Previdência Social.
É a doença dos idealistas.
Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora de psicologia da PUC-Campinas
Não deve ser confundida com um "mero" estado de stress, a síndrome é bem mais que isso.
Professores estão entre os mais expostos ao burn out |
É um transtorno psíquico que mistura esgotamento nervoso e desilusão. Pode ser detonado por uma exposição contínua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da Isma (International Stress Management Association), entidade que pesquisa o "burn out".
A doença é gerada pela percepção de que o esforço colocado no trabalho é superior à recompensa. A pessoa se sente injustiçada e vai se alienando, apresentando sintomas como depressão, fobias e dores musculares.
Segundo Lipp, o stress tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo. Enquanto que o "burn out" é um estado emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.
Tem a ver com o valor depositado no trabalho. Quem apresenta exaustão emocional, não se envolve mais com o que faz e reduz as ambições pode estar sofrendo do transtorno.
O diagnóstico não é fácil: a apatia gerada pelo "burn out" pode sugerir depressão ou síndrome do pânico. Médicos, professores e policiais são grupos de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clínicas.
O professor Cláudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes. Começou como um estresse, que foi se acumulando ao longo de dez anos.
Prof. Claudio Rodrigues, vítima do burn out. [Imagem:Folha] |
Nada tinha mudado na escola, estrutura péssima. Eu me sentia responsável por estar levando todos os alunos a um caminho sem futuro.
No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole. Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.
Sinto uma insatisfação por ver que o meu trabalho não vale a pena.
A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de "burn out". Em 2006, ela fazia a ronda noturna em um colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.
Sentia desânimo porque não me tiravam daquela situação. Me sentia rejeitada, vítima.
Lucimeire Stanco. Vigia
Ela se tratou e se readaptou. Hoje, só trabalha de dia, e acompanhada de outros vigias.
Médicos e policiais também estão no grupo de risco |
Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos mas, segundo Marilda Lipp, a medicação só combate os sintomas.
A pessoa precisa reavaliar o papel do trabalho em sua vida, aprender a dizer não quando não tem condições de executar algo e reconhecer o próprio valor, mesmo que outros não o façam.
Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.
É a terceira maior causa de afastamento do trabalho |
De acordo com Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima estressante. E se o ambiente de trabalho puder criar um "estado de férias", melhor ainda.
Chefes compreensivos, que valorizam o esforço e respeitam os limites de seus subordinados criam um ambiente menos favorável ao burn out
Eugenio Mussak. Fisiologista e professor de gestão de pessoas
A síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Herbert J. Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
A síndrome de Burn Out possui 12 estágios |
Estágios
São doze os estágios de Burnout:- Necessidade de se afirmar
- Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
- Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
- Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
- Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
- Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
- Recolhimento;
- Mudanças evidentes de comportamento;
- Despersonalização;
- Vazio interior;
- Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
- E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
É preciso respeitar o limite entre o que é profissional e o que é pessoal, e a empresa deve estimular o trabalhador a respeitar esses limites também.
Eugenio Mussak. Fisiologista e professor de gestão de pessoas
Fonte: Folha, Wikipedia
[Via BBA]
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Sou professor e acho que estou sofrendo desse mal. Foi bom ler esse post.
ResponderExcluirBom dia, querido amigo. Gostaria de fazer uma pequena correção, "Burn Out" não tem nada a ver com "Combustão Espontânea" como sugere o título. Combustão Espontânea ocorre quando uma pessoa pega fogo, literalmente, sem motivo nenhum aparente. O mais impressionante são casos em que a pessoa queima totalmente mas não queima nada em volta dela.
ResponderExcluirDesculpe se usei de uma licença poética na hora de escolher o título. Mas se você olhar algumas da imagens que ilustram matérias que tratam de burn out elas serviriam para falar de combustão espontânea também (como a cabeça começando a sair fumaça). E psicologicamente talvez seja como os que sofrem do mal se sintam. Mas o amigo tem razão. A tradução correta seria combustão completa, como está descrito no post e combustão espontânea é o fenômeno que você descreveu. Mas lembre-se que também não há de fato uma combustão em quem sofre um burn out. São apenas metáforas. Parafraseando Camões: O stress é fogo que arde sem se ver.
ResponderExcluirSou profesora e já sofri desse mal. Concordo plenamente com esse post. Hoje já o superei, mas estou fora de sala de aula. Estou ffazendo um curso de Gestão Escolar e vou usar o Tema de Transtornos Psíquicos e saúde do professor no meu trabalho científico. Visitei seu blog e acho que vai me ajudar muito em minha pesquisa. Obrigada.
ResponderExcluirNem precisa agradecer. Espero realmente ser útil a uma colega que com seu trabalho acadêmico possa ajudar outros colegas que sofrem desse mal tão incompreendido.
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