Os raios T, assim chamados pois se posicionam na faixa dos terahertz, podem substituir os danosos raios X nos exames médicos. Nos tempos em ...
Os raios T, assim chamados pois se posicionam na faixa dos terahertz, podem substituir os danosos raios X nos exames médicos.
Nos tempos em que trabalhei batendo chapas abreugráficas para as antigas carteiras de saúde (responsáveis pela quase extinção da tuberculose no Brasil) lembro das precauções tomadas para que se aplicasse a apenas quantidade de radiação necessária para cada tipo de pessoa (homens, mulheres, crianças, gordos).
Colocava um avental de chumbo e me posicionava atrás de uma espécie de biombo onde ficavam os controles do aparelho e apenas uma janelinha de um espesso acrílico para acompanhar a operação.
Além disso, penso que após o acidente com o Césio 137 em Goiânia, episódio que ficou conhecido como Goianobil, em alusão ao acidente com a usina nuclear de Chernobil, passamos a portar um filme sensível à radiação para medir o nível de exposição corpórea, equipamento obrigatório depois que a CNEN ficou exposta nacionalmente pela falta de controle sobre os equipamentos radioativos.
Assim é o uso dos raios X, uma relação de amor e desconfiança como se estivéssemos sempre dormindo com o inimigo.
Pois agora, depois de anos de pesquisas no mundo todo atrás do uso médico e industrial dos fracos e inofensivos raios T, os pesquisadores Yukio Kawano e Koji Ishibashi, do Instituto Riken, no Japão, criaram um detector de radiação terahertz embutido em um único chip.
O problema, agora resolvido, é que a radiação eletromagnética com comprimento de onda na faixa dos terahertz tem uma energia muito baixa, o que dificultava a sua detecção.
O chip em questão possui um orifício e uma antena que permite captar as ondas THz. De modo análogo às ondas planas retas na superfície da água que se transformam em ondas circulares ao passar através de uma pequena fenda, a radiação THz se propaga através da abertura do chip para formar ondas evanescentes densas o bastante para serem detectadas.
A intensidade dessas ondas decai rapidamente à medida que se afastam da abertura e mesmo pequenas distâncias entre a antena e a abertura podem degradar a detecção dessas ondas. A integração de todos os componentes em um único chip melhora a detecção de um modo robusto e simples. De acordo com os pesquisadores: "Em nosso enfoque, o detector é integrado com a abertura e a antena, o que nos permite detectar diretamente a própria onda evanescente."
Os pesquisadores obtiveram uma alta eficiência na detecção com uma resolução de 9 micrômetros, em teste iniciais. Que é significativamente menos do que o comprimento de onda de 215 micrômetros da radiação terahertz que, segundo o site Inovação Tecnológica, está muito além das possibilidades da óptica convencional.
Menos riscos de mutação celular, tumores e infertilidade por radiação. Boa perspectiva para pacientes e técnicos em radiologia.
Nos tempos em que trabalhei batendo chapas abreugráficas para as antigas carteiras de saúde (responsáveis pela quase extinção da tuberculose no Brasil) lembro das precauções tomadas para que se aplicasse a apenas quantidade de radiação necessária para cada tipo de pessoa (homens, mulheres, crianças, gordos).
Colocava um avental de chumbo e me posicionava atrás de uma espécie de biombo onde ficavam os controles do aparelho e apenas uma janelinha de um espesso acrílico para acompanhar a operação.
Além disso, penso que após o acidente com o Césio 137 em Goiânia, episódio que ficou conhecido como Goianobil, em alusão ao acidente com a usina nuclear de Chernobil, passamos a portar um filme sensível à radiação para medir o nível de exposição corpórea, equipamento obrigatório depois que a CNEN ficou exposta nacionalmente pela falta de controle sobre os equipamentos radioativos.
Assim é o uso dos raios X, uma relação de amor e desconfiança como se estivéssemos sempre dormindo com o inimigo.
Pois agora, depois de anos de pesquisas no mundo todo atrás do uso médico e industrial dos fracos e inofensivos raios T, os pesquisadores Yukio Kawano e Koji Ishibashi, do Instituto Riken, no Japão, criaram um detector de radiação terahertz embutido em um único chip.
O problema, agora resolvido, é que a radiação eletromagnética com comprimento de onda na faixa dos terahertz tem uma energia muito baixa, o que dificultava a sua detecção.
O chip em questão possui um orifício e uma antena que permite captar as ondas THz. De modo análogo às ondas planas retas na superfície da água que se transformam em ondas circulares ao passar através de uma pequena fenda, a radiação THz se propaga através da abertura do chip para formar ondas evanescentes densas o bastante para serem detectadas.
A intensidade dessas ondas decai rapidamente à medida que se afastam da abertura e mesmo pequenas distâncias entre a antena e a abertura podem degradar a detecção dessas ondas. A integração de todos os componentes em um único chip melhora a detecção de um modo robusto e simples. De acordo com os pesquisadores: "Em nosso enfoque, o detector é integrado com a abertura e a antena, o que nos permite detectar diretamente a própria onda evanescente."
Os pesquisadores obtiveram uma alta eficiência na detecção com uma resolução de 9 micrômetros, em teste iniciais. Que é significativamente menos do que o comprimento de onda de 215 micrômetros da radiação terahertz que, segundo o site Inovação Tecnológica, está muito além das possibilidades da óptica convencional.
Menos riscos de mutação celular, tumores e infertilidade por radiação. Boa perspectiva para pacientes e técnicos em radiologia.
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