O "sexting", fusão entre as palavras inglesas "sex" (sexo) e "texting" (mensagens enviadas pelo celular, os fa...
O "sexting", fusão entre as palavras inglesas "sex" (sexo) e "texting" (mensagens enviadas pelo celular, os famosos "torpedos"), foi um dos temas mais comentados no início do ano, quando estudantes em 12 estados norte-americanos foram acusados por produção e distribuição de pornografia infantil, após enviarem fotos seminuas para amigos e colegas de classe.
Os jovens que trocam fotos de nudez de si mesmos por meio de aparelhos celulares, fenômeno também conhecido como "sexting", não devem ser acusados por produção de pornografia infantil, como acontece nos EUA. A recomendação veio a público em uma conferência de direitos humanos nesta terça-feira, 26.
Um relatório apresentado por Peter Cumming, professor da Universidade York, em Toronto, sobre a sexualidade infantil durante o 78º Congresso de Ciências Humanas e Sociais, defende a prática como uma variação moderna de "brincar de médico" ou do "jogo da garrafa".
A conferência anual, que ocorreu na Universidade Carleton, em Ottawa (Canadá), reuniu 8.000 pesquisadores do mundo todo para discutir as últimas tendências sociais.
Cumming disse que considerar o "sexting" como uma transgressão sexual passível de acusações, algo que rotulará o indivíduo pelo resto da sua vida, é um desafio para o bom senso.
O professor ainda acrescentou que as trocas de fotos online são mais seguras que os jogos sexuais tradicionais, por não haver contato físico imediato e, dessa forma, são menos suscetíveis à gravidez ou às doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Em março deste ano, três adolescentes estiveram na mira do procurador-geral da Pensilvânia, que as acusou por distribuir pornografia infantil, depois que uma professora descobriu autorretratos de seminudez.
No entanto, um juiz federal do Estado de Wyoming, nos EUA, suspendeu temporariamente as possíveis acusações criminais contra as três garotas adolescentes que enviaram autorretratos nus ou seminus pelo celular.
É realmente um choque cultural. Imagine o Ministério da Saúde iniciando uma campanha contra a gravidez e as DSTs. Imagine o slogan:
Aí o Vaticano iria as raias da loucura (se bem que se em vez da pederastia alguns padres pedófilos praticassem o sexting, a Santa Sé teria economizado uma fortuna em indenizações).
Seria a redenção do onanismo, mas o Ministério da Saúde adverte: é bom lavar a mão antes e depois do sexo seguro.:-P
Fonte: Folha
Os jovens que trocam fotos de nudez de si mesmos por meio de aparelhos celulares, fenômeno também conhecido como "sexting", não devem ser acusados por produção de pornografia infantil, como acontece nos EUA. A recomendação veio a público em uma conferência de direitos humanos nesta terça-feira, 26.
Um relatório apresentado por Peter Cumming, professor da Universidade York, em Toronto, sobre a sexualidade infantil durante o 78º Congresso de Ciências Humanas e Sociais, defende a prática como uma variação moderna de "brincar de médico" ou do "jogo da garrafa".
A tecnologia apenas muda as coisas, e isso não deve ter consequências mais graves. Mas isso obscurece o fato de que as crianças e os jovens são seres sexuais, que têm explorado a sua sexualidade em todos os tempos, e todas as culturas e todos os lugares. A distinção tem de ser feita entre nudez e pornografia infantil.
Peter Cumming. Professor da Universidade York, em Toronto, Canadá.
A conferência anual, que ocorreu na Universidade Carleton, em Ottawa (Canadá), reuniu 8.000 pesquisadores do mundo todo para discutir as últimas tendências sociais.
Cumming disse que considerar o "sexting" como uma transgressão sexual passível de acusações, algo que rotulará o indivíduo pelo resto da sua vida, é um desafio para o bom senso.
Seria muito improvável ver dezenas de notícias anunciando que algumas crianças foram detidas por brincar com o jogo da garrafa, ou de médico, ou de 'strip-poker'. No entanto, muitos dos casos (de sexting) apresentados estão no mesmo nível de inocência e da experiência que essas atividades. Em outras palavras, as crianças estão brincando com o jogo da garrafa on-line.
Peter Cumming. Professor da Universidade York, em Toronto, Canadá.
O professor ainda acrescentou que as trocas de fotos online são mais seguras que os jogos sexuais tradicionais, por não haver contato físico imediato e, dessa forma, são menos suscetíveis à gravidez ou às doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Em março deste ano, três adolescentes estiveram na mira do procurador-geral da Pensilvânia, que as acusou por distribuir pornografia infantil, depois que uma professora descobriu autorretratos de seminudez.
No entanto, um juiz federal do Estado de Wyoming, nos EUA, suspendeu temporariamente as possíveis acusações criminais contra as três garotas adolescentes que enviaram autorretratos nus ou seminus pelo celular.
É realmente um choque cultural. Imagine o Ministério da Saúde iniciando uma campanha contra a gravidez e as DSTs. Imagine o slogan:
Evite a AIDS. Pratique o sexting. Campanha imaginária
Aí o Vaticano iria as raias da loucura (se bem que se em vez da pederastia alguns padres pedófilos praticassem o sexting, a Santa Sé teria economizado uma fortuna em indenizações).
Seria a redenção do onanismo, mas o Ministério da Saúde adverte: é bom lavar a mão antes e depois do sexo seguro.:-P
Fonte: Folha
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