O abrandamento na procura, provocado pelo actual momento de recessão económica, poderá afectar os fabricantes de PC no próximo ano, obrigand...
O abrandamento na procura, provocado pelo actual momento de recessão económica, poderá afectar os fabricantes de PC no próximo ano, obrigando a uma reestruturação do mercado, afirma a consultora IDC.
A concorrência entre fabricantes de PC poderá intensificar-se ainda mais, à medida que consumidores domésticos e empresas veêm os seus orçamentos reduzidos pela actual crise económica, o que conduz à estagnação do mercado, afirma Richard Shim, analista da IDC, segundo o qual este cenário poderá criar dificuldades adicionais para os fabricantes de computadores pessoais.
O mercado de PC está já consideravelmente maduro, em termos globais, e por isso mesmo esta previsão de decréscimo nas vendas poderá levar a uma concentração na indústria, seja através de aquisições entre fabricantes, seja pela extinção de alguns deles, sustenta a consultora.
Em mercados maduros, como os EUA e a Europa, poderemos vir a assistir a um desaparecimento do mercado dos fabricantes de menor dimensão, pressionados pelas grandes marcas, enquanto nos mercados emergentes esses grandes fabricantes irão, tendencialmente, aproveitar para comprar os seus concorrentes mais pequenos.
As vendas de PC em todo o mundo deverão apenas crescer 3,8 por cento em 2009, em contraste com o que a IDC previa que acontecesse no início deste ano, altura em que apontava para um crescimento nas vendas para o próximo ano de 13.7 por cento. As estimativas de crescimento para 2010 foram também revistas em baixo para os 10.9 por cento.
Enquanto a Dell reportou um abrandamento no crescimento das suas vendas durante o trimestre que terminou a 31 de Outubro, outras companhias como a Hewlett-Packard e Apple conseguiram contornar a crise e apresentaram crescimentos consistentes nas suas vendas. A HP reportou uma subida de 19 por cento no número de unidades vendidas no seu último trimestre fiscal, comparativamente com o período homólogo do ano passado, enquanto a Apple viu as vendas do Mac crescerem 21 por cento no trimestre concluído a 27 de Setembro último. Aliás, a Apple parece estar no bom caminho e tens boas hipóteses de vir a ultrapassar o actual momento de crise com sólidos crescimentos, ao contrário de outros fabricantes de PC, afirma a IDC. Historicamente, a Apple apresenta ritmos de crescimento acima dos da restante indústria, em grande parte graças à sua fiel base de clientes, disposta a pagar preços mais elevados pelos seus computadores de eleição.
A IDC prevê também que a preferência dos consumidores irá cada vez mais para os portáteis ao longo dos próximos anos, com este tipo de equipamento a apresentar um ritmo de crescimento muito superior aos dos PC de secretária. As vendas de portáteis deverão crescer dos 168 milhões de unidades no próximo ano para os 285.7 milhões em 2012, em contraste com os PC desktop, cujas vendas se prevê que evoluam dos 145.8 milhões de unidades em 2009 para os 156.6 milhões em 2012. A IDC não incluiu outros dispositivos, como os PDA, nas suas previsões.
O crescimento previsto nas vendas de portáteis será, em parte, devido ao aumento esperado nas vendas de mini-portáteis, pequenos computadores, mais baratos, e com ecrãs que não ultrapassam as 12 polegadas. Estes computadores, também chamados netbooks, estão a vender-se cada vez mais sobretudo em mercados emergentes, principalmente devido ao seu baixo preço. Contudo, os consumidores nos EUA parecem não ter aceite bem estes pequenos portáteis, já que os números mostram que 20 por cento das máquinas vendidas acabaram por ser devolvidas.
Abrandamento depois de crescimentos a dois dígitos
Após anos a registar crescimentos acima dos dois dígitos, o mercado de PC nos países desenvolvidos sofrerá agora um significativo abrandamento, devido à recessão. As vendas nos EUA deverão cair cerca de 3 por cento em 2009 e continuar a crescer lentamente nos anos seguintes, enquanto outros países, como o Japão e o Canadá, registarão crescimentos reduzidos de apenas um dígito. Quanto à Europa Ocidental, espera-se que as vendas subam cerca de 6 por cento em 2009, muito em parte devido ao crescimento nos portáteis, mas estes números representam um decréscimo muito significativo face a 2008, em que as previsões apontam para um crescimento de 20 pontos percentuais.
Por outro lado, a IDC prevê que as vendas de PC no mercado emergente da região Ásia Pacífico irão crescer a ritmos superiores aos dos mercados mais maduros, subindo cerca de 7 por cento em 2009 e entre 18 e 20 por cento nos anos seguintes.
Depois de terem registado os maiores crescimentos nos últimos anos, os mercados emergentes da América Latina e Europa Central deverão sofrer um decréscimo nas vendas de PC durante o terceiro trimestre de 2009, sobretudo devido às flutuações monetárias. Já no Médio Oriente e em África as vendas de computadores pessoais deverão continuar a crescer a um ritmo muito lento, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos.
Fonte: ComputerWorld
A concorrência entre fabricantes de PC poderá intensificar-se ainda mais, à medida que consumidores domésticos e empresas veêm os seus orçamentos reduzidos pela actual crise económica, o que conduz à estagnação do mercado, afirma Richard Shim, analista da IDC, segundo o qual este cenário poderá criar dificuldades adicionais para os fabricantes de computadores pessoais.
O mercado de PC está já consideravelmente maduro, em termos globais, e por isso mesmo esta previsão de decréscimo nas vendas poderá levar a uma concentração na indústria, seja através de aquisições entre fabricantes, seja pela extinção de alguns deles, sustenta a consultora.
Em mercados maduros, como os EUA e a Europa, poderemos vir a assistir a um desaparecimento do mercado dos fabricantes de menor dimensão, pressionados pelas grandes marcas, enquanto nos mercados emergentes esses grandes fabricantes irão, tendencialmente, aproveitar para comprar os seus concorrentes mais pequenos.
As vendas de PC em todo o mundo deverão apenas crescer 3,8 por cento em 2009, em contraste com o que a IDC previa que acontecesse no início deste ano, altura em que apontava para um crescimento nas vendas para o próximo ano de 13.7 por cento. As estimativas de crescimento para 2010 foram também revistas em baixo para os 10.9 por cento.
Enquanto a Dell reportou um abrandamento no crescimento das suas vendas durante o trimestre que terminou a 31 de Outubro, outras companhias como a Hewlett-Packard e Apple conseguiram contornar a crise e apresentaram crescimentos consistentes nas suas vendas. A HP reportou uma subida de 19 por cento no número de unidades vendidas no seu último trimestre fiscal, comparativamente com o período homólogo do ano passado, enquanto a Apple viu as vendas do Mac crescerem 21 por cento no trimestre concluído a 27 de Setembro último. Aliás, a Apple parece estar no bom caminho e tens boas hipóteses de vir a ultrapassar o actual momento de crise com sólidos crescimentos, ao contrário de outros fabricantes de PC, afirma a IDC. Historicamente, a Apple apresenta ritmos de crescimento acima dos da restante indústria, em grande parte graças à sua fiel base de clientes, disposta a pagar preços mais elevados pelos seus computadores de eleição.
A IDC prevê também que a preferência dos consumidores irá cada vez mais para os portáteis ao longo dos próximos anos, com este tipo de equipamento a apresentar um ritmo de crescimento muito superior aos dos PC de secretária. As vendas de portáteis deverão crescer dos 168 milhões de unidades no próximo ano para os 285.7 milhões em 2012, em contraste com os PC desktop, cujas vendas se prevê que evoluam dos 145.8 milhões de unidades em 2009 para os 156.6 milhões em 2012. A IDC não incluiu outros dispositivos, como os PDA, nas suas previsões.
O crescimento previsto nas vendas de portáteis será, em parte, devido ao aumento esperado nas vendas de mini-portáteis, pequenos computadores, mais baratos, e com ecrãs que não ultrapassam as 12 polegadas. Estes computadores, também chamados netbooks, estão a vender-se cada vez mais sobretudo em mercados emergentes, principalmente devido ao seu baixo preço. Contudo, os consumidores nos EUA parecem não ter aceite bem estes pequenos portáteis, já que os números mostram que 20 por cento das máquinas vendidas acabaram por ser devolvidas.
Abrandamento depois de crescimentos a dois dígitos
Após anos a registar crescimentos acima dos dois dígitos, o mercado de PC nos países desenvolvidos sofrerá agora um significativo abrandamento, devido à recessão. As vendas nos EUA deverão cair cerca de 3 por cento em 2009 e continuar a crescer lentamente nos anos seguintes, enquanto outros países, como o Japão e o Canadá, registarão crescimentos reduzidos de apenas um dígito. Quanto à Europa Ocidental, espera-se que as vendas subam cerca de 6 por cento em 2009, muito em parte devido ao crescimento nos portáteis, mas estes números representam um decréscimo muito significativo face a 2008, em que as previsões apontam para um crescimento de 20 pontos percentuais.
Por outro lado, a IDC prevê que as vendas de PC no mercado emergente da região Ásia Pacífico irão crescer a ritmos superiores aos dos mercados mais maduros, subindo cerca de 7 por cento em 2009 e entre 18 e 20 por cento nos anos seguintes.
Depois de terem registado os maiores crescimentos nos últimos anos, os mercados emergentes da América Latina e Europa Central deverão sofrer um decréscimo nas vendas de PC durante o terceiro trimestre de 2009, sobretudo devido às flutuações monetárias. Já no Médio Oriente e em África as vendas de computadores pessoais deverão continuar a crescer a um ritmo muito lento, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos.
Fonte: ComputerWorld
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