Cientistas da Universidade de Oxford descobrem que passar uma corrente elétrica em determinada região cerebral melhora a capacidade de lidar...
Cientistas da Universidade de Oxford descobrem que passar uma corrente elétrica em determinada região cerebral melhora a capacidade de lidar com números.
A descoberta, publicada esta semana no periódico Current Biology, mostrou pela primeira vez que estímulos elétricos podem sucessivamente aumentar as habilidades matemáticas.
Lobo parietal (em rosa)
A pesquisa é baseado em estudos prévios da equipe do professor Cohen Kadosh, da Universidade de Oxford, que mostraram que campos magnéticos que interrompiam a atividade elétrica no lobo parietal, área do cérebro crucial para o processamento de problemas matemáticos, de voluntários causavam uma discalculia temporária.
No novo estudo, 15 voluntários entre 20 e 21 anos, aprenderam símbolos que representavam diferentes valores numéricos, e em seguida foi medida a rapidez e precisão que eles conseguiam completar uma série de problemas matemáticos usando estes símbolos. Aos voluntários eram dados placebos ou baixos estímulos elétricos de 1 miliampére, que corriam pelo lobo parietal.
Repórter da BBC simula como o estímulo elétrico é feito
Os que receberam estímulo da direita para a esquerda no lobo parietal reagiram com alto nível de desempenho nas tarefas feitas após algumas sessões. Enquanto que os que receberam estímulos da esquerda para a direita, tiveram desempenho medíocre, próximo ao de uma criança de seis anos de idade. O grupo que recebeu o placebo ficou entre os outros dois grupos que receberam estímulos elétricos. O grupo controle mostrou que o efeito era específico para os símbolos aprendidos e não afeta outras funções cognitivas.
Os testes também incluíam o chamado teste neurológico Stroop - usado frequentemente com cores, onde a palavra vermelho está escrita em tinta verde, por exemplo, valores maiores foram apresentados por imagens menores – e também testes com mapas - onde a imagem de um valor teve de ser corretamente posicionado entre outros dois, semelhantes a exata colocação de um 5 a meio caminho entre um 1 e um 9 em uma linha. Dois exemplos de testes padrão para avaliar as habilidades matemáticas que as pessoas com deficiência numérica, ou crianças, não conseguem desempenhar com facilidade.
Em ambas as tarefas aqueles que receberam o estímulo da direita para a esquerda no lobo parietal tiveram melhor desempenho. Este grupo foi testado novamente seis meses depois de terem sido treinados e foram encontrados e foi constatado que o elevado nível de desempenho foi mantido.
Atenção: não tente fazer isso em casa!
O psicólogo Christopher Chambers, da Universidade de Cardiff, que não tomou parte na pesquisa, disse que os resultados de Oxford são "intrigantes" e podem ter amplas implicações.
Via BBC, Estadão
A descoberta, publicada esta semana no periódico Current Biology, mostrou pela primeira vez que estímulos elétricos podem sucessivamente aumentar as habilidades matemáticas.
A pesquisa é baseado em estudos prévios da equipe do professor Cohen Kadosh, da Universidade de Oxford, que mostraram que campos magnéticos que interrompiam a atividade elétrica no lobo parietal, área do cérebro crucial para o processamento de problemas matemáticos, de voluntários causavam uma discalculia temporária.
Discalculia = deficiência no processamento de problemas matemáticos.
No novo estudo, 15 voluntários entre 20 e 21 anos, aprenderam símbolos que representavam diferentes valores numéricos, e em seguida foi medida a rapidez e precisão que eles conseguiam completar uma série de problemas matemáticos usando estes símbolos. Aos voluntários eram dados placebos ou baixos estímulos elétricos de 1 miliampére, que corriam pelo lobo parietal.
Os que receberam estímulo da direita para a esquerda no lobo parietal reagiram com alto nível de desempenho nas tarefas feitas após algumas sessões. Enquanto que os que receberam estímulos da esquerda para a direita, tiveram desempenho medíocre, próximo ao de uma criança de seis anos de idade. O grupo que recebeu o placebo ficou entre os outros dois grupos que receberam estímulos elétricos. O grupo controle mostrou que o efeito era específico para os símbolos aprendidos e não afeta outras funções cognitivas.
Este é o primeiro estudo de um amplo projeto financiado pela Wellcome Trust que tem a intenção proporcionar meios para melhorar as habilidades matemáticas em pessoas com dificuldades de aprendizagem.
Prof. Cohen Kadosh. Membro do departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford e líder da pesquisa
Os testes também incluíam o chamado teste neurológico Stroop - usado frequentemente com cores, onde a palavra vermelho está escrita em tinta verde, por exemplo, valores maiores foram apresentados por imagens menores – e também testes com mapas - onde a imagem de um valor teve de ser corretamente posicionado entre outros dois, semelhantes a exata colocação de um 5 a meio caminho entre um 1 e um 9 em uma linha. Dois exemplos de testes padrão para avaliar as habilidades matemáticas que as pessoas com deficiência numérica, ou crianças, não conseguem desempenhar com facilidade.
Em ambas as tarefas aqueles que receberam o estímulo da direita para a esquerda no lobo parietal tiveram melhor desempenho. Este grupo foi testado novamente seis meses depois de terem sido treinados e foram encontrados e foi constatado que o elevado nível de desempenho foi mantido.
O trabalho está ainda em fase experimental, por isso nós definitivamente não estamos dizendo que as pessoas devem usar essas técnicas no tratamento de crianças com dificuldades de aprendizagem ou qualquer outra pessoa. É necessária ainda muita pesquisa para podermos sequer começar a pensar neste tipo de estimulação elétrica como um tratamento. No entanto, estamos muito animados com o potencial de nossos descobertas.
Prof. Cohen Kadosh
Atenção: não tente fazer isso em casa!
O psicólogo Christopher Chambers, da Universidade de Cardiff, que não tomou parte na pesquisa, disse que os resultados de Oxford são "intrigantes" e podem ter amplas implicações.
Via BBC, Estadão
Como o texto disse, serão necessários ainda muitos testes experimentais para transformar as hipóteses da equipe responsável pela pesquisa em teoria definitiva.
ResponderExcluirMas até lá, eu ainda defendo a idéia antiga, supostamente ultrapassada por alguns aliados a modernidades: que as habilidades por números são desenvolvidas somente através de muito treinamento através de exercícios matemáticos presentes em livros escolares e questões anteriores de concursos. A leitura é a solução para o caminho das pedras.