A agressão ocorreu na frente de 15 alunos após o professor dar como exemplo de reportagem que recebe interferência política para não ser div...
A agressão ocorreu na frente de 15 alunos após o professor dar como exemplo de reportagem que recebe interferência política para não ser divulgada na imprensa local a da investigação da CPI da Prostituição Infantil, na qual Omar Aziz (PMN) foi citado e, depois, inocentado, em 2004. No auditório do ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras), estava Samara Abdel Aziz, 17, sobrinha de Omar Aziz, aluna do 1º período de jornalismo.
Estudantes fazem manifestação contra agressão a professor da Ufam
Enfezada com a opinião do professor, ela se evadiu do local e voltou, vinte minutos depois, com o pai Mansur Aziz e o tio, Amin Aziz, ambos irmãos do vice-governador.
Ao testemunharem a agressão, os alunos se desesperaram. Uma aluna começou a chorar. Outro tentou ajudar Monteiro, mas foi advertido por Amin. Segundo testemunhas, Samara Aziz ainda gritou para o tio não bater no professor.
"Eu não sabia que a aluna era da família de Aziz. Mas ainda que eu tivesse ofendido a aluna, o caminho era me processar. Foi uma agressão descabida", diz Monteiro, que foi candidato a reitor da Ufam.
Professores, alunos e jornalistas irão realizar nesta sexta-feira (15) na Ufam (Universidade Federal do Amazonas) um ato de desagravo ao professor Gilson Monteiro, coordenador do curso de comunicação social.
A Outra Versão
Em coletiva, nesta terça-feira (12), o vice-governador, Omar Aziz, condenou a atitude do irmão (pelo jeito, ele não tem medo de apanhar do Amin).
Sua sobrinha, entretanto, chegou a escrever em sua página do Orkut, na internet, que "respeito é bom e mantém os dentes no lugar". Na quarta-feira, a mensagem foi retirada da página.
Já Amin Aziz disse hoje que se "exaltou" e cometeu um "grave erro".
Segundo ele, no entanto, o professor agiu com má-fé. "Eu discordo da atitude de um professor de formar uma opinião dentro de uma universidade. Ele é pago para ensinar. Tenho a certeza de que foi proposital. Eu não acredito que um professor não saiba quem são os alunos. Ele usou de má-fé".
O professor registrou a ocorrência em uma delegacia e prestou depoimento na Polícia Federal.
Será que se fosse um professor de tiro ou de Krav Magá ele teria "perdido a cabeça" tão facilmente? A opinião deste blog é que pessoas assim desprezam a profissão de professor assim como nós desprezamos esse tipo de comportamento.
Esse tipo de reportagem poderia repercutir lá fora e mostrar a situação da educação no país. Onde professores apanham de quem não concorda com a aula, com a nota, com a reprovação e viram alvo da multidão despreparada e ignorante que acham que o profissional é um serviçal como capangas de um coronel (para usar o termo da moda) e que se assim fossem, ainda mereceriam respeito e condições dignas de trabalho.
Dei uma olhada no NYT para ver se aparecia alguma notinha lá. Ufa! Nada. A única coisa da amazônia que tem lá é o artigo "In the Amazon: Conservation or Colonialism?"
By LARRY ROHTER (o cara que falou que o Lula bebe, outro que foi ameaçado por dizer o que pensa). E dizia no resumo do artigo: "uma recente pesquisa mostrou que a maioria dos brasileiros sentem que as riquezas naturais do Brasil podem provocar uma invasão estrangeira e muitos desconfiam dos grupos ambientalistas." Hmm! Abdel Aziz não é sobrenome estrangeiro? Deixa para lá. Pelo jeito isso é assunto interno da republiqueta que quer virar potência.
Interessante notar é que o tema da aula do curso era, indiretamente, sobre liberdade de expressão. Coisa que a aluna de jornalismo envolvida ainda tem muito a assimilar. Democracia é outra coisa que deveria ser ensinada lá na faculdade. Estado de Direito? Talvez seja uma boa inserção curricular. É. Pelo jeito é a Polícia Federal e a imprensa (por que não?) é que vão ter que providenciar alguma lição.
Na quarta-feira (13), a Polícia Federal anunciou que vai abrir inquérito para investigar o caso.
Fonte: Folha
Enfezada com a opinião do professor, ela se evadiu do local e voltou, vinte minutos depois, com o pai Mansur Aziz e o tio, Amin Aziz, ambos irmãos do vice-governador.
O Amin me agrediu. Eu caí, tentei me defender, ele me deu uns socos e chutes e faz um gesto [com a mão] como se estivesse atirando com um revólver na minha direção.
Professor Gilson Monteiro
Ao testemunharem a agressão, os alunos se desesperaram. Uma aluna começou a chorar. Outro tentou ajudar Monteiro, mas foi advertido por Amin. Segundo testemunhas, Samara Aziz ainda gritou para o tio não bater no professor.
"Eu não sabia que a aluna era da família de Aziz. Mas ainda que eu tivesse ofendido a aluna, o caminho era me processar. Foi uma agressão descabida", diz Monteiro, que foi candidato a reitor da Ufam.
Professores, alunos e jornalistas irão realizar nesta sexta-feira (15) na Ufam (Universidade Federal do Amazonas) um ato de desagravo ao professor Gilson Monteiro, coordenador do curso de comunicação social.
A Outra Versão
Em coletiva, nesta terça-feira (12), o vice-governador, Omar Aziz, condenou a atitude do irmão (pelo jeito, ele não tem medo de apanhar do Amin).
O Amin cometeu um ato irracional e condenável e vai responder por isso. Um erro não justifica outro.
Vice-governador Omar Aziz
Sua sobrinha, entretanto, chegou a escrever em sua página do Orkut, na internet, que "respeito é bom e mantém os dentes no lugar". Na quarta-feira, a mensagem foi retirada da página.
Respeito é bom e mantém os dentes no lugar.
Samara Abdel Aziz. sobrinha do vice-governador do AM, em sua página do Orkut
Já Amin Aziz disse hoje que se "exaltou" e cometeu um "grave erro".
Eu fiz uma coisa errada. Até peço desculpas. Ela é minha sobrinha e crio ela desde criança. Era seu primeiro dia de aula na Ufam. O sonho dela era fazer jornalismo na universidade federal. Perdi a cabeça sem querer. Cometi um grave erro ao ter entrado lá.
Amin Aziz. Irmão do vice-governador do AM
Segundo ele, no entanto, o professor agiu com má-fé. "Eu discordo da atitude de um professor de formar uma opinião dentro de uma universidade. Ele é pago para ensinar. Tenho a certeza de que foi proposital. Eu não acredito que um professor não saiba quem são os alunos. Ele usou de má-fé".
O professor registrou a ocorrência em uma delegacia e prestou depoimento na Polícia Federal.
Será que se fosse um professor de tiro ou de Krav Magá ele teria "perdido a cabeça" tão facilmente? A opinião deste blog é que pessoas assim desprezam a profissão de professor assim como nós desprezamos esse tipo de comportamento.
Esse tipo de reportagem poderia repercutir lá fora e mostrar a situação da educação no país. Onde professores apanham de quem não concorda com a aula, com a nota, com a reprovação e viram alvo da multidão despreparada e ignorante que acham que o profissional é um serviçal como capangas de um coronel (para usar o termo da moda) e que se assim fossem, ainda mereceriam respeito e condições dignas de trabalho.
Dei uma olhada no NYT para ver se aparecia alguma notinha lá. Ufa! Nada. A única coisa da amazônia que tem lá é o artigo "In the Amazon: Conservation or Colonialism?"
By LARRY ROHTER (o cara que falou que o Lula bebe, outro que foi ameaçado por dizer o que pensa). E dizia no resumo do artigo: "uma recente pesquisa mostrou que a maioria dos brasileiros sentem que as riquezas naturais do Brasil podem provocar uma invasão estrangeira e muitos desconfiam dos grupos ambientalistas." Hmm! Abdel Aziz não é sobrenome estrangeiro? Deixa para lá. Pelo jeito isso é assunto interno da republiqueta que quer virar potência.
Interessante notar é que o tema da aula do curso era, indiretamente, sobre liberdade de expressão. Coisa que a aluna de jornalismo envolvida ainda tem muito a assimilar. Democracia é outra coisa que deveria ser ensinada lá na faculdade. Estado de Direito? Talvez seja uma boa inserção curricular. É. Pelo jeito é a Polícia Federal e a imprensa (por que não?) é que vão ter que providenciar alguma lição.
Na quarta-feira (13), a Polícia Federal anunciou que vai abrir inquérito para investigar o caso.
Fonte: Folha
A frase: "Ele é pago para ensinar." traduz tudo o que se pensa sobre o professor hoje. Professor não tem mais direito de nada nesse país? E a tal democracia?
ResponderExcluirNão sei como foi a aula, mas se ele estava falando de liberdade de expressão tinha todo o direito de falar sobre algo que é público! Se falasse sobre a intimidade do cara, tudo bem, mas não parece ter diso o caso.
Ontem me indignei com uma notícia que um professor foi demitido porque brincou com um time de futebol num enunciado de prova! Disseram que foi desrespeito aos torcedores! Pode?
Definitivamente, o professor está lascado nesse país!
Lascado é pouco. Sugiro envolvermos a imprensa como forma de protesto. Para repercurtirmos a indignação de todos que leem essa notícia eu sugiro enviar essa notícia como pauta para o Proteste Já do programa CQC da Band.
ResponderExcluirhttp://band.com.br/cqc/participe.asp
Professores
ResponderExcluirsão educadores, pesquisadores,extensionista mas acima de tudo FORMADORES DE OPINIÃO!!!
Cada dia me frusto mais com atitudes como esta contra o Professor,
Sabe o que é mais trsite? é que daqui algum tempo
não vais e ouvir falar em mais nada e tudo volta sua rotina ...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir