Reproduzo aqui entrevista exclusiva do Deutsche Welle com o cientista Otto Rössler. Um dos contrários à experiência com o LHC, ou como prefe...
Reproduzo aqui entrevista exclusiva do Deutsche Welle com o cientista Otto Rössler. Um dos contrários à experiência com o LHC, ou como preferem alguns: a Máquina do Juízo Final. Publicado no dia 09-09-2008.
Não dava para fazer essa experiência na lua? Tinha que ser no nosso quintal? Há, já sei, ficava muito caro...
"O professor Otto E. Rössler, nascido em 1940, é acadêmico de longa trajetória e membro do Instituto de Química Física e Teórica da Universidade de Tübingen. Ele é um dos que advertem contra eventuais efeitos destrutivos do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, a ser posto em atividade nesta quarta-feira (10/09).
Suas advertências têm sido ignoradas ou ridicularizadas pela comunidade científica. E no entanto o que estaria em jogo é a sobrevivência da humanidade, afirma. O cientista alemão concedeu uma entrevista exclusiva à DW-WORLD.DE.
DW-WORLD.DE: Que perigos acarreta o acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider)?
Otto Rössler: Pela primeira vez se incrementará a energia por um fator de oito. É como se se aumentasse a potência de um microscópio oito vezes mais do que jamais foi feito. Ou se acelerasse um meio de transporte a uma velocidade oito vezes maior. Sempre podem surgir imprevistos. E, naturalmente, o mesmo ocorre neste caso. Dever-se-ia, por exemplo, incrementar a energia lentamente, para poder prevenir o que ocorre. Ao contrário, planeja-se incrementá-la de um golpe só, e isto é muito imprudente.
Há perigos que não foram excluídos e que, no entanto, não se deveria descartar antes de empreender algo arriscado. Não seria tão difícil excluí-los convocando peritos na matéria e pedindo-lhes que refutassem os cenários de risco postos sobre a mesa. Porém isto não foi feito. Recusando-se, o CERN [Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear, em Genebra] está atuando de maneira irracional, indigna da ciência, e que a desacredita em nível mundial. Quer dizer, trata-se de uma questão exclusivamente teórica. Infelizmente, relacionada com a sobrevivência da humanidade.
Fala-se, neste contexto, da "criação" de buracos negros...
Vemos, sim, o perigo de buracos negros. É precisamente isto o que se poderia produzir e, na realidade, são eles um dos objetivos desse experimento.
Quer dizer que se poderia produzir um buraco negro que cresceria, devorando tudo a seu redor?
Em última instância, sim. Seria um miniburaco negro, imensamente pequeno. Há apenas algumas teorias segundo as quais eles poderiam produzir-se, e são estas que o CERN quer comprovar. Entretanto, se esses miniburacos negros surgirem – à razão de um por segundo, que é o que se espera – e um deles permanecer na Terra, em vez de se "evaporar", a única coisa que poderia fazer é crescer. O CERN pensa que se esfumarão, mas há indícios concretos de que tal poderia não acontecer. E é isto o que se deveria esclarecer. Caso não desapareçam, devorariam a Terra a partir do interior, em algum momento, com maior ou menor velocidade. O CERN argumenta que lentamente. Eu creio que seria rapidamente.
Quão rápido?
Certa vez cheguei à cifra de 50 meses. Não se trata de uma estimativa, mas sim do pior cenário possível. Que, apesar de tudo, não se pode descartar.
Como se poderia reagir, caso algo assim ocorresse?
Não haveria reação possível.
Não haveria nenhuma forma de controlar o problema?
Quem dera. Mas tudo indica que o buraco negro estaria a uma distância tão grande abaixo da superfície que de início nada se perceberia. E quando se notasse sua presença, devido às radiações emitidas pela Terra, não se poderia isolar o fenômeno nem lançá-lo, por exemplo, ao espaço, num foguete.
Por que o senhor crê que seus colegas reagiram com tanto repúdio a suas advertências?
É sempre assim. Quando a maioria crê em algo, os que afirmam o contrário só são reconhecidos muito tempo depois. Ou nunca."
Emília Rojas Sasse (av)
Físicos teóricos de notável gabarito internacional como Stephen Hawking e Lisa Randall, além de inúmeros outros físicos e engenheiros, afirmam que tais teorias são absurdas e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando sob controle.
Todavia, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia (embora buracos negros capazes de engolir uma estrela pode ter o tamanho de um grão de feijão), e não existira mais de 1x10−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Ainda supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de um segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um próton ele passaria pela terra sem tocar em nada (apesar de não parecer, o mundo subatômico é quase todo formado por espaços vazios), podendo encontrar um próton, para somar à sua massa, entre 30 minutos a 200 horas. Para atingir 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
Recebido por email e adaptado.
Publicado no Obvious.
"Não vou ficar vendo o mundo acabar pela TV." - Blitz
Atualização: especial da BBC prevendo várias formas de acabar o mundo e o episódio do buraco negro artificial.
Esse é um blog de orientação acadêmica e sabemos o quanto esse negócio de Armageddon evoca sentimentos religiosos e supertições. Por isso um apelo: tudo isso é muito especulativo e devido a uma indiana ter dado cabo da própria vida devido à polêmica gerada por essa experiência do Big Bang artificial (o mais incrível é essa notícia ter parado na seção Arte&Lazer do Estadão. Vá entender) alerto que se for para acontecer algo catastrófico, o melhor é não ter pressa.:-P
Em tempo. Além dos cientistas, ainda temos que nos preocupar com hackers que invadiram os sistema do acelerador de partículas só para mostrar as fragilidades na sua segurança. Acho tudo isso o fim do mundo.
Fonte:
DW-world.de
Não dava para fazer essa experiência na lua? Tinha que ser no nosso quintal? Há, já sei, ficava muito caro...
"O professor Otto E. Rössler, nascido em 1940, é acadêmico de longa trajetória e membro do Instituto de Química Física e Teórica da Universidade de Tübingen. Ele é um dos que advertem contra eventuais efeitos destrutivos do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, a ser posto em atividade nesta quarta-feira (10/09).
Suas advertências têm sido ignoradas ou ridicularizadas pela comunidade científica. E no entanto o que estaria em jogo é a sobrevivência da humanidade, afirma. O cientista alemão concedeu uma entrevista exclusiva à DW-WORLD.DE.
DW-WORLD.DE: Que perigos acarreta o acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider)?
Otto Rössler: Pela primeira vez se incrementará a energia por um fator de oito. É como se se aumentasse a potência de um microscópio oito vezes mais do que jamais foi feito. Ou se acelerasse um meio de transporte a uma velocidade oito vezes maior. Sempre podem surgir imprevistos. E, naturalmente, o mesmo ocorre neste caso. Dever-se-ia, por exemplo, incrementar a energia lentamente, para poder prevenir o que ocorre. Ao contrário, planeja-se incrementá-la de um golpe só, e isto é muito imprudente.
Há perigos que não foram excluídos e que, no entanto, não se deveria descartar antes de empreender algo arriscado. Não seria tão difícil excluí-los convocando peritos na matéria e pedindo-lhes que refutassem os cenários de risco postos sobre a mesa. Porém isto não foi feito. Recusando-se, o CERN [Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear, em Genebra] está atuando de maneira irracional, indigna da ciência, e que a desacredita em nível mundial. Quer dizer, trata-se de uma questão exclusivamente teórica. Infelizmente, relacionada com a sobrevivência da humanidade.
Fala-se, neste contexto, da "criação" de buracos negros...
Vemos, sim, o perigo de buracos negros. É precisamente isto o que se poderia produzir e, na realidade, são eles um dos objetivos desse experimento.
Quer dizer que se poderia produzir um buraco negro que cresceria, devorando tudo a seu redor?
Em última instância, sim. Seria um miniburaco negro, imensamente pequeno. Há apenas algumas teorias segundo as quais eles poderiam produzir-se, e são estas que o CERN quer comprovar. Entretanto, se esses miniburacos negros surgirem – à razão de um por segundo, que é o que se espera – e um deles permanecer na Terra, em vez de se "evaporar", a única coisa que poderia fazer é crescer. O CERN pensa que se esfumarão, mas há indícios concretos de que tal poderia não acontecer. E é isto o que se deveria esclarecer. Caso não desapareçam, devorariam a Terra a partir do interior, em algum momento, com maior ou menor velocidade. O CERN argumenta que lentamente. Eu creio que seria rapidamente.
Quão rápido?
Certa vez cheguei à cifra de 50 meses. Não se trata de uma estimativa, mas sim do pior cenário possível. Que, apesar de tudo, não se pode descartar.
Como se poderia reagir, caso algo assim ocorresse?
Não haveria reação possível.
Não haveria nenhuma forma de controlar o problema?
Quem dera. Mas tudo indica que o buraco negro estaria a uma distância tão grande abaixo da superfície que de início nada se perceberia. E quando se notasse sua presença, devido às radiações emitidas pela Terra, não se poderia isolar o fenômeno nem lançá-lo, por exemplo, ao espaço, num foguete.
Por que o senhor crê que seus colegas reagiram com tanto repúdio a suas advertências?
É sempre assim. Quando a maioria crê em algo, os que afirmam o contrário só são reconhecidos muito tempo depois. Ou nunca."
Emília Rojas Sasse (av)
Para me tranquilizar (fazer o que?) recebi essas notas por email:
Físicos teóricos de notável gabarito internacional como Stephen Hawking e Lisa Randall, além de inúmeros outros físicos e engenheiros, afirmam que tais teorias são absurdas e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revistas, estando sob controle.
Todavia, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia (embora buracos negros capazes de engolir uma estrela pode ter o tamanho de um grão de feijão), e não existira mais de 1x10−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Ainda supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de um segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um próton ele passaria pela terra sem tocar em nada (apesar de não parecer, o mundo subatômico é quase todo formado por espaços vazios), podendo encontrar um próton, para somar à sua massa, entre 30 minutos a 200 horas. Para atingir 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
Recebido por email e adaptado.
Publicado no Obvious.
"Não vou ficar vendo o mundo acabar pela TV." - Blitz
Atualização: especial da BBC prevendo várias formas de acabar o mundo e o episódio do buraco negro artificial.
Esse é um blog de orientação acadêmica e sabemos o quanto esse negócio de Armageddon evoca sentimentos religiosos e supertições. Por isso um apelo: tudo isso é muito especulativo e devido a uma indiana ter dado cabo da própria vida devido à polêmica gerada por essa experiência do Big Bang artificial (o mais incrível é essa notícia ter parado na seção Arte&Lazer do Estadão. Vá entender) alerto que se for para acontecer algo catastrófico, o melhor é não ter pressa.:-P
Em tempo. Além dos cientistas, ainda temos que nos preocupar com hackers que invadiram os sistema do acelerador de partículas só para mostrar as fragilidades na sua segurança. Acho tudo isso o fim do mundo.
Fonte:
DW-world.de
Espero (torço muito) que ele esteja errado!!! hehehe
ResponderExcluirAbraços
Droga de Large Hadron Collider!!!
ResponderExcluirespero que isso nao aconteça! ;x
ResponderExcluirse o tal buraco negro devorar o planeta terra prefiro que seje rápido,não quero sentir nada no momento,quando eu chegar lá no céu eu pergunto a Deus porque que eu morri,e também porque TODO mundo morreu,acho que até lá eu esqueci do LHC,né? hehehe
ResponderExcluirO que vemos todo dia é o homem usando sua inteligência para destruir o planeta, acho que com o "LHC" eles ficam mais perto de atingir este objetivo! Criar buraco negro pra quê? Vamos acelerar mecanismos de combate a violência e a fome no mundo, precisamos é de paz!!!
ResponderExcluire duro quando as pessoas nao sabe oq falam!!!!!!!!!
ResponderExcluirdeixe o discurso moralista pra quem pratica pq enquanto a cosmologia vive sua epoca dourada com inovaçoes tecnologicas pessoas ainda tem essa mentalidade de "preservaçao ambiental acima de tudo"
ignorancia=absterse da verdade
VAIIIIIII MORRE TODOS
ResponderExcluirtomara que acabe logo
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