tag:blogger.com,1999:blog-30490858690985820682024-03-18T08:04:18.850-03:00Brasil AcadêmicoO blog do acadêmico descoladoWarhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.comBlogger271125tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-61312988615807844712024-02-21T23:15:00.012-03:002024-02-23T13:44:22.525-03:00A canção proibida: 12 pessoas mortas ao cantar essa música em karaokês<i>Você sabia que existe uma canção que de tanto estar envolvida em casos de assassinatos foi retirada de catálogos de karaokês?</i><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh65a14_5_CmBCXcrQVAcqCcia8R32rcmPXXNGq-CLEzOfBQl08f4l7LhqQQXn7Avvzamyc5CdoVoczNc2Olet5QOUJrtPWRIfxKNrFEQTAsgK9UuEPzFS6rMNqXPOVhxjlf_3Fx9iLZeFFoERgUCLs6-vBBVLOvCCa3KCQuF8EeWe8dCdf_BCMzPuGgyI/s1024/karaoke.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh65a14_5_CmBCXcrQVAcqCcia8R32rcmPXXNGq-CLEzOfBQl08f4l7LhqQQXn7Avvzamyc5CdoVoczNc2Olet5QOUJrtPWRIfxKNrFEQTAsgK9UuEPzFS6rMNqXPOVhxjlf_3Fx9iLZeFFoERgUCLs6-vBBVLOvCCa3KCQuF8EeWe8dCdf_BCMzPuGgyI/w640-h360/karaoke.png" width="640" /></a><br />
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<span style="font-size: x-large;"><strike>
K</strike></span>araokês em Brasília são cada vez mais comuns. A cidade por alguma razão tornou essa forma de diversão um negócio que lotam casas especializadas ou aquelas que querem atrair público em dias que não competem com seus shows com cantores profissionais, bandas ou DJs.<div><br /></div><div>Seja no plano piloto, seja nas cidades satélites, o formato varia demais. O Túnel do Tempo em Ceilândia, por exemplo, tem o dia da canja, onde grupos profissionais permitem que amadores cantem e até toquem numa modalidade que também é conhecida como bandokê. Já o House Music é mais tradicional com as músicas podendo ser escolhidas pelos cantores dentre os milhares de vídeos do YouTube que já estão no formato instrumental com letra. Também possuem a antiga máquina de karaokês com cartuchos onde se escolhe as músicas pelo número.<br /><br />Pois bem, esse assunto veio à tona por causa de um lamentável incidente ocorrido essa seman em uma já tradicional casa especializada na cantoria, o All In 305. Lá um morador de rua armado de uma faca invadiu o local e foi imobilizado por policiais que frequentavam o local e acabou sendo morto por um segurança que aplicou um mata-leão por cerca de 4 minutos, segundo foi divulgado na mídia. Lamentável.</div><div><br /></div><div>Bem, essa postagem não tem nada a ver diretamente com o caso. Mas, ao pesquisar sobre a notícia me deparei com essa <a href="https://revistaforum.com.br/cultura/2023/5/30/musica-proibida-12-pessoas-ja-foram-assassinadas-por-cantar-essa-cano-no-karaok-136816.html" target="_blank">outra</a> que afirma ter ocorrido uma série de assassinatos em karaokês ao redor do mundo, todos envolvendo a escolha da canção My Way, composta por Paul Anka e popularizada na voz de Frank Sinatra.</div><div><br />Tudo entre os anos de <b>1998</b> e <b>2012</b>, segundo o New York Times <i>apud</i> Revista Fórum. </div><div><br /></div><div>Um dos episódios mais notórios que mais parece saído de uma trama de cinema ocorreu em maio de <b>2007</b>, o que começou como uma noite típica de karaokê tomou um rumo sombrio quando um jovem de 29 anos decidiu interpretar My Way. Só que a performance não agradou o segurança do local, que, incomodado com a afinação do cantor, acabou cometendo um ato extremo: assassinou o jovem com um revólver calibre 38.</div><div><div><div><br /></div><div>Esse caso não foi isolado. Desde então, diversos bares em Manila optaram por excluir "My Way" de seus catálogos, numa tentativa de evitar brigas e violência. Curiosamente, a contratação de pessoas LGBTQIA+ para a segurança desses estabelecimentos tem sido uma estratégia eficaz na redução de conflitos, segundo aponta a revista Esquire.</div><div><br /></div><div>No entanto, a violência associada à canção não se limitou a esse episódio. O último incidente registrado ocorreu em <b>2018</b>, durante uma festa de aniversário em Zamboanga del Norte. Um homem de 60 anos foi esfaqueado por seu vizinho, de 28, após tomar o microfone para cantar My Way, gerando uma disputa que terminou em tragédia.</div><div><br /></div><div>A razão por trás desses trágicos eventos envolvendo a canção permanece um mistério. Alguns sugerem que o tom triunfante de My Way pode despertar sentimentos negativos, como inveja, enquanto outros simplesmente veem a violência como uma consequência infeliz de desentendimentos triviais.</div><div><br /></div><div>Esse fenômeno destaca uma peculiaridade cultural nas Filipinas e em outros países asiáticos, onde os karaokês são extremamente populares. Casos semelhantes, motivados por escolhas de músicas ou desafinações, também foram relatados em nações como Malásia, China, Tailândia e Japão, evidenciando que a música, em suas mais variadas formas, pode desencadear emoções intensas e, em raras ocasiões, consequências fatais.</div></div><div><br /></div><div>Nas Filipinas muitos evitam cantar My Way ou só cantam em locais privados, boa parte deles por superstição. E você? Vai evitar a cantar esse sucesso de Frank Sinatra?</div>
<br />
<span style="font-size: xx-small;">
Com informações de Metrópoles, G1, Revista Fórum e <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/My_Way_killings" target="_blank">Wikipedia (My Way Killings)</a>.<br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-70984912215791520942024-02-05T09:01:00.001-03:002024-02-05T09:01:30.668-03:00Seus dedos indicador e anelar podem revelar propensão à psicopatiaA proporção entre o comprimento de ambos seria forjada sob a influência de hormônios no útero durante a gestação.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVmvNWX1MKfa5ap74BX84Rx-Y89p5iJeErQqAU_fCHaSPYnXo29HatxSlj0tD7oCcrp3QRYD3iimQGWye8x8wVFO5DqZsOtDIDBljwA6eW3T7ESvcKnSy264CCkHs1vg3hGQjAQzogzBR94bpI7pH1s5zMxL1eJvbsN_yz2dUV_vB1zCnAp20C6Wejqk/s1024/hands.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVmvNWX1MKfa5ap74BX84Rx-Y89p5iJeErQqAU_fCHaSPYnXo29HatxSlj0tD7oCcrp3QRYD3iimQGWye8x8wVFO5DqZsOtDIDBljwA6eW3T7ESvcKnSy264CCkHs1vg3hGQjAQzogzBR94bpI7pH1s5zMxL1eJvbsN_yz2dUV_vB1zCnAp20C6Wejqk/w640-h480/hands.jpg" width="640" /></a><br />
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<span style="font-size: x-large;"><strike>
P</strike></span>or séculos, quiromantes prometem aos seus clientes que os segredos do futuro estariam escritos nas linhas das palmas de suas mãos. Mas, enquanto não existem verdadeiras “linhas do amor” ou “linhas da vida” para serem interpretadas, alguns cientistas acreditam que nossas mãos realmente podem nos dizer muito sobre nós mesmos.<h2>📏 A Proporção 2D:4D</h2>
<p>Especificamente, os cientistas estudaram algo chamado proporção 2D:4D, que é a razão entre o seu dedo indicador e o dedo anelar. Essa proporção foi associada a tudo: Desde desempenho esportivo e obesidade até agressividade e, pasmem, tendências psicopatas. Em 2010, já mostramos aqui um estudo entre essas medidas e:</p><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tampen"></a><ul style="text-align: left;"><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tampen"></a><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tampen"></a><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tampen">Tamanho da genitália</a></li><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#agress">Agressividade</a></li><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#lucrat">Maior lucratividade em bolsa</a></li><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#riscos">Disposição a correr riscos</a></li><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tecnol">Gosto pela tecnologia</a></li><li><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#cancer">Câncer de Próstata</a></li></ul><a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html#tampen"></a><h3>👀 O Que Mais Seus Dedos Podem Revelar</h3>
<p>Dr. Ben Serpell, um cientista esportivo, explicou que a proporção 2D:4D é pensada para ser estabelecida ainda no útero, tão cedo quanto no final do primeiro trimestre, e é afetada pela exposição ao hormônio prenatal testosterona. Isso implica que essa proporção pode ser um indicador de como você se desenvolveu no útero. Ou seja, não seria uma característica genética, e sim congênita.</p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuw5BWjM4Q_aulvnrL7qaViX-UJiik0zEjLOZ3KJ3DLb7vXK_OwPnQPuZ86NGNuYRAZyBQ3HxCWldkrtqQy4KAZIcCwlmxYpR82bUleNLIQLcKsgSKS1p8vhFYL4SpCzXLv-1i2LN_XJXG/s1600/digit-ratio-method.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" target="_blank" title="Como achar a relação dedo indicador e dedo anelar"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547023633569403602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuw5BWjM4Q_aulvnrL7qaViX-UJiik0zEjLOZ3KJ3DLb7vXK_OwPnQPuZ86NGNuYRAZyBQ3HxCWldkrtqQy4KAZIcCwlmxYpR82bUleNLIQLcKsgSKS1p8vhFYL4SpCzXLv-1i2LN_XJXG/s400/digit-ratio-method.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 303px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 285px;" /></a>
<h3>✨ Significados da Proporção 2D:4D</h3>
<p>Se o seu <b>dedo anelar é significativamente mais longo que o seu dedo indicador</b>, indicando <u>uma baixa proporção 2D:4D, isso pode ser um sinal de sucesso entre jogadores de rugby, cirurgiões e jornalistas políticos</u>. Por outro lado, uma proporção 2D:4D mais baixa <u>também foi vinculada a níveis mais altos de agressão nos homens e até tendências a abuso de opioides e transtornos de personalidade antissocial</u>.</p>
<p>Enquanto isso, um <b>dedo indicador mais longo que o dedo anelar</b>, indicando uma <u>alta proporção 2D:4D, foi associado a maiores níveis de dor em várias situações e ao desenvolvimento de obesidade em ambos os sexos</u>.</p>
<h3>🤔 Controvérsias e Ceticismo</h3>
<p>Apesar de existirem milhares de estudos publicados sobre este tópico, nem todos os cientistas estão convencidos. A principal questão é que isso tudo depende da suposição de que o comprimento dos dedos é um bom indicador dos hormônios pré-natais, o que alguns especialistas acreditam ser pouco convincente. Parece não haver evidências suficientes para sustentar a afirmação. Mesmo assim, os estudos relacionando comportamentos e outros fenótipos seguem sendo realizados. Fica aí a sugestão para acadêmicos brazucas que gostariam de verificar essas afirmações por aqui.</p>
<h3>🎲 Efeitos do Acaso</h3>
<p>Professor James Smoliga destacou o “efeito da gaveta de arquivo”, onde apenas resultados estatisticamente significativos são publicados, enquanto outros são ignorados. Isso pode levar a uma percepção distorcida da realidade, sugerindo uma conexão onde ela pode não existir.</p>
<h2>🔮 Conclusão</h2>
<p>Temos que ser cautelosos com as chamadas relações espúrias. Isto é, mesmo que haja uma proporção que sugira uma relação de causa e efeito nem sempre é possível explicar certo fenômenos apenas com essa coincidência de dados. Por isso é sempre recomendável repetir exaustivamente estudos em diferente circunstâncias e verificar outras possíveis explicações antes de afirmar categoricamente algo desse tipo.💅</p><p>Por exemplo, há uma <a href="https://blog.brasilacademico.com/2018/07/quanto-mais-tom-cruise-corre-melhor-o.html" target="_blank">conhecida coincidência</a> entre <u>a quantidade de quilômetros que o ator Tom Cruise percorre correndo em seus filmes e o sucesso de bilheteria dessas obras</u>.🏃📽 É difícil afirmar ser essa correria toda uma explicação para efeito com uma amostra tão pequena e com tantas outras variáveis envolvidas (como o simples fato de haver mais tempo com cenas de ação, que poderiam ser somada a cenas onde há perseguição com automóveis, acrobacias com carros, etc). Enfim, é necessário um aprofundamento na análise antes de apontar, metaforicamente, com o dedo indicador, seja ele mais comprido ou mais curto, ser essa a causa. 👈</p><p>Embora a relação entre a proporção 2D:4D dos dedos e diversas características pessoais continue a ser um tema de fascínio científico, é importante abordar essas descobertas com uma mente crítica e lembrar que o comportamento humano é influenciado por uma miríade de fatores, muito além do comprimento dos nossos dedos. ✋</p><h3 style="text-align: left;">Glossário</h3>
<p><b>Quiromantes</b>: Indivíduos que praticam quiromancia, uma forma de adivinhação que interpreta as linhas e outras características das mãos para prever o futuro e desvendar traços de personalidade.</p><p><b>Fenótipo</b>: Conjunto de características observáveis ou traços de um organismo, que são o resultado da expressão dos seus genes bem como da influência do ambiente em que vive. Isso inclui características físicas, como cor dos olhos, altura, tipo de cabelo, cor da pele, bem como aspectos comportamentais e fisiológicos, como resistência a doenças e metabolismo.</p>
<p><b>Proporção 2D:4D</b>: Relação entre o comprimento do dedo indicador (2D) e o dedo anelar (4D). É uma medida biométrica usada em pesquisas para correlacionar características físicas ou comportamentais com a exposição a hormônios pré-natais.</p>
<p><b>Congênita</b>: Características ou condições que estão presentes desde o nascimento, não necessariamente hereditárias, mas que podem ser desenvolvidas no útero.</p>
<p><b>Testosterona</b>: Um hormônio sexual esteroide, predominante em homens, mas também encontrado em mulheres em quantidades menores. É associado ao desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas e a várias funções biológicas.</p>
<p><b>Opioides</b>: Classe de drogas que inclui tanto substâncias legais, como analgésicos prescritos, quanto ilegais, como a heroína. São conhecidos por seu potencial de abuso e dependência.</p>
<p><b>Transtornos de personalidade antissocial</b>: Um transtorno mental caracterizado por um padrão de desrespeito pelos direitos dos outros e normas sociais. Indivíduos com esse transtorno frequentemente demonstram comportamentos agressivos e uma falta de remorso.</p>
<p><b>Efeito da gaveta de arquivo</b>: Tendência na pesquisa científica de publicar apenas resultados positivos ou significativos, enquanto estudos com resultados negativos ou inconclusivos permanecem inéditos, levando a uma visão distorcida da realidade científica.</p>
<p><b>Relações espúrias</b>: Associações entre duas variáveis que parecem estar relacionadas causalmente, mas que são, na verdade, resultado de uma coincidência ou influenciadas por uma ou mais variáveis não consideradas na análise.</p><p><span style="font-size: x-small;">*Glossário gerado automaticamente pelo GPT <a href="https://chat.openai.com/g/g-9rHz01sHG-glossarista" target="_blank">Glossarista</a> (IA) sob supervisão do autor.</span></p>
<span style="font-size: xx-small;">
Com informações de <a href="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-13009811/What-length-fingers-says-according-science.html?ns_mchannel=rss&ns_campaign=1490&ito=1490" target="_blank">Daily Mail</a> e <a href="https://blog.brasilacademico.com/2010/12/tamanho-do-dedo-diz-se-voce-vai-ter.html" target="_blank">Brasil Acadêmico</a>.<br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-53155792278132526172024-02-03T04:00:00.006-03:002024-02-03T15:03:35.900-03:00Unesco recomenda e Rio proíbe celulares nas escolasPrefeitura do Rio Anuncia Proibição de Celulares nas Escolas em Resposta ao Relatório da UNESCO.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlGStiRy_bzvzANE7qEdFO6JeC5b62jKGMbo6y90Tqhaltyxis3uxBMiwY-jXW7qkKl9mT02ZCav_GK1GWR_CtVlUsf_Ov9TN5LMtaeh0IdnO0LNL10ivkPI0WloI-cSaTSaWyutl4MujHAwVCOFDrxvIKsOHaOFxMhls1qso3_jh8yjjiTma0lDzsKSA/s1024/pontesCel.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="734" data-original-width="1024" height="458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlGStiRy_bzvzANE7qEdFO6JeC5b62jKGMbo6y90Tqhaltyxis3uxBMiwY-jXW7qkKl9mT02ZCav_GK1GWR_CtVlUsf_Ov9TN5LMtaeh0IdnO0LNL10ivkPI0WloI-cSaTSaWyutl4MujHAwVCOFDrxvIKsOHaOFxMhls1qso3_jh8yjjiTma0lDzsKSA/w640-h458/pontesCel.jpg" width="640" /></a><br /><span style="font-size: x-large;"><strike>E</strike></span>m uma iniciativa pioneira no Brasil, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu proibir o uso de celulares nas escolas a partir de <b>fevereiro de 2024</b>. Esta decisão está alinhada com as recentes recomendações da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que em <b>julho de 2023</b>, divulgou um relatório enfatizando o impacto negativo dos smartphones na aprendizagem dos estudantes.<p>A UNESCO, através deste estudo detalhado, instou governos de todo o mundo a considerarem a proibição dos celulares em ambientes escolares, citando desempenho acadêmico reduzido e declínio na estabilidade emocional dos jovens como consequências diretas do uso excessivo desses dispositivos. Além disso, o relatório aponta o aumento de casos de cyberbullying como uma das razões para a restrição do uso de smartphones nas escolas.</p>
<h3>O Relatório em Detalhes</h3>
<p>O documento da UNESCO destaca com preocupação que, além dos efeitos adversos na aprendizagem, <u>“O TEMPO EXCESSIVO DE TELA AFETA NEGATIVAMENTE A ESTABILIDADE EMOCIONAL DAS CRIANÇAS.”</u> Essa conclusão serviu de base para a decisão da prefeitura do Rio, visando proteger os estudantes dos efeitos adversos associados ao uso constante de celulares.</p>
<h3>A Resposta Global</h3>
<p>A medida do Rio de Janeiro não é isolada. Países como França, Holanda, Finlândia e regiões como a Tasmânia (um estado insular da Austrália) já implementaram legislações semelhantes, demonstrando resultados positivos na melhoria do foco e redução do cyberbullying entre os estudantes. </p><p>Nos EUA, a Associação Nacional de Educação (NEA) citou, em <b>fevereiro de 2023</b>, um relatório de <b>2020</b> do Centro Nacional de Estatísticas da Educação que revelou que <b>76%</b> das escolas já possuem algum tipo de restrição ao uso de celulares, evidenciando uma tendência global de se limitar as distrações digitais no ambiente educacional.</p>
<h3>E no Brasil?</h3>
<p>Com a proibição no Rio de Janeiro, o Brasil se junta a uma lista crescente de países que adotam políticas estritas contra o uso de smartphones nas escolas. Esta decisão reflete um compromisso com a promoção de um ambiente educacional mais focado e seguro, livre das interrupções e dos riscos associados ao uso excessivo de dispositivos móveis.</p><h3 style="text-align: left;">Proibição no recreio</h3>A proibição do uso de celulares vale para dentro de sala de aula e também os intervalos entre as aulas, incluindo o recreio. Apenas na Educação de Jovens e Adultos será permitido o uso de celulares nos intervalos.<br /><br />O decreto orienta que os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração. Apesar disso, a publicação deixa margem para que a equipe da escola adote outra estratégia de preferência.<br /><br />Caso haja desrespeito à proibição, o decreto autoriza os professores a advertir os alunos e cercear o uso dos dispositivos em sala de aula.<br /><h3 style="text-align: left;">Exceções</h3>Apesar da proibição, os professores podem propor a utilização dos celulares e dispositivos eletrônicos para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso a outros materiais educativos.<br /><br />Os alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade também têm autorização para mantê-los em funcionamento na escola.<br /><br />O uso também pode ser liberado quando a cidade estiver em situações que causam impacto em sua rotina, como no caso de temporais que provocam alagamentos e incidentes graves de trânsito ou segurança pública.<br /><h3 style="text-align: left;">Consulta pública</h3>Antes de a prefeitura publicar o decreto, a Secretaria Municipal de Educação realizou uma consulta pública sobre a proibição, que contou com mais de <b>10 mil</b> contribuições.<br /><br />Segundo a secretaria, o resultado foi de <b>83%</b> de respostas a favor, <b>6%</b> contrárias e <b>11%</b> parcialmente favoráveis.<br /><br />Na época, o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, destacou a relevância do resultado. “São números que mostram o grande interesse por essa discussão e o quanto a sociedade está consciente da importância e urgência que esse problema precisa ser enfrentado”.<h3>O Ensino à Distância em Pauta</h3>
<p>Além do foco nos smartphones<u>, o relatório da UNESCO também discutiu o papel do ensino à distância, especialmente relevante no contexto da pandemia de Covid-19. Embora reconheça a importância do aprendizado online, a organização enfatiza que este não substitui a rica experiência de aprendizado presencial,</u> destacando a essencialidade da interação humana na educação.</p>
<h3>Conclusão</h3>
<p>A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, ressalta: </p><p></p><blockquote>“Devemos colocar as necessidades dos alunos em primeiro lugar e apoiar os professores.”</blockquote><p></p><p>Este princípio orientou tanto o relatório da UNESCO quanto a decisão da prefeitura do Rio, sinalizando um movimento em direção a práticas educacionais que valorizem o bem-estar e o desenvolvimento holístico dos estudantes em um mundo cada vez mais digital.</p><span><a name='more'></a></span><p>Essa decisão nos remete ao próprio propósito do jogo de tabuleiro Pontes do Saber, já tão declamado em <a href="https://blog.brasilacademico.com/2023/04/palestra-na-campus-party-2023-pontes-do.html" target="_blank">palestras e mostras</a> como a Campus Party, entre outras, que além de fomentar a cultura e desenvolver habilidades sociais, almeja ser um instrumento que incentive, especialmente os jovens, a abandonarem um pouco as telas em prol de uma diversão educacional analógica, no mundo dos átomos. E que podemos colher benefícios com essa orientação. Com seu relatório, a UNESCO nos ofertou fortes indícios de que estamos no caminho certo. 🌍📚</p>
<h3 style="text-align: left;"><b>Glossário</b></h3>
<p><b>UNESCO:</b> Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, promove educação, cultura e ciência mundialmente.</p>
<p><b>Smartphones:</b> Telefones móveis com funcionalidades como internet, aplicativos, câmera e mídia.</p>
<p><b>Desempenho educacional:</b> Avaliação de progresso e conhecimento em ambientes educativos.</p>
<p><b>Estabilidade emocional:</b> Habilidade de gerir emoções e manter calma sob estresse.</p>
<p><b>Bullying virtual:</b> Assédio ou intimidação por meio digital.</p>
<p><b>Diretrizes da ABNT:</b> Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas para trabalhos acadêmicos.</p>
<p><b>Visão centrada no ser humano:</b> Prioriza bem-estar e interações humanas sobre tecnologia.</p>
<p><b>Legisladores:</b> Responsáveis por criar e implementar leis.</p>
<p><b>Impacto negativo no aprendizado:</b> Efeitos adversos no processo educacional.</p>
<p><b>Ambiente de aprendizagem:</b> Espaço para o processo educacional.</p><p><br /></p><p>*Glossário construído pelo GPT <a href="https://chat.openai.com/g/g-9rHz01sHG-glossarista" target="_blank">Glossarista</a> sob supervisão do autor da postagem.</p><p><br /></p>
<p><a href="https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386147_por/PDF/386147por.pdf.multi" target="_blank">[Relatório A tecnologia na educação: UMA FERRAMENTA A SERVIÇO DE QUEM?]</a></p><p><span style="font-size: x-small;"><br /></span></p><p><span style="font-size: x-small;">Com informações de <a href="https://news.un.org/pt/story/2023/07/1818137" target="_blank">ONU NEWS</a>, <a href="https://www.canalsaude.fiocruz.br/noticias/noticiaAberta/unesco-recomenda-proibicao-global-de-smartphones-nas-escolas27072023#:~:text=Joshua%20Estey%20%2FUnicef)-,Unesco%20recomenda%20proibi%C3%A7%C3%A3o%20global%20de%20smartphones,%5B27%2F07%2F2023%5D&text=Um%20relat%C3%B3rio%20da%20ONU%2C%20publicado,escolas%20em%20todo%20o%20mundo." target="_blank">FIOCRUZ</a>, <a href="https://www.firstpost.com/world/unesco-recommends-banning-smartphones-in-schools-a-look-at-countries-that-dont-allow-cellphones-in-classrooms-12917702.html" target="_blank">First Post</a>, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2024-02/prefeitura-do-rio-proibe-uso-de-celulares-em-sala-de-aula-e-no-recreio" target="_blank">Agência Brasil</a></span></p><span style="font-size: xx-small;">
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-25313942376823616952023-11-12T15:11:00.006-03:002023-11-12T16:05:18.600-03:00Álcool, Vício, Neurotoxicidade e EnganaçãoDr. Vitor Blazius conta tudo sobre alcoolismo e sua opinião sobre a postura da indústria de bebidas alcoólicas. <br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxtHUW4DDEJBTIkIT8gwo2Fcn6DXeBeBo3xKrYeSLgzaccKIfeDeyJoWoereq0gRizJSL8F9Se48yvnpMc51SMsDshvZxXxMmauJ9U5h3-5PiBiLRLIhV-0RmqZve29OusJgWTcAkuttqsy1M7OkyeErOYqDsuhj3hrMzUyDdr5jykY5sijipT0PNIUA8/s1280/podcasterAlcool.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1280" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxtHUW4DDEJBTIkIT8gwo2Fcn6DXeBeBo3xKrYeSLgzaccKIfeDeyJoWoereq0gRizJSL8F9Se48yvnpMc51SMsDshvZxXxMmauJ9U5h3-5PiBiLRLIhV-0RmqZve29OusJgWTcAkuttqsy1M7OkyeErOYqDsuhj3hrMzUyDdr5jykY5sijipT0PNIUA8/s320/podcasterAlcool.jpg" width="320" /></a><br /><span style="font-size: x-large;"><strike>E</strike></span>xiste uma dose segura? Aliás, quanto mede uma dose? Vinho faz bem ao coração? Álcool dá câncer? Porque ele fala mais às mulheres? O que o consumo do álcool pode ter a ver com o feminicídio? Iatrogenia? Saiba a opinião desse psiquiatra que responde essas e outras incômodas questões.<div><br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" id="vid1" src="https://www.youtube.com/embed/JoKupe4w3oA?si=bwDAneZiPLCEpK6X" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
<br /></div>
<a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:00:01', 'JoKupe4w3oA');">[00:00:00 Apresentação Dr. Vitor Blazius ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:01:32', 'JoKupe4w3oA');">[00:01:32 Existe dose segura de álcool? ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:05:21', 'JoKupe4w3oA');">[00:05:21 Álcool e câncer ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:06:24', 'JoKupe4w3oA');">[00:06:24 Indústria do álcool e liberdade individual ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:07:47', 'JoKupe4w3oA');">[00:07:47 Iatrogenia ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:09:25', 'JoKupe4w3oA');">[00:09:25 Planejamento cultural do álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:10:45', 'JoKupe4w3oA');">[00:10:45 Doses baixas, moderadas e altas de álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:13:40', 'JoKupe4w3oA');">[00:13:40 Políticas públicas e regulamentação ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:15:35', 'JoKupe4w3oA');">[00:15:35 Propagandas com álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:19:50', 'JoKupe4w3oA');">[00:19:50 Álcool e menores de idade ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:23:24', 'JoKupe4w3oA');">[00:23:24 Venda de álcool em posto de gasolina ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:26:32', 'JoKupe4w3oA');">[00:26:32 Aumento de imposto sobre a bebida alcoólica ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:28:06', 'JoKupe4w3oA');">[00:28:06 Preço mínimo da bebida ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:29:00', 'JoKupe4w3oA');">[00:29:00 Bebida alcoólica e ambiente ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:29:33', 'JoKupe4w3oA');">[00:29:33 Prejuízos do álcool para a sociedade ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:30:22', 'JoKupe4w3oA');">[00:30:22 Políticas públicas para proteger a população ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:31:40', 'JoKupe4w3oA');">[00:31:40 Campanha contra tabagismo no Brasil ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:32:14', 'JoKupe4w3oA');">[00:32:14 Indústria do cigarro e cinema ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:32:46', 'JoKupe4w3oA');">[00:32:46 Alcoolistas graves e a indústria ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:34:44', 'JoKupe4w3oA');">[00:34:44 "Beba com moderação" ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:35:46', 'JoKupe4w3oA');">[00:35:46 O que é um alcoolista ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:37:22', 'JoKupe4w3oA');">[00:37:22 Abstinência e tolerância ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:38:46', 'JoKupe4w3oA');">[00:38:46 A importância do álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:41:54', 'JoKupe4w3oA');">[00:41:54 Relação do alcoolista com álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:42:29', 'JoKupe4w3oA');">[00:42:29 Álcool e masculinidade tóxica ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:43:28', 'JoKupe4w3oA');">[00:43:28 O álcool como um tema frágil ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:44:30', 'JoKupe4w3oA');">[00:44:30 Álcool e música ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:45:34', 'JoKupe4w3oA');">[00:45:34 Delay discounting ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:46:41', 'JoKupe4w3oA');">[00:46:41 Músicas contra o uso de álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:47:46', 'JoKupe4w3oA');">[00:47:46 Estatísticas e dados do álcool no Brasil ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:52:42', 'JoKupe4w3oA');">[00:52:42 Alcoolismo em homens e em mulheres ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:53:36', 'JoKupe4w3oA');">[00:53:36 Câncer de mama e álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:54:22', 'JoKupe4w3oA');">[00:54:22 Álcool e doenças crônicas não transmissíveis ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:55:24', 'JoKupe4w3oA');">[00:55:24 Álcool sob a psicologia comportamental ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '00:59:46', 'JoKupe4w3oA');">[00:59:46 Treinamento das pessoas ao redor do alcoolista como combate ao vício ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:02:18', 'JoKupe4w3oA');">[01:02:18 Mulheres com maridos alcoolistas ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:05:11', 'JoKupe4w3oA');">[01:05:11 Método Sinclair ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:06:50', 'JoKupe4w3oA');">[01:06:50 Alcoolismo como aprendizado comportamental e o ambiente ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:08:15', 'JoKupe4w3oA');">[01:08:15 Treinamento de habilidades ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:10:00', 'JoKupe4w3oA');">[01:10:00 Estágio de ação ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:10:18', 'JoKupe4w3oA');">[01:10:18 Estágio motivacional no tratamento do alcoolismo ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:10:44', 'JoKupe4w3oA');">[01:10:44 Terapia para alcoolistas ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:11:06', 'JoKupe4w3oA');">[01:11:06 Familiar e geração de motivação ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:11:59', 'JoKupe4w3oA');">[01:11:59 Análise funcional combinada ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:13:31', 'JoKupe4w3oA');">[01:13:31 Behaviourismo e alcoolismo ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:15:36', 'JoKupe4w3oA');">[01:15:36 Relação familiar em meio o alcoolismo ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:19:44', 'JoKupe4w3oA');">[01:19:44 Reação paradoxal ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:20:40', 'JoKupe4w3oA');">[01:20:40 "Punição" para o alcoolista ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:21:50', 'JoKupe4w3oA');">[01:21:50 Consequência negativa e análise funcional ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:23:07', 'JoKupe4w3oA');">[01:23:07 Comunicação dentro da relação com alcoolista (entrevista motivacional) ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:25:17', 'JoKupe4w3oA');">[01:25:17 Psicoterapia e dependência química ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:30:35', 'JoKupe4w3oA');">[01:30:35 Pré-contemplações ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:31:15', 'JoKupe4w3oA');">[01:31:15 Vínculo na psicoterapia ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:32:46', 'JoKupe4w3oA');">[01:32:46 Desmotivação do alcoolista ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:33:30', 'JoKupe4w3oA');">[01:33:30 Fisiologia: o que o álcool faz no corpo ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:43:19', 'JoKupe4w3oA');">[01:43:19 Sistema de recompensa e fissura ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:46:44', 'JoKupe4w3oA');">[01:46:44 Estilo de vida ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:46:57', 'JoKupe4w3oA');">[01:46:57 Aumento do risco de câncer ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:48:40', 'JoKupe4w3oA');">[01:48:40 Pneumonia Klebsiella ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:49:19', 'JoKupe4w3oA');">[01:49:19 Álcool e risco de vida ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:51:46', 'JoKupe4w3oA');">[01:51:46 Substâncias mais perigosas para o ser humano ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:55:20', 'JoKupe4w3oA');">[01:55:20 Álcool e taxa de homicídio ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:56:02', 'JoKupe4w3oA');">[01:56:02 Políticas públicas ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:57:28', 'JoKupe4w3oA');">[01:57:28 Indústria do álcool e prostituição ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '01:59:26', 'JoKupe4w3oA');">[01:59:26 Dieta mediterrânea e vinho ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:00:11', 'JoKupe4w3oA');">[02:00:11 Represálias ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:02:39', 'JoKupe4w3oA');">[02:02:39 Álcool e propaganda na internet ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:04:30', 'JoKupe4w3oA');">[02:04:30 Socialização e álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:05:48', 'JoKupe4w3oA');">[02:05:48 Proibição do álcool e saúde pública ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:09:38', 'JoKupe4w3oA');">[02:09:38 Futuro do álcool na sociedade ➠]</a><br/>
<a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:11:51', 'JoKupe4w3oA');">[02:11:51 Propaganda de cerveja sem álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:13:16', 'JoKupe4w3oA');">[02:13:16 Alcoólicos anônimos e Narcóticos Anônimos ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:16:51', 'JoKupe4w3oA');">[02:16:51 A.A. para mulheres ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:18:14', 'JoKupe4w3oA');">[02:18:14 Álcool e diferentes focos na vida ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:21:58', 'JoKupe4w3oA');">[02:21:58 Grupo de apoio para familiares de alcoolistas e seus problemas ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:23:28', 'JoKupe4w3oA');">[02:23:28 Codependência ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:27:52', 'JoKupe4w3oA');">[02:27:52 3 opções para mulher com marido alcoólatra ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:30:35', 'JoKupe4w3oA');">[02:30:35 Debate técnico sobre álcool ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:31:49', 'JoKupe4w3oA');">[02:31:49 Contatos Dr. Vitor Blazius ➠]</a><br/><a href="javascript:void(0);" onclick="tocarTempo('1', '02:32:44', 'JoKupe4w3oA');">[02:32:44 Encerramento ➠]</a><br/>
<br /><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=JoKupe4w3oA" target="_blank">YouTube</a><br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />
<script>
function tocarTempo(ordemDoVideo, tempoInicio, videoId) {
// Calcula o tempo de início em segundos
var tempo = tempoInicio.split(':'); // Separa em HH, MM, SS
var segundos = parseInt(tempo[0]) * 3600 + parseInt(tempo[1]) * 60 + parseInt(tempo[2]);
// Modifica a URL do vídeo para incluir o tempo de início
var iframe = document.getElementById('vid'+ordemDoVideo);
iframe.src = 'https://www.youtube.com/embed/' + videoId + '?start=' + segundos + '&autoplay=1';
// Opcional: Se você quiser que a página role até o vídeo após clicar no link, descomente a linha abaixo
iframe.scrollIntoView();
}
</script>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-54585355694250342952023-07-31T07:37:00.006-03:002023-07-31T12:09:58.820-03:00Por que os jovens estão bebendo cada vez menos?<i>Pesquisas apontam que algo está mudando o consumo etílico dos jovens da geração atual.</i><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXyvQoTiga-T7qyLvT17e_NNv_zrOMSWGZiDPkrRtnDM5lGf9FFFgvHTdJ9A0FpA2ANlHbMq_totSvQQiYdi3y5VVkVPKe6Eipnk4Y_MTxv23jiJLbddI9swf-k6Pv9p9VtKF3OV2wlCcnzgSLtB5xrugIcIzNuMAxf_6cuvGpXWXcN39OggfJxZRHO8o/s1536/jovensAlcool.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXyvQoTiga-T7qyLvT17e_NNv_zrOMSWGZiDPkrRtnDM5lGf9FFFgvHTdJ9A0FpA2ANlHbMq_totSvQQiYdi3y5VVkVPKe6Eipnk4Y_MTxv23jiJLbddI9swf-k6Pv9p9VtKF3OV2wlCcnzgSLtB5xrugIcIzNuMAxf_6cuvGpXWXcN39OggfJxZRHO8o/w640-h320/jovensAlcool.png" width="640" /></a><br /><strike><span style="font-size: x-large;">E</span></strike>m uma análise recente da <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cedeypvj97lo" target="_blank">BBC News Brasil</a>, foram apresentados diversos estudos que indicam uma tendência surpreendente: a geração atual de jovens está consumindo menos bebidas alcoólicas do que as gerações anteriores.<div><h3 style="text-align: left;">🌍 Tendência Global</h3><p>Um <a href="https://academic.oup.com/eurpub/article/31/2/424/5981990" target="_blank">artigo</a> publicado em <b>2020</b> analisou os hábitos de consumo de álcool de adolescentes de <b>12 a 18 anos</b> em <b>39 países</b> da América do Norte, Europa e Oceania. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJCK1fyQJoaghBsT5aY5IjuRuGel24WPkIw0rC70PWV5BK_Qr2y80-F7KFds1hXCYLHRYF4Kvw3e9RtPwOvSoTsoravd9cRGY7pNUgRHCBw_w4ksrs-SFOGfy8uVfOs_kO0ZK_dEICNNnbkHI9LBkTKXBulbi-VD2Oeh6y044BZxLHq53LZE6dR7Zctak/s1235/jovensAlcool03.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="617" data-original-width="1235" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJCK1fyQJoaghBsT5aY5IjuRuGel24WPkIw0rC70PWV5BK_Qr2y80-F7KFds1hXCYLHRYF4Kvw3e9RtPwOvSoTsoravd9cRGY7pNUgRHCBw_w4ksrs-SFOGfy8uVfOs_kO0ZK_dEICNNnbkHI9LBkTKXBulbi-VD2Oeh6y044BZxLHq53LZE6dR7Zctak/w400-h200/jovensAlcool03.png" width="400" /></a></div><p>Os resultados mostraram uma tendência de queda no consumo de álcool em comparação com as taxas observadas há <b>20 anos</b>. Essa redução supera os <b>50%</b> em países como Noruega, Suécia e Lituânia, e ultrapassa os <b>80%</b> na Islândia. </p><p></p><table><tbody><tr><th>País</th>
<th>Redução no consumo de álcool</th>
</tr>
<tr>
<td>Noruega, Suécia e Lituânia</td>
<td style="text-align: center;"><b>> 50%</b></td>
</tr>
<tr>
<td>Islândia</td>
<td style="text-align: center;"><b>> 80%</b></td>
</tr>
</tbody></table>
<br /><div>Outro levantamento realizado pela organização britânica Drinkaware mostrou que <b>26%</b> dos jovens de <b>16 a 24 anos</b> se consideram totalmente abstêmios.<h3 style="text-align: left;">🍺 Tendência no Brasil</h3><p>No Brasil, um <a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas" target="_blank">inquérito</a> realizado anualmente pelo Ministério da Saúde apontou que <b>19,3%</b> dos brasileiros de <b>18 a 24 anos</b> fazem consumo abusivo de álcool, sendo a primeira vez que o índice ficou abaixo dos <b>20%</b> desde <b>2015</b>.</p><p></p><blockquote>No Brasil, <b>19,3%</b> dos brasileiros de <b>18 a 24 anos</b> fazem consumo abusivo de álcool. É a <b>primeira vez</b> que fica abaixo dos <b>20%</b> desde <b>2015</b>.</blockquote><p></p>
<p>Uma <a href="https://cisa.org.br/biblioteca/downloads/artigo/item/426-panorama2023?option=com_content&view=article&id=115" target="_blank">pesquisa</a> recente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) mostrou que <b>46%</b> dos jovens de <b>18 a 24 anos</b> afirmam não beber nunca e <b>20%</b> declararam consumir produtos alcoólicos uma vez por mês ou menos. Apesar dos dados promissores os pesquisadores alertam que ainda não é possível assegurar que se trata de uma tendência.</p>
<table>
<tbody><tr>
<th>Faixa Etária</th>
<th>Não Bebem Nunca</th>
<th>Bebem uma vez/mês ou menos</th>
</tr>
<tr>
<td>18-24 anos</td>
<td style="text-align: center;"><b>46%</b></td>
<td style="text-align: center;"><b>20%</b></td>
</tr>
</tbody></table>
<h3 style="text-align: left;">🔍 Motivações para a Mudança</h3><p>Os pesquisadores concluíram que o principal motivador para a moderação do consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens está relacionado à necessidade de manter a reputação e o bom desempenho nas atividades rotineiras, principalmente o trabalho.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDp5HnuFaD_JRbTFB3SuYTjl2yPhITsQfH88HtvzYh7EPlYRgrOEeeGtoIyLU5BRmJY4cAojYHrEB64P4T9EbotxyM_De8jKrIwI795UuPGoHE_Kkc4dFQwqrGMH2fUg4TlBJPCI8spYpl5Tm-p7rfpeYh5KC3sEB3hnfadEpC_IaN2U3u-kKRjxvdCvY/s1536/jovensAalcool02.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1536" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDp5HnuFaD_JRbTFB3SuYTjl2yPhITsQfH88HtvzYh7EPlYRgrOEeeGtoIyLU5BRmJY4cAojYHrEB64P4T9EbotxyM_De8jKrIwI795UuPGoHE_Kkc4dFQwqrGMH2fUg4TlBJPCI8spYpl5Tm-p7rfpeYh5KC3sEB3hnfadEpC_IaN2U3u-kKRjxvdCvY/w400-h200/jovensAalcool02.png" width="400" /></a></div><p>Além das questões de saúde, as pressões sociais também parecem influenciar nesse cenário. Em <a href="https://theconversation.com/why-are-young-people-drinking-less-than-their-parents-generation-did-172225">artigo</a> para o site de notícias acadêmicas The Conversation, pesquisadores da Universidade La Trobe, na Austrália, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e da Universidade de Estocolmo, na Suécia, destrincharam o assunto. Eles escreveram:</p><ul style="text-align: left;"><li>“Ser jovem num país desenvolvido hoje é muito diferente em comparação com as gerações anteriores. Das mudanças climáticas ao planejamento de carreira e a compra de uma casa, <b>indivíduos dessa faixa etária sabem que o futuro é incerto</b>.”</li><li>“Com isso, muitos jovens pensam sobre o futuro de maneiras que as gerações passadas não precisavam. Eles tentam ganhar um senso de <b>controle sobre a vida</b> e assegurar o futuro que eles tanto aspiram.”</li><li>“Agora, os jovens sentem a <b>pressão de se apresentarem como responsáveis e independentes</b> cada vez mais cedo, e alguns temem que beber leve à intoxicação e à perda de controle, o que poderia atrapalhar os <b>planos sobre o futuro</b>. Essa ênfase no amanhã significa que esses indivíduos limitam o tempo gasto com festas e bebedeiras.”</li></ul>Os pesquisadores também citaram as preocupações com a saúde como um fator importante, além da influência das redes sociais na exposição da vida, as mudanças nos relacionamentos com os pais e o fato do consumo excessivo de álcool não ser mais encarado como algo positivo nesta faixa etária.<br /><h3 style="text-align: left;">💊Recomendações de Saúde</h3>A Organização Mundial da Saúde (OMS) <a href="https://www.who.int/europe/news/item/04-01-2023-no-level-of-alcohol-consumption-is-safe-for-our-health#:~:text=The%20World%20Health%20Organization%20has,that%20does%20not%20affect%20health">mudou seu posicionamento</a> a respeito dessa questão nos últimos anos e agora afirma: nenhum nível de consumo de álcool é seguro. Segundo a entidade, os riscos e danos relacionados ao hábito de beber álcool foram sistematicamente avaliados nos últimos anos e estão bem documentados. <p></p><p></p><blockquote>A OMS aponta que o álcool é uma substância tóxica, psicoativa e indutora de dependência que é classificada como carcinogênica e está relacionada a pelo menos <b>sete tipos de tumores diferentes</b>, como os de mama e de intestino.</blockquote>Em <b>2022</b>, a Federação Mundial de Cardiologia <a href="https://world-heart-federation.org/news/no-amount-of-alcohol-is-good-for-the-heart-says-world-heart-federation/">divulgou um posicionamento</a> dizendo que, ao contrário do que é dito na cultura popular, <b>o álcool não é nada bom para a saúde cardiovascular</b>. O hábito de beber está relacionado a doenças cardíacas crônicas, segundo a entidade.</div><div><br /></div><div>O álcool, ou etanol, é uma molécula feita a partir de átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio. Após passar pela boca, esôfago e estômago, as moléculas de etanol são absorvidas pelo intestino delgado indo parar na corrente sanguínea.</div><div><br /></div><div>A chegada delas ao cérebro e ao fígado, o órgão mais afetado neste processo, demora poucos minutos. É ali que o álcool modifica o funcionamento de diferentes neurotransmissores. Sendo o primeiro deles a dopamina.</div><div><blockquote>“Alguns especialistas chamam a dopamina de neutransmissor da alegria. Ela faz você se sentir feliz. É por isso que as pessoas bebem álcool, para ter essa sensação de felicidade. Você consegue falar e se soltar mais.”<br /><span style="font-size: xx-small;"><b>Jing Liang</b>, farmacêutica e professora da Universidade do Sul da Califórnia.</span></blockquote><span style="font-size: xx-small;"></span></div><div>Outros duas substâncias químicas do cérebro afetadas pelo etanol são o glutamato, que também tem um efeito excitatório, e o Gaba (ácido gama-aminobutírico), que tem uma função contrária, de inibir e diminuir a atividade do sistema nervoso central.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSK53FJMReWZViMZpeEy7Y_HumAcxXqLDzoXOcVnkwJAAFgNvbXHZQ3I7trQchAV7hEEnzi9YRoN-FUzzui_gjodlpPRfOZ-rv5waCPFkO289ye8l7uxa3_Sc7UVbix6IheBQQIE1gq6Vd3weH1_aTMvz3ImMylMiC502X8pX2pxkm3QAGDRJpUdbg768/s1024/jovensAlcool04.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="940" data-original-width="1024" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSK53FJMReWZViMZpeEy7Y_HumAcxXqLDzoXOcVnkwJAAFgNvbXHZQ3I7trQchAV7hEEnzi9YRoN-FUzzui_gjodlpPRfOZ-rv5waCPFkO289ye8l7uxa3_Sc7UVbix6IheBQQIE1gq6Vd3weH1_aTMvz3ImMylMiC502X8pX2pxkm3QAGDRJpUdbg768/w200-h184/jovensAlcool04.png" width="200" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Segundo <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17989301/">pesquisas feitas</a> pela farmacêutica Jing Liang, professora da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, uma única dose de bebida alcoólica pode afetar o funcionamento do neurotransmissor Gaba por até <b>14 dias seguidos</b>.<br /><div><br /></div>Diante das evidências recentes de saúde, a recomendação dos especialistas é não beber álcool, se possível, ou consumir o mínimo para evitar o risco de uma série de doenças, que incluem não apenas câncer e problemas no coração, mas também cirrose, dependência e transtornos psiquiátricos.<p></p>
<h3 style="text-align: left;">🎯 Conclusão</h3><p>A historiadora Deborah Toner, professora da Universidade de Leicester, no Reino Unido, classifica a tendência como “sólida”. Segundo ela, essa “cultura da sobriedade” está ligada a uma preocupação cada vez maior com um estilo de vida saudável, mas também com uma afirmação de identidades próprias — se antes todo mundo tinha que ir ao bar e beber para fazer parte de determinado grupo social, hoje as pessoas respeitariam mais as decisões daqueles que desejam se manter sóbrios.</p><p>Os pesquisadores apostam na <b>educação</b> para um consumo consciente e rechaçam as ideias ligadas ao proibicionismo e ao moralismo — até porque acabar com a venda de bebidas alcoólicas não deu nada certo em experiências anteriores, como a implantação da Lei Seca nos Estados Unidos no início do <b>século 20</b>.</p><p>Os dados indicam que os jovens estão cada vez mais conscientes sobre os efeitos do álcool e optando por um estilo de vida mais saudável. Essa tendência é observada tanto em países desenvolvidos quanto no Brasil, sugerindo uma mudança global no comportamento dos jovens em relação ao consumo de álcool.</p>
<span style="font-size: xx-small;">
Fonte: <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/cedeypvj97lo" target="_blank">BBC News Brasil</a><br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-83615216443518073462023-07-27T13:59:00.004-03:002023-07-28T14:41:07.447-03:00Capacitismo e expressões a serem evitadasCapacitismo é a discriminação e o preconceito direcionados às pessoas com deficiência. Originário do termo inglês "ableism", o capacitismo é fundamentado na construção social de um corpo padrão, sem deficiência, considerado "normal", e na subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3t6huL7kCpOOicqc70ADYQE8OOGpsnjuOnunvqElT-Bzs1PyQKAO95GNGTzAhOXJ-Y0wO9wqzWYHlDobGb7DBzQK_K5woRPzQI1asABIxoHCuEk4Eisgk1sCfHkJtD22k9hRs5SHWCFzSmf1uj73PjKFYjBsQoRkH8J9g9rbb2Db-bgUD7q4HAybdqV4/s233/capacitismo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="233" data-original-width="216" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3t6huL7kCpOOicqc70ADYQE8OOGpsnjuOnunvqElT-Bzs1PyQKAO95GNGTzAhOXJ-Y0wO9wqzWYHlDobGb7DBzQK_K5woRPzQI1asABIxoHCuEk4Eisgk1sCfHkJtD22k9hRs5SHWCFzSmf1uj73PjKFYjBsQoRkH8J9g9rbb2Db-bgUD7q4HAybdqV4/s1600/capacitismo.png" width="216" /></a></div><div><div><strike><span style="font-size: x-large;">E</span></strike>m resumo, o capacitismo é o preconceito que tem como base a "capacidade" de outros seres humanos, principalmente quando se refere à parcela da população que possui algum tipo de deficiência.</div><div><br /></div><div>É crucial que todos compreendam o que é o capacitismo e como evitá-lo. Pequenas expressões e atitudes podem passar despercebidas no dia a dia, mas são extremamente problemáticas para pessoas com deficiência. </div><div><br /></div><div>Não é tarefa fácil, já que até os termos que usamos na linguagem perpetuam na cultura uma ideia de corpos "normais" e corpos "especiais". Felizmente começamos a contar com a tecnologia para nos auxiliar a comunicar sem usar expressões capacitistas. </div><div><br /></div><div>Um exemplo veio da Take Blip, uma empresa de soluções de comunicação que em parceria com a Meta, lançou o ConverGente, um bot conversacional para o WhatsApp, com o objetivo de combater o uso de expressões capacitistas. O bot é capaz de identificar cerca de <b>30 termos</b> capacitistas relacionados a deficiências auditivas, visuais, físicas e neuro divergentes. Ele visa promover a acessibilidade por meio da tecnologia, explicando o significado negativo de certos termos e apresentando alternativas anti-capacitistas.</div><div><div><br /></div><div>Expressões como "Não tenho braço para isso", "fingir demência" e "que mancada" são comuns, mas muitas vezes as pessoas não percebem que essas expressões usam características de pessoas com deficiência de maneira pejorativa. O Brasil é um país com <b>17,3 milhões</b> de pessoas com deficiência. E é crucial estarmos atentos ao uso desses termos. No mundo todo, cerca de <b>1 bilhão</b> de pessoas — <b>15%</b> da população global — tem algum tipo de deficiência documentada. No Brasil, segundo o Censo 2010 do IBGE, quase <b>um quarto</b> da população declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus) ou possuir deficiência mental/intelectual. A incidência é semelhante nos EUA e no Reino Unido.</div><div><br /></div><div>O bot ConverGente foi desenvolvido para ajudar as empresas a adaptarem seus discursos de forma diversa, respeitosa e abolindo termos e culturas capacitistas.</div></div><div><br /></div><div>Levantamos algumas expressões capacitistas a serem evitadas na comunicação:</div><div><br /></div><div><div>8 expressões capacitistas para excluir do dia a dia</div><div><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>1. Dar uma de João sem braço</li><ul><li>Explicação: não ter um braço é uma condição física, não comportamental. Não ter um braço, portanto, não significa que a pessoa é preguiçosa, menos disposta a ajudar os outros ou apta a assumir responsabilidades. Afinal, qualquer pessoa pode ter atitudes como essas. <br />Substitua por: “a pessoa é preguiçosa”, “fugiu da responsabilidade” ou “se fez de desentendida”.</li></ul><li>2. Dar uma mancada</li><ul><li>Explicação: mancar não deve ser sinônimo para errar, já que algumas pessoas mancam mesmo quando estão caminhando – e está tudo certo!<br />Substitua por: “dar uma gafe”, “faltar com o compromisso”, “ser sacana”, errar.</li></ul><li>3. Está cego/surdo?</li><ul><li>Explicação: poder ver ou ouvir não tem nada a ver com a capacidade de prestar atenção no que está sendo dito ou mostrado.<br />Substitua por: “você prestou atenção no que eu disse/mostrei?”, “você poderia me responder o que te perguntei?”.</li></ul><li>4. Estar mal das pernas</li><ul><li>Explicação: pode ser ofensivo a pessoas que tenham algum tipo de deficiência nas pernas ou redução de mobilidade, e não deve ser associado a algo que não vai bem.<br />Substitua por: “estar com problemas”, “estar em crise”.</li></ul><li>5. Fingir demência</li><ul><li>Explicação: a demência é um grupo de sintomas caracterizado pela disfunção de pelo menos duas funções do cérebro, como a memória e o discernimento. Não é algo que se escolhe ou finge ter, portanto, e nem deve ser associado ao comportamento negativo de alguém.<br />Substitua por: “fingir-se de desentendido”.</li></ul><li>6. Não ter braço para alguma coisa</li><ul><li>Explicação: quem disse que é preciso ter braço para fazer uma tarefa? Ou então que não tê-los vai impedir que o trabalho seja entregue com qualidade?<br />Substitua por: “não temos pessoal para isso”, “não temos força de trabalho suficiente”, “não temos estrutura para isso”.</li></ul><li>7. Retardado</li><ul><li>Explicação: usar o termo para definir a si mesmo quando fizer algo de errado ou para ofender alguém reforça uma falsa ideia de superioridade. Existe um histórico de preconceito associado a esta palavra, já que ela era usada para se referir pejorativamente a pessoas com deficiência intelectual. Substitua por: aqui não tem substituição, podemos parar de criticar a capacidade das pessoas (e de nós mesmos). Todo mundo erra, e precisa haver espaço para o erro no ambiente profissional.</li></ul><li>8. Ceguinho/ Mudinho</li><ul><li>Explicação: as palavras no diminutivo passam a impressão de que a pessoa é inferior às outras por conta de uma característica – o que não é verdade. Ou, ainda, passar a falsa sensação de que falando no diminutivo fica menos ofensivo.<br />Substitua por: “pessoa com deficiência visual”, “surdo não oralizado” ou, se for em tom pejorativo, não substitua por nada, simplesmente não fale.</li></ul></ul></ul></div><div><br /></div><div>21 perguntas e comentários capacitistas que não devem ser feitos</div><div><br /></div><div><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>1. Nossa, nem parece que você é PcD!</li><ul><li>Explicação: achar que é um elogio dizer que uma pessoa não parece ter uma deficiência parte do princípio de que ter uma deficiência é algo ruim, ou que deve ser escondido, o que não é verdade. </li></ul><li>2. Você não tem cara de autista</li><ul><li>Explicação: o autismo é uma condição ou diferença neurológica que deve ser respeitada, e não existe “cara de autista”. Lembre-se de que uma deficiência não define ninguém, e que antes dela sempre vem a pessoa. </li></ul><li>3. Seu problema não tem cura?</li><ul><li>Explicação: a deficiência não é um problema nem uma doença, é uma característica – e, portanto, ela não precisa ser curada.</li></ul><li>4. Achei que você era normal</li><ul><li>Explicação: sabia que, segundo o IBGE, cerca de 24% da população brasileira possui alguma deficiência em diferentes graus? Então pressupor que um tipo de corpo é o normal (e, por isso, unicamente funcional) exclui todos os diferentes tipos de corpos que existem. </li></ul><li>5. Você nasceu assim, foi acidente ou foi doença?</li><ul><li>Explicação: pense se você realmente precisa dessa informação ou se é apenas uma curiosidade. Reflita também se você tem intimidade suficiente para perguntar algo que talvez a pessoa não queira compartilhar.</li></ul><li>6. Você se machucou? Está mancando?</li><ul><li>Explicação: mancar pode ser uma condição permanente, não um sintoma passageiro. Por isso, a não ser que você tenha visto a pessoa se acidentar de alguma forma, não pergunte se ela se machucou pelo simples fato de estar mancando.<br />Imagine quantas vezes ela vai precisar responder a mesma pergunta por dia? Ainda que a intenção seja a de ajudar, considere que se uma pessoa mancando precisar de ajuda, ela vai te pedir.</li></ul><li>7. Mas como você faz as coisas?</li><ul><li>Explicação: pessoas com deficiência são tão capazes quanto qualquer pessoa. Às vezes ela precisa fazer algumas adaptações, mas isso tem relação com a quantidade de barreiras que essa pessoa enfrenta em um mundo pouco amigável para a PcD.</li></ul><li>8. Se fosse comigo, nem sei o que faria</li><ul><li>Explicação: o corpo humano é capaz de se adaptar a diversas situações, e por isso as pessoas são tão diversas. Alguém pode ter dificuldade de imaginar o que faria para lidar com situações que para você são corriqueiras. Reflita sobre isso se quiser, mas não precisa comentar com a pessoa.</li></ul><li>9. Você conseguiu ser mãe mesmo com poliomielite?</li><ul><li>Explicação: a maternidade pode, sim, ser uma parte da vida das PcDs. A pólio é uma condição que não determina quem o indivíduo vai ser, nem na vida dela, nem na maternidade.</li></ul><li>10. Será que seus filhos vão nascer normais?</li><ul><li>Explicação: o que é normal, no fim das contas? O conceito de normalidade é definido por padrões sociais. Todos os corpos que existem são únicos na sua individualidade, cada um à sua maneira, então a pergunta não faz sentido. Além disso, a questão é rude por ter implícita um desejo de que os filhos de uma pessoa com deficiência não tenham a deficiência, que é apenas uma característica.</li></ul><li>11. Apesar de ser uma PcD você parece muito feliz!</li><ul><li>Explicação: essa frase pressupõe que uma pessoa com deficiência é ou deveria ser triste, o que está longe de ser verdade. Todos temos dias bons e dias ruins.</li></ul><li>12. A gente só recebe o fardo que aguenta carregar</li><ul><li>Explicação: a deficiência não é um problema e nem uma doença, por isso não é um “fardo” a ser carregado.</li></ul><li>13. Essa pessoa é um exemplo de superação</li><ul><li>Explicação: tratar pessoas com deficiência como heróis ou exemplos de superação não é o mesmo que ter empatia pelos desafios que elas enfrentam. A deficiência não é sobre superar algo, é sobre se adaptar para fazer as coisas que quiser. PcDs não são heróis, são pessoas vivendo suas vidas em um mundo cheio de barreiras.</li></ul><li>14. Você é uma pessoa especial</li><ul><li>Explicação: todas as pessoas são especiais em sua individualidade. Ninguém deveria ser considerado especial simplesmente por ter uma deficiência. Alguns usam essa expressão tentando ser gentis, mas, por baixo dela, existe a mensagem oculta de que aquela pessoa não seria “normal”.</li></ul><li>15. Deve ser tão difícil ter essa deficiência e eu aqui reclamando da minha vida</li><ul><li>Explicação: a PcD também não deve ser colocada neste lugar de que vive algo pior do que outras pessoas, nem inferiorizada para que se encontre satisfação com a própria vida. Ter alguma deficiência não impede que as pessoas vivam – e que enfrentem problemas, como quaisquer outras. Ter uma deficiência não é um castigo ou motivo de admiração, é uma característica que faz parte dessa pessoa.</li></ul><li>16. Você faz muito mais com deficiência do que algumas pessoas sem</li><ul><li>Explicação: esse tipo de frase cria a ideia de que pessoas sem deficiência são melhores ou têm mais atributos do que pessoas com deficiência.</li></ul><li>17. Você é linda(o), nem parece PcD</li><ul><li>Explicação: comentários como esse reforçam o preconceito de que pessoas com deficiência não podem ser consideradas bonitas.</li></ul><li>18. Tão linda, pena que dá umas mancadas</li><ul><li>Explicação: ter algum tipo de deficiência física não torna uma pessoa menos bonita ou atraente. Essa é só mais uma característica, como tantas outras.</li></ul><li>19. Mesmo sendo surdo/cego você é tão inteligente</li><ul><li>Explicação: ser surdo ou ter alguma deficiência visual não tem relação com a inteligência. Não ter um dos sentidos não faz de alguém menos inteligente – assim como enxergar e ouvir não torna ninguém mais inteligente.</li></ul><li>20. Você fala também, nem parece que é surda</li><ul><li>Explicação: muitas pessoas com deficiência auditiva decidem aprender a falar algum idioma e possuem várias ferramentas para isso. Por isso, eles podem se tornar surdos oralizados, e que também realizam leitura labial.</li></ul><li>21. Coitadinha dessa pessoa, ela tem uma deficiência</li><ul><li>Explicação: pessoas com deficiência não devem ser tratadas como coitadas nem infantilizadas. Trate-a como ela é, ou seja, uma pessoa como qualquer outra, com acertos e erros, defeitos e qualidades, desejos, decepções, sonhos e problemas.</li></ul></ul></ul></div></div><div>#Capacitismo #Inclusão #Igualdade #Diversidade</div>
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Fonte: <a href="https://blog.nubank.com.br/perguntas-capacitistas-para-excluir-do-vocabulario/" target="_blank">NU Bank</a>, <a href="https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-56926469" target="_blank">BBC</a><br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-48838757316063888102023-01-28T23:46:00.010-03:002023-01-29T01:17:39.514-03:00Algospeak: A linguagem usada pelas mídias sociais para burlar a patrulha da IAA prática não é nova mas foi criado um termo específico para designá-la. Veja como o algospeak se espalha pelas redes sociais. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY6VjKojnk-DbQfWfIzy02ssEcc7vmkasVFBYAw3bL_mQ0-aOvFF7Jdn57EBht18gXX45XIQzU52793Irk7hv3tHOCjEPtFZTUHPHgiZP4Tsrl_3LjGTHa4G3zkqRq4cjfRS4y1gQhiFxgT935NLTz6xgVZDbaWu9R-e5zkPG_a0Cj--jnjSe7CD7e/s1024/algospeakBBA2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY6VjKojnk-DbQfWfIzy02ssEcc7vmkasVFBYAw3bL_mQ0-aOvFF7Jdn57EBht18gXX45XIQzU52793Irk7hv3tHOCjEPtFZTUHPHgiZP4Tsrl_3LjGTHa4G3zkqRq4cjfRS4y1gQhiFxgT935NLTz6xgVZDbaWu9R-e5zkPG_a0Cj--jnjSe7CD7e/w400-h225/algospeakBBA2.jpg" width="400" /></a><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-large;"><strike>E</strike></span>ssa é uma antiga prática para usada pelas tribos modernas pudessem falar mais abertamente sobre temas proibidos, Criar termos em código dificultando que algum denunciante entendesse ou pudesse provar que um determinado assunto estivesse sendo dito.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div>Houve um tempo entre os lusófonos estrangeiros de Londres que “beterraba” era um sinônimo para “negro” evitando que os afrodescendentes que não entendessem português não identificassem com facilidade que brasileiros estivessem se referindo a eles. Ainda que não fosse necessariamente para tratar de algum assunto racista, a palavra "negro" era facilmente identificada pelos afrodescendentes que poderiam imaginar que estivessem falando mal deles, causando desconforto.</div><div><br /></div><div>Assim, a palavra beterraba era uma forma de conferir privacidade para a comunicação entre lusófonos. Nada inclusiva, é fato. Essa espécie de técnica criptofônica seria revivida nas mídias sociais patrulhadas por algoritmos de IA treinadas para detectar termos proibidos ou para fazer censura automática. </div><div><br /></div><div><div>A chamada "Algospeak", fusão de algoritmo e falar (speak, em inglês), se vale de técnicas de linguagem de forma a tornar mais difícil para os sistemas de IA detectar ou identificar conteúdo indevido ou inapropriado. Isso pode incluir a utilização de palavras-chave específicas, a utilização de símbolos (como emojis, por exemplo) ou caracteres especiais, ou a utilização de linguagem "codificada" de alguma forma.</div><div><div>
<a name='more'></a>
<br />
No entanto, é bom considerar que tais sistemas de IA e outras tecnologias de moderação de conteúdo estão continuamente sendo aprimorados e podem ser capazes de detectar essas tentativas de burlar os seus algoritmos o que transforma todo o processo uma corrida entre predador e presa.<br /><br />Por exemplo, há tempos o termo "pron" ou mesmo "pr0n" (com zero no lugar da letra "o") indica algum conteúdo pornográfico através de uma grafia intencionalmente incorreta. Mais recentemente, o termo "acampar" seria uma forma de escapar dos algoritmos de patrulha para se referir ao aborto.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwDsKF6Cf5k-vVWjfsGc8N1vz-ty4_ichlad_M-CNkzyxHEZvUXFgIclozLZLsGG6Xb2ux9dJDzjQjdwhOkG2_90dMKkwnKIxX3z5KcZRounWwO72mSazJU5VE-slg2Vu-BihSCYQTKsgYYmDfalI8x2CjnuptwP3AlQCWth3mSXCJvLAfeuCn_ZE/s1024/pr0n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAwDsKF6Cf5k-vVWjfsGc8N1vz-ty4_ichlad_M-CNkzyxHEZvUXFgIclozLZLsGG6Xb2ux9dJDzjQjdwhOkG2_90dMKkwnKIxX3z5KcZRounWwO72mSazJU5VE-slg2Vu-BihSCYQTKsgYYmDfalI8x2CjnuptwP3AlQCWth3mSXCJvLAfeuCn_ZE/s320/pr0n.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div><div>Segundo a Telus International – empresa canadense que fornece serviços de moderação de conteúdo humano e de IA para quase todas as principais plataformas de mídia social, incluindo o TikTok –, mais da metade dos norte-americanos dizem ter visto um aumento no algospeak à medida que eventos políticos, culturais ou globais polarizadores se desenrolam, de acordo com uma pesquisa com <b>mil</b> pessoas nos EUA, em <b>2022</b>.</div><div><br /></div><div>Aproximadamente um terço deles, presentes nas mídias sociais e sites de jogos afirmam usar "emojis ou frases alternativas para contornar termos proibidos", como aqueles que são racistas, sexuais ou relacionados à automutilação.</div><div><br /></div><div><div>O Algospeak é mais comumente usado para contornar as regras que proíbem o discurso de ódio, incluindo assédio e bullying, seguido por políticas sobre violência e exploração. É o que afirma Siobhan Hanna, que supervisiona as soluções de dados de IA para a Telus.</div></div><div><br /></div><div>O Brasil também tem seus termos em Algospeak. Embora seja provável que venham muito mais de organizações criminosas tradicionais para driblar as autoridades policiais, do que propriamente por receio dos algoritmos de IA, pouco a pouco vamos contribuindo para um legado tupiniquim dessa adaptação aos recursos digitais inteligentes.</div><div><br /></div><div>Mais recentemente, o termo “Festa da Selma” foi usado para se referir ao dia do ataque aos prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília como um código para que o assunto fluísse melhor por entre as comunidades organizadoras dos atos antidemocráticos dificultando o controle policial, da mídia tradicional, mas sobretudo das empresas donas das redes sociais.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfe8y3ntZBIeb2TL4MzMhC3RBC4iqi_qd0ypnz-0La64yvlUPz05WKtsKxfUaDxE-qBvtNr9h7NfN6axu2lzfqTwKmYp-kSUaVGk3wWLlOy1td_BVYrnoVF4S4psSVm27igGEemT540x2KI5014Xjyz-YIhK8iSLMWMIkoymOeQEAO67FF1mZa9x6-/s1024/golpe.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="575" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfe8y3ntZBIeb2TL4MzMhC3RBC4iqi_qd0ypnz-0La64yvlUPz05WKtsKxfUaDxE-qBvtNr9h7NfN6axu2lzfqTwKmYp-kSUaVGk3wWLlOy1td_BVYrnoVF4S4psSVm27igGEemT540x2KI5014Xjyz-YIhK8iSLMWMIkoymOeQEAO67FF1mZa9x6-/w400-h225/golpe.jpg" width="400" /></a></div><div><br /></div><div>“Festa da Selma” foi o apelido secreto para a bagunça em Brasília, organizada num grupo do Telegram que indicava 43 cidades onde você poderia pegar um ônibus para a cidade natal. O convite para a "festa" recomendava que o participante não levasse seus pais ou irmãos mais novos e se preparasse para enfrentar a polícia. Membros do grupo falavam em “guerra” e em ocupar o Congresso e derrubar o governo. A escolha do nome faz alusão ao termo “Selva”, saudação usado pelo exército brasileiro. </div><div><br /></div><div>A organização dos atos também era feita no grupo do Telegram "Pesca e Caça". Lá, havia um mapa interativo chamado "Viagem para a praia" que mostrava os pontos de partida dos ônibus rumo a Brasília. Podemos inferir que praia começou a ser usada no jargão golpista como sendo o ponto de convergência dos ônibus.</div><div><br /></div><div>Esses podem ser considerados termos do algospeak nacional que irão figurar nos livros de história doravante.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8ng0cwUUu3BiWN8LRgiKeDWxlF2R9PTOowKITXzZC-lDMJNY_IORy8I3wqsD_Rz3ZqQG8ckSAZRjibzX5EO7POJXJNV2Upmmfzrb_hcs4EEhRb21_7SW2847cU2fIPEsGjlVHYEJHXJTsLGXhrPMEAL3ztwS2fJF24aYU_s-WQNuGcTyEdQ3MS70U/s1024/naoPr0n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8ng0cwUUu3BiWN8LRgiKeDWxlF2R9PTOowKITXzZC-lDMJNY_IORy8I3wqsD_Rz3ZqQG8ckSAZRjibzX5EO7POJXJNV2Upmmfzrb_hcs4EEhRb21_7SW2847cU2fIPEsGjlVHYEJHXJTsLGXhrPMEAL3ztwS2fJF24aYU_s-WQNuGcTyEdQ3MS70U/s320/naoPr0n.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">As imagens dessa postagem são meramente ilustrativas </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">e foram criadas com o auxílio de inteligência artificial </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">não representando intencionalmente lugares e pessoas reais.</span></div><div><br /><span style="font-size: xx-small;"><span>Fonte: <a href="https://www.istoedinheiro.com.br/o-que-e-o-codigo-festa-da-selma-e-por-que-bolsonaristas-golpistas-batizaram-a-invasao-de-brasilia-desse-jeito/" target="_blank">IstoÉ Dinheiro</a>, <a href="https://g1.globo.com/platb/jnespecial/2009/04/27/selva/" target="_blank">G1</a>, </span><a href="https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/09/do-acampamento-a-pizza-de-queijo-algospeak-esta-dominando-as-midias-sociais-entenda/" target="_blank">Forbes</a></span></div></div><div><span style="font-size: xx-small;">Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-80177952820509525142022-09-05T01:57:00.012-03:002022-09-05T10:16:15.492-03:00Afinal, o que é um influencer?<i>Os influencers, digital influencers ou ainda influenciadores digitais estão se alastrando pelo país, conforme pesquisa aponta. Mas afinal, o que é um digital influencer e quem são esses influenciadores?</i><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisVGSCC4--9B5LcUOqx6ji1HluD9hTU0BSEh5qJ7DCGrrf-uB5tJMnoI-JRwT1_Mco88hd_LJQO-OodhCpKCniwwonRtVAAKERZkYIpOi1P5jGarxtVhNN2YAtvGNR_dwU02ZH0VcXEn034131ckL60NiwAekyTDU6pAUH97pnqVeLIcBqmzhEcw1m/s800/influencers.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisVGSCC4--9B5LcUOqx6ji1HluD9hTU0BSEh5qJ7DCGrrf-uB5tJMnoI-JRwT1_Mco88hd_LJQO-OodhCpKCniwwonRtVAAKERZkYIpOi1P5jGarxtVhNN2YAtvGNR_dwU02ZH0VcXEn034131ckL60NiwAekyTDU6pAUH97pnqVeLIcBqmzhEcw1m/w400-h266/influencers.jpg" width="400" /></a><br /><strike><span style="font-size: x-large;">S</span></strike>e antes alguém cujas ideias eram ouvidas e acatadas por multidões precisava ser um notável em algum campo do conhecimento ou das artes, hoje a sociedade mudou. Graças à tecnologia que democratizou o acesso a meios de comunicação de massa, na forma de sites que hospedam vídeos e redes sociais, uma classe de indivíduos ruidosos e comunicativos, mas por vezes descuidados com a acuidade da informação passada, agora fazem a cabeça dos internautas e, em especial, dos brasileiros.</div><div></div><blockquote><div>O Brasil tem <b>500 mil</b> influenciadores digitais com mais de <b>10.000 seguidores</b>, praticamente o mesmo número de médicos (<b>502.000</b>).</div>
<div><span style="font-size: xx-small;">Fonte: Nielsen (via revista Veja)</span></div></blockquote><div><span style="font-size: x-small;"></span></div><div>Esses são os influencers. Pessoas que, em regra, possuem uma considerável audiência em um ou mais canais da internet e que possui o poder de influenciar decisões e comportamentos dos seus seguidores atraindo uma audiência fiel e engajada em suas redes sociais.</div><blockquote>O Brasil é o país que mais segue influenciadores (<b>44,3% dos usuários da internet</b>) só perdendo para as FIlipinas (<b>51,4%</b>). <br /><span style="font-size: xx-small;">Fonte: Agências Hootsuite e We Are Social (via revista Veja)</span></blockquote>
<div><div>E esses influenciadores vêm adquirindo uma enorme importância na sociedade atual, amplamente conectada, pois no ciberespaço, o indivíduo escolhe o que vai consumir, buscando conteúdos e</div><div>interagindo, não sendo mais o sujeito passivo que recebia as informações impostas pelas vias</div><div>tradicionais de comunicação.<span style="font-size: x-small;">(1)</span></div><div><br /></div><div><div>O termo “influenciador” é geralmente conexo a um indivíduo que tem algum poder de persuasão em seus canais digitais, isto é, que possui mais “moeda social” do que a média. Essa pessoa pode ter muitos seguidores ou pode ter um alto nível de engajamento. De qualquer forma, quando ele se pronuncia, seu público ouve, segue a recomendação e... compra. O que é como ouro para as marcas.(2)</div></div><div><br /></div><div><div>“Digital Influencer”, ou simplesmente “influencer” passou a significar qualquer pessoa que tenha um blog, um vlog ou um perfil no Instagram.</div><div><br /></div><div>Algumas pesquisa dividem os influencer em categorias e levam em conta <b>3 fatores</b>, fatores esses que devem ser levados em conta na hora de serem contratados pelas marcas, são eles:</div><div><div><ul style="text-align: left;"><li><b>alcance</b>: tamanho da audiência;</li><li><b>ressonância</b>: repercussão e capacidade de engajamento junto a audiência;</li><li><b>relevância</b>: fit (identificação) com o assunto ou valores da marca.</li></ul></div></div><div>Mas os influenciadores não são apenas anunciantes de produtos, e nem devem ser confundidos, como muitos veículos de imprensa fazem, com celebridades tradicionais. Esses são apenas um entre os vários tipos de influenciadores. Veja a diferença:</div></div><div><br /></div><div>Uma celebridade pode ser uma cantora ou um artista de novela que, sendo contratado por uma agência para fazer uma propaganda pode simular que usa determinado produto sem realmente usar. Os “influencers” por outro lado frequentemente produzem seu conteúdo. E se mentir sobre um produto recomendado isso pode repercutir mal entre seus seguidores que, com frequencia, reagem e interagem sobre essas recomendações. </div><div><br /></div><div>Não é incomum influenciadores recusarem grandes somas de dinheiro ao não se identificarem com determinado produto. Além disso, há influenciadores que não estão necessariamente ligados a vendas, mas seu alcance e ressonância são capazes de impedir contratações de jogadores, mudar o rumo de uma eleição nacional, lançar uma tendência comportamental, salvar vidas em uma epidemia, etc.</div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;">Os dez tipos de influenciadores</h3><div>Entre as várias classificações, podemos agrupar os <i>influencers </i>em duas categorias: <b>Criadores de conteúdo</b> (<i>creators</i>) e os <b>life casters</b>.</div><div><br /></div><div><div>Podemos ainda classificar os influenciadores em <b>dez tipos</b> sendo que cada tipo se enquadra em uma destas duas categorias: <b>Criador de conteúdo</b> ou <b>life caster</b></div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;">Criadores de Conteúdo </h3><div>Os criadores de conteúdo são pessoas que criam, do nada, blogs, vlogs e fotos do Instagram. Dentre eles temos os tipos:</div></div><div><ul>❶ Blogueiro</ul><ul>Tem um blog que ele atualiza regularmente e promove seus posts de blog no Facebook, Twitter, Pinterest e Instagram.</ul><ul>Ex.: Virgínia Fonseca e Reinaldo Azevedo.</ul><ul><br />❷ Vlogger</ul><ul>Tem um canal do YouTube (ou similar), onde posta vídeos. Pode postar vlogs, (video)podcast, webdocs ou tutoriais, que são promovidos em seus canais sociais.</ul><ul>Ex.: Felipe Neto e Flow.</ul><ul><br />❸ Expert</ul><ul>Um especialista em uma determinada área, como fitness, finanças ou design de interiores. Também pode ser um blogueiro ou vlogger, mas tem as credenciais e as qualificações necessárias para respaldar o que diz. Os experts podem se enquadrar na categoria dos life casters, mas, como costumam se focar tanto no lado estético de seu conteúdo e geralmente têm fotos de alta qualidade, vamos deixá-los nessa categoria.</ul><ul>Ex.: Sergio Sacani e Drauzio Varela.</ul><ul><br />❹ Animais, bebês, objetos e memes</ul><ul>Como o nome já diz, focam nesse tipo de conteúdo. Essas contas podem atrair uma multidão de seguidores e criar um conteúdo interessante sem o influencer sequer saber acessar a Internet, usar um smartphone ou até digitar.<br /></ul><ul>Ex.: @honesttoddler e @beigecardigan.</ul><h3 style="text-align: left;">Life Casters</h3></div><div>Os <i>life casters</i> são pessoas que só estão curtindo a vida e você os segue porque gosta de ver o feed deles.</div><div><ul>❺ Talento especial</ul><ul>Um chef de cozinha, dançarino, comediante ou qualquer pessoa dedicada a aprimorar uma habilidade. Ele compartilha o que faz e você o segue porque ele está na crista da onda e você também quer entrar nessa onda.</ul><ul>@ingridsilva e @oafonsopadilha.<br /><br /></ul><ul>❻ Empreendedor</ul><ul>Ele abriu um negócio ou presta um serviço e dá a seus seguidores acesso aos bastidores. Você torce para ele se dar bem e o segue para se atualizar dos lançamentos de produtos e reuniões de negócios que ele compartilha em seus canais.</ul><ul>Ex.: @alexavontobel<br /><br /></ul><ul>❼ Vida perfeita</ul><ul>É tão lindo e maravilhoso que você o segue só para ter uma dose diária de colírio para os olhos. Ele ou ela pode exemplificar qualquer aspiração, como cabelos, corpo, grupo de amigos e relacionamentos amorosos perfeitos.</ul><ul>Ex.: @marthahunt<br /><br /></ul><ul>❽ Celebridade</ul><ul>Um músico, ator, atleta ou uma combinação disso ou de outras coisas, ele é mundialmente famoso e você o segue porque o adora.</ul><ul>Ex.: @serenawilliams</ul><ul><br /></ul><ul>❾ Notável</ul><ul>Normalmente é um empresário, político ou ativista e você o segue para ver de camarote os eventos de sua vida revolucionária.</ul><ul>Ex.: @michelleobama.<br /><br /></ul><ul>❿ Pessoas reais</ul><ul>Pessoas que não se encaixam em qualquer outra categoria desta lista, mas só postam porque é o que os seres humanos fazem hoje em dia.</ul><ul>Ex.: @seuamigo, @suamãe.</ul></div><div><blockquote>Levando-se em conta apenas influencers com mais de <b>1.000 seguidores</b> temos <b>13 milhões</b> de influenciadores digitais no Brasil. Cerca de <b>6% da população</b>. Só no Instagram são <b>10,5 milhões</b> com esse número de <i>followers</i>. Mais do que em qualquer outro país.</blockquote></div><div><br /></div><div><span style="font-size: x-small;">Fontes consultadas:</span></div><div><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div><div><span style="font-size: x-small;">1 - O poder dos influenciadores digitais sobre a sociedade do consumo por meio do instagram</span></div></div><div><span style="font-size: x-small;">https://portalintercom.org.br/anais/nordeste2019/resumos/R67-1137-1.pdf</span></div><div><span style="font-size: x-small;">2 - Influencer. ISBN 978-65-87191-46-1</span></div><div><span style="font-size: x-small;">3 - Revista Veja (on-line). Atualizada em abril de 2022 e acessada em 5/set/2022.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-size: xx-small;">
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-75178765383703730452021-12-12T19:49:00.057-03:002021-12-17T14:21:28.112-03:00Bússola da Ética Digital: Coloque os humanos no centroO Digital Ethics Compass (Bússola de Ética Digital) é uma ferramenta dinarmaquesa para ajudar as empresas a tomar as decisões certas do ponto de vista ético do design de produtos e serviços digitais.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEglp6SKWspvFdinzzk9r_k8AcR_fJ5De0cVOWdaQW7P0t7qNyuJ3SCOYD63de9z6wTjLjzcvjcw8Nw5SI_0EdE8XRvu0AsKxORlSbGgofvfPyxtJ0RV1jNqdSkOGQ7HrcLYEpc5mLls2QsgTL5c_cbBdy1E39OmQ-L6ZSHiUPZqS1_YW174YA__OZ2f=s1023" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1018" data-original-width="1023" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEglp6SKWspvFdinzzk9r_k8AcR_fJ5De0cVOWdaQW7P0t7qNyuJ3SCOYD63de9z6wTjLjzcvjcw8Nw5SI_0EdE8XRvu0AsKxORlSbGgofvfPyxtJ0RV1jNqdSkOGQ7HrcLYEpc5mLls2QsgTL5c_cbBdy1E39OmQ-L6ZSHiUPZqS1_YW174YA__OZ2f=w400-h398" width="400" /></a><br /><strike><span style="font-size: x-large;">H</span></strike>istórias sobre gigantes da tecnologia que coletam nossos dados pessoais, usando algoritmos inteligentes para manipular nossos cérebros ou até mesmo contratando especialistas comportamentais para nos tornar organicamente viciados em produtos digitais de maneira totalmente opaca não é nenhuma novidade. Mas os designers digitais e desenvolvedores de produtos que não trabalham para o Facebook, Google ou Amazon seguem sem ter diretrizes que digam claramente como deveriam construir seu projetos de forma ética.<div><br /></div><div>É para isso que a <b>Bússola da Ética Digital</b> foi criada pelo Centro de Design Dinarmaquês e foi para torná-la ainda mais acessível que traduzimos de forma resumida para ajudar a disseminar essas boas práticas por entre os profissionais digitais (e também aumentar a consciência dos consumidores desses produtos).</div><div><br /></div><div><div>No meio da Bússola da Ética Digital, você encontrará os <b>princípios básicos do design digital</b> responsável e ético. Você deve memorizá-los e sempre mantê-los em mente ao trabalhar com soluções digitais. Todos os princípios são explicados por um cartão de conhecimento aprofundado.</div><div><br /></div><div>No círculo externo, você encontrará <b>22 questões éticas</b> que são divididas nas <b>três categorias</b>: <b>dados</b>, <b>automação</b> e <b>design comportamental</b>. As perguntas tentam desafiá-lo a pensar sobre ética e responsabilidade em seus designs digitais. Estão longe de esgotar todas as questões relevantes para a sua solução, mas servem de ponto de partida e apoio para orientar as equipes de desenvolvimento.</div>
<h2 id="sumario"><br /></h2>
<h2>Sumário</h2><ul>
<li><span style="background-color: #eeeeee;"> <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/12/bussola-da-etica-digital-coloque-os.html#resumo">Resumo</a> </span></li>
<li><span><span style="background-color: #eeeeee; color: #eeeeee;"> <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/12/bussola-da-etica-digital-coloque-os.html#principios">Princípios</a> </span></span></li>
<li><span style="background-color: #eeeeee; color: #eeeeee;"> <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/12/bussola-da-etica-digital-coloque-os.html#automacao">Automação</a> </span></li>
<li><span style="background-color: #eeeeee; color: #eeeeee;"> <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/12/bussola-da-etica-digital-coloque-os.html#design">Design Comportamental</a> </span></li>
<li><span><span style="background-color: #eeeeee; color: #eeeeee;"> <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/12/bussola-da-etica-digital-coloque-os.html#dados">Dados</a> </span></span></li></ul>
<h3 id="resumo"><br /></h3>
<h3 style="text-align: left;"><ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li>Resumo <a href="#sumario">🔝</a></li></ul></ul></h3>
<ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li><span style="background-color: #274e13;"><span style="color: #eeeeee;">Coloque os humanos no centro</span></span></li><ul><li><span style="background-color: #d9ead3;">Se você só precisar se lembrar de uma coisa sobre design digital ético, essa coisa seria <b>colocar os humanos no centro</b>. Parece simplista, mas muitas vezes o ser humano, para quem tudo se destina, pode ficar em segundo plano ao projetar soluções digitais. Lembre-se do humano, e lembre-se de que os humanos não são apenas pessoas abstratas, mas seres vivos de carne e osso - assim como você. E lembre-se de que o humano nesta situação não são apenas seus usuários ou clientes, mas todos aqueles que podem ser afetados por sua solução digital.</span></li></ul></ul></ul><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>Princípios</li><ul><li>➫ Evite manipulação.<br />➫ Faça sua tecnologia compreensível.<br />➫ Forneça controle ao usuário.<br />➫ Evite criar desigualdade.</li></ul><li>Automação</li><ul><li>01. Seus usuários estão cientes de que eles estão interagindo com um solução automatizada?<br />02. Seus sistemas automatizados estão em conformidade com a legislação e direitos humanos?<br />03. Será que a automação faz as pessoas perderem a capacidade de fazer uma tarefa?<br />04. Seu sistema automatizado é transparente, para que o usuário possa ver o que se passa nos bastidores?<br />05. Seu sistema automatizado pode se explicar?<br />06. Seus algoritmos são preconceituosos?<br />07. Existe um risco desnecessariamente alto com seu sistema automatizado?<br />08. Alguém da empresa está pronto para intervir quando a automação falha?<br />09. Seu sistema automatizado é adaptável às mudanças?<br />10. Seu sistema automatizado pode ser invadido?</li></ul><li>Design comportamental</li><ul><li>01. Seu projeto lida com emoções negativas?<br />02. Você torna deliberadamente difícil para os usuários encontrar ou entender informações ou funcionalidades?<br />03. Você explora a inabilidade de seu usuário de se concentrar em seu próprio benefício?<br />04. Você manipula as ações aproveitando a necessidade das pessoas de serem sociais?<br />05. Você está tentando criar vício em seu produto com truques baratos?<br />06. Você valida ou desafia seus usuários?</li></ul><li>Dados</li><ul><li>01. Você está coletando demasiados pontos de dados e os mantém por muito tempo?<br />02. Você anonimiza seu dados?<br />03. Como se armazenam os dados?<br />04. Você fornece às pessoas acesso aos seus próprios dados?<br />05. Você obteve permissão do usuário para coletar e processar dados?<br />06. Você informa seus usuários sobre como eles são perfilados?</li></ul></ul></ul>
<h3 id="principios"><div><br /></div><ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li><span style="background-color: #999999; color: #eeeeee;"> Princípios </span><a href="#sumario">🔝</a></li><ul><li><span style="background-color: #dddddd; font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Os princípios básicos do design digital responsável e ético devem ser memorizados e internalizados ao trabalhar com soluções digitais.</span></span></li></ul></ul></ul></h3>
<div><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>➫ Evite manipulação</li><ul><li>Com frequencia, as soluções digitais são projetadas para ajudar as pessoas a tomar decisões em seu nome. Mas tome cuidado para que essa ajuda não abale o desejo básico das pessoas de decidir sobre suas próprias vidas e tomar cuidado extra para garantir que sua solução digital não acabe manipulando as pessoas de forma prejudicial.<br /></li></ul><li>Exemplo</li><ul><li>Você está vendendo roupas de ciclismo online e agora criou uma campanha bem elaborada no Facebook, voltada para pessoas interessadas em andar de bicicleta. Se eles visitaram o seu site, você usa o retargeting para atingi-los continuamente com mensagens direcionadas no Facebook. Você pode ver em suas estatísticas que sua nova campanha direcionada do Facebook é <b>77%</b> mais eficaz do que uma campanha normal.<br /><br />Todos os seus concorrentes fazem a mesma coisa, mas você se pergunta se não há problema em usar dados, design comportamental e algoritmos para manipular o comportamento de compra de tantas pessoas.<br /></li></ul><li>➫ Faça sua tecnologia compreensível</li><ul><li>As soluções digitais costumam ser complexas e difíceis de serem entendidas por pessoas comuns. Mas é por isso que você ainda tem a responsabilidade de tornar suas soluções digitais compreensíveis e transparentes para permitir que os usuários compreendam como as soluções funcionam e afetam suas vidas.<br /></li></ul><li>Exemplo</li><ul><li>Seus advogados pediram que você publicasse um documento de “termos e condições” de <b>30 páginas</b> em seu site. Todos os usuários devem aprovar os termos e condições para poder usar o seu site. Mas você pode ver que o texto jurídico é difícil para seus usuários entenderem, então você trabalha com os advogados para reduzir as <b>30 páginas</b> para <b>cinco páginas</b> em uma linguagem compreensível. Mas você logo descobrirá que seus usuários também não lêem essas <b>cinco páginas</b>. O que você vai fazer?<br /><br />Você pode evitar muitos problemas jurídicos coletando e trocando menos dados (que você não precisava de qualquer maneira). Você, portanto, acaba simplificando sua solução, o que leva a melhores taxas de conversão. Além disso, você deve se esforçar para explicar as consequências das escolhas dos usuários no próprio design de interação, em vez de ocultar as explicações em um documento enigmático que os usuários nunca leem.</li></ul><li>➫ Forneça controle ao usuário</li><ul><li>As soluções digitais podem muito bem ajudar as pessoas e tornar suas vidas mais fáceis, mas não devem deixar as pessoas com a sensação de perder o controle. Sempre certifique-se de projetar soluções que proporcionem às pessoas mais e não menos controle.<br /></li></ul><li>Exemplo</li><ul><li>Você está desenvolvendo um GPS para ciclismo, onde os praticantes de exercícios podem planejar suas viagens e pedalar em diferentes rotas. Você está projetando uma interface amigável onde os ciclistas <b>só são informados quando devem virar</b> à direita ou à esquerda. É fácil, e mesmo as pessoas que não sabem ler mapas podem descobrir.<br /><br />Mas os testes de usuário mostram que as pessoas desligam seus cérebros rapidamente e perdem o controle da paisagem em que estão. Se a bateria do GPS acabar, elas se perderão e não terão ideia de onde estão. Portanto, <b>você altera um pouco sua solução, mostrando um mapa que sempre está voltado para o norte</b>. É um pouco mais complexo, mas você pode ver rapidamente que os ciclistas ficam mais felizes com a experiência geral porque sentem que estão no controle de seu passeio de bicicleta.</li></ul><li>➫ Evite criar desigualdade</li><ul><li>O design digital sem pensamento para a ética pode muitas vezes acabar perpetuando e reforçando as desigualdades existentes na sociedade. Sempre pense em projetar soluções que não criem mais desequilíbrios.<br /></li></ul><li>Exemplo</li><ul><li>Você está no processo de projetar um novo produto de seguro digital, onde a seguradora pode rastrear a qualidade do comportamento de direção de seus clientes. Se os clientes dirigirem bem e com cuidado, o prêmio será automaticamente menor. <b>80%</b> de todos os dinamarqueses pensam que dirigem um carro melhor do que a média, então seu produto se tornará popular muito rapidamente.<br /><br />Mas você <b>já considerou as consequências</b> para aqueles que dirigem mal e de repente ganham prêmios muito altos? E você tem certeza de que seu algoritmo é bom o suficiente para distinguir os motoristas ruins dos bons? E você já considerou as consequências sociais de cada vez mais produtos de seguro se tornarem tão específicos que o elemento coletivo do seguro está começando a desaparecer?</li></ul></ul></ul><h3 id="automacao" style="text-align: left;"><br /></h3><div><ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li><span id="automacao" style="background-color: #2b00fe; color: #eeeeee;"> Automação </span><a href="#sumario">🔝</a></li><ul><li><span style="background-color: #cfe2f3;">Podemos automatizar nossas soluções digitais usando inteligência artificial e algoritmos. A automação costuma ser uma coisa boa porque as máquinas podem resolver tarefas com mais rapidez e precisão do que os humanos, mas, por outro lado, as máquinas também cometem erros que podem ser bastante significativos e ter sérias consequências para os humanos. É sua escolha ética se você deseja projetar soluções automatizadas que ajudem as pessoas ou as substituam.</span></li></ul></ul></ul><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>01. Seus usuários estão cientes de que eles estão interagindo com um solução automatizada?</li><ul><li>Os sistemas automatizados e a inteligência artificial estão cada vez melhores na comunicação e agindo como pessoas reais. Eles escrevem de maneira gramaticalmente correta e podem falar tão fluentemente que podem conversar de maneiras que soam quase humanas. Este fenômeno permite novas possibilidades ao configurar máquinas para lidar com tarefas de comunicação, como suporte ao cliente, vendas, funções de secretariado, etc.<br /><br />Os desafios éticos surgem quando os humanos não sabem que estão se comunicando com um sistema automatizado. Os sistemas automatizados tornaram-se bons em simular o comportamento humano - mas ainda não são humanos e, portanto, fazem coisas que não são humanas. Eles cometem erros imprevisíveis e não são capazes de compreender ou explicar esses erros por si próprios.<br /><br />Os humanos têm a necessidade e o direito de saber quando estão interagindo com um sistema automatizado, especialmente se a IA toma decisões de grande importância para a vida humana. Há uma diferença entre um e-mail automático confirmando sua compra online e uma recusa automática do direito de estar com seu filho.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 <b>Deixe claro</b> para os usuários que eles estão se comunicando com um sistema automatizado. <br /><br />👍 <b>Não projete</b> seu sistema automatizado de forma que imite o comportamento humano (o bate-papo com um robô não deve acontecer na mesma interface de um humano).<br /><br />👍 Torne seus sistemas automatizados <b>mais mecânicos</b> (preserve a voz do robô e a linguagem robótica rígida).<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##facebook## Todos nós conhecemos o <b>feed de notícias</b> do <b>Facebook</b> que é usado para acompanhar a vida de nossos amigos e familiares. O feed de notícias se tornou um <b>sistema automatizado que faz cálculos em nosso nome e decide quais atualizações devemos ver</b> e quais nunca devemos ver. Quando o Facebook lançou pela primeira vez esta versão automatizada do feed de notícias, poucos usuários entenderam essa atualização. Muitos usuários pensaram que o feed de notícias mostrava todas as atualizações de suas conexões e se perguntaram por que amigos e familiares quase deixaram de existir no Facebook.<br /><br />O Facebook deveria ter deixado claro que seus usuários estavam interagindo com um sistema automatizado. Isso teria dado aos usuários um melhor controle e compreensão do uso do Facebook.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />📰 Muitas empresas de mídia usam <b>robôs de notícias</b> para escrever artigos simples sobre, por exemplo, placares de esportes ou cotações de ações. Na maioria dos casos, as empresas de mídia chamam a atenção para isso. Jysk Fynske Medier, por exemplo, escreve: “Escrito pelo robô de artigo de Jysk Fynske Medier.”</li></ul><li>02. Seus sistemas automatizados estão em conformidade com a legislação e direitos humanos?</li><ul><li>Os sistemas automatizados são cada vez mais usados para a tomada de decisões em casos que impactam a vida das pessoas. A primeira questão ética que você deve se perguntar ao projetar um sistema automatizado é se ele toma decisões que respeitam os direitos humanos. Um grande problema com os sistemas automatizados é que eles podem discriminar injustamente nos processos de tomada de decisão. A discriminação pode ser eticamente aceitável, mas não se for baseada em fatores como gênero, raça, etnia, genética, idioma, religião, crenças políticas, deficiência, idade ou orientação sexual (lista não exaustiva).<br /><br />Além disso, tome cuidado para garantir que seu sistema automatizado não prejudique crianças e que respeite o direito à privacidade e o direito à liberdade de expressão.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Esforce-se para garantir que sua equipe de desenvolvimento tenha a mais ampla diversidade e abertura para o uso de sua solução por minorias. <br /><br />👍 Envolva minorias e grupos-alvo vulneráveis em sua pesquisa de usuário. <br /><br />👍 Certifique-se de que seu sistema automatizado seja verificado por especialistas em direitos humanos.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##bomb## A empresa israelense de inteligência artificial <b>Faception</b> afirma que pode <b>analisar o rosto das pessoas e prever se são terroristas</b>, acadêmicos ou altamente inteligentes. No entanto, é duvidoso que a empresa seja capaz disso. Existe um risco muito alto de que seus algoritmos entrem em conflito com os direitos humanos fundamentais em relação à discriminação. O algoritmo provavelmente classificará as pessoas com aparência árabe / do Oriente Médio como terroristas.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##siren-on##<b> Corti </b>é uma empresa dinamarquesa que desenvolveu um algoritmo de aprendizado de máquina que escuta chamadas de emergência. O algoritmo pode reconhecer padrões em conversas. Nesse caso, uma ambulância chegará mais rapidamente. <br /><br />O algoritmo de Corti aprendeu com dados antigos de chamadas de emergência, o que significa que dialetos menos comuns estão sub-representados. No pior caso, isso pode significar que o algoritmo discrimina esses dialetos e detecta menos paradas cardíacas em áreas onde esse dialeto está presente. A <b>Corti verifica continuamente os algoritmos quanto à polarização</b> e, no caso dos dialetos, eles optaram por treinar o algoritmo usando dados de várias chamadas de emergência específicas com dialetos diferentes.<br /><br /></li></ul><li>03. Será que a automação faz as pessoas perderem a capacidade de fazer uma tarefa?</li><ul><li>Você provavelmente já tentou dirigir um carro com GPS. Você insere um endereço e o GPS informa, passo a passo, para onde ir. O GPS significa que muitas pessoas perderam a capacidade de ler um mapa e tornaram-se menos capazes de encontrar o caminho sem ele.<br /><br />Essa perda de competência é problemática? É uma questão ética desafiadora. Mas o fato é que o design do GPS 'faz com que as pessoas percam habilidades. Será que alguém poderia ter projetado o GPS de forma diferente para que as pessoas não sigam cegamente as instruções? Talvez uma maneira seja ter o norte sempre no topo e, assim, ajudar as pessoas a desenvolver uma compreensão da geografia em que se movem.<br /><br />Em outras palavras, seria possível usar o GPS para tornar as pessoas melhores em vez de piores em se orientar por conta própria?</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Pense no futuro: como seria o mundo se todas as pessoas perdessem essa competência? <br /><br />👍 Sempre tente projetar seus sistemas de uma forma que não torne as pessoas redundantes, mas, em vez disso, torne-as melhores e mais felizes no desempenho de seus trabalhos. <br /><br />👍 Você pode incorporar o aprendizado e o desenvolvimento de competências em suas soluções digitais para ajudar as pessoas a desenvolver novas habilidades?<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🚘 A <b>Mercedes</b> e muitas outras empresas automotivas desenvolveram sistemas automáticos que podem <b>estacionar um carro em paralelo sem que o motorista tenha que tocar no volante</b> ou nos pedais. Para muitas pessoas, provavelmente é uma grande ajuda. Mas também é um recurso que fará com que muitas pessoas percam a capacidade de estacionar em paralelo - uma capacidade que pode ser útil por muitos anos (antes que os carros se tornem totalmente autônomos). <br /><br />Em vez disso, a Mercedes (e outras) deveriam ter projetado sistemas automatizados que ajudassem seus usuários a se tornarem especialistas em estacionamento paralelo? Por exemplo, deixando que os motoristas façam sozinhos, mas aconselhando e orientando em andamento?<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🎓<b>Gradescope</b> é uma ferramenta que ajuda os professores a marcar as tarefas escolares. O professor carrega o trabalho dos alunos no programa, que <b>dá uma nota automaticamente</b>. Em seguida, o programa fornece uma visão geral de como os alunos estão se saindo. Gradescope também <b>permite ao professor</b> adicionar comentários e <b>corrigir a forma como os alunos são avaliados</b>, por isso não depende apenas da automação. <br /><br />Gradescope garantiu, assim, que a automação das atribuições de notas não remova as competências dos professores. Pelo contrário, proporciona-lhes benefícios na forma de economia de tempo com a marcação manual de tarefas e uma visão geral automática das competências dos alunos.<br /><br /></li></ul><li>04. Seu sistema automatizado é transparente, para que o usuário possa ver o que se passa nos bastidores?</li><ul><li>Os sistemas automatizados geralmente são projetados para tomar muitas decisões rápidas. Esses sistemas geralmente não são feitos para que as pessoas entendam o sistema de tomada de decisão. Em muitos casos, entretanto, as pessoas devem entender como funciona um sistema automatizado de tomada de decisões.<br /><br />Os algoritmos podem cometer erros e aprender com dados “ruins”, o que os faz discriminar sistematicamente. Se você não consegue abrir o capô do motor para o sistema automatizado, também não consegue encontrar os erros e as injustiças. Obviamente, apenas algumas pessoas conseguem realmente abrir o capô e entender os algoritmos por trás disso. Mas transparência também pode significar tornar os algoritmos de alguém acessíveis e abertos a especialistas e legisladores que agem em nome de pessoas comuns.<br /><br />Se os algoritmos contiverem segredos comerciais, você pode convidar especialistas independentes para participar de análises éticas fechadas, o que significa que você não precisa revelar esses segredos comerciais.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Tente explicar ao público como seus sistemas automatizados tomam decisões. <br /><br />👍 Torne seus algoritmos abertos e acessíveis para que os especialistas possam "abrir o capô". <br /><br />👍 Convide especialistas para revisar seus algoritmos. <br /><br />👍 Tente desenvolver algoritmos simples com lógica compreensível de maneira humana. <br /><br />👍 Tanto quanto possível, evite sistemas de caixa preta onde nem você mesmo entende como funcionam os algoritmos.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />👦 Em <b>2018</b>, o <b>município de Gladsaxe</b>, na Dinamarca, desenvolveu um algoritmo para identificar famílias onde as <b>crianças eram provavelmente maltratadas</b>. O algoritmo foi baseado em uma grande quantidade de dados e aprendizado de máquina que calculou a probabilidade de as crianças serem infelizes com suas famílias. O projeto encontrou oposição política, no entanto. Por um lado, <b>era difícil ver como o algoritmo decidiu</b> que algumas crianças eram mais vulneráveis do que outras. A falta de transparência fez com que cidadãos, políticos e especialistas perdessem a confiança de que o sistema era justo e suficientemente preciso. Depois de muito cabo de guerra, o projeto foi arquivado em <b>2019</b>. <br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##facebook## O <b>Facebook</b> tem sido fortemente criticado por permitir que atores políticos usem a plataforma para direcionar <b>anúncios políticos em segmentos cuidadosamente selecionados</b>. Usando algoritmos do Facebook, os atores podem atingir grupos selecionados com mensagens perfeitamente elaboradas que o público nunca testemunhará. Para resolver esse problema, no entanto, o <b>Facebook tornou os anúncios políticos abertos ao público</b>. Qualquer um pode ver todos os anúncios de um determinado ator político, ver quanto eles gastam em publicidade e, aproximadamente, quem eles estão alvejando com seus anúncios. <br /><br />O sistema não se destina a pessoas comuns, mas sim a jornalistas que podem usar o sistema para monitorar partidos e atores políticos, normalmente durante as eleições. O sistema não é perfeito, mas é um excelente exemplo de implementação de abertura em um sistema automatizado.</li></ul><li>05. Seu sistema automatizado pode se explicar?</li><ul><li>Como cidadãos de sociedades democráticas e livres, obtemos explicações para as decisões que afetam nossas vidas. “Você deve pagar uma taxa de advertência PORQUE você pagou três dias depois do prazo acordado” ou “Você deve cumprir <b>30 dias</b> de prisão PORQUE violou a <b>seção 266</b> do Código Penal”.<br /><br />No entanto, existem muitos sistemas automatizados que são projetados de tal forma que não são capazes de fornecer tais explicações. E, especialmente, os sistemas de aprendizado de máquina podem ser ruins em fornecer justificativas que os humanos possam entender. Pode criar problemas éticos nos casos em que as pessoas esperam obter uma explicação para uma decisão algorítmica, mas o sistema é incapaz de fornecer uma.<br /><br />À medida que os sistemas automatizados tomam mais e mais decisões, é necessário que os sistemas sejam projetados de forma que possam fornecer uma explicação para suas decisões. No entanto, é em grande parte uma troca ética quando um sistema deve ser capaz de se explicar. Claro, isso se aplica a decisões com consequências de longo alcance para a vida humana, mas na prática, haverá muitas decisões algorítmicas que não precisam de explicações porque são muito triviais e mundanas (por exemplo, um algoritmo que apaga a luz automaticamente em uma sala).</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Sempre tente projetar <b>algoritmos que se explicam</b> enquanto estão sendo usados. <br /><br />👍 Se possível, <b>evite</b> algoritmos de <b>caixa preta</b> onde uma explicação é importante. <br /><br />👍 Certifique-se sempre <b>através do design digital</b> de que os usuários podem <b>solicitar uma explicação</b> e uma decisão algorítmica. <br /><br />👍 Em última análise, deve-se sempre ser capaz de <b>obter uma explicação</b> de um ser humano para uma decisão algorítmica. <br /><br />👍 Torne seus algoritmos abertos e acessíveis para que os especialistas possam “<b>abrir o capô</b>”. <br /><br />👍 Convide especialistas para <b>revisar</b> seus algoritmos.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##facebook## O <b>Facebook</b> tem funcionários cujo trabalho é visualizar o conteúdo relatado por usuários ou por algoritmos. Mas, devido à quantidade de conteúdo na plataforma, os algoritmos podem assumir o controle total em certas situações, por exemplo, durante a pandemia covid-19, quando a maioria dos funcionários do Facebook estava em casa. Descobriu-se que os algoritmos foram a causa de muito conteúdo na plataforma foi excluído, ou perfis foram relatados sem o raciocínio adequado. Craig Kelley (um MP no Reino Unido) descobriu que suas postagens foram excluídas sem explicação. Após reclamações, o <b>Facebook não conseguiu explicar por que eles foram excluídos</b> e negados, mas acontece que isso acontece para cerca de <b>300.000 postagens</b> no Facebook por dia.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />📈 <b>Rainbird</b> é uma empresa que fornece sistemas algorítmicos de tomada de decisão para empresas financeiras. Rainbird ajuda bancos e seguradoras a responder às perguntas dos clientes e detectar fraudes. Rainbird difere de outros sistemas algorítmicos porque <b>sempre incorpora sistemas explicativos</b> para que os funcionários do atendimento ao cliente possam entender como os algoritmos chegam a uma decisão. Isso significa que eles podem dar aos seus clientes explicações humanas e compreensíveis se sua conta foi encerrada ou se o empréstimo foi negado.</li></ul><li>06. Seus algoritmos são preconceituosos?<br /></li><ul><li>A inteligência artificial moderna e os sistemas automatizados usam aprendizado de máquina e dados da nossa sociedade e do mundo.<br /><br />Os problemas éticos surgem em primeiro lugar quando esses dados são ruins e não representam o mundo real, por exemplo, se alguém treina um algoritmo de reconhecimento de rosto em pessoas brancas. Em segundo lugar, algoritmos tendenciosos podem surgir se refletirem uma realidade que já é tendenciosa. Os algoritmos simplesmente automatizam preconceitos existentes, como racismo ou discriminação de gênero.<br /><br />Fala-se que os algoritmos tornam-se enviesados - isto é, enviesados para que não representem a realidade ou para que discriminem de uma forma que não é desejável. É importante entender que nunca se pode remover vieses completamente, então o objetivo não são algoritmos livres de vieses, mas algoritmos onde se conhece seus vieses e onde seus vieses estão de acordo com vieses humanos amplamente aceitos.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>##meh-rolling-eyes##<b> IBM</b>, <b>Microsoft </b>e <b>Mevii </b>desenvolveram software de reconhecimento facial que afirmam poder identificar pessoas com <b>99%</b> de precisão. Mas um estudo do MIT Media Lab descobriu que essa precisão era válida apenas para o reconhecimento facial de homens brancos. A <b>acurácia diminuiu ao identificar mulheres e negros</b> e principalmente com mulheres negras, onde a acerto foi de <b>65%</b>. Descobriu-se que os conjuntos de dados para este software eram imagens de parlamentares, o que pode explicar a diferença de precisão.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##edit## Quando as empresas escrevem anúncios de empregos, elas podem, por meio do uso da linguagem, discriminar as pessoas com base em sexo, idade e origem social. Um exemplo é escrever em uma língua voltada para os jovens, e não para os mais velhos. <b>Textio</b> é um programa que usa inteligência artificial para identificar esse tipo de discriminação e <b>orientar as empresas para um uso mais inclusivo da linguagem</b>. As empresas podem, portanto, usar Textio no recrutamento para garantir mais diversidade entre os funcionários.</li></ul><li>07. Existe um risco desnecessariamente alto com seu sistema automatizado?</li><ul><li>A tomada de decisão automatizada pode ser dividida em quatro categorias com diferentes riscos éticos:<br />❶ O sistema toma decisões precisas sobre problemas com pouca ou nenhuma consequência. Aqui não há riscos consideráveis. <br />❷ O sistema geralmente toma decisões erradas, mas em questões com poucas consequências. Há um caso para estar ciente dos riscos aqui, mas o efeito do fracasso é minúsculo. <br />❸ O sistema toma decisões precisas, mas as consequências dos erros podem ser fatais. Aqui, deve-se tomar muito cuidado para garantir que o sistema automatizado seja robusto e não enviesado. Deve-se considerar se deve haver automação usada em primeiro lugar. <br />❹ O sistema geralmente toma decisões erradas sobre questões com consequências fatais. Aqui deve-se sempre evitar a automação!</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Considere as consequências se o seu sistema automatizado falhar. <br /><br />👍 Trabalhe com os piores cenários. <br /><br />👍 Certifique-se de monitorar e avaliar os erros que seu sistema automatizado comete. <br /><br />👍 Envolva especialistas e críticos independentes no desenvolvimento de suas soluções automatizadas. <br /><br />👍 Tenha cuidado com os sistemas de caixa preta não transparentes usados para automatizar funções críticas.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##capsules## A inteligência artificial da IBM, <b>Watson</b>, é usada para auxiliar no exame, diagnóstico e tratamento de pacientes. Em <b>2018</b>, foi descoberto que Watson <b>recomendava medicamentos incorretos</b> e às vezes fatais aos pacientes. Essa descoberta resultou no abandono da tecnologia pela Rigshospitalet na Dinamarca e pela Novo Nordisk.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##virus## Quando um aplicativo para <b>rastreamento de contato digital de coronavírus</b> na Dinamarca estava em desenvolvimento na primavera de <b>2020</b>, um amplo debate social e ético surgiu sobre o monitoramento automatizado do contato das pessoas umas com as outras. Houve um argumento importante dos críticos, dizendo que <b>o valor do aplicativo de rastreamento de contatos não correspondia ao risco de o governo obter acesso aos dados</b> de localização dos cidadãos. O risco de abuso era muito grande. <b>A solução foi envolver um grupo de especialistas</b> com conhecimento de ética e tecnologia, o que resultou em uma solução final em que o risco de uso indevido de dados foi minimizado pela descentralização da coleta de dados. O projeto poderia ter sido completamente abandonado, mas em vez disso, decidiu-se desenhar uma solução que minimizasse os riscos.</li></ul><li>08. Alguém da empresa está pronto para intervir quando a automação falha?</li><ul><li>A inteligência artificial pode parecer sobre-humana e infalível porque pode encontrar padrões e fazer cálculos sobre dados que de outra forma seriam incompreensíveis para os humanos. Mas a inteligência artificial também comete erros, e frequentemente estes são surpreendentemente banais porque falta à inteligência artificial a compreensão humana de como o mundo está conectado.<br /><br />Portanto, é crucial que os humanos nunca sejam removidos dos sistemas automatizados de tomada de decisão. Em primeiro lugar, certifique-se de que tem alguém constantemente atento a erros e irregularidades no sistema. Em segundo lugar, você deve sempre garantir que seus clientes e usuários possam entrar em contato com um ser humano se o seu sistema automatizado falhar. Este último também é um requisito do GDPR (similar à <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm" target="_blank">LGPD</a> brasileira).</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Sempre tenha muito cuidado ao remover pessoas completamente de seus sistemas automatizados. <br /><br />👍 Inclua uma funcionalidade em sua solução digital que permite aos usuários falar com uma pessoa. <br /><br />👍 Certifique-se de ter as pessoas certas de prontidão para intervir quando a automação falhar. <br /><br />👍 Esteja ciente de que trabalhar como supervisor de sistemas automatizados pode ser monótono, tedioso e desconfortável.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##tshirt## Em <b>2011</b>, a empresa americana de camisetas <b>Solid Gold Bomb</b> desenvolveu um algoritmo que podia criar slogans engraçados sobre o meme “Mantenha a calma e continue” para imprimir em camisetas. O sistema era totalmente automatizado, então os engraçados foram colocados à venda na Amazon <b>sem que ninguém tivesse verificado os slogans</b>. A Solid Gold Bomb não considerou necessário observar os slogans das camisetas porque as camisetas só seriam produzidas se as pessoas as comprassem. <br /><br />Infelizmente, o algoritmo começou a colocar camisetas à venda com mensagens como “Mantenha a calma e mate-a” e “Mantenha a calma e estupre muito”. O caso explodiu nas redes sociais e a empresa faliu devido à má publicidade.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##bus## A empresa dinamarquesa Holo trabalha com ônibus autônomos, que atualmente circulam por Copenhagen, Aalborg e Oslo. Os ônibus só podem chegar a uma velocidade de <b>15 km/h</b> e nunca tiveram nenhum acidente, mas a Holo ainda optou por <b>colocar uma pessoa em todos os seus ônibus</b>, pronta para intervir se o ônibus falhar ou se ocorrer qualquer outro problema no ônibus.</li></ul><li>09. Seu sistema automatizado é adaptável às mudanças?</li><ul><li>Os sistemas automatizados geralmente são projetados com base em dados históricos. Um automatiza ações e fluxos de trabalho que funcionam hoje e avalia que também funcionarão no futuro, mas o mundo está em constante mudança. Os humanos estão mudando preferências, atitudes e padrões de ação, o que significa que a maioria dos sistemas automatizados que interagem com os humanos irão parar de funcionar se não forem atualizados continuamente.<br /><br />Pode haver várias consequências éticas de sistemas automáticos estáticos. Um carro autônomo que não tenha seus algoritmos atualizados com novos mapas conduzirá na direção errada. Mas os algoritmos estáticos também podem perpetuar preconceitos indesejados que podem ter sido aceitáveis no passado, mas mudaram com o tempo, por exemplo, a discriminação contra as mulheres no local de trabalho.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Sempre considere seu sistema automatizado como um trabalho em andamento. Nunca é um produto acabado. <br /><br />👍 Sempre treine seus sistemas de aprendizado de máquina com novos dados. <br /><br />👍 Esteja ciente de que seu sistema automatizado pode precisar de novos tipos de dados. <br /><br />👍 Certifique-se de projetar uma inteligência artificial curiosa que testa e procura por mudanças e novos padrões.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##google## Em <b>2009</b>, com base em milhões de pesquisas de usuários, o <b>Google Flu Trends</b> conseguiu rastrear uma epidemia de gripe nos Estados Unidos <b>duas semanas</b> mais rápido do que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Devido a isso, a expectativa passou a ser de que o algoritmo do Google pudesse prever com precisão onde e quando uma epidemia ocorreria no futuro. Mas depois de <b>2009</b>, as previsões do Google <b>tornaram-se imprecisas</b> e, em várias ocasiões, o serviço superestimou a escala dos surtos a tal ponto que o Google Flu Trends foi extinto após <b>cinco anos</b>.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##spotify## Ao ouvir música no <b>Spotify</b>, a empresa <b>coleta dados sobre o gosto dos usuários</b> por música, usados para gerar listas de recomendação de música. Ele poderia se desenvolver em uma câmara de eco onde o usuário ouve algumas músicas, é recomendado mais da mesma e continua ouvindo do mesmo tipo. Mas os algoritmos do Spotify são bons em testar os limites do gosto musical de seus usuários, o que significa que <b>os usuários têm permissão constante para ouvir novas músicas e testar seus limites</b>. O resultado é que o algoritmo ajuda a impulsionar o gosto musical das pessoas e segue quando as pessoas o mudam ao longo do tempo (a menos que estejam presas a músicas antigas dos anos oitenta).</li></ul><li>10. Seu sistema automatizado pode ser invadido?</li><ul><li>Os carros que dirigem sozinhos usam inteligência artificial para interpretar as impressões sensoriais que encontram por meio dos vários sensores do carro. O problema é que essas impressões sensoriais podem ser hackeadas sem arrombar o carro, mas simplesmente mudando o ambiente ao redor. Por exemplo, as pessoas descobriram que você pode fazer com que os carros autônomos ignorem as placas de pare se colocar uma fita branca em padrões específicos na placa. É evidente que você precisa proteger suas soluções digitais contra hackers tradicionais, onde as pessoas invadem um sistema. Mas o aprendizado de máquina moderno, que é baseado em dados do mundo real, permite maneiras inteiramente novas de hackear.<br /><br />Freqüentemente, não é nem mesmo um hacker malicioso, mas simplesmente pessoas querendo zombar dos “robôs”. Por exemplo, quando as pessoas saltam na frente de carros autônomos para testar se vão frear.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Pense na pior das hipóteses: sempre haverá alguém tentando enganar seu sistema automatizado. <br /><br />👍 Considere como as pessoas reagirão ao seu sistema automatizado e leve em consideração suas reações. <br /><br />👍 Esteja ciente de que sistemas antiéticos criarão mais motivação para hackers e manipulação de dados.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##mobile-alt## Uma empresa vietnamita de segurança de TI demonstrou que pode hackear o recurso de <b>reconhecimento facial</b> em um <b>iPhone X</b>. Isso é feito criando uma “máscara dupla” impressa em 3D por menos de <b>1.900 reais</b> (cerca de <b>300 euros</b>). Portanto, você não precisa ser um especialista em computadores para invadir um iPhone - tudo o que você precisa é uma foto da sua vítima e acesso a uma impressora 3D.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##google## O <b>Google</b> é o <b>mecanismo de busca</b> mais importante do mundo e pode ser vida ou morte para as empresas, estejam ou não no topo dos resultados de pesquisa do Google. Portanto, é claro, muitos tentam descobrir os algoritmos do Google para que possam subir na página de resultados. Às vezes, as pessoas cruzam os limites e usam métodos que tentam hackear o algoritmo do Google. É também conhecido como <i>black hat search engine optimization</i>. <br /><br />O Google está em uma batalha perpétua contra esses hackers, que não invadem os sistemas do Google, mas tentam hackear os dados que o Google usa para classificar os resultados. Até agora, o Google venceu a batalha contra os <i>black hats</i>. Mas é uma batalha eterna que requer <b>milhares de funcionários</b> dedicados que estão constantemente desenvolvendo seus algoritmos.</li></ul></ul></ul><div><br /></div></div>
<h3 id="design" style="text-align: left;"><br /></h3>
<div><ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li><span style="background-color: #b45f06;"><span id="design" style="color: #eeeeee;"> Design Comportamental </span></span><a href="#sumario">🔝</a></li><ul><li><span style="background-color: #fff2cc;">Os <b>humanos nem sempre são racionais</b>. Tomamos decisões com base nas emoções, que podem ser manipuladas por meio de design comportamental, por exemplo, por cutucadas. Na melhor das hipóteses, o design comportamental é usado para ajudar as pessoas a tomarem decisões sábias, mas, na pior das hipóteses, o design comportamental pode ser usado para manipular as pessoas em direções que lhes são prejudiciais. É sua escolha ética se você deseja usar o design comportamental para ajudar ou para manipular.</span></li></ul></ul></ul><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>01. Seu projeto lida com emoções negativas?</li><ul><li>Estudos mostram que a maioria das pessoas se esforça mais para evitar uma perda em comparação com o que fariam para obter o mesmo ganho. Se você deseja que as pessoas façam algo, é mais eficaz assustá-las com algo negativo do que motivá-las com positividade, uma tática usada por vendedores, seguradoras e varejistas de equipamentos para bebês durante anos.<br /><br />No mundo digital, a motivação pelo medo torna-se ainda mais eficaz porque, combinada com os dados do usuário, pode tornar as mensagens de medo cada vez mais personalizadas. É claro que existe um equilíbrio ético. É um jogo justo quando uma empresa de previdência informa às pessoas que elas não estão economizando o suficiente para a aposentadoria, mas se combinarem essa mensagem com a imagem de uma senhora comendo comida de gato, você começa a ir além dos limites éticos do design comportamental digital.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Pense se você usa o medo, a incerteza e a dúvida como motivação em seu projeto.<br /><br />👍 Seja especialmente cuidadoso com mensagens de medo baseadas no conhecimento sobre o usuário. <br /><br />👍 Pense se você pode transformar a comunicação negativa em positiva. <br /><br />👍 Esteja ciente de que informações falsas como “apenas um produto restante” podem ser enganosas.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##bed## Muitos sites de <b>reserva de hotel</b> usam mensagens que informam ao usuário que um número x de pessoas já reservou e que você precisa se apressar para reservar ao preço mostrado. <b>Os usuários temem que a oferta e a viagem dos sonhos desapareçam</b> ou que o preço dobre a qualquer minuto. Essa prática é em si antiética porque usa o medo e a insegurança para motivar os usuários. Mas também pode ser totalmente ilegal se os prazos e reservas declarados não forem verdadeiros. Muitos sites de reservas estão sob os holofotes das autoridades de concorrência por causa dessa prática.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br /><b>💸 Tobi</b> é uma startup dinamarquesa que ajuda os pais a investirem as economias dos filhos. A mensagem deles é que é muito mais eficiente investir as economias dos filhos do que deixá-las em uma conta bancária normal. Eles usam comparações para mostrar o que essa diferença pode significar quando as crianças completam <b>18 anos</b>, mas não usam o medo nessas mensagens. Eles usam exemplos concretos, mas não contam histórias sobre como será horrível ter <b>18 anos</b> sem economias para crianças em um mundo onde um apartamento de dois quartos em Copenhague custará <b>10 milhões de coroas dinamarquesas</b> (ou bem mais de <b>um milhão</b> de libras ou euros).<br /><br /></li></ul><li>02. Você torna deliberadamente difícil para os usuários encontrar ou entender informações ou funcionalidades?</li><ul><li>O design digital geralmente trata da criação de interfaces amigáveis e úteis para os usuários. Mas as empresas podem ter interesse em fazer com que os usuários façam coisas que não os beneficiam. Por exemplo, fazer com que os usuários continuem assinando um serviço que não usam, comprando mais produtos do que o necessário ou talvez dizendo sim para condições que não são do seu interesse.<br /><br />Nesses casos, o design pode se desenvolver em um design manipulativo. Também conhecido como padrão escuro, em que você usa truques de design astutos para fazer os usuários fazerem coisas que não são vantajosas. Freqüentemente, trata-se de ocultar informações importantes ou realçar outras informações usando cores, animações, tamanhos de fonte ou outras ferramentas gráficas.<br /><br />A diretriz ética deve ser que você sempre deve projetar com base nos interesses de seus usuários. É claro que há um equilíbrio a ser encontrado. Mas deve-se sempre evitar a manipulação deliberada, onde se pode dizer com certeza que se trata de beneficiar a empresa em detrimento do usuário.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Ao projetar, você não deve pensar apenas na usabilidade, mas também nas necessidades do usuário. <br /><br />👍 Preste atenção especial às crianças e outros públicos vulneráveis que são particularmente fáceis de manipular. <br /><br />👍 Pense em como você se sentiria ao usar seu próprio design digital. <br /><br />👍 O usuário testa todas as coisas que não são para o benefício da empresa (cancelamento de assinatura, devolução de produtos, etc.).<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##amazon## Você tem uma conta na <b>Amazon</b>? Tente deletar a conta<br /><br />Se parecer complicado, você pode encontrar um manual <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VS8wZP3nvSE" target="_blank">aqui</a>. <br /><br />Dica: você precisa de mais de <b>dez cliques</b> e na verdade não é possível sem <b>entrar em contato com alguém da Amazon</b>.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##file-signature## A grande maioria dos <b>serviços digitais baseados em assinatura</b> oferece um período de teste gratuito com a condição de que você forneça as informações do seu cartão de crédito para que a assinatura possa começar automaticamente no final do período de teste. O resultado, claro, é que <b>muitos usuários se esquecem de cancelar a assinatura</b> e, portanto, permanecem presos como clientes pagantes, embora possam não querer. No entanto, há exceções - nomeadamente o <b>jornal dinamarquês Information</b> e a plataforma de treino de ciclismo <b>Zwift</b>. Ambos oferecem um período de teste gratuito em que você não precisa fornecer as informações do seu cartão. <br /><br />Ambos se destacam dos concorrentes e parecem mais éticos e atraentes para os clientes.</li></ul><li>03. Você explora a inabilidade de seu usuário de se concentrar em seu próprio benefício?</li><ul><li>Os usuários podem facilmente ler textos longos e se familiarizar com questões complexas online. Mas isso requer que eles estejam com a mentalidade certa, como quando estão ouvindo um podcast ou lendo longos artigos de revistas.<br /><br />No entanto, se o usuário está no processo de uma transação ou compra de produtos, download de aplicativos ou semelhantes, então não se pode esperar que os usuários tenham a capacidade de se familiarizar com questões complexas sobre cookies, rastreamento, uso de dados, criação de perfil, etc.<br /><br />Em outras palavras, você não deve esperar que os usuários tenham entendido sua política de dados ou suas regras de assinatura só porque clicaram no botão Aceitar. Você pode ter recebido uma aceitação legal, mas, eticamente, você não recebeu um endosso real.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Evite textos longos e complexos tanto quanto possível. <br /><br />👍 Tente dividir as informações em pedaços menores e apresentá-las quando for relevante. <br /><br />👍 Se precisar da aceitação dos usuários, peça no contexto em que for adequado. <br /><br />👍 Considere se você poderia tornar seu serviço menos complexo. <br /><br />👍 Use redatores qualificados para escrever esse tipo de texto.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🎓 A <b>Universidade de Copenhague</b> tem uma política de privacidade que certamente não é transparente para o público em geral. Por exemplo, ela afirma que a Universidade de Copenhague:<br /><br />“(…) Registra e processa dados pessoais com base no <b>Artigo 6</b> do GDPR (A LGPD deles, nota do tradutor). O tratamento de dados pessoais sensíveis em projetos de investigação é abrangido por (…) ”. <b>É necessário ter um entendimento jurídico e estar familiarizado com as várias seções do GDPR</b> para entender como a Universidade de Copenhagen processa dados.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🔎 O mecanismo de busca <b>DuckDuckGo</b> declara que a plataforma não está armazenando, compartilhando ou usando dados pessoais sobre os usuários.<br /><br />Eles resumem sua política de privacidade com a frase: “Não coletamos nem compartilhamos informações pessoais. Essa é a nossa política de privacidade em poucas palavras. ” A seguir, <b>é explicado em linguagem humana quais dados são coletados e como</b>. Ainda é um documento longo, mas propositalmente feito para ser o mais compreensível possível. O exemplo também mostra que as empresas com ética em dados normalmente acham mais fácil formular documentos de privacidade compreensíveis simplesmente porque têm menos a esconder e mais do que seus clientes se orgulharem.</li></ul><li>04. Você manipula as ações aproveitando a necessidade das pessoas de serem sociais?</li><ul><li>As pessoas são sociais e a maioria de nós está constantemente em busca de reconhecimento social do que está ao nosso redor. É uma necessidade de ser explorado para melhor ou para pior. Por outro lado, nossa necessidade de reconhecimento social significa que ajudamos uns aos outros com conselhos e orientação por meio das mídias sociais. Mas esse mesmo desejo também pode ser o motivo pelo qual os adolescentes gastam milhares de dólares em skins digitais que os tornam mais populares no Fortnite.<br /><br />No mundo digital, as empresas podem explorar nosso desejo de serem aceitas socialmente a tal ponto que as consequências podem ser a dependência digital ou o consumo excessivo de produtos ou serviços digitais.<br /><br />Eticamente, não há problema em usar técnicas de design social para motivar as pessoas a realizar certas ações, mas é crucial manter os interesses mais profundos dos usuários em mente. Pense se suas interfaces sociais tornam as pessoas mais felizes ou infelizes.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Cuidado ao usar ações sociais como uma moeda na qual os usuários precisam investir para alcançar algo diferente. As ações sociais devem ser o objetivo em si. <br /><br />👍 Considere como os designs sociais podem se desenvolver quando muitos usuários usam seu serviço. O serviço muda de caráter quando todos o usam? <br /><br />👍 Incorpore bloqueios de parada em seus projetos sociais para que as pessoas não se empolguem. Por exemplo, defina restrições sobre compras ou consumo de tempo. Lembre-se de que a interação social pode ser muito viciante.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🎮 Quando o <b>Pokémon Go</b> foi lançado em <b>2016</b>, ele era um jogo de <b>realidade aumentada</b> bastante inocente, que tratava de coletar monstros Pokémon digitais no mundo real. O jogo assumiu um caráter social à medida que as pessoas começaram a compartilhar informações sobre a localização dos melhores Pokémons, o que significava que as grandes cidades de repente foram invadidas por enxames de caçadores de Pokémon inconsequentes que olhavam para suas telas e pisoteavam tudo e todos em seu caminho. <br /><br />Não foi uma consequência planejada, mas uma consequência do jogo se tornar <b>socialmente viciante</b> e sem bloqueios de parada que poderiam impedir um grande número de pessoas de se reunir.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##instagram## O <b>Instagram</b> é, no mínimo, um serviço que se beneficia da necessidade de reconhecimento social. Mas em <b>2020</b>, depois de muitas críticas, o Instagram admitiu que poderia sair do controle para alguns usuários, que se tornaram fortemente dependentes de colher o máximo de curtidas possível. Para reduzir a dependência do reconhecimento social, o Instagram <b>removeu a capacidade de ver quantas curtidas</b> as fotos receberam. <br /><br />Uma iniciativa relativamente pequena em uma plataforma grande como o Instagram, mas um exemplo positivo de um pequeno passo em uma direção de design mais ética.</li></ul><li>05. Você está tentando criar vício em seu produto com truques baratos?</li><ul><li>Muitas empresas desejam que seus produtos sejam usados o máximo possível, especialmente se os produtos forem financiados por meio de anúncios. É, portanto, tentador usar nudging, mecanismos sociais ou dados para fisgar seus usuários. Pode significar o uso excessivo de notificações ou pode ser o uso de recursos em que as pessoas aumentam seu status social por serem mais ativas em uma plataforma.<br /><br />Claro, é eticamente correto projetar produtos que sejam tão bons que as pessoas fiquem viciadas. Torna-se antiético quando os truques viciantes contribuem apenas para criar vício e não tornam o produto melhor. Pode ser um equilíbrio ético complicado de se encontrar!</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Pergunte aos usuários se eles acham que estão gastando muito tempo ou muito dinheiro com seu serviço. <br /><br />👍 Inclua bloqueios de parada que evitam a dependência excessiva de seu produto. <br /><br />👍 Pense em grupos-alvo vulneráveis, como crianças ou viciados em jogos de azar que se viciam mais facilmente.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##snapchat## O <b>Snapchat</b> tem um recurso chamado <b>streaks</b>, que motiva as pessoas a manter as conversas no Snapchat o maior tempo possível. Quanto mais tempo a conversa vai e volta, melhor será a sequência e mais recompensas os parceiros de conversa receberão na forma de emojis engraçados.<br /><br />Um exemplo clássico de design que não torna o produto melhor, mas serve apenas ao propósito de manter as pessoas na plataforma.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##video## <b>Netflix</b> é um serviço que pode ser muito viciante porque você sempre recebe recomendações de conteúdo relevante com base em suas preferências pessoais. No entanto, a Netflix também tinha um recurso que <b>iniciava automaticamente o próximo episódio de uma série</b> assim que terminava uma. Aqui, os usuários estavam sendo estimulados a ficar presos e empolgar muitos episódios seguidos. <br /><br />É um exemplo de design que não agrega muito valor extra ao usuário (não é difícil clicar no botão iniciar), mas, em contrapartida, pode criar um vício onde o usuário não se beneficia. <br /><br />Desde então, a Netflix <b>removeu esse elemento de design</b>, de modo que a série não inicia mais automaticamente.</li></ul><li>06. Você valida ou desafia seus usuários?</li><ul><li>O cliente está sempre certo! As empresas devem sempre dar aos clientes o que eles desejam e, com inteligência artificial e algoritmos, fica mais fácil descobrir exatamente o que os clientes desejam. O problema é que você pode acabar conhecendo seus clientes tão bem que nunca desafia suas preferências, mas dá a eles mais do mesmo.<br /><br />Considere se um bom atendimento ao cliente envolve mais do que oferecer aos clientes mais do mesmo. Talvez também envolva desafiar os clientes e mostrar-lhes novos produtos ou informações surpreendentes. É um equilíbrio difícil, onde não se deve tornar-se paternalista e manipulador. As pessoas querem escolher livremente, mas a maioria também tem um forte desejo de descobrir novas oportunidades e ver novas perspectivas no mundo.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Construa algoritmos que não criem câmaras de eco. Crie algoritmos que cometem erros aleatórios deliberadamente para expor os usuários a menos do mesmo. <br /><br />👍 Considere suas métricas: torne-o um KPI para expor os usuários a novos conteúdos ou novos produtos. <br /><br />👍 Combine - na medida do possível - recomendações algorítmicas com recomendações humanas. <br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##youtube## Se você observar crianças pequenas usando o <b>YouTube</b>, notará como elas clicam rapidamente nos vídeos recomendados pelo algoritmo. Uma criança pode rapidamente deixar de assistir a um vídeo informativo sobre dinossauros em um universo sem sentido de desenhos animados produzidos de forma barata para as crianças clicarem. <b>Os algoritmos atraem as crianças para câmaras de eco</b> de conteúdo que têm o único propósito de fazer com que as crianças demorem (e assistam aos comerciais). <br /><br />Em outras palavras, o YouTube é um meio inadequado para crianças, o que é ruim tanto para crianças quanto para o YouTube.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🎵 A maioria dos serviços de <b>streaming de música</b> usa recomendações algorítmicas, que criam listas de reprodução personalizadas para seus usuários. Muitos deles tendem a criar câmaras de eco musical onde os gostos musicais dos usuários raramente são desafiados. Neste mercado, o serviço <b>Tidal</b> se destaca por ter contratado <b>um pequeno exército de curadores</b> que fazem playlists feitas por humanos. Nem todos os usuários gostam das playlists do Tidal, mas a estratégia dá ao Tidal um perfil ético que se destaca significativamente da concorrência.</li></ul></ul></ul></div><div><ul><br /></ul>
<h3 id="dados" style="text-align: left;"><br /></h3>
<ul style="text-align: left;"><li>[message]</li><ul><li><span id="dados" style="background-color: #c27ba0; color: #eeeeee;"> Dados </span><a href="#sumario">🔝</a></li><ul><li><span style="background-color: #ead1dc;">Os produtos e serviços digitais ficam melhores com os dados e, portanto, é tentador coletar o máximo de dados possível. Mas não é legal coletar dados desnecessários. E mesmo se alguém estiver dentro dos limites da lei, a coleta de dados pode facilmente se tornar muito desigual, portanto, é a empresa que colhe todos os benefícios enquanto os clientes ficam sem conhecimento ou controle sobre seus próprios dados. É sua escolha ética se você, como empresa, usará os dados de uma forma que aumente o senso de controle das pessoas ou se usará os dados exclusivamente para seu próprio benefício.</span></li></ul></ul></ul><ul style="text-align: left;"><li>[accordion]</li><ul><li>01. Você está coletando muitos pontos de dados e os mantém por muito tempo?</li><ul><li>Quando os dados são considerados o novo petróleo e a inteligência artificial se torna melhor com mais dados, <b>pode ser tentador coletar dados sem restrições</b>. No entanto, você deve estar ciente de que a coleta excessiva de dados é ilegal de acordo com o GDPR (a <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm" target="_blank">LGPD</a> europeia) e, além disso, também é antiética, impraticável e arriscada.<br /><br />Grandes quantidades de dados aumentam o risco de vazamento de dados e também torna mais difícil para você lidar com os dados em nome do usuário.<br /><br />Por fim, é profundamente antiético coletar dados que não sejam altamente críticos para os negócios, porque expõem os usuários a riscos desnecessários de violações de privacidade e porque ajuda a fortalecer a desigualdade de dados entre empresas e cidadãos.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Sempre tente remover um ponto de dados para usuários em vez de adicionar um novo.<br /><br />👍 Sempre pergunte a si mesmo se você precisa desse ponto de dados específico.<br /><br />👍 Certifique-se de limpar os dados antigos que não são mais necessários.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🎓 As escolas secundárias dinamarquesas usam a plataforma <b>Lectio</b> para administração e comunicação entre professores e alunos. O problema com a Lectio é que os <b>dados coletados não são excluídos</b>, o que significa que os professores podem voltar no tempo e encontrar informações sobre notas e licenças médicas de alunos que concluíram o ensino médio há muito tempo. Os dados estão disponíveis para que todos os professores de uma escola possam acessar as informações sem uma senha. A prática é provavelmente uma violação do GDPR, mas também é um tratamento antiético de dados porque eles estão armazenando dados que não têm nenhum propósito.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🔎 <b>DuckDuckGo</b> é uma alternativa ao mecanismo de pesquisa do Google que <b>não coleta dados do usuário</b> nem rastreia pesquisas do usuário na web. DuckDuckGo nem sabe quantos usuários possui, pois não rastreia usuários. Como o DuckDuckGo não armazena informações sobre os usuários, eles verão apenas anúncios relacionados à sua pesquisa atual. Ao usar o DuckDuckGo, fica claro para os usuários que eles não estão sendo rastreados nas páginas da web e que o mecanismo de busca não está coletando muitos dados sobre seus movimentos online.</li></ul><li>02. Você anonimiza seu dados?</li><ul><li>Por padrão, você deve sempre presumir que sua coleta de dados pode ser publicada online amanhã. Quais seriam as consequências então? Os indivíduos podem ser identificados em seus dados? Ou você garantiu que os dados sejam tão anônimos que nada pode ser divulgado sobre o indivíduo? O anonimato não é fácil. Não é suficiente remover nomes, endereços ou números de previdência social porque a identidade de alguém pode muitas vezes ser deduzida combinando ou mesclando dados com outros conjuntos de dados disponíveis publicamente.<br /><br />Você pode não coletar dados pessoais, mas deve estar ciente de que dados aparentemente inofensivos também podem ajudar a identificar indivíduos. Por exemplo, pode-se derivar hábitos alimentares das coleções de receitas dos usuários para determinar quaisquer doenças crônicas.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Certifique-se de que os dados sobre pessoas e suas informações identificáveis sejam separados com segurança. <br /><br />👍 Considere se você realmente precisa de dados sobre pessoas individuais ou se agregar dados é suficiente. <br /><br />👍 Convide especialistas independentes para avaliar se seus dados anônimos podem ser anonimizados pela fusão de dados.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🚴 Em <b>2017</b>, o aplicativo de treinamento <b>Strava</b> publicou um mapa-múndi, que mostrou dados agregados para todas as rotas de ciclismo e corrida que as pessoas carregaram para o Strava - aparentemente sem complicações, porque todos os dados eram anônimos. Mas o problema é que em países como o Afeganistão, havia muito pouca atividade além de locais selecionados, ou seja, bases dos EUA, onde os soldados usavam o aplicativo durante o treinamento. Acontece que o mapa passou a mostrar localizações precisas e rotas de bases e soldados que se exercitavam por conta própria na paisagem. Em outras palavras, <b>ele estava mostrando dados confidenciais</b>.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🚴 Usar o aplicativo de treinamento <b>Strava</b> para rastrear e compartilhar passeios de bicicleta parece inocente para a maioria dos usuários. Mas poucas pessoas pensam sobre o fato de que saber onde um passeio de bicicleta começa e termina também é saber onde uma bicicleta cara está estacionada. Dados preciosos para ladrões de bicicletas. Portanto, a Strava optou por <b>obscurecer o ponto exato onde um passeio de bicicleta começa e termina</b>, mesmo que forneça uma experiência de usuário pior para aqueles que compartilham o passeio de bicicleta e para aqueles que seguem os passeios de bicicleta de seus amigos. Eles sacrificaram um pouco a experiência do usuário em troca de oferecer aos usuários um aplicativo muito mais seguro.</li></ul><li>03. Como se armazenam os dados?</li><ul><li>Existe um dever ético e legal de armazenar dados com segurança. No entanto, ainda ocorrem erros durante o armazenamento de dados, e os erros geralmente ocorrem porque as empresas e organizações simplesmente não pensam em armazenar dados confidenciais. As plataformas digitais geralmente tornam muito fácil coletar e armazenar dados. Portanto, a coleta de dados também pode acontecer sem controle dentro de uma organização.<br /><br />Um exemplo é a empresa dinamarquesa Medicals Nordic, que foi responsável por testar pacientes corona. A empresa usou o WhatsApp para fluxos de trabalho diários e, quando de repente teve que testar milhares de dinamarqueses, eles optaram por continuar usando o WhatsApp como a plataforma para compartilhar os resultados dos testes. Posteriormente, a empresa foi despedida pelas regiões dinamarquesas. Mas o exemplo mostra que muitas vezes é a simples falta de consideração que leva ao processamento de dados insuficiente.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Certifique-se de que todos os funcionários estejam familiarizados com as regras fundamentais sobre o uso de dados. <br /><br />👍 Considere o uso de plataformas online onde você não tem controle total sobre os dados (Facebook, WhatsApp, Dropbox, etc.). <br /><br />👍 Se você não é um especialista em armazenamento de dados, deve contratar especialistas externos para proteger suas soluções.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />🐒 O <b>Copenhagen Zoo</b> tem <b>140.000</b> portadores de cartão anuais. A página de login para esses titulares de cartão anual <b>não tinha restrições às tentativas de login</b>, o que tornava mais fácil para pessoas não autorizadas experimentar e acessar as informações pessoais dos titulares de cartão, incluindo número do cartão, nome, endereço e e-mail. Foi denunciado como uma violação da segurança de dados pessoais e criticado pela Agência Dinamarquesa de Proteção de Dados.<br /><br />Agora, o zoológico fez com que seus membros mudassem as senhas e eles introduziram a função “Eu não sou um robô”, que garante que um programa não trapaceie o sistema. Além disso, eles introduziram um recurso que, após três tentativas malsucedidas, o sistema bloqueará o acesso por uma hora.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##telegram## <b>Telegram</b> é um serviço de chat online semelhante ao WhatsApp e ao Facebook Messenger. No entanto, o Telegram <b>concentra-se fortemente na criptografia e na proteção da privacidade</b>. O Telegram tem, entre outras coisas, uma função de segurança de dados chamada Chats Secretos. Ao enviar mensagens através de Chats Secretos, o chat é totalmente criptografado, e nenhum dado é armazenado centralmente ou acessível aos funcionários do Telegram. Você também não pode encaminhar bate-papos secretos e pode até mesmo definir as mensagens para serem excluídas automaticamente do remetente e do destinatário após um determinado período. Os bate-papos secretos são, portanto, seguros, contanto que você tenha seu telefone guardado com segurança no bolso.</li></ul><li>04. Você fornece às pessoas acesso aos seus próprios dados?</li><ul><li>Para que as pessoas tenham controle sobre seus dados, também precisam acessá-los. Isso significa:<br /><br />➫ Você deve garantir que todos os dados coletados sobre seus usuários fiquem <b>visíveis para o usuário</b>.<br /><br />➫ Mesmo que você colete dados de muitas fontes, você deve se certificar de que o <b>usuário pode acessar</b> seus dados de um só lugar.<br /><br />➫ Você tem a responsabilidade de apresentar os dados de forma que sejam <b>compreensíveis para o usuário</b>, mesmo que sejam enigmáticos.<br /><br />Você é ético se tem uma área dedicada em suas soluções digitais onde as pessoas podem acessar dados que lhes dizem respeito. Deve ser fácil de encontrar e os dados devem ser fáceis de ver e compreender. Se os dados forem usados para criar novos dados (por exemplo, por meio de criação de perfil), os novos dados devem ser tão claros e facilmente acessíveis. Além disso, as pessoas precisam ter controle sobre os dados. Essencialmente, os usuários sempre devem ser capazes de excluir dados. Se fizer sentido, os usuários também devem ter a opção de corrigir seus dados para torná-los mais precisos.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Pergunte a seus usuários como eles gostariam de acessar seus dados. <br /><br />👍 Teste sua solução para ver se os usuários podem acessar e entender seus dados.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />💰 A maioria dos dinamarqueses usa uma solução de <b>banco online</b> onde você geralmente tem acesso total a todos os dados sobre suas finanças. No entanto, os bancos costumam usar dados financeiros para traçar o perfil de seus clientes em diferentes segmentos de receita, e muito poucos bancos exibem esse perfil para seus clientes. <br /><br />Os bancos também têm dados sobre quanto ganham por cada cliente (o preço de ser um cliente no banco), mas essa informação também não está disponível nas plataformas de banco on-line. <br /><br />Os bancos são, portanto, adeptos de fornecer dados brutos, mas quando se trata de dados agregados, que podem ser muito valiosos para seus clientes, suas soluções digitais são severamente limitadas.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##facebook## Após o escândalo <b>Cambridge Analytica</b>, o <b>Facebook</b> foi criticado por coletar muitos dados sobre seus usuários, sem o conhecimento dos usuários. Posteriormente, o Facebook projetou uma área abrangente e amigável na plataforma, onde <b>você pode obter uma visão geral de seus dados</b>. O Facebook também oferece opções para restringir a coleta de dados e excluir dados pessoais. Como o modelo de negócios do Facebook é sobre coleta de dados, a empresa muitas vezes torna difícil encontrar lugares onde você possa restringir o acesso aos dados. Em alguns casos, os usuários são avisados de que perderão funcionalidade se não permitirem a coleta de dados, o que é antiético e está à margem da legislação da UE.</li></ul><li>05. Você obteve permissão do usuário para coletar e processar dados?</li><ul><li>A maioria das empresas entendeu que requer permissão para coletar dados sobre seus clientes e usuários. O problema ético é mais frequentemente sobre se a pessoa obteve consentimento real quando o usuário também entende o que isso acarreta. Pense nos muitos pop-ups de cookies que os usuários encontram hoje online. Quantos usuários sabem o que estão fazendo ao aceitar cookies?<br /><br />Você tem a obrigação ética de obter permissão de uma forma que seja compreensível para seus usuários. Freqüentemente, significa que você precisa se comunicar de forma muito mais concisa e pedagógica. Mas lembre-se de que, se for difícil explicar por que você está coletando dados, então pode haver o caso de não coletá-los em primeiro lugar.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Não deixe que os advogados escrevam os textos sozinhos para os usuários / clientes. Deixe os comunicadores escreverem. <br /><br />👍 Lembre-se de que raramente textos com mais de <b>5</b> a <b>10 linhas</b> são lidos do começo ao fim. <br /><br />👍 Considere ter <b>dois documentos</b>: um formal/legal e um documento que seja fácil de ler, mas talvez não totalmente correto do ponto de vista jurídico. <br /><br />👍 Se você não puder obter permissão real e totalmente informada de seus usuários, não colete dados.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />💃 A maioria dos usuários do <b>Facebook</b> está ciente de que seus dados são usados para direcionar anúncios e outros conteúdos. Mas apenas o mais raro dos usuários do Facebook entende como seus dados podem ser usados e mal utilizados. Um exemplo flagrante é o app <b>Girls Around Me</b>, desenvolvido na Rússia. O aplicativo combina os dados disponíveis gratuitamente do Facebook e do <b>Foursquare</b> para criar um aplicativo perseguidor onde (normalmente) os homens podem fazer login no aplicativo e ver as mulheres próximas com dados sobre quando elas estiveram em um local específico pela última vez. O aplicativo causou um grande rebuliço quando foi lançado e, desde então, foi removido da Appstore.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />🍪 No momento em que este artigo foi escrito, a <b>telcom</b> dinamarquesa usava um pop-up de cookie que permite aos usuários escolher entre “Todos os cookies” e “Apenas os cookies necessários”. Com um único clique, o usuário pode desmarcar todos os cookies, exceto os cookies técnicos necessários para o funcionamento do site. É <b>uma forma amigável de obter aceitação para cookies</b>. Você ainda tem a oportunidade de mergulhar mais fundo nas informações e ajustar ainda mais sua escolha (o que, no entanto, provavelmente só é feito por alguns).<br /><br /><b>Por outro lado</b>, a TDC optou por colorir o botão "Todos os cookies" de um azul atraente, enquanto o botão "Somente necessários" é <b>branco em um fundo branco</b>. Aqui, não há dúvidas sobre o que a TDC deseja do usuário, e a empresa poderia ter projetado de forma mais ética.</li></ul><li>06. Você informa seus usuários sobre como eles são perfilados?</li><ul><li>A inteligência artificial e os algoritmos estão cada vez melhores na localização de padrões em dados e, frequentemente, eles veem padrões em dados que não são imediatamente visíveis ao olho humano. Empresas e organizações podem desenvolver perfis sobre seus clientes e usuários que contenham conhecimentos que nem mesmo os próprios usuários conhecem. As empresas podem determinar a credibilidade e as preferências das pessoas em livros, juntamente com doenças mentais, preferências sexuais e atitudes políticas.<br /><br />Isso cria alguns desafios éticos óbvios, tanto em relação à desigualdade quanto aos direitos humanos. A criação de perfil pode estabelecer um alto grau de desigualdade entre a empresa que apresenta o perfil e a pessoa que (talvez sem saber) é vítima da criação de perfil.<br /><br />A definição de perfis também pode entrar em conflito com os direitos fundamentais, que consistem em não armazenar dados pessoais confidenciais ou discriminar com base em gênero, raça, sexualidade, etc.</li></ul><li>Recomendações e exemplos</li><ul><li>👍 Esteja ciente de que o perfil de banco de dados pode violar direitos humanos fundamentais. <br /><br />👍 Não crie perfis que acabem sendo dados pessoais. <br /><br />👍 Sempre informe seus usuários e clientes sobre o perfil deles. <br /><br />👍 Faça com que seja fácil para os usuários entenderem como você criou seus perfis. <br /><br />👍 Os dados de perfil também são propriedade dos usuários, e eles têm o direito de acessar e excluir este tipo de dados.<br /><br />😞 O mau exemplo<br /><br />##bullseye## A <b>Target</b> é uma varejista americana que coleta grandes quantidades de dados sobre o comportamento de compra das pessoas, usando esses dados para traçar o perfil de seus clientes. Os perfis são para o envio de ofertas personalizadas de produtos. Uma maneira é criar perfis sobre se as clientes apresentam sinais de gravidez para enviar sugestões de produtos para gravidez e bebês. Em <b>2012</b>, isso <b>resultou no envio de ofertas relacionadas à gravidez para uma jovem estudante</b> do ensino médio, embora nem ela nem seus pais soubessem de sua gravidez. Essa história criou problemas na pequena família e fez a Target reconsiderar seu uso de perfis no marketing.<br /><br />😇 O bom exemplo<br /><br />##facebook## O <b>Facebook</b> raramente é uma empresa apresentada como particularmente ética em dados, mas a empresa é <b>boa em mostrar como seus dados coletados categorizam (perfis) o usuário individual</b> em diferentes áreas de interesse, usados para direcionar anúncios. Você pode encontrar essas informações nas configurações de privacidade do seu Facebook. É fácil de encontrar e amigável. Você pode obter uma visão geral das centenas de interesses vinculados ao seu perfil no Facebook. <br /><br />Os usuários também podem optar por excluir informações para remover o marketing pessoal nesta área de assunto.</li></ul></ul></ul></div></div><div><div><br /></div>
<hr />
<span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://ddc.dk/tools/toolkit-the-digital-ethics-compass/#compass" target="_blank">Danish Design Center</a></span></div><div><span style="font-size: xx-small;">CC - Creative Commons Attribution License.</span></div><div><span style="font-size: xx-small;"><br />Traduzido e visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-13871534448312346482021-10-30T05:10:00.004-03:002021-11-03T00:30:01.831-03:00Emoji de raiva no Facebook pode ter facilitado propagação de fake newsOs Facebook Papers, documentos internos do Facebook que foram vazados pela ex-executiva da empresa Frances Haugen. Revelaram muitas informações chocantes sobre a companhia. Entre elas, como o algoritmo do Facebook tratava o emoji de raiva de forma diferenciada.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghVB7WgRaQQ2JUWKH1Hznaz2QtOuhTV-OdUnbMYySqqIj2ZO-E8e5XlrZe4Cwo5HEUBAJjAzE9k00AwHauioIgrFBe2n3_ynRyP81q-cn5gilt9_4UIcWQ9h2VTIpNQvtLJfBQK0ateBk/s640/emojiRaiva.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghVB7WgRaQQ2JUWKH1Hznaz2QtOuhTV-OdUnbMYySqqIj2ZO-E8e5XlrZe4Cwo5HEUBAJjAzE9k00AwHauioIgrFBe2n3_ynRyP81q-cn5gilt9_4UIcWQ9h2VTIpNQvtLJfBQK0ateBk/s320/emojiRaiva.jpg" width="320" /></a><br /><div><strike><span style="font-size: x-large;">F</span></strike>acebook Papers são um conjunto de mais de <b>dez mil</b> documentos internos que foram fornecidos ao Congresso dos EUA de forma editada pelo consultor jurídico de Frances Haugen. As versões editadas foram revistas por um consórcio de <b>17 </b>organizações de notícias, incluindo o The Washington Post, CNN, Reuters, Associated Press, Bloomberg, Politico, Le Monde e The New York Times.</div><div><br /></div><div><span>A </span>falha na moderação do discurso de ódio e na disseminação da desinformação, sobretudos em países de língua não inglesa, são dois dos principais problemas apontados ao Facebook. Ou seja, a acusação é que mesmo com os funcionários avisando seus diretores, o Facebook estaria colocando o lucro na frente das pessoas.</div><div><br /></div><div>Em <b>2017</b>, o empresa tentava reverter um declínio preocupante na quantidade de pessoas que postavam e falavam umas com as outras no site, e as reações emoji lhe deram cinco novas variáveis para seu algoritmo de seleção analisar e considerar na hora de escolher o que os usuários veriam. Na época, cada reação emocional valia <b>cinco vezes</b>. A lógica era que um emoji de reação sinalizava que o post tinha causado uma impressão emocional maior do que um semelhante; reagir com um emoji tinha um peso maior do que um simples clique ou toque no botão curtir. Embora o Facebook tenha minimizado a importância que dava a essas reações: A empresa disse ao Mashable naquele ano que estava pesando apenas em "um pouco mais do que likes".</div><div><br /></div><div>Ou seja, se você já usou o emoji da raiva “😠”, saiba que, após <b>2017</b>, ele passou a valer <b>5 vezes mais</b> do que uma curtida tradicional “👍” para o algoritmo do Facebook que escolhe quais postagens irão aparecer para você e para os outros usuários (e em que ordem).</div><div><div><div></div><blockquote><div>É muito simples: As mensagens que provocavam muitas reações emoji tendiam a manter os usuários mais engajados, e manter os usuários engajados era a chave para os negócios do Facebook.</div><div></div></blockquote><div><br /></div><div><br /></div><div>Muitos não sabem, mas não é a ordem cronológica que define o que vai aparecer para você. Na realidade são levados em conta mais de <b>dez mil sinais</b> que muitos usuários nem suspeitam que influenciam nessa ordem, e que o Facebook não revela de forma alguma e cita como razão de tanto segredo o receio do algoritmo ser manipulado por pessoas mau intencionadas.</div><div><br /></div><div><div>São considerados para esse cálculo fatores como quantos comentários longos uma postagem gera, ou se um vídeo é ao vivo ou gravado, ou se os comentários foram feitos em texto simples ou com avatares de desenhos animados, conforme os documentos revelam. </div><div><br /></div><div>Consideram até mesmo o quanto cada postagem requer de recursos do computador para ser processada e exibida e a velocidade da Internet do usuário. </div><div><br /></div><div>Dependendo do fator, um pequeno ajuste no algoritmo pode ter o efeito de se espalhar pela rede, fazendo com que as notícias em seu mural sejam de fontes confiáveis ou não, políticas ou não, se você verá mais de seus amigos reais ou mais mensagens de grupos do Facebook que você queria participar, ou se o que você viu poderia te enfurecer, chatear ou inspirar.</div></div><div><br /></div><div>Os próprios pesquisadores do Facebook rapidamente suspeitaram de um problema sério. Favorecer posts “controversos” - inclusive aqueles que irritam os usuários - poderia abrir “a porta para mais spam/abuso/clickbait inadvertidamente”, escreveu um funcionário, cujo nome foi redigido, em um dos documentos internos. Um colega respondeu: "É possível".</div><div><br /></div><div>Em <b>2019</b>, o alerta mostrou estar correto. Os cientistas de dados da empresa confirmaram que os posts que provocaram uma reação de raiva emoji “😠” eram muito mais prováveis de incluir desinformação, toxicidade e notícias de baixa qualidade.</div><div><br /></div><div>Isso significou que por <b>três anos</b> o Facebook amplificou o que havia de pior em sua plataforma, tornando a desinformação e o discurso de ódio mais proeminentes ao oferecer conteúdo para os usuários e divulgando-o para um público muito mais amplo. </div><div><br /></div><div>Esse poder do impulsionamento algoritmico acabou superando os esforços dos moderadores de conteúdo e das equipes de integridade do Facebook, que estavam travando uma batalha difícil contra o conteúdo tóxico e nocivo.</div></div><blockquote><div><div>“A raiva e o ódio é a maneira mais fácil de crescer no Facebook.”</div></div><div><b>Frances Haugen</b>. Em depoimento ao parlamento britânico. </div></blockquote><div></div><div><div>Já a porta-voz do Facebook, Dani Lever, declarou: </div><blockquote>“Continuamos a trabalhar para entender o conteúdo que cria experiências negativas, para que possamos reduzir sua distribuição. Isto inclui o conteúdo que tem uma quantidade desproporcional de reações de raiva, por exemplo”.</blockquote><div><div><div>De acordo com os Facebook Papers, outros funcionários além da própria Haugen, que trabalhou na empresa desde <b>2019 </b>a maio deste ano, várias vezes soaram alarmes internos tentando chamar a atenção para os problemas. Ainda na sexta-feira, <b>22</b>, um outro antigo funcionário apresentou anonimamente uma queixa contra o Facebook na Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (SEC), com alegações semelhantes às suas.</div><div><br /></div><div><div>Em <b>2019</b>, um funcionário do Facebook ficou chocado com o resultado da experiência que fez para perceber como o algoritmo lidava com regionalismos. Criou uma conta como se morasse na Índia e pediu para que essa conta seguisse todas as recomendações geradas pelos algoritmos do Facebook para entrar em grupos, ver vídeos e explorar outras páginas da rede social (isso me lembrou a experiência do documentário Super Size Me, A Dieta do Palhaço, onde o protagonista aceita tudo o que os atendentes sugerem. Nota do editor). </div><div><br /></div><div>Ao fim de pouco tempo, deparou-se com um problema de recomendações enviesadas do Facebook, conforme apurou o The New York Times.</div><div></div><blockquote><div>“Seguindo o feed de notícias desse usuário de teste, vi mais imagens de pessoas mortas nas últimas três semanas do que em toda a minha vida.”</div><div>Trecho escrito por um funcionário anônimo nos documentos que vieram a público.</div></blockquote></div><div>Haugen declarou no seu testemunho no Congresso, no início deste mês, que os produtos do Facebook “prejudicam as crianças e debilitam a democracia”. E não vacilou em apontar os dirigentes da empresa como responsáveis diretos pois, segundo ela, </div><div><blockquote>“[Eles] sabem como conseguir com que o Facebook e o Instagram sejam mais seguros, mas não fazem as alterações necessárias porque põem os lucros astronômicos à frente das pessoas”.</blockquote></div></div><div>
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Fonte: <a href="https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2021-10-28-o-que-sao-os-facebook-papers-e-por-que-razao-esta-zuckerberg-tao-aflito/" target="_blank">Visão</a>, The Washington Post<br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div></div></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-35758702736661800292021-08-19T09:00:00.115-03:002021-08-19T09:24:31.564-03:00Bonecas sexuais robóticas: Precisamos falar sobre elasCom o hiperrealismo crescente desses artefatos para diversão adulta, especialistas alertam para a necessidade dos governos se adiantarem a possíveis danos à situação das mulheres. MAs o problema vai muito além desse aspecto.<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7sb-1TyWBlKwbYx_Gm2JHn-BFiB75NnFXbW0D9YCK_YkcatKyUBGWjkeJSD-4l22QY1A8B6GayqUkQAx9qOtEUu4qhiNHh2ipoSF5W4MRkziGIERwWXo1JBLZaMV2QI7NrA4-JeJ9DWQ/s810/sexDolls00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="607" data-original-width="810" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7sb-1TyWBlKwbYx_Gm2JHn-BFiB75NnFXbW0D9YCK_YkcatKyUBGWjkeJSD-4l22QY1A8B6GayqUkQAx9qOtEUu4qhiNHh2ipoSF5W4MRkziGIERwWXo1JBLZaMV2QI7NrA4-JeJ9DWQ/s320/sexDolls00.jpg" width="320" /></a></div><strike><span style="font-size: x-large;">A</span></strike> natalidade está em declínio. <a href="https://noticias.r7.com/brasil/brasileiras-tem-filhos-mais-tarde-mostra-pesquisa-do-ibge-04122019" target="_blank">As mulheres estão se tornando mães mais tarde</a>. A <a href="http://blog.brasilacademico.com/2021/03/contagem-de-espermatozoides-em-queda-e.html" target="_blank">contagem de espermatozoides em queda</a> e pênis menores ameaçam a humanidade além do plástico poder afeminar os meninos.</div><div><br /></div><div>Apesar de ainda haver risco de uma superpopulação pressionar o meio ambiente no futuro, uma desaceleração da natalidade e o <a href="https://unric.org/pt/envelhecimento/" target="_blank">envelhecimento da população mundial</a> são fatos.</div><div><br /></div><div><a href="https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-07-16/a-humanidade-nao-chegara-aos-10-bilhoes.html" target="_blank">Estudos ainda estão em andamento</a> e o consenso sobre a melhor abordagem para os desafios nesse tema ainda está sendo construído. Todavia, é inescapável a conclusão de que a reprodução humana está sob escrutínio, passando pela necessidade de termos um olhar crítico sobre a sexualidade.</div><div><br /></div><div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VneNNg_vxNA" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
</div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://responsiblerobotics.org/wp-content/uploads/2017/11/FRR-Consultation-Report-Our-Sexual-Future-with-robots-1-1.pdf" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="814" data-original-width="636" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisoFXHbIjqAh_zTVQxX8f6BSPW9Dl9SmMO6bM6WTGwLdY7GUlkWORYN2J2VxdVkemsVwpaxJbvn72r7BV7SsWS32D9CKP5ot2OjdbLub2zUoX9aG2chmcpDoSZUUSm9ZtIeTiYDU7d2aA/w250-h320/sexdolls01.jpg" width="250" /></a></div>Nesse complexo cenário, temos que adicionar a enzima da tecnologia. Para o bem ou para o mal, panaceia ou o ovo da serpente que envenenará a humanidade, a tecnologia é um catalisador das transformações que não nos oferece tempo para refletir, assimilar ou acomodar de maneira satisfatória a liquidez da realidade.</div><div><br /></div><div>E é nesse contexto que entra em cena um problema que de forma insidiosa vai ocultando questões que só se manifestam sob edredons. Os brinquedos eróticos da era digital tentam emular fantasias sexuais substituindo as pouco convincentes bonecas infláveis passivas e burras (atenção para o sentido em que esses adjetivos estão sendo empregados) de outrora por sofisticados aparelhos de aparência muito mais realística e capacidade de interação com inteligência crescente.</div><div><br /></div><div>Esses artefatos teimam em se arrastar para fora do vale da estranheza de forma tão decidida que já preocupa cientistas há algum tempo. Em <b>2017</b>, Noel Sharkey, professor emérito de robótica e inteligência da Universidade de Sheffield (Reino Unido), em seu relatório “<a href="https://responsiblerobotics.org/wp-content/uploads/2017/11/FRR-Consultation-Report-Our-Sexual-Future-with-robots-1-1.pdf" target="_blank">Our Sexual Future with Robots</a>”, já clamava por novas leis que regulamentassem a fabricação desses robôs e seus usos na parafilia (cada um dos distúrbios psíquicos que se caracteriza pela preferência ou obsessão por práticas sexuais socialmente não aceitas como a pedofilia, o sadomasoquismo, o exibicionismo etc. – <span style="font-size: xx-small;">Oxford Languages</span>).</div><div><blockquote>Precisamos de legisladores investigando o tema e que a população decida se essas relações são aceitáveis e permitidas. Temos que pensar, como sociedade, o que iremos fazer sobre isso. Eu não tenho respostas, apenas formulo as perguntas.<br /><b>Noel Sharkey</b>. Co-fundador da <a href="https://responsiblerobotics.org/" target="_blank">Foundation for Responsible Robotics</a> (FRR) </blockquote></div><div>Agora, em <b>2021</b>, em novo artigo intitulado “<a href="https://issuu.com/lawsocietysa/docs/lsb_august_2021_hr?fr=sMWZhNjM5Mzk0NTE" target="_blank">Sex with Robots: How should the law responder?</a>”, as pesquisadores de direito da Flinders University – a jurista Tania Leiman, professora na Universidade de Adelaide, e Madi McCarthy, advogada no escritório LK, ambas australianas – analisaram os fatores que os legisladores australianos terão que considerar ao ponderar se deve ser legal importar, possuir e usar sexbots que se assemelham a adultos humanos.</div><div><br /></div><div>Críticos argumentam que os robôs sexuais objetificam as mulheres e aumentam o risco de violência sexual ao dessensibilizar as pessoas quanto à forma como tratam os seres vivos. Alguns robôs podem até ser programados para rejeitar os avanços sexuais de um usuário e imitar uma recusa de consentimento, que é um elemento-chave para provar crimes sexuais na Austrália.</div><div><br /></div><div><div>Em contrapartida, os defensores afirmam que os benefícios dos robôs sexuais podem incluir capacitar australianos mais velhos e pessoas com deficiências, abordando a ansiedade relacionada ao sexo, tratando disfunções, promovendo sexo seguro – argumento que em tempos de pandemia ganha um reforço extra – e criando um lugar seguro para pessoas que se sentem inseguras quanto à sua orientação sexual.</div><div><br /></div><div>Um estudo recente sobre os benefícios terapêuticos dos robôs sexuais descobriu que as <b>três</b> principais sugestões para o uso de robôs eram para pacientes com: ansiedade social (<b>50%</b>), pessoas que não têm um parceiro, mas ainda querem uma vida sexual sem recorrer a conhecidos fugazes – alguém mais pensou no Tinder? – ou prostituição (<b>50%</b>) e ejaculação precoce (<b>47%</b>), segundo os terapeutas sexuais.</div><div><br /></div><div>Madi McCarthy recentemente concluiu sua pesquisa neste tema no College of Business, Government & Law. Ela diz que os avanços na tecnologia, juntamente com a crescente demanda e preocupação pública, significam que os legisladores australianos provavelmente serão confrontados com pedidos de regulamentação dos robôs sexuais em um futuro próximo.</div><div><blockquote>“Os legisladores terão que equilibrar os interesses individuais e públicos concorrentes e complexos que apresentam novos desafios éticos, regulatórios e legais devido aos avanços da tecnologia.”</blockquote></div><div>“Embora nenhuma legislação australiana atualmente regule ou proíba as relações sexuais com robôs, existem regulamentos sobre bonecas sexuais infantis que foram abordadas pela Commonwealth, South Australia e Queensland. Estas disposições legais podem orientar quaisquer leis futuras sobre o uso de robôs sexuais adultos, mas existem novos fatores que devem ser considerados. ”</div><div><br /></div><div>Tania Leiman , Reitora de Direito da Flinders University, diz que os robôs sexuais desafiam as concepções existentes de como os humanos interagem com as tecnologias emergentes da maneira mais íntima, então os reguladores terão que equilibrar questões éticas, desafios legais e o potencial real da tecnologia em promover a violência sexual.</div><div><blockquote>“Mesmo que os robôs sexuais sejam proibidos na Austrália é provável que os tribunais possam considerar tais crimes como sendo menos graves objetivamente do que os crimes sexuais contra humanos, e as sentenças podem ter maior probabilidade de cair na extremidade inferior da faixa de pena, mesmo quando as penalidades máximas sejam equivalentes.”</blockquote></div><div>“Por exemplo, os tribunais impuseram consistentemente sentenças mais baixas para delitos de bonecas sexuais semelhantes a crianças, apesar da faixa máxima de pena ser de <b>10</b> a <b>15 anos</b>.”</div></div><div><br /></div><div>
Mas para além da questão da apologia à parafilia, uma outra questão que devemos enfrentar é de uma possível ameaça de extinção da espécie humana caso esses robôs passem a substituir o prazer das relações literalmente carnais e a preencher as necessidade emocionais. Risco esse levantado pelo documentário russo de <b>2017 </b>“<a href="https://www.youtube.com/watch?v=VneNNg_vxNA" target="_blank">Substitutes: Japanese men woo silicone sex dolls to overcome loneliness</a>” (Substitutos: Homens japoneses cortejam bonecas sexuais de silicone para superar a solidão) o qual mostra que, no Japão, as taxas de natalidade e casamento estão decaindo e sua população deve ser reduzida em <b>um terço</b> nos próximos <b>30 anos</b>, e sugere uma ligação entre o desinteresse por sexo reprodutivo e um maior comércio de bonecas sexuais (<i>sex dolls</i>).</div><div><br /></div><div>Kanako Amano, especialista em demografia, não poupa esforços para nos oferecer a dimensão do problema. Segundo ela, “se uma nação, onde as bonecas vendem bem, vê uma perda de interesse em sexo e declínio nas taxas de natalidade, isso é um problema”.</div><div><div></div></div><blockquote><div><div>“O maior problema no Japão é o declínio da taxa de natalidade e da população. (...) Está sendo chamado de desastre nacional. (...) Os japoneses estão em uma encruzilhada, enfrentando a ameaça de extinção. (...) Somos uma espécie em extinção.”</div></div><div><b>Kanako Amano</b>. Especialista em demografia do Instituto de Pesquisa NLI de Tóquio</div></blockquote><div></div><div>A Dra. Kate Devlin, professora sênior de IA social e cultural no King's College London e uma importante especialista na área, alerta que os robôs sexuais podem agravar a crise.</div><div><div></div></div><blockquote><div><div>“Há temores de que em países como o Japão, onde a solidão é um grande problema social, os robôs possam piorar as coisas.” (...) “Já existem 'namoradas' IA.” (...) “Para os homens que estão interessados em comprar versões femininas de robôs sexuais, muitas vezes também procuram o aspecto da companhia.”</div></div><div><b>Kate Devlin</b>. Especialista em IA social e cultural</div></blockquote><div></div><div>Em “Substitutos” acompanhamos um pouco da vida de Senji Nakajima, um sexagenário que, apesar de casado e ter dois filhos, é dono de uma <i>sex doll</i> denominada Saori. Após <b>dois meses</b> de convivência, Nakajima se deu conta que a ‘boneca tinha desenvolvido a sua própria personalidade’, desenvolvendo uma paixão repentina pela sua nova companheira.</div><div><blockquote>“Ela nunca trai e não anda atrás de dinheiro. Me cansei das relações humanas modernas que não têm coração. (...) Para mim ela é mais do que uma boneca. Não é apenas um pedaço de silicone. Ela precisa da minha ajuda, mas não deixa de ser a companheira perfeita que compartilha momentos preciosos comigo e enriquece a minha vida.”<br /><b>Senji Nakajima</b></blockquote><b></b></div><div>Existem até bordéis de bonecas sexuais – em cidades como Barcelona, Turin, Moscou e Nagoya, no Japão – onde o comprador de uma dessas parceiras sintéticas pode experimentar os produtos antes de se decidir por no mínimo <b>80 euros</b> por <b>30 minutos</b> de <i>test drive</i>. </div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyPH0HHfLyb0pV3b-ItCNMoEmXHnA3vEQ0IF46CSs3W1NhGbVwVeO-SeoAACjUdZ8ioNsD4seRiTTzPaUjTvwUTrEhQBSIiaP03Psy_J1eYYMI3nK0YppDZz5iEkjtBVmSdmQG_b_xdWw/s2000/world-map-hotels-lumidolls-web.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="831" data-original-width="2000" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyPH0HHfLyb0pV3b-ItCNMoEmXHnA3vEQ0IF46CSs3W1NhGbVwVeO-SeoAACjUdZ8ioNsD4seRiTTzPaUjTvwUTrEhQBSIiaP03Psy_J1eYYMI3nK0YppDZz5iEkjtBVmSdmQG_b_xdWw/w400-h166/world-map-hotels-lumidolls-web.jpg" width="400" /></a></div><div><br /></div><div>E essa pode ser uma tendência ainda mais impactante para um futuro onde teremos várias formas de inteligência artificial que rivalizarão e provavelmente superarão a inteligência humana. É bem provável que cederemos aos encantos de um ser digital que nos conhecerá melhor que nós mesmos, nossos amigos, nossos pais e se encarregará de atender ao hedonismo das massas. Esse canto da sereia cibernético é bem retratado no filme “Ela” que nos oferece um vislumbre do que pode estar na iminência de ser concebido pela tecnologia e nos convida a uma reflexão ética.</div><div><br /></div><div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TggD91pV6KE" title="YouTube video player" width="560"></iframe>
</div><div><br /></div><div>A questão é polêmica, complexa e sua solução vai muito além de aumentar a licença maternidade, o bolsa família e o desconto por dependente no imposto de renda para estimular a natalidade.</div><div>
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<span style="font-size: xx-small;">
Fonte: <a href="https://news.flinders.edu.au/blog/2021/08/16/which-robot-interactions-will-be-legal/" target="_blank">Flinder University</a>, <a href="https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2021/08/governos-devem-se-adiantar-ao-mercado-de-bonecas-sexuais-roboticas-alertam-advogadas.html">Época Negócios</a>, <a href="https://www.mirror.co.uk/news/weird-news/sex-robots-could-lead-population-13913470" target="_blank">Daily Mirror</a><br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-57260772360536878252020-12-28T07:05:00.005-03:002020-12-28T07:12:33.063-03:00Como funcionam os testes de personalidade?Em 1942, uma dupla de mãe e filha, Katherine Cook Briggs e Isabel Briggs Myers, desenvolveu um questionário que classificava as personalidades das pessoas em 16 tipos. A tipologia de Myers-Briggs, ou indicador tipológico MBTI, se tornaria um dos testes de personalidade mais utilizados do mundo. Mas será que esses testes revelam verdades sobre a personalidade? Merve Emre examina suas falhas de concepção. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjNXFY2M5_nG2DzhAqPq88JCpEE1j6MaOECXAZis3RdvgeGrMXGMMKvjBDe7zKXnjv5_3WnphXf94NxI-xyfNUvnc3fZrHupCQ1B3VLjeTdoHONx1l_sCNOAtwCHsy0VgEW1FOmNJ0ups/s640/tedMBTI.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjNXFY2M5_nG2DzhAqPq88JCpEE1j6MaOECXAZis3RdvgeGrMXGMMKvjBDe7zKXnjv5_3WnphXf94NxI-xyfNUvnc3fZrHupCQ1B3VLjeTdoHONx1l_sCNOAtwCHsy0VgEW1FOmNJ0ups/s320/tedMBTI.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br />
<a name='more'></a><strike><span style="font-size: x-large;">E</span></strike>m <b>1942</b>, uma dupla de mãe e filha, Katherine Cook Briggs e Isabel Briggs Myers desenvolveu um questionário que classificava a personalidade das pessoas em <b>16 tipos</b>. A tipologia de Myers-Briggs, ou indicador tipológico MBTI, se tornaria um dos testes de personalidade mais utilizados do mundo. <br />
<div style="max-width: 854px;"><div style="height: 0px; padding-bottom: 56.25%; position: relative;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" scrolling="no" src="https://embed.ted.com/talks/lang/pt-br/merve_emre_how_do_personality_tests_work" style="height: 100%; left: 0; position: absolute; top: 0; width: 100%;" width="854"></iframe></div></div>
<br />Hoje, o teste de personalidade é uma indústria multibilionária utilizada por indivíduos, escolas e empresas. Mas nenhum desses testes, inclusive o MBTI, o Big Five, a avaliação DISC, o Process Communication Model e o Eneagrama, revelam verdades sobre a personalidade. Na realidade, está em debate se a personalidade é uma característica estável e mensurável de um indivíduo. <br /><br />Parte do problema é a maneira como os testes são construídos. Cada um é baseado em um conjunto diferente de métricas para definir a personalidade: o Myers-Briggs, por exemplo, concentra-se em características como introversão e extroversão para classificar as pessoas em “tipos” de personalidade, enquanto o Big Five pontua participantes em cinco características diferentes. A maior parte é autorrelatada, ou seja, os resultados se baseiam em perguntas que os participantes respondem sobre si mesmos. Portanto, é fácil mentir, mas, mesmo com as melhores intenções, a autoavaliação objetiva é complicada. <br /><br />Veja esta pergunta do Big Five: </div><div><br /></div><div><blockquote>“Como você avaliaria a precisão da afirmação 'Estou sempre preparado'?” </blockquote><div><br /></div>Há uma resposta clara e favorável aqui, o que torna difícil ser objetivo. As pessoas procuram agradar de modo inconsciente: quando solicitadas a concordar ou discordar, mostram uma tendência para responder, não importa se acreditam que a pessoa ou instituição que fez a pergunta deseja que respondam. <br /><br />Eis outra pergunta:</div><div><br /></div><div><blockquote>“O que você valoriza mais: justiça ou imparcialidade? E quanto a harmonia ou perdão?” </blockquote><br />Você pode muito bem valorizar ambos os lados de cada par, mas o MBTI o forçaria a escolher um. Embora seja tentador presumir que os resultados dessa escolha forçada devam, de alguma forma, revelar uma preferência verdadeira, isso não ocorre. Quando confrontada com a mesma pergunta de escolha forçada várias vezes, a mesma pessoa, às vezes, mudará sua resposta. <br /><br />Dadas essas falhas de concepção, não é surpresa que os resultados dos testes possam ser inconsistentes. Um estudo constatou que quase metade das pessoas que fazem o Myers-Briggs uma segunda vez, apenas <b>cinco semanas</b> após a primeira, recebem uma classificação diferente. Outros estudos sobre o Myers-Briggs constataram que pessoas com pontuações muito semelhantes acabam sendo colocadas em categorias diferentes, sugerindo que as divisões rígidas entre os tipos de personalidade não refletem nuances da vida real. <br /><br />Para complicar ainda mais as coisas, as definições dos traços de personalidade mudam constantemente. O psiquiatra suíço Carl Jung, que popularizou os termos “introvertido” e “extrovertido”, definiu um introvertido como alguém que segue seus princípios independentemente da situação, e um extrovertido como alguém que se molda segundo as circunstâncias. </div><div><br /></div><div>Mais tarde, introversão passou a significar timidez, enquanto um extrovertido era alguém sociável. Hoje, um introvertido é alguém que acha revigorante passar o tempo sozinho, um extrovertido extrai energia da interação social, e um ambivertido se situa em algum lugar entre esses dois extremos. <br /><br />A noção de uma personalidade inata e imutável forma a base de todos esses testes. Mas pesquisas sugerem cada vez mais que a personalidade muda durante momentos muito importantes, como nossos anos na escola ou quando começamos a trabalhar. Embora certas características do comportamento humano possam permanecer relativamente estáveis ao longo do tempo, outras são maleáveis, moldadas por nossa educação, experiências de vida e idade. <br /><br />Tudo isso importa mais ou menos dependendo de como um teste de personalidade é utilizado. Embora quem utilize deva considerar os resultados com cautela, não há muito dano no uso individual, e quem utiliza pode até aprender alguns termos e conceitos novos no processo. Mas o uso de testes de personalidade vai muito além da autodescoberta. </div><div><br /></div><div>As escolas os utilizam para aconselhar os alunos sobre o que estudar e quais empregos buscar. As empresas os utilizam para decidir quem contratar e para quais ocupações. Porém os resultados não preveem como uma pessoa desempenhará uma função específica. Ao utilizar testes de personalidade dessa forma, as instituições podem privar as pessoas de oportunidades em que se destacariam ou desencorajá-las de considerar certos caminhos.</div><div><br />
<hr />
<span style="font-size: xx-small;">Lição de Merve Emre, direção de Seoro Oh.</span></div><div><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div><div><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.ted.com/talks/merve_emre_how_do_personality_tests_work/" target="_blank">TED</a><br />
Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-64722384072328065972020-09-20T11:24:00.003-03:002020-09-20T23:31:35.767-03:00Querido Facebook, é assim que vocês estão destruindo a democracia<div>“As mentiras on-line envolvem mais do que a verdade”, diz a ex-analista e diplomata da CIA Yaël Eisenstat. “Enquanto os objetivos dos algoritmos [de rede social] forem nos manter engajados, eles nos alimentarão com o veneno que ataca nossos piores instintos e fraquezas humanas.” Nesta palestra ousada, Eisenstat explora como empresas de rede social como o Facebook incentivam conteúdo inflamatório, contribuindo para uma cultura de polarização política e desconfiança, e apela aos governos para responsabilizar essas plataformas para proteger o discurso civil e a democracia.<br /><span face="Inter, Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif" style="color: #333333;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjigshZOwFHK1_uJPJO720aZ7iHNd1p78jkJQNM1K2E-nlMUyC4nJeAoMSP5IM-x-FaJjjKZawKiq7GYp7Q4X67Xd87ml84qREt0tdB0Wimggk-TMBV_4fUifWb7TFUH1P_tN1lX8JgYTs/s640/tedFB.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjigshZOwFHK1_uJPJO720aZ7iHNd1p78jkJQNM1K2E-nlMUyC4nJeAoMSP5IM-x-FaJjjKZawKiq7GYp7Q4X67Xd87ml84qREt0tdB0Wimggk-TMBV_4fUifWb7TFUH1P_tN1lX8JgYTs/s320/tedFB.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="letter-spacing: -0.4px;"><br /></span></span>
<a name='more'></a>
Cerca de cinco anos atrás, percebi que estava perdendo a habilidade de me envolver com pessoas que não pensam como eu. A ideia de discutir questões polêmicas com meus colegas americanos estava começando a me dar mais azia do que as vezes que me envolvi com suspeitos de extremismo no exterior. Estava começando a ficar mais amarga e frustrada.</div><div><br />
<div style="max-width: 854px;"><div style="height: 0px; padding-bottom: 56.25%; position: relative;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" scrolling="no" src="https://embed.ted.com/talks/lang/pt-br/yael_eisenstat_dear_facebook_this_is_how_you_re_breaking_democracy" style="height: 100%; left: 0; position: absolute; top: 0; width: 100%;" width="854"></iframe></div></div>
</div><div><br /></div><div><br /></div><div>
E assim, mudei todo o meu foco de ameaças à segurança nacional global para tentar entender o que estava causando esse impulso rumo à polarização extrema nos EUA.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Como ex-oficial da CIA e diplomata que passou anos trabalhando em questões de contraextremismo, comecei a temer que isso estivesse virando uma ameaça muito maior à nossa democracia do que qualquer adversário estrangeiro.</blockquote>
Comecei a me aprofundar e a me manifestar sobre isso, o que acabou me levando a ser contratada pelo Facebook e finalmente me trouxe aqui hoje para continuar alertando você sobre como essas plataformas estão manipulando e radicalizando muitos de nós, e para falar sobre como recuperar as praças públicas digitais. Eu fui oficial do serviço estrangeiro no Quênia apenas alguns anos após os ataques do<b> 11</b> de setembro, e conduzi as chamadas campanhas “Hearts and Minds” ao longo da fronteira com a Somália. Grande parte do meu trabalho era construir a confiança das comunidades consideradas mais suscetíveis a mensagens extremistas.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Passava horas bebendo chá com clérigos antiocidentais declarados e até dialogava com alguns suspeitos de terrorismo, e, embora muitos desses encontros começassem com suspeita mútua, não me lembro de nenhum deles resultando em gritos ou insultos, e, em alguns casos, até trabalhamos juntos em áreas de interesse mútuo.</blockquote>
As ferramentas mais poderosas que tínhamos eram simplesmente escutar, aprender e cultivar empatia. Esta é a essência do trabalho da Hearts and Minds, porque vi repetidamente que a maioria das pessoas queria se sentir ouvida, validada e respeitada. E acredito que é isso que a maioria de nós deseja. <br /><br />Então, o que vejo acontecendo on-line hoje é especialmente triste e muito mais difícil de resolver.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Estamos sendo manipulados pelo atual ecossistema de informações, enraizando tantos de nós no absolutismo, que “meio-termo” se tornou um palavrão.</blockquote>
Porque agora, empresas de rede social como o Facebook lucram nos segmentando e fornecendo conteúdo personalizado que valida e explora nossos preconceitos. O resultado final depende de provocar um sentimento forte para nos manter engajados, frequentemente incentivando as vozes mais inflamatórias e polarizadoras, ao ponto de não parecer mais possível chegarmos a um consenso. E apesar de um coro crescente de pessoas clamando pela mudança das plataformas, está claro que elas não farão o suficiente por conta própria. Portanto, os governos devem determinar a responsabilidade para os danos do mundo real causados por esses modelos de negócios e impor custos reais sobre os efeitos prejudiciais que estão causando na nossa saúde pública, nossa praça pública e nossa democracia.
Mas, infelizmente, isso não vai acontecer a tempo da eleição presidencial nos EUA, então continuo a dar esse alerta, porque mesmo se um dia tivermos regras fortes em vigor, todos teremos que agir pra consertar isso. <br /><br />Quando comecei a mudar meu foco de ameaças no exterior para o colapso do discurso civil nos EUA, me perguntei se podíamos redirecionar algumas campanhas Hearts and Minds para ajudar a curar nossas diferenças. Nossa experiência de mais de<b> 200 anos</b> com a democracia funciona em grande parte porque podemos debater de forma aberta e apaixonada nossas ideias para as melhores soluções.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Mas embora ainda acredite profundamente no poder do discurso civil “olho no olho”, ele não consegue competir com os efeitos polarizadores e a dimensão das redes sociais no momento.</blockquote>
As pessoas sugadas por essas armadilhas de indignação nas redes sociais muitas vezes parecem mais difíceis de romper com as mentalidades ideológicas do que as comunidades vulneráveis com as quais trabalhei. <br /><br />Então, quando me ligaram do Facebook em<b> 2018</b> e me ofereceram esta função de liderar operações de integridade eleitoral para publicidade política, senti que tinha que aceitar. Eu não tinha ilusões de que iria consertar tudo, mas quando ofereceram a oportunidade de ajudar a conduzir melhor as coisas, eu tinha pelo menos que tentar.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Não trabalhava diretamente na polarização, mas eu analisava quais questões eram as mais polêmicas em nossa sociedade e, portanto, as mais exploráveis nos esforços de interferência eleitoral, que era a tática da Rússia antes de<b> 2016</b>.</blockquote>
Então comecei fazendo perguntas. Eu queria entender os problemas sistêmicos subjacentes que estavam permitindo tudo isso, para descobrir como corrigi-los. <br /><br />Ainda acredito no poder da internet para fazer mais vozes serem ouvidas, mas apesar do objetivo declarado de construir uma comunidade, as maiores empresas de rede social atuais são antitéticas no conceito de discurso racional. Não há como recompensar o ato de escutar, como encorajar o debate civil e como proteger as pessoas que desejam sinceramente fazer perguntas em uma indústria na qual otimizar o engajamento e o crescimento de usuários são as duas métricas mais importantes para o sucesso.
Não há incentivo para ajudar as pessoas a irem mais devagar, para criar conflito suficiente para que as pessoas parem, identifiquem a reação emocional a algo e questionem as próprias suposições antes de se envolverem.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">A triste realidade é: mentiras são mais envolventes on-line do que verdades, e a obscenidade vence o raciocínio baseado em fatos em um mundo otimizado para viralidade sem atrito.</blockquote>
Enquanto o objetivo dos algoritmos for nos manter engajados, continuarão a nos alimentar com o veneno que ataca nossos piores instintos e fraquezas humanas. E sim, raiva, desconfiança, a cultura do medo, ódio: nada disso é novo nos Estados Unidos. Mas, nos últimos anos, a rede social explorou isso e, a meu ver, desequilibrou dramaticamente a balança. E o Facebook sabe disso. Um artigo recente do “Wall Street Journal” expôs uma apresentação interna do Facebook em<b> 2018</b> que aponta especificamente os próprios algoritmos das empresas para aumentar a presença de grupos extremistas em sua plataforma e polarizar os usuários. Mas eles ganham dinheiro nos mantendo engajados. O ambiente de informação moderno é formado fazendo nossos perfis e depois nos segmentando em categorias cada vez mais restritas para aperfeiçoar este processo de personalização. Somos bombardeados com informações que confirmam nossas opiniões, reforçando nossos preconceitos e nos fazendo sentir incluídos.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">São as mesmas táticas que víamos recrutadores de terroristas usando em jovens vulneráveis, embora de formas menos pronunciadas e mais localizadas antes da rede social, com o objetivo final de persuadir comportamentos.</blockquote>
<br /><br />Infelizmente, nunca tive o poder no Facebook de causar um impacto real. Na verdade, no meu segundo dia, meu título e descrição de funções foram alterados e fui cortada das reuniões de tomada de decisão. Meus maiores esforços, tentando criar planos para combater a desinformação e repressão eleitoral em anúncios políticos, foram rejeitados. Fiquei lá por pouco menos de seis meses. Mas eis a minha maior lição do meu tempo lá. Existem milhares de pessoas no Facebook trabalhando apaixonadamente em um produto que eles realmente acreditam que torna o mundo um lugar melhor, mas enquanto a empresa continuar a apenas mexer nos limites da política de conteúdo e moderação, ao invés de considerar como a máquina é projetada e monetizada, eles nunca irão realmente abordar como a plataforma está contribuindo para o ódio, divisão e radicalização.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Essa é a única conversa que nunca escutei durante meu tempo lá [no Facebook], porque exigiria fundamentalmente aceitar que o que criaram pode não ser o melhor para a sociedade, e concordar em alterar todo o modelo de produto e lucro.</blockquote>
<br /><br />Então, o que podemos fazer sobre isso? Não estou dizendo que a rede social seja a única responsável para a situação em que estamos hoje. Claramente, temos questões sociais profundas que precisamos resolver. Mas a resposta do Facebook, de que ele é só um espelho da sociedade, é uma tentativa conveniente de desviar qualquer responsabilidade na maneira como a plataforma deles está amplificando conteúdo prejudicial e levando alguns usuários a opiniões extremas. <br /><br />
E o Facebook poderia, se eles quisessem, consertar algumas dessas coisas.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Eles poderiam parar de destacar e sugerir teóricos da conspiração, grupos de ódio, fornecedores de desinformação e, sim, em alguns casos, até o presidente dos EUA.</blockquote>
Eles poderiam parar de usar as mesmas técnicas de personalização que usam para nos vender tênis para apresentar retórica política. Eles poderiam refazer os algoritmos para focar uma métrica diferente de engajamento, e criar formas de proteção para impedir que determinado conteúdo se torne viral antes de ser revisado. E eles poderiam fazer tudo isso sem se tornar o que chamam de “árbitros da verdade”. <br /><br />Mas deixaram claro que não farão a coisa certa se não forem forçados a isso. E, sinceramente, por que fariam? Os mercados continuam recompensando-os e eles não estão infringindo a lei. Porque, atualmente, não há leis nos EUA que forcem o Facebook ou qualquer empresa de rede social a proteger nossa praça pública digital, nossa democracia e até mesmo nossas eleições. Cedemos a tomada de decisão sobre quais regras escrever e o que fazer para cumprir para os CEOs de empresas de internet com fins lucrativos. É isso que nós queremos? Um mundo pós-verdade no qual a toxicidade e o tribalismo superam o diálogo e a busca de consenso? Continuo otimista de que ainda temos mais em comum do que a mídia atual e o ambiente on-line retratam, e acredito que ter mais perspectiva contribui para uma democracia mais robusta e inclusiva. Mas não do jeito que está agora. E vale a pena enfatizar: não quero acabar com essas empresas. Eu só quero que tenham um certo nível de responsabilidade, assim como o resto da sociedade. É hora das autoridades se posicionarem e cumprirem sua função de proteger os cidadãos. E enquanto não há uma legislação mágica para consertar tudo isso, acredito que os governos podem e devem encontrar o equilíbrio entre proteger a liberdade de expressão e responsabilizar essas plataformas por seus efeitos na sociedade.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">E poderiam fazer isso em parte insistindo na transparência real em torno de como esses mecanismos de recomendação estão funcionando; e como a curadoria, amplificação e segmentação estão acontecendo.</blockquote> <br /><br />Quero que essas empresas sejam responsabilizadas não quando um indivíduo postar informações incorretas ou retórica extrema, mas quando os mecanismos deles de recomendação as espalharem, seus algoritmos direcionarem as pessoas para isso, e suas ferramentas forem usadas para atingir as pessoas com ele. Tentei fazer mudanças dentro do Facebook e falhei, mas tenho usado minha voz novamente nos últimos anos para continuar soando este alarme e, quem sabe, inspirar mais pessoas a exigir essa responsabilização. <br /><br />Minha mensagem para você é simples: pressione seus representantes no governo a se posicionarem e pararem de ceder nossa praça pública para interesses com fins lucrativos. Ajude a educar amigos e familiares sobre como eles estão sendo manipulados on-line. Esforce-se para interagir com pessoas que não têm os mesmos interesses. Faça deste assunto uma prioridade. Precisamos de uma abordagem de toda a sociedade para consertar isso. <br /><br />E minha mensagem para os líderes do meu ex-empregador Facebook é esta: as pessoas estão usando suas ferramentas exatamente como foram projetadas para semear ódio, divisão e desconfiança, e vocês não só estão permitindo, mas possibilitando isso. E sim, há muitas histórias ótimas de coisas positivas acontecendo em sua plataforma ao redor do mundo, mas isso não torna nada disso certo.
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Só está piorando à medida em que as eleições se aproximam, e ainda mais preocupante, enfrentaremos nossa maior crise potencial até agora, se os resultados não forem confiáveis e se houver violência.</blockquote>
E quando em<b> 2021</b> vocês disserem de novo: “Sabemos que temos que fazer melhor”, quero que se lembrem deste momento, porque não são mais apenas algumas vozes esparsas. Líderes dos direitos civis, acadêmicos, jornalistas, anunciantes, seus próprios funcionários estão gritando para todos escutarem que suas políticas e práticas de negócios prejudicam as pessoas e a democracia. Vocês podem agir como quiserem, mas não podem mais dizer que por essa vocês não esperavam. <br /><br />Obrigada. </div><div><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div><div><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.ted.com/talks/yael_eisenstat_dear_facebook_this_is_how_you_re_breaking_democracy/" target="_blank">TED</a><br />Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>
</span></div>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-33227793844639341442020-08-21T09:22:00.003-03:002020-08-21T09:22:15.224-03:00Pesquisa detecta altruísmo das pessoas durante pandemiaEstudo mostra que, no que concerne à pandemia de COVID-19, as pessoas estão mais preocupadas se seus familiares podem contrair o vírus ou se estão espalhando o vírus sem saber do que preocupadas em contraí-lo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMyWeuifj9RpRfmJdBkmzzjE_Yll3ujWXaMYFTqeVKNur41abEN5iOLLfHHU0_acggz95IQxFWXXlN2ctphbpcQgrXk_PasHPOngu0ZCbsnId69ok1wGpZwyWcS8NA93MXuRCGq5ZC7sU/s1600/penn01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="640" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMyWeuifj9RpRfmJdBkmzzjE_Yll3ujWXaMYFTqeVKNur41abEN5iOLLfHHU0_acggz95IQxFWXXlN2ctphbpcQgrXk_PasHPOngu0ZCbsnId69ok1wGpZwyWcS8NA93MXuRCGq5ZC7sU/s320/penn01.jpg" width="320" /></a></div><a name='more'></a><br />
O estudo, conduzido por pesquisadores do Lifespan Brain Institute (LiBI) do Children's Hospital of Philadelphia (CHOP) e da Perelman School of Medicine da University of Pennsylvania, também mostra como o aumento da resiliência é capaz de reduzir as taxas de ansiedade e depressão durante o pandemia. Os resultados foram publicados online pela revista <a href="https://www.nature.com/articles/s41398-020-00982-4">Translational Psychiatry</a>.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCHeAgkA2kmi3E5-n8-nz8pKBDNSTWtpS1tAJxldlpNWCc_FImiWOns94kQLPeZ2xRdCEDXV-puu30xKDbGBIU1cjfZM4Y8X6WozBF3958yCHrdRiDUTscj4h5LDuS_CLhxs_TG6rtqCI/s1600/Penn09.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="389" data-original-width="846" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCHeAgkA2kmi3E5-n8-nz8pKBDNSTWtpS1tAJxldlpNWCc_FImiWOns94kQLPeZ2xRdCEDXV-puu30xKDbGBIU1cjfZM4Y8X6WozBF3958yCHrdRiDUTscj4h5LDuS_CLhxs_TG6rtqCI/s400/Penn09.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Preocupação com a Covid-19 de acordo com a faixa etária.</td></tr>
</tbody></table><br />
A pandemia COVID-19 afetou não apenas a saúde física das pessoas, mas também a saúde mental. Lidar com esses efeitos mentais requer resiliência, a capacidade de se adaptar em face da adversidade.<br />
<br />
<blockquote>Dada a rápida disseminação do COVID-19 ao redor do globo, os pesquisadores da LiBI viram uma oportunidade de estudar a resiliência em meio a uma única adversidade global.</blockquote><br />
Em abril, logo depois que as medidas para ficar em casa foram emitidas, os pesquisadores lançaram uma <a href="https://covid19resilience.org/">pesquisa online</a> para estudar o estresse e a resiliência durante a pandemia de COVID-19. Nela, foram mensuradas <b>seis fontes</b> potenciais de estresse durante a pandemia:<br />
<br />
<ol><li>contrair o vírus; </li>
<li>morrer por causa do vírus; </li>
<li>estar atualmente com o vírus; </li>
<li>ter um membro da família contraído o vírus; </li>
<li>infectar outras pessoas sem saber e </li>
<li>enfrentando um encargo financeiro significativo.</li>
</ol><br />
O estudo envolveu <b>3.042 participantes</b> dos EUA e Israel, com idades entre <b>18</b> e <b>79</b>. A maioria vivia em locais com ordens de permanência em casa ativas no momento da pesquisa, e aproximadamente <b>20%</b> dos que responderam a pesquisa eram profissionais de saúde.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXyKB8kPOovkD7Pmg7GxdZY1bPDY669aKytcSO0d_hPqPa-YuzTlyuLz57ww8qagqXSWxTpkJTIWpcnvQR5yOLnHaWtdRI29aSddbcrR5Zp4eMd1KefF8DROrxQdXf-Mf3f1RmjeYr69A/s1600/penn07.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="915" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXyKB8kPOovkD7Pmg7GxdZY1bPDY669aKytcSO0d_hPqPa-YuzTlyuLz57ww8qagqXSWxTpkJTIWpcnvQR5yOLnHaWtdRI29aSddbcrR5Zp4eMd1KefF8DROrxQdXf-Mf3f1RmjeYr69A/s400/penn07.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exemplo de pergunta feita no inquérito.</td></tr>
</tbody></table>Assim que completaram o questionário, as respostas dos participantes foram medidas para ansiedade e depressão. Daqueles que participaram, o sofrimento sobre os familiares contrair o vírus (<b>48,5%</b>) e infectar outras pessoas sem saber (<b>36%</b>) superou o sofrimento associado à própria contração do vírus (<b>19,9%</b>).<br />
<br />
As taxas de ansiedade (<b>22,2%</b>) e depressão (<b>16,1%</b>) não foram significativamente diferentes entre profissionais de saúde e não profissionais de saúde.<br />
<blockquote class="tr_bq">“A oportunidade de estudar a resiliência mental durante esta pandemia não tem precedentes.” <b>Ran Barzilay</b>, MD, PhD, autor principal, psiquiatra infantil e adolescente do CHOP e Professor Assistente da LiBI.</blockquote>“Nossos profissionais de saúde da linha de frente estão perfeitamente cientes dos desafios de saúde mental que todos enfrentam agora, então há uma necessidade urgente de quantificar os efeitos da resiliência e determinar como estudos futuros podem nos guiar para melhorar a saúde mental sob essas circunstâncias mutantes.”<br />
<br />
Os entrevistados com pontuações de resiliência mais altas apresentaram preocupações mais baixas relacionadas ao COVID-19, bem como uma taxa reduzida de ansiedade (<b>65%</b>) e depressão (<b>69%</b>) em profissionais de saúde e não profissionais de saúde.<br />
<blockquote class="tr_bq">“Com base em nosso estudo, parece que as pessoas estão mais preocupadas com os outros do que com elas mesmas ao relatar suas preocupações relacionadas ao COVID-19, mas encorajadoramente, a resiliência ajuda a reduzir essas preocupações, bem como a ansiedade e a depressão.” <b>Raquel Gur</b>, MD, PhD , Professor de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia e diretor da LiBI. </blockquote>“À medida que obtemos uma melhor compreensão do que constitui resiliência nas pessoas durante o COVID-19, esperamos que em breve possamos informar intervenções que podem aumentar a resiliência, mitigando assim os efeitos adversos do COVID-19 na saúde mental.”<br />
<br />
O site da pesquisa não apenas forneceu dados aos pesquisadores, mas também forneceu informações exclusivas aos participantes, que imediatamente receberam feedback personalizado ao concluir a pesquisa, incluindo um perfil de resiliência.<br />
<blockquote class="tr_bq">“Recebemos muitas respostas de participantes nos dizendo que gostaram da natureza interativa da pesquisa. Alguns deles disseram explicitamente que acharam o feedback personalizado útil durante esses momentos de estresse.” <b>Dr. Barzilay</b>.</blockquote>Os pesquisadores continuam a coletar informações da pesquisa conforme a pandemia se desenvolve. A pesquisa já foi traduzida para o espanhol, francês e hebraico, e os pesquisadores esperam coletar dados em todo o mundo. Até agora, mais de <b>7.000 pessoas</b> participaram da pesquisa, e a equipe de pesquisa espera coletar dados ao longo do tempo que irão lançar luz sobre os efeitos de longo prazo do ambiente de alto estresse COVID-19.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI0oXdwNoDs45IbSSuJGWsBSUjtBSX7mi1zyI7j-UMIyoY0lpc01CY2ZoMlREh13-h2J0pHG5w-Pem6xqPvL-RG70u2pr4TF4C2IFVzPfEHg-haBGF7OBLe6T145Wtf_2x_LAT3HtW17w/s1600/penn08.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="297" data-original-width="683" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI0oXdwNoDs45IbSSuJGWsBSUjtBSX7mi1zyI7j-UMIyoY0lpc01CY2ZoMlREh13-h2J0pHG5w-Pem6xqPvL-RG70u2pr4TF4C2IFVzPfEHg-haBGF7OBLe6T145Wtf_2x_LAT3HtW17w/s400/penn08.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exemplo de feedback da pesquisa sobre sua resiliência.</td></tr>
</tbody></table><br />
Para participar da pesquisa e ter feedback sobre sua resiliência acesse:<br />
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<a href="https://covid19resilience.org/" target="_blank">[covid19resilience.org]</a><br />
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<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://www.sciencedaily.com/releases/2020/08/200820132221.htm" target="_blank">ScienceDaily</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a> </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-78478034542946388122020-06-20T22:06:00.000-03:002020-06-22T09:45:39.298-03:00Pedagogia SistêmicaA colunista voluntária Susana Martins fala sobre suas impressões da pedagogia e sua própria experiência como estudante.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgKi5nbdSHG4gkfmO_uQVmbD4qypBQ2xT1mezP4tU5g0hcDA4N10S0s4SwMECbV3z7LjbaP3fxfKbLbmL0F3WUNPFoWI9gzZ3hrlahamLOF0rfx-cv9WLZMXIfyfm6G1Q4k5qm7QMRZA/s1600/familia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="635" data-original-width="959" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgKi5nbdSHG4gkfmO_uQVmbD4qypBQ2xT1mezP4tU5g0hcDA4N10S0s4SwMECbV3z7LjbaP3fxfKbLbmL0F3WUNPFoWI9gzZ3hrlahamLOF0rfx-cv9WLZMXIfyfm6G1Q4k5qm7QMRZA/s1600/familia.png" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
Meu nome é Susana Martins, sou pedagoga e hoje tenho a convicção de que abracei a pedagogia como profissão para me entender como pessoa. Daí você pode até se perguntar por que não estudei psicologia já que é a ciência do comportamento, mas te respondo que durante boa parte da vida, minhas maiores dificuldades foram educacionais. <br />
<br />
Apesar de ser filha de uma alfabetizadora de referência no município vizinho ao que morávamos, eu fui "reprovada" aos <b>5 anos</b> de idade na alfabetização, mas minha mãe resolveu desconsiderar a avaliação da escola e eu prossegui no primeiro ano em outra escola. Nessa nova escola fiquei por mais 4 anos e era uma boa aluna, mas novamente ao entrar na 5ª série e trocar de escola mais uma vez fui reprovada e após repetir de ano novamente na 6ª série, fui novamente reprovada, troquei de escola mais uma vez. <br />
<br />
Depois dessa última mudança de escola me tornei uma das melhores alunas da sala e assim foi até o ensino superior. Algumas vezes ainda ouvia familiares dizerem que eu não havia melhorado, mas que o ensino da nova escola era mais fraco do que da antiga escola. Lembro, hoje, mais de 30 anos depois de um dia que estava na aula de matemática da 5ª série, a professora falou para todos ouvirem: <br />
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<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“Seu avô paga sua escola e você não estuda, só conversa menina!”</blockquote>
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Eu fiquei constrangida, sem graça, eu era a diferente da sala, pois a maioria ou todos os colegas da sala moravam com os pais e eu pelo que me lembre a única que morava com meus avós, filha de mãe solteira na década de 80 no interior da Bahia, era complicado. <br />
<br />
E somente hoje, adulta, sinto que era julgada por não morar com meus pais, e que provavelmente não teria êxito nos estudos por falta deles em casa. Segundo minha mãe me contou já adulta que falaram para ela na escola que me reprovaram na alfabetização que minha dificuldade em se alfabetizar era possivelmente pela ausência de um lar com os pais. Porém, do mesmo jeito que tive a interferência de olhares preconceituosos também tive a intervenção de professores maravilhosos que sem julgarem foram capazes de se conectarem comigo e me levarem a caminhos de progresso na vida escolar e hoje consequentemente profissional. E foi a partir do entendimento desse meu passado que cheguei a pedagogia sistêmica a qual quero apresentar para vocês neste post como podemos interferir negativamente ou positivamente na vida das pessoas e que muitas vezes o que julgamos como certo é somente o nosso ponto de vista baseado no nosso próprio sistema familiar. <br />
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<span style="font-size: large;">Pedagogia Sistêmica </span><br />
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Pedagogia sistêmica é um ramo da psicopedagogia com bases no trabalho do alemão filósofo, missionário e professor Bert Hellinger com as constelações familiares. <br />
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Bert Hellinger desenvolveu a terapia sistêmica devido a sua experiência com tribos na África do Sul. Dentre os fundamentos da sua terapia há leis que permeiam nas relações entre as pessoas partes de um mesmo sistema. São elas: pertencimento; hierarquia e equilíbrio. <br />
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Posteriormente Marianne Franke Gricksh desenvolveu pedagogia sistêmica com base nas constelações e estudo de Hellinger no qual se concebe os atores envolvidos no sistema escolar como parte dos seus sistemas familiares. Educadores que desenvolvem suas práticas pedagógicas sistêmicas têm mais sensibilidade e percepção ao olhar o educando na sua totalidade, respeitando sua história, crenças e principalmente respeitando seus pais e a educação que ele traz do lar. <br />
<br />
Pedagogia sistêmica é ver além da escola, é enxergar os pais, os avós e toda a ancestralidade daqueles que estão no ambiente escolar. Porém diferente do que houve comigo na infância e adolescência em relação a alguns professores, o olhar deve ser livre de julgamentos, preconceitos e profecias. Cada família tem suas leis, suas regras, seus hábitos e nenhuma é melhor ou pior do que a outra, ter esse pensamento e agir considerando essa lei dará melhor fluência na dinâmica e relação entre professor e aluno, professor e pais, professor e diretor, diretor e aluno ou seja, nas relações estabelecidas dentro da escola. <br />
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<span style="font-size: large;">Lei da Ordem ou Hierarquia </span><br />
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Segundo essa lei todos nós para mantermos em ordem o sistema do qual fazemos parte devemos respeitar a hierarquia de quem chegou primeiro naquele sistema ou seja, pai e mãe, filho mais velho, filho do meio e caçula. E na escola levamos o mesmo princípio para considerar quem chegou primeiro e tem maior respeito e honra perante os demais. O professor? Não! O aluno. Sim. <br />
<br />
O discente é a essência da escola existir sem ele não haveria escola, portanto pensando que o aluno chega primeiro e os seus país são responsáveis por estes e são seus primeiros educadores, a ordem de respeito e hierarquia nesse sistema é devidamente dada aos pais, alunos e depois professores. Respeitar essa lei é fundamental para a harmonia do ambiente escolar. Muitas vezes essa ordem é desrespeitada ao desconsiderar um pai, mãe ou outro membro da família que seja principalmente mais velho do que aquela criança é excluir parte dela, negar a sua existência e importância naquela família.Todos tem o seu devido lugar na família e alguém excluído causa desordenamento, ferindo a lei do pertencimento. <br />
<br />
Respeitar a hierarquia é olhar para seu aluno e ver o pai ou a mãe dele, mesmo que algum deles ou os dois não estejam presentes, mesmo que a família negue a sua existência por motivos que sejam socialmente aceitos, desde alguém que cumpre pena de prisão ou tenha ido morar em outra cidade e deixado os filhos com os avós, mas nunca será possível negar a sua existência por meio da vida daquela criança ou adolescente. <br />
<br />
<span style="font-size: large;">Lei do Pertencimento </span><br />
<br />
O aluno quando chega na escola leva consigo toda sua bagagem familiar (genética ou não), suas crenças, sua história e seus valores. A escola deve trabalhar sempre considerando o aluno como parte do sistema ao qual ele pertence, então valorize as atividades que acolhem esse sistema familiar. As atividades pedagógicas devem ser significativas e contextualizadas a realidade na qual eles estão inseridos. <br />
<br />
Valorize o bairro, as tradições culturais , familiares, religiosas e étnicas da criança. Desenvolva atividades nas quais eles se identifiquem e possam enxergar a si e a sua família como documentos de identidade, comprovantes de residência, mapas e árvore genealógica . <br />
<br />
Toda pessoa é composta pelos DNAs do pai e da mãe e mesmo aqueles adotados, órfãos ou que por algum outro motivo não convivam com os pais biológicos mas trazem consigo a carga genética da história da sua família, sendo que esse passado deve ser honrado e valorizado como fonte do presente momento. É justamente nesse ponto aqui que vejo o quanto minha educação escolar negligenciou a presença dos meus pais que foram excluídos das minhas atividades escolares e inclusive foi expresso verbalmente por uma professora " seu avô paga sua escola". Sem julgar o fato, mas aquelas palavras me marcaram como criança que me senti sem pertencer aquele sistema familiar dos meus avôs e indigna de merecimento do pagamento da escola por meu avô. <br />
<br />
Hoje estudado minha própria história identifico que a negação ao aprender e por consequência a reprovação foi um ato de repulsa a me manter naquela escola e não devido a dificuldades de aprendizagem como muitos julgavam. Eu me sentia diferente da maioria das crianças no ambiente escolar, pois até onde minhas memórias permitem lembrar eu era a única criada pelos avôs, de família evangélica numa escola católica, de família que não se destacava na sociedade do município, diferente de outros que eram filhos dos empresários, médicos, advogados e alguns professores da escola. Não me identificava em nada com a escola que estudava. Não era a escola para mim, era boa para muitos, servia para muitos, com um ensino de qualidade para quem tinha perfil para aquele tipo de ensino, mas para mim e com a família que tinha, que também não me entendia, era difícil acompanhar as atividades e aprender.<br />
<br />
Lembro que uma vez tinha uma atividade na escola e eu pedi a mãe de uma colega para ser minha responsável. Minha matrícula do 7º ano foi realizada pelo marido de minha tia e já no 8º ano como ajudava o diretor, quase sendo uma professora, ele assinou como meu responsável, pois eu ajudei o dia inteiro na matrícula dos novos alunos preenchendo as fichas. <br />
<br />
Você lembra como foi alfabetizada aos 5 ou 6 anos de idade? Eu lembro. O livro chamava "O Sonho de Talita" e sabe os motivos que me fazem lembrar? Talita era loira de cabelos lisos e eu negra de cabelos crespos queria ser loira de cabelos lisos. Por que será heim?! Um dia uma colega acabou um tubo de creme passando nos meus cabelos dizendo que ficariam lisos como os dela, eu provavelmente tinha uns 7 anos de idade. <br />
<br />
Pensamentos fortes, igual as histórias de homens sequestrarem crianças para fazerem sabão no caminho da escola ( conto inventado para não falarmos com estranhos). Eu morria de medo de me separar da minha família, então a escola trazia a possibilidade de perder quem ainda me restava como meus avôs, tios e tias já que pai e mãe viviam distantes. <br />
<br />
Pois bem, minha dificuldade de estudar não era bem dificuldade, não era questão cognitiva como podem perceber. Tenho mais uma grande memória, dessa vez tinha 4 anos e esqueceram de me buscar, lembro que fiquei no portão da escola olhando para a rua e ainda vi minha tia passar, gritei e gritei sendo que ela não me ouviu. Fui a última criança a voltar para casa naquele dia, já quase anoitecendo era somente eu e a auxiliar de limpeza na escola e 40 anos depois lembro daquele dia com toda nitidez como se fosse ontem. <br />
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<span style="font-size: large;">Lei do equilíbrio entre dar e receber </span><br />
<br />
Nessa lei é importante perceber e agir dentro do seu papel naquele sistema. Professor dar (ensina) e aluno recebe (aprende) os pais dão (educam) e os filhos recebem. Assumir o seu papel no sistema é agir de acordo com a função que você tem sem assumir a do outro, sem excluir o outro ou olhar para pai, mãe ou filhos que não fazem seu papel. <br />
<br />
Muitas vezes professores terminam tendo comportamentos para suprir papeis maternos ou paternos ou até mesmo um coordenador, diretor ou orientador escolar. Esse tipo de relação por mais que seja pensada de forma a fazer bem para o educando pode ocasionar desequilíbrio nas relações e na vida do discente.<br />
<br />
Escolhi o magistério desde criança, lembro que brincava de ser professora, fui uma criança que cresceu no meio de vizinhas professoras, tia professora, mãe professora, a escola era meu mundo, mas quando comecei a fazer parte dela meio que rejeitei, hoje me questiono e as vezes sinto como se a escola roubasse o tempo da minha mãe que poderia ser dedicado a mim. Queria tê-la perto, mas ela sempre estava na escola, suas alunas a admiravam e eu as invejava por terem mais tempo com minha mãe do que eu. <br />
<br />
Com o passar do tempo dediquei também meu amor a profissão de ser professora, e percebi quando passei a ser professora que também dedicava muito tempo da minha vida ao trabalho, as crianças, querendo resolver problemas que não eram meus como professora. <br />
<br />
Certa vez lembro que uma amiga professora na escola que eu trabalhava levou um aluno ao médico, pois ele estava com fungos na pele, ela chegou a comprar o remédio e foi na casa dela levar e explicar aos pais a posologia. Achei aquilo o máximo, tamanha a dedicação e compaixão que ela teve pelo aluno, sempre achei o magistério um ofício de amor, porém ao estudar sobre essa lei do dar e receber vejo que não cabe ao professor dar mais do que o ensinar, do exercício da educação formal. Inclusive Bert Helling tem estudos sobre as ordens da ajuda, para melhor nos orientar como e quando ajudar o outro. <br />
<br />
Nos últimos anos muitos professores falam sobre a falta de educação doméstica da criança, que muitas vezes tem que ensinar pequenos hábitos que deveriam ser ensinados em casa, e nesse sentindo a lei do equilíbrio nos lembra que a partir do momento que dou mais do que recebo, a ajuda pode não resolver o problema e as coisas continuarem do mesmo jeito, pois tem alguém fora do papel de atuação, o que só torna cansativo e as vezes até apelativo. <br />
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<span style="font-size: large;">Orientações </span><br />
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<ul>
<li>Considere o aluno como parte de toda a sua família; </li>
<li>Não julgue as atitudes dos pais, separe fatos de avaliações; </li>
<li>Tenha em mente que todo aluno tem pais, mesmo que more com avós , tios ou irmãos; </li>
<li>Conheça e trabalhe os aspectos culturais da comunidade na qual o aluno faz parte; </li>
<li>Realize exercícios que sejam contextualizados de acordo com a realidade da comunidade escolar; </li>
<li>Estimule o autoconhecimento dos alunos, relacionar o que se sente as reações. Mostre que eles são os únicos responsáveis pelos sentimentos que se constroem. </li>
<li>Valorize todas as culturas, religiões , tradicionais familiares, traços étnicos e raciais, diversifique em apresentar personagens indígenas, negros, evangélicos, católicos, islâmicos nas atividades pedagógicas desenvolvidas; </li>
<li>Preze pelo amor, amor ao próximo e a si. Faça da sala de aula um espaço de amor e bem estar; </li>
<li>Cultive o respeito mutuo entre os colegas mesmo quando exercitar atividades competitivas; </li>
<li>Promova atividades que envolvam trocar experiências de vida em que cada um veja que somos diferentes e não melhores uns que os outros; </li>
<li>Exerça somente o papel de professor, coordenador ou diretor escolar, não ultrapasse sua função. Dizer ao pai ou a mãe o que deve fazer e como deve agir em casa é emitir julgamentos baseados nos seus valores e convicções; </li>
<li>Crie um ambiente agradável de competições saudáveis de pessoas percebidas como diferentes;</li>
<li>Proporcione a criança ou adolescente perceberem suas emoções, nomeando-as como sentimentos e como pretende reagir de forma benéfica. </li>
</ul>
<br />
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<span style="font-size: large;">Conclusão</span><br />
<br />
Enfim, seja você na sua essência como educador e só ultrapasse as barreiras do amor . Por mais que a família queira te envolver nos problemas dela, por mais que tentem te colocar em funções até familiares, a ajuda será justamente quando você assumir somente o papel de professor.<br />
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<span style="font-size: large;">Referências Bibliográficas</span><br />
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Vivendo a comunicação não-violenta. Rosenberg, Marshall. Rio de Janeiro. Sextante.2019<br />
As constelações familiares em sua vida diária. Joy Manné. São Paulo. Cutrix. 2008. <br />
Constelações familiares: o reconhecimento das ordens do amor. Bert Helliger, Gabriele Ten Hovel. São Paulo. Cutriz. 2007. <br />
A pedagogia da Neurociência.Ensinando o cérebro e a mente.Oliveira , Gilberto Gonçalves de. 1 ed. Curitiba. Appris.2015.<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Direction Travelhttp://www.blogger.com/profile/17401163306661818369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-76546884307615253712020-06-16T03:13:00.000-03:002020-06-16T03:25:00.878-03:00Como mudar seu mindset e escolher seu futuroQuando se trata de grandes problemas da vida, geralmente estamos em uma encruzilhada: ou acreditamos que somos impotentes contra grandes mudanças, ou nos levantamos para enfrentar o desafio. Em um apelo urgente à ação, o estrategista político Tom Rivett-Carnac defende a adoção de uma mentalidade de "otimismo obstinado" para enfrentar as mudanças climáticas, ou qualquer crise que possa surgir, e sustentar as ações necessárias para construir um futuro regenerativo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4j-xr1PQovWeYWVAl-u6rFsEwZwlMOhHYyxCft7klPJhT0Ccb2O22FVqn5y5qp6B-8R43qp0j0nhE6p0-L5OCDfUcTgDbrnU46-i7ZcrS8T1zRpYOq24ToZirY6rgwAuuYUY1kP1Aio/s1600/tomRivettCarnac.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW4j-xr1PQovWeYWVAl-u6rFsEwZwlMOhHYyxCft7klPJhT0Ccb2O22FVqn5y5qp6B-8R43qp0j0nhE6p0-L5OCDfUcTgDbrnU46-i7ZcrS8T1zRpYOq24ToZirY6rgwAuuYUY1kP1Aio/s1600/tomRivettCarnac.jpg" data-original-width="640" data-original-height="359" /></a></div><a name='more'></a> <br />
Eu nunca pensei que daria minha palestra TED num lugar como este. Mas, como metade da humanidade, passei as últimas quatro semanas em confinamento devido à pandemia global criada pelo COVID-19. Tenho muita sorte que durante esse período pude vir para esses bosques perto de minha casa, no sul da Inglaterra. Essas bosques sempre me inspiraram, e como a humanidade agora tenta pensar em como podemos encontrar a inspiração para retomar o controle de nossas ações para que coisas terríveis não aconteçam sem que tomemos medidas para evitá-las, achei que seria um bom lugar para falar. E eu gostaria de começar essa história seis anos atrás, quando entrei para as Nações Unidas. <br />
<div style="max-width:854px"><div style="position:relative;height:0;padding-bottom:56.25%"><iframe src="https://embed.ted.com/talks/lang/pt-br/tom_rivett_carnac_how_to_shift_your_mindset_and_choose_your_future" width="854" height="480" style="position:absolute;left:0;top:0;width:100%;height:100%" frameborder="0" scrolling="no" allowfullscreen></iframe></div></div><br />
Acredito firmemente que a ONU é de importância incomparável no mundo agora para promover colaboração e cooperação. Mas o que não nos dizem quando nos juntamos a eles é que esse trabalho essencial é feito principalmente na forma de reuniões extremamente chatas; longas e chatas reuniões. Vocês podem achar que participaram de reuniões longas e chatas na vida, tenho certeza que sim. Mas essas reuniões da ONU são de outro nível, e todo mundo que trabalha lá tem um nível de calma normalmente alcançado só por mestres zen. Mas eu não estava pronto para isso. Entrei esperando drama, tensão e avanço. Mas não estava preparado para um processo que parecia se mover na velocidade de uma geleira, como uma geleira costumava se mover. <br />
<br />
No meio de uma dessas longas reuniões, me entregaram um bilhete. Era da minha amiga, colega e coautora, Christiana Figueres. Ela era a Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e, como tal, tinha responsabilidade geral pela ONU para chegar ao que se tornaria o Acordo de Paris. Eu conduzia estratégia política para ela. Quando ela me entregou o bilhete, presumi que ele conteria instruções políticas detalhadas sobre como sairíamos deste pesadelo em que parecíamos estar presos. Peguei o bilhete e o li. Ele dizia: <br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">“Terrível. Mas vamos abordar com amor!”</blockquote><br />
Amei esse bilhete por vários motivos. Amo o jeito que os pequenos tentáculos saem da palavra "terrível". Era uma representação visual muito boa de como me sentia naquele momento. Mas particularmente adorei porque, ao olhar para ele, percebi que era uma instrução política, e que se fôssemos bem-sucedidos, era assim que seria. Então deixe-me explicar. <br />
<br />
O que sentia nessas reuniões tinha a ver com controle. Havia mudado minha vida do Brooklyn em Nova York para Bonn na Alemanha com o apoio extremamente relutante da minha esposa. Meus filhos estavam numa escola onde não sabiam falar o idioma, e eu achava que a razão de toda essa perturbação no meu mundo era ter algum grau de controle sobre o que iria acontecer. Por anos, senti que a crise climática era o desafio definitivo da nossa geração, e lá estava eu, pronto para fazer algo pela humanidade. Coloquei minhas mãos nas alavancas de controle que me deram e puxei-as, mas nada aconteceu. Percebi que as coisas que eu podia controlar eram cotidianas e humildes: “Vou de bicicleta para o trabalho?” e “Onde irei almoçar?”, enquanto que as coisas que determinariam se nós seríamos bem-sucedidos eram questões como: “A Rússia estragará as negociações?” “A China se responsabilizará por suas emissões?” “Os EUA ajudarão os países pobres a lidar com o fardo das mudanças climáticas?”<br />
<br />
O diferencial parecia tão grande, que não conseguia ver como fazer a ponte entre os dois. Parecia inútil. Comecei a achar que tinha cometido um erro. Comecei a ficar deprimido. <br />
<br />
Mas mesmo naquele momento, percebi que o que estava sentindo tinha muitas semelhanças com o que senti quando descobri a crise climática anos antes. Passei muitos anos da minha juventude como monge budista aos <b>20 e poucos anos</b>, mas deixei a vida monástica, porque, mesmo há <b>20 anos</b>, já sentia que a crise climática era uma emergência que se desdobra rapidamente e eu queria fazer minha parte. Mas quando saí e me juntei ao mundo, analisei o que eu poderia controlar. Eram as poucas toneladas de minhas próprias emissões e da minha família, em qual partido político havia votado, se participei de uma marcha ou duas. E então olhei para as questões que determinariam o resultado, e eram grandes negociações geopolíticas, planos massivos de gastos com infraestrutura, o que todo mundo fazia. O diferencial novamente parecia tão grande que não conseguia ver nenhum jeito de fazer a ponte. Eu continuei tentando agir, mas realmente não funcionava. Parecia inútil. <br />
<br />
Sabemos que essa pode ser uma experiência comum para muitos, e talvez você tenha tido essa experiência.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Quando confrontados por um enorme desafio e achamos que não temos nenhum controle, a mente pode usar um truque para nos proteger.</blockquote><br />
Não gostamos de sentir que estamos fora de controle enfrentando grandes forças, então nossa mente nos diz: “Talvez não seja tão importante. Talvez não esteja acontecendo da maneira que as pessoas dizem”. Ou a mente diminui nosso papel: “Não há nada a fazer individualmente, então por que tentar?” <br />
<br />
Mas há algo diferente acontecendo aqui. Será mesmo que os humanos só agem de modo sustentável e dedicado sobre uma questão de suma importância quando sentem que têm um alto grau de controle? Olhem para estas fotos. <br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Essas pessoas são cuidadores e enfermeiros que têm ajudado a humanidade a enfrentar o coronavírus que tem se espalhado pelo mundo como uma pandemia nos últimos meses. Essas pessoas conseguem impedir a propagação da doença? Não.</blockquote><br />
Podem impedir que os pacientes morram? Alguns conseguirão, mas para outros, estará além de seu controle. Isso torna a contribuição deles inútil e sem sentido? Na verdade, é ofensivo até sugerir isso. Eles estão cuidando de seus semelhantes no momento de maior vulnerabilidade. E esse trabalho tem um significado enorme, de forma que só tenho que mostrar as fotos para que fique evidente que a coragem e a humanidade que essas pessoas estão demonstrando torna o trabalho delas uma das coisas mais relevantes que podem ser feitas como seres humanos, mesmo que não possam controlar o resultado. <br />
<br />
Isso é interessante, porque nos mostra que os humanos podem realizar ações dedicadas e sustentáveis, mesmo quando não podem controlar o resultado. Mas isso nos deixa com outro desafio. Com a crise climática, nossa ação é separada do impacto dela, enquanto que nessas imagens os enfermeiros não são movidos pelo objetivo elevado de mudar o mundo, mas pela satisfação cotidiana de cuidar de outro ser humano em seus momentos de fraqueza. Com a crise climática, temos essa enorme separação. Costumava ser que estávamos separados dela pelo tempo. Os impactos da crise climática estariam, supostamente, muito distantes.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Mas agora, o futuro já chegou. Os continentes estão em chamas. As cidades e países estão sob a água. Centenas de milhares de pessoas estão se mudando por causa das mudanças climáticas.</blockquote><br />
Mas mesmo que esses impactos não estejam mais separados de nós pelo tempo, ainda estão separados de uma maneira que nos dificulta sentir essa conexão direta. Elas ocorrem noutro lugar com outra pessoa ou conosco de um jeito diferente do que estamos acostumados. Então, mesmo que a história dos enfermeiros mostre algo sobre a natureza humana, temos que encontrar um jeito diferente de lidar com a crise climática de maneira sustentável. Existe um jeito de fazer isso, uma poderosa combinação de uma atitude profunda e de apoio, com uma ação consistente para permitir que sociedades inteiras se dediquem de forma sustentável a um objetivo compartilhado. Isso tem sido feito com grande efeito ao longo da História. Deixe-me contar um fato histórico para explicar. <br />
<br />
Estou no bosque perto de minha casa, no sul da Inglaterra. Esse bosque em particular não fica longe de Londres. Oitenta anos atrás, aquela cidade estava sob ataque. No final da década de 1930, o povo da Grã-Bretanha fazia qualquer coisa para evitar enfrentar a realidade de que Hitler não se deixaria abater em sua conquista pela Europa. Com lembranças recentes da Primeira Guerra Mundial, estavam apavorados com a agressão nazista e faziam qualquer coisa para evitar enfrentar essa realidade. No final, a realidade chegou. Churchill é lembrado por muitas coisas, e nem todas positivas, mas naqueles primeiros dias da guerra ele mudou a história que o povo da Grã-Bretanha acreditava sobre o que estavam fazendo e o que estava por vir. Onde antes havia ansiedade, nervosismo e medo, surgiu uma determinação tranquila, uma ilha isolada, um grande momento, uma grande geração, um país que os enfrentaria nas praias, nas montanhas e nas ruas, um país que nunca se renderia. <br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Trocar o medo e a ansiedade pelo enfrentamento da realidade, seja qual fosse, mesmo que muito sombria, não tinha nada a ver com a probabilidade de ganhar a guerra.</blockquote><br />
Não havia notícias da linha frente de que as batalhas iam bem ou mesmo de que um novo aliado poderoso tivesse se juntado à luta e mudado as probabilidades a seu favor. Foi simplesmente uma escolha. Surgiu uma forma profunda, determinada e obstinada de otimismo, sem evitar ou negar a escuridão que os estava pressionando, mas recusando a se intimidar por ela. Esse otimismo obstinado é poderoso. Não depende de presumir que o resultado será bom ou ter uma visão ilusória sobre o futuro. No entanto, ele impulsiona a ação e a incute de significado. Sabemos que aquele momento, apesar do risco e da ameaça, foi significativo, cheio de propósito, e vários relatos confirmaram que atos desde os dos pilotos na Batalha da Grã-Bretanha até o simples ato de tirar batatas do solo ficavam impregnados de significado. Eram impulsionados para um objetivo e um resultado compartilhados. <br />
<br />
Vimos isso ao longo da História. <br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Essa junção de um otimismo profundo, determinado e obstinado com a ação, o otimismo levando a uma ação determinada, assim eles se tornam autossustentáveis: sem o otimismo obstinado, a ação não se sustenta; sem a ação, o otimismo obstinado é apenas uma atitude. Os dois juntos podem transformar toda uma questão e mudar o mundo.</blockquote><br />
Vimos isso em vários outros momentos. Quando Rosa Parks se recusou a sair do ônibus. Vimos na longa Marcha do Sal de Gandhi até a praia. Quando os sufragistas disseram que “a coragem chama coragem em toda parte”. E quando Kennedy disse que em <b>dez anos</b> ele colocaria um homem na Lua.<br />
<br />
Isso eletrificou uma geração e os concentrou num objetivo compartilhado contra um adversário sombrio e assustador, mesmo que não soubessem como conseguiriam. Em cada um desses casos, um otimismo realista e corajoso, mas determinado, obstinado, não foi o resultado do sucesso. Foi a causa dele. <br />
<br />
Foi assim também que a transformação aconteceu no caminho para o Acordo de Paris. Aquelas reuniões desafiadoras, difíceis e pessimistas se transformaram enquanto mais e mais pessoas decidiram que este era o nosso momento de mergulhar, determinar que não falharíamos e conseguiríamos o resultado que sabíamos ser possível. Cada vez mais pessoas se transformaram nessa perspectiva e começaram a trabalhar, e, no final, isso gerou uma onda de <i>momentum </i>que se arrebentou sobre nós e trouxe à tona muitas dessas questões desafiadoras com um resultado melhor do que poderíamos ter imaginado. E mesmo agora, anos depois e com um negador do clima na Casa Branca, muito do que foi posto em prática naqueles dias ainda está se revelando, e temos tudo para agir nos próximos meses e anos para lidar com a crise climática.<br />
<br />
Então, agora, estamos passando por um dos períodos mais desafiadores na vida da maioria de nós. A pandemia global tem sido assustadora, com ou sem uma tragédia pessoal. Mas também abalou nossa crença de que somos impotentes diante de grandes mudanças. No decorrer de algumas semanas, nos mobilizamos até o ponto em que metade da humanidade tomou medidas drásticas para proteger os mais vulneráveis. Se somos capazes disso, talvez ainda não tenhamos testado os limites do que a humanidade pode fazer para enfrentar um desafio em comum. <br />
<br />
Agora precisamos ir além dessa narrativa de impotência, porque, não se enganem, a crise climática será de magnitude pior do que a pandemia se não agirmos como ainda podemos agir para evitar a tragédia que vem vindo em nossa direção. Não podemos mais nos dar ao luxo de nos sentirmos impotentes. A verdade é que as gerações futuras olharão para este momento com espanto enquanto estamos na encruzilhada entre um futuro regenerativo e um no qual jogamos tudo fora. E a verdade é que muita coisa está indo muito bem para nós nessa transição.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">Custos de energia limpa estão diminuindo. As cidades estão se transformando. O solo se regenerando.</blockquote><br />
As pessoas estão nas ruas pedindo mudanças com o entusiasmo e a tenacidade que não vemos há uma geração. O sucesso genuíno é possível nessa transição, assim como a falha genuína, o que torna este um momento emocionante para estar vivo. Podemos tomar uma decisão agora mesmo de que enfrentaremos esse desafio com uma forma obstinada de otimismo corajoso, realista e determinado e fazer tudo ao nosso alcance para garantir que moldemos o caminho quando sairmos dessa pandemia em direção a um futuro regenerativo. Todos podemos decidir que seremos faróis esperançosos para a humanidade mesmo se houver dias sombrios pela frente; podemos decidir que seremos responsáveis, reduziremos nossas próprias emissões em pelo menos <b>50%</b> nos próximos <b>10 anos</b>, e tomaremos medidas para nos engajar com governos e corporações para garantir que eles façam o que é necessário saindo da pandemia para reconstruir o mundo que queremos. Agora, todas essas coisas são possíveis. <br />
<br />
Voltemos para a sala de reuniões chata onde estou olhando para aquele bilhete de Christiana. E olhá-lo me levou de volta para algumas das experiências mais transformadoras da minha vida. Uma das muitas coisas que aprendi como monge é que uma mente brilhante e um coração alegre são o caminho e o objetivo da vida. Esse otimismo obstinado é uma forma de amor aplicado. É o mundo que queremos criar e a maneira pela qual podemos criá-lo. E é uma escolha para todos nós. Escolher enfrentar esse momento com otimismo obstinado pode preencher nossa vida com significado e propósito, e, assim, podemos influenciar a História e incliná-la para o futuro que escolhemos. <br />
<br />
Sim, viver agora parece fora de controle. É amedrontador, assustador e novo. Mas não vamos falhar nesta mais crucial das transições que se apresenta para nós agora. Vamos enfrentar com otimismo obstinado e determinado. <br />
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Sim, ver as mudanças no mundo agora pode ser doloroso, mas vamos abordar isso com amor. <br />
<br />
Obrigado.<br />
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<span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a target="_blank" title="Acesse TED" href="https://www.ted.com/talks/tom_rivett_carnac_how_to_shift_your_mindset_and_choose_your_future/">TED</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-23654895545066480082020-06-14T19:35:00.003-03:002020-06-15T12:46:33.180-03:00Comunicação não-violentaSaiba o que é comunicação não violenta pelas visão de nossa colunista voluntária Susana Martins.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLwd9ymGeKEsQC6DJqpX34oAuroj0Kss0tE4TRRPSR9FqGbn1O9Dusd0e7BdYW_hIm4Z5645IGiVxoHuzaaBGDz-vTsYOK2_tDJ6ogdwCtd9o-xUZVklZbqYUEdFu6de5i1ZyU0bfNL9o/s1600/girafa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLwd9ymGeKEsQC6DJqpX34oAuroj0Kss0tE4TRRPSR9FqGbn1O9Dusd0e7BdYW_hIm4Z5645IGiVxoHuzaaBGDz-vTsYOK2_tDJ6ogdwCtd9o-xUZVklZbqYUEdFu6de5i1ZyU0bfNL9o/s1600/girafa.jpg" data-original-width="640" data-original-height="360" /></a></div><a name='more'></a><br />
Minha apresentação de CNV que fiz no Padlet, uma ferramenta muito bacana para criar páginas coletando informações e incluindo esses boxes (e como podem ver, incorporando em outros sites). Espero que gostem e qualquer dúvida é só colocar nos comentários. É minha estreia no Brasil Acadêmico e estou muito feliz.<br />
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<div class="padlet-embed" style="background: #f4f4f4; border-radius: 2px; border: 1px solid rgba(0 , 0 , 0 , 0.1); box-sizing: border-box; overflow: hidden; position: relative; width: 100%;"><div style="margin: 0; padding: 0;"><iframe allow="camera;microphone;geolocation" frameborder="0" src="https://padlet.com/embed/uf9yxhmkk2twup4i" scrolling="no" style="display: block; height:2400px; margin: 0; padding: 0; width: 100%;"></iframe></div><div style="margin: 0; padding: 8px; text-align: right;"><a href="https://padlet.com/?ref=embed" style="border: none; display: block; height: 16px; line-height: 1; margin: 0; padding: 0;" target="_blank"><img alt="Feito com Padlet" height="16" src="https://padlet.net/embeds/made_with_padlet.png" style="background: none; border: none; box-shadow: none; display: inline; margin: 0; padding: 0;" width="86" /></a></div></div>Direction Travelhttp://www.blogger.com/profile/17401163306661818369noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-24023432831291377572020-03-24T12:59:00.003-03:002020-03-24T12:59:48.054-03:00No Arizona, homem morre após se automedicar com cloroquina para tratar Covid-19Um homem da área de Phoenix morreu e sua esposa está sob cuidados intensivos depois que os dois tomaram fosfato de cloroquina em uma aparente tentativa de automedicar o novo coronavírus, de acordo com o sistema hospitalar Banner Health.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibZ9kZojwF_wvUKlW-e3ZBOzPWB4UKhRKYd4fexQ7E9QtX7omyhpDCpnMg3VNgPFZZawnk4zAWN47siCGcORGi-8Huf_Ov906DSwLkXRHUbJM1QQSEdaB9iDO4EqxbRkbBdKXnbGgZlAE/s1600/cloroquina00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibZ9kZojwF_wvUKlW-e3ZBOzPWB4UKhRKYd4fexQ7E9QtX7omyhpDCpnMg3VNgPFZZawnk4zAWN47siCGcORGi-8Huf_Ov906DSwLkXRHUbJM1QQSEdaB9iDO4EqxbRkbBdKXnbGgZlAE/s1600/cloroquina00.jpg" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
Ao que parece, o casal não usou a versão farmacêutica da droga, mas "um aditivo comumente usado em aquários para limpar tanques de peixes", conforme anunciou a Banner Health em comunicado. Apesar da empresa não ter fornecido maiores detalhes, a NBC News conversou com a viúva hospitalizada que disse ter descoberto a conexão da cloroquina com o coronavírus durante uma entrevista coletiva do presidente Donald Trump, que estava sendo amplamente repercutida. Disse ela à rede:<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“Eu tinha (a substância) em casa porque costumava ter peixe koi.”</blockquote>
<br />
Trump apontou a cloroquina como um possível tratamento para o Covid-19. É aprovado pela Food and Drug Administration para o tratamento da malária, lúpus e artrite reumatóide, mas o FDA não o aprovou para tratar o coronavírus.<br />
<br />
Os especialistas da Banner Health enfatizaram que o medicamento - assim como outros “medicamentos e produtos domésticos inadequados” - “não deve ser ingerido para tratar ou prevenir esse vírus”.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“Dada a incerteza em torno do Covid-19, entendemos que as pessoas estão tentando encontrar novas maneiras de prevenir ou tratar esse vírus. Mas a automedicação não é a maneira de fazer isso.”<br />
<b>Daniel Brooks</b>. Diretor médico do Centro de Informações sobre Intoxicações e Medicamentos em comunicado da Banner Health</blockquote>
<br />
Há sete anos, a publicação Advanced Aquarist anunciou três formas de cloroquina como "uma 'nova' droga para o tratamento de doenças de peixes" e detalhou sua eficácia no combate a certos parasitas em aquários de água salgada.<br />
<br />
A Banner Health, sediada no Arizona, não deu detalhes sobre como o casal, na faixa dos 60 anos, adquiriu a cloroquina ou qual hospital os tratou.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“Dentro de trinta minutos após a ingestão, o casal experimentou efeitos imediatos exigindo internação em um hospital da Banner Health próximo.”</blockquote>
<br />
Trump disse que a cloroquina e a intimamente relacionada hidroxicloroquina eram potencialmente importantes na luta contra a Covid-19.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA, juntos, têm uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina.”<br />
<b>Donald Trump</b> em mensagem no Twitter no sábado.</blockquote>
<br />
Pesquisas sugerem que a droga pode ser útil contra o vírus, mas os comentários de Trump levaram as autoridades de saúde a alertar que mais estudos são necessários.<br />
<br />
Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos EUAs, disse que os medicamentos podem ser eficazes contra o novo coronavírus. No entanto, ele disse a Margaret Brennan da CBS no domingo que Trump tinha ouvido falar sobre a eficácia da combinação hidroxicloroquina e azitromicina a partir de relatos anedóticos.<br />
<br />
"Não discordo do fato de que eles possam funcionar, mas meu trabalho é provar definitivamente do ponto de vista científico que eles funcionam", disse Fauci, que trabalha na força-tarefa do coronavírus da Casa Branca.<br />
<br />
Na Nigéria, as autoridades de saúde emitiram um alerta sobre a cloroquina, dizendo que <b>três pessoas</b> no país tomaram uma overdose da droga depois que Trump a endossou como um possível tratamento.<br />
<br />
A Banner Health disse que "está insistindo" que os prestadores de cuidados de saúde não prescrevam cloroquina para pacientes que não estão hospitalizados.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“A última coisa que queremos agora é inundar nossos departamentos de emergência com pacientes que acreditam ter encontrado uma solução vaga e arriscada que poderia prejudicar sua saúde.”<br />
<b>Daniel Brooks</b></blockquote>
<br />
<hr />
<br />
Algumas reflexões desse editor sobre o caso: Darwin ainda está valendo. Todos nós devemos tomar muito cuidado nesses tempos de muita informação desencontrada para não acabarmos morrendo da cura. Os jovens, ao que se sabe, tem pouca chance de sofrerem maiores danos com essa doença e, para maioria, quando e se contraída, vai ser experimentada como uma gripe comum.<br />
<br />
Já os mais idosos e os que já possuem alguma doença mais grave que pode potencializar os danos da Covid-19, e portanto, deverão redobrar os cuidados, dependem de haver hospitais com vagas para se tratarem, se necessário for.<br />
<br />
Assim, o melhor é ficar em casa, com o máximo de isolamento e o mínimo de exposição. Se não houver álcool disponível a água e o sabão são bastante eficazes e nada de se automedicar. Até porque isso pode fazer com que falte o medicamento a quem realmente precisar.<br />
<br />
Existe muito interesse político e econômico em jogo. Políticos tentam faturar politicamente em cima da crise tentando minimizar uma crise financeira que certamente virá em escala global já iniciando concomitantemente com o colapso dos sistemas de saúde. O melhor a fazer agora é ficarmos recolhidos. Se informar de fontes confiáveis (eu sei, é difícil), higienização constante, participar da campanha de vacinação contra a gripe influenza, mas evitando ao máximo aglomerações por meio do teletrabalho (quem puder), confinamento doméstico prolongado e telecomunicadores, como smartphones, computadores com aplicativos específicos (como Skype, Whatsapp web) e até telefones fixos (isso diminui o isolamento psicológico mantendo a distância social).<br />
<br />
Tentar manter o moral elevado, a serenidade e transmití-la para seus amigos, parentes e conhecidos. Precisamos mais de bombeiros, literalmente e metaforicamente, do que de incendiários do espírito. Só que sem menosprezar o problema, o que poderia levar a um certo relaxamento na prudência, já que a questão é realmente preocupante e quem não está preocupado provavelmente é porque não está entendendo muito bem. Esse equilíbrio é o nosso maior desafio.<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://edition.cnn.com/2020/03/23/health/arizona-coronavirus-chloroquine-death/index.html" target="_blank" title="">CNN</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-7541222050928537312020-03-21T10:12:00.000-03:002020-03-21T10:36:20.499-03:00Por que não devemos nomear doenças com nome de lugares ou pessoasGripe Espanhola, Síndrome Respiratória do Oriente Médio, Doença de Chagas, Mal de Alzheimer, essas são algumas denominações pelas quais algumas doenças ficaram conhecidas. Mas não é assim que se dá nome a novas moléstias hoje em dia.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8tbfhg2qHRASKffMU-64nW-8Cm_I7aR6VYVR_aKE8YwH5oaV-yWVu4gnhqcQwoeMd0CgVeSDVyLiVPTLB064lSeyM4tI1iK4Pk5kMkYBlIOANAZY2a34f8se7dWEn4zq1J5vrC9dJRhQ/s1600/grippe00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8tbfhg2qHRASKffMU-64nW-8Cm_I7aR6VYVR_aKE8YwH5oaV-yWVu4gnhqcQwoeMd0CgVeSDVyLiVPTLB064lSeyM4tI1iK4Pk5kMkYBlIOANAZY2a34f8se7dWEn4zq1J5vrC9dJRhQ/s1600/grippe00.jpg" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
Aprendemos com os erros do passado. Desde 8 de maio de 2015 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) solicita aos cientistas, autoridades e meios de comunicação que sigam as melhores práticas ao nomear novas doenças infecciosas humanas a fim de minimizar efeitos negativos desnecessários em nações, economias e pessoas.<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
Nos últimos anos, surgiram várias novas doenças infecciosas humanas. O uso de nomes como 'gripe suína' e 'síndrome respiratória do Oriente Médio' teve impactos negativos não intencionais ao estigmatizar certas comunidades ou setores econômicos. Isso pode parecer um problema trivial para alguns, mas os nomes das doenças realmente importam para as pessoas diretamente afetadas. Vimos que certos nomes de doenças provocam uma reação contra membros de comunidades religiosas ou étnicas específicas, criam barreiras injustificadas para viagens, comércio e negócios e provocam o abate desnecessário de animais. Isso pode ter sérias conseqüências para a vida e os meios de subsistência das pessoas.<br />
<b>Keiji Fukuda</b>. Diretor geral assistente de segurança da saúde da OMS em trecho da nota para mídia em 2015</blockquote>
As doenças geralmente recebem nomes comuns dados por pessoas de fora da comunidade científica. Uma vez que os nomes das doenças são estabelecidos em uso comum pela Internet e pelas mídias sociais, eles são difíceis de mudar, ainda que um nome inadequado esteja sendo usado. Dessa forma, torna-se importante que quem primeiro relata uma doença humana recentemente identificada use um nome apropriado que seja cientificamente sólido e socialmente aceitável. Veja um exemplo moderno do que ocorreu com a AIDS na década de 1980:<br />
<blockquote class="tr_bq">
Não é sempre que se vê uma pandemia nascer. Mas foi o que aconteceu em <b>1981</b> nos EUA. Os hospitais relataram <b>41 casos</b> de pacientes jovens com sarcoma de Kaposi, um câncer raro que até então se manifestava quase somente em idosos. E apesar de esse mal normalmente demorar anos para se agravar, os novos pacientes morriam pouco tempo depois de entrar no hospital. Um detalhe intrigou os médicos: todos eram homossexuais masculinos. Outros casos surgiram e logo ficou claro que havia uma nova doença, um “câncer gay”, batizado de grid (sigla em inglês para “imunodeficiência relacionada aos gays”). Nos anos seguintes, a doença se espalhou para heterossexuais e mulheres – até então considerados a salvo da epidemia – que haviam passado por cirurgias ou recebido transfusões de sangue. Foi então que a doença ganhou o nome de AIDS (sigla em inglês para “síndrome da imunodeficiência adquirida”). <b>Trecho de artigo da revista Superinteressante</b>, publicado em 28/02/2006 .</blockquote>
O vírus que deve ter pulado de chimpanzés para a espécie humana a partir de caçadores ou comerciantes de animais na África deve ter passado por mutações e atingido uma variante que possibilitou iniciar a epidemia.<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
<a href="http://blog.brasilacademico.com/2011/04/tatu-pode-transmitir-lepra.html" target="_blank">Caçar e comer tatus pode ter causado hanseníase nos EUA</a>. (Cenas fortes) Seria justo culpar os caçadores pela doença?</blockquote>
Hoje nem se fala mais em grupos de risco. Mas em comportamento de risco já que os casos crescem na mesma proporção entre homossexuais e heterossexuais, principalmente mulheres. E o tal comportamento de risco inclui fazer sexo sem uso de preservativo com pessoa contaminada e compartilhar agulhas e seringas, principalmente, no uso de drogas injetáveis.<br />
<br />
Já a famosa gripe espanhola, por exemplo, não surgiu na Espanha. Mas como havia vários países em guerra e que provavelmente não queriam que a população ficasse ainda mais abatida sabendo que estavam lidando com uma epidemia a imprensa estaria silenciada sobre o assunto. Mas como a imprensa espanhola tinha um maior grau de liberdade noticiou com mais lisura o assunto e a Espanha tomou as medidas para combater a doença que tomou conta da península ibérica. O que acabou trazendo para o país a fama de ser a origem do surto. Hoje se especula que pode ter surgido no Kansas, EUA, teoria mais aceita, ou em uma base militar americana na França ou mesmo em uma base dos EUA na China, mas sem ter como afirmar com precisão. Por essa lógica, pode ter sido por sorte que a AIDS não ficou conhecida como “câncer gay americano”.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzmEV98aW58i3iWWF4jwbW7uR2xNg3aWaK4MHJ1j6smA11dEfl_SmtOLlBITXCxexHB57Qx660ARGRkFSy23pqOyjPjMnMuJtHpRQfkqQgwJG5hodgoKgSCpyF5B2LAITeOyzac3DKeXc/s1600/veja.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzmEV98aW58i3iWWF4jwbW7uR2xNg3aWaK4MHJ1j6smA11dEfl_SmtOLlBITXCxexHB57Qx660ARGRkFSy23pqOyjPjMnMuJtHpRQfkqQgwJG5hodgoKgSCpyF5B2LAITeOyzac3DKeXc/s1600/veja.jpg" /></a></div>
Também o que poderia ser considerada uma honraria para o descobridor ou estudioso de uma moléstia, ter seu nome associado ao objeto de estudo pode não ser tão glorioso assim. As pessoas, com o perdão do trocadilho, não gostam nem de lembrar do <a href="https://saude.gov.br/saude-de-a-z/alzheimer" target="_blank">Alzheimer</a>. Ou não querem ter <a href="https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7a-de-chagas" target="_blank">Chagas</a> no coração. Essa última metonímia, seguindo a lógica da pandemia de gripe de 1918, também teria escapado de virar a “doença brasileira”, ainda que houvesse casos dessa doença tropical americana até mesmo nos EUA.<br />
<br />
Para evitar essa estigmatização é que a OMS orienta que essas melhores práticas de nomeação de moléstias se apliquem a novas infecções, síndromes e doenças que nunca foram reconhecidas ou relatadas antes em seres humanos, que têm um potencial impacto na saúde pública e para as quais não há nome de doença em uso comum. Eles não se aplicam a nomes de doenças já estabelecidos.<br />
<br />
As práticas recomendadas afirmam que o nome de uma doença deve consistir em termos descritivos genéricos, com base nos sintomas que a doença causa (por exemplo, doença respiratória, síndrome neurológica, diarreia aquosa) e termos descritivos mais específicos quando informações robustas estão disponíveis sobre como a doença se manifesta, quem afeta, sua gravidade ou sazonalidade (por exemplo, progressiva, juvenil, severa, inverno). Se o patógeno que causa a doença for conhecido, ele deve fazer parte do nome da doença (por exemplo, coronavírus, vírus influenza, salmonela).<br />
<br />
Os termos que devem ser evitados nos nomes de doenças incluem:<br />
<ul>
<li><b>Localizações geográficas</b> (por exemplo, síndrome respiratória do Oriente Médio, gripe espanhola, febre do Nilo Ocidental).</li>
<li><b>Nomes de pessoas</b> (por exemplo, doença de Creutzfeldt-Jakob, doença de Chagas), </li>
<li><b>Espécies de animais</b> ou alimentos (por exemplo, gripe suína, doença da vaca louca, gripe aviária), </li>
<li><b>Referências culturais</b>, populacionais, industriais ou profissionais (por exemplo, legionários) e </li>
<li><b>Termos que incitam a medo</b> indevido (por exemplo, desconhecido, fatal, epidêmico).</li>
</ul>
<blockquote class="tr_bq">
“Agora temos um nome para a doença e é Covid-19.” <b>Tedros Adhanom Ghebreyesus</b>. Chefe da OMS a repórteres em Genebra em fevereiro de 2020.</blockquote>
"Tivemos que encontrar um nome que não se referisse a uma localização geográfica, um animal, um indivíduo ou grupo de pessoas, e que também seja pronunciado e relacionado à doença".<br />
<br />
"Ter um nome é importante para impedir o uso de outros nomes que podem ser imprecisos ou estigmatizantes. Também nos fornece um formato padrão a ser usado para futuros surtos de coronavírus".<br />
<br />
O nome Covid-19 é retirado das palavras "corona", "vírus" (virus) e "doença" (disease), com 19 representando o ano em que surgiu (o surto foi relatado à OMS em 31 de dezembro de 2019).<br />
<br />
A OMS desenvolveu as melhores práticas para nomear novas doenças infecciosas humanas em estreita colaboração com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), e em consulta com especialistas que lideram a Classificação Internacional de Doenças (CID ou CDI na sigla em inglês).<br />
<br />
As novas práticas recomendadas não substituem o sistema existente do CDI, mas fornecem uma solução provisória antes da atribuição do nome final da doença. Como essas práticas recomendadas aplicam-se apenas a nomes de doenças para uso comum, elas também não afetam o trabalho de órgãos internacionais de autoridade responsáveis pela taxonomia científica e nomenclatura de microrganismos.<br />
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O nome final de qualquer nova doença humana é atribuído pela Classificação Internacional de Doenças, gerenciada pela OMS. A CID é usada por médicos, enfermeiros, pesquisadores, gerentes e codificadores de informações em saúde, formuladores de políticas, seguradoras e organizações de pacientes em todo o mundo para classificar doenças e outros problemas de saúde e registrá-los de maneira padronizada nos registros e atestados de óbito. Isso permite o armazenamento e recuperação de informações de diagnóstico para fins clínicos, epidemiológicos e de qualidade. Esses registros também são usados pelos Estados Membros da OMS para compilar estatísticas nacionais de mortalidade e morbidade. Finalmente, a CID é usada para a tomada de decisões de reembolso e alocação de recursos pelos países.<br />
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<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://www.who.int/mediacentre/news/notes/2015/naming-new-diseases/en/" target="_blank">OMS</a>, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%A3o_pelo_v%C3%ADrus_do_Nilo_Ocidental" target="_blank">Wikipedia</a>, <a href="https://super.abril.com.br/saude/25-anos-de-aids/" target="_blank">Superinteressante</a>, <a href="http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2928" target="_blank">Secretaria de Saúde do Paraná</a>, <a href="https://www.bbc.com/news/world-asia-china-51466362" target="_blank">BBC</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-78654041232843076302020-03-09T10:15:00.000-03:002020-03-09T10:16:09.315-03:00Usar tecnologia durante as refeições pode fazer comer menosFazer uso de distrações tecnológicas enquanto comemos pode diminuir a ingestão de alimentos, sugere estudo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPuxxzs1JDoIdxx1Rn631EuxDQZQA5U-3R761GEEe6CLh0Rp8zO1S4KZjyWFFDPESOlyJM-_OkNjus5jwKM2IKsndKTS75m_GL8xtVi551_FiCM2x1n-t-Vm2no5JI2yeP2hOTLwY7mmw/s1600/PacManMiniQuiche.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPuxxzs1JDoIdxx1Rn631EuxDQZQA5U-3R761GEEe6CLh0Rp8zO1S4KZjyWFFDPESOlyJM-_OkNjus5jwKM2IKsndKTS75m_GL8xtVi551_FiCM2x1n-t-Vm2no5JI2yeP2hOTLwY7mmw/s320/PacManMiniQuiche.jpg" width="320" /></a></div><a name='more'></a><br />
O consumo alimentar dos participantes da pesquisa foi avaliado em duas ocasiões alternadas: Em um dia eles jogavam um jogo de computador enquanto comiam e em outro dia comiam sem distrações.<br />
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Quando os <b>119 jovens</b> adultos monitorados durante o estudo consumiram uma refeição enquanto jogavam um simples jogo de computador por <b>15 minutos</b>, eles comiam significativamente menos do que quando comiam a mesma refeição sem distrações, disse o principal autor Carli A. Liguori.<br />
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O videogame (ver vídeo abaixo), chamado Rapid Visual Information Processing, testa a atenção visual e a memória de trabalho dos usuários e tem sido amplamente utilizado por pesquisadores na avaliação de pessoas para problemas como a doença de Alzheimer e o déficit de atenção.<br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gxF9hSdrmnw" width="560"></iframe><br />
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O game pisca aleatoriamente séries de dígitos na tela do computador a uma taxa de um por segundo. Os participantes do estudo foram instruídos a pressionar a barra de espaço no teclado sempre que vissem três números ímpares consecutivos.<br />
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<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">“É bastante simples, mas é bastante perturbador o suficiente para que você realmente esteja assistindo para ter certeza de que não perde um número e está acompanhando mentalmente. Essa foi uma grande questão para entrarmos nisso - como você garante que o participante seja distraído? E o RVIP foi uma boa solução para isso.”<br />
<b>Carli A. Liguori</b>. Pesquisadora e principal autora do estudo</blockquote><br />
Os participantes, que jejuaram por <b>10 horas</b> antes de cada visita, foram instruídos a consumir o quanto quisessem de <b>10 quiches</b> em miniatura enquanto jogavam ou comiam em silêncio, sem distrações, por <b>15 minutos</b>.<br />
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<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">A comida foi pesada e contada antes e depois de ser dada a cada pessoa.</blockquote><br />
Após um período de descanso de <b>30 minutos</b>, os participantes concluíram uma pesquisa de saída, solicitando que se lembrassem de quantas perguntas foram dadas e do número que consumiram. Eles também avaliaram o quanto gostaram da refeição, bem como seus sentimentos de fome e plenitude.<br />
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<span style="font-size: large;">Achados</span><br />
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Liguori levantou a hipótese de que, de acordo com pesquisas anteriores, quando as pessoas comiam enquanto usavam o jogo de computador, elas não apenas consumiam mais comida, mas também tinham menos memória do que comiam e desfrutavam menos.<br />
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Em vez disso, ela descobriu que os participantes comiam menos quando eram distraídos pelo jogo de computador. Além disso, a memória das refeições dos participantes - sua capacidade de lembrar quanto haviam sido servidos e comidos - era menos precisa quando estavam distraídos do que quando comiam em silêncio sem o jogo.<br />
<br />
No entanto, o consumo dos participantes na segunda visita foi afetado por qual atividade eles haviam realizado durante a visita inicial. As pessoas que se envolveram em comer distraído em sua primeira visita comeram significativamente menos do que seus colegas que não experimentaram a condição alimentar distraída até a segunda visita.<br />
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Além disso, quando os participantes que se envolveram com a comida distraída na primeira visita foram servidos nos quiches na próxima visita ", eles se comportaram como se estivessem encontrando os alimentos pela primeira vez, como evidenciado por uma menor taxa de consumo semelhante à de aqueles que começaram "com a refeição não distraída, de acordo com o estudo.<br />
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"Realmente parecia importar se eles estavam naquele grupo de comida que foi distraído primeiro", disse Liguori, que é uma professora visitante em saúde e atividade física na Universidade de Pittsburgh. "Algo sobre se distrair em sua visita inicial realmente pareceu mudar a quantidade consumida durante a refeição não distraída. Pode haver um efeito potente de transição entre o mecanismo de distração e a novidade da comida servida".<br />
<br />
Os resultados sugerem que pode haver uma diferença entre comer distraído e comer sem pensar. Embora os termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, Liguori supôs que eles podem ser comportamentos distintamente diferentes, com nuances que precisam ser exploradas.<br />
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<blockquote class="tr_bq">Comer sem pensar pode ocorrer quando comemos sem pretender fazê-lo.<br />
<b>Carli A. Liguori</b></blockquote><br />
Por exemplo, pegamos um punhado de doces da jarra no escritório quando passamos ou começamos a comer batatas fritas porque elas estão sentadas à nossa frente.<br />
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<blockquote>Por outro lado, a alimentação distraída pode ocorrer quando nos envolvemos em uma atividade secundária, como assistir TV ou responder e-mails enquanto comemos deliberadamente.</blockquote><br />
Por exemplo, quando estamos jantando, disse ela.<br />
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Embora pesquisas anteriores indicassem que as pessoas comem mais quando distraídas, Liguori levantou a hipótese de que os diferentes resultados em seu estudo podem ter sido associados ao exame de diferenças entre pessoas - comparando o consumo de indivíduos sob o, em vez de comparar o comportamento dos indivíduos com o dos colegas.<br />
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Ou, disse ela, suas descobertas podem ter sido influenciadas por fatores como o tipo de distração usada, o tipo de comida servida ou o uso de estudantes universitários como população do estudo, limitando a diversidade na idade, raça, preferências alimentares dos participantes e motivação para regular seu consumo.<br />
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Liguori conduziu a pesquisa enquanto obteve um mestrado em ciência de alimentos e nutrição humana na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Os resultados foram publicados recentemente no Journal of Nutrition. O estudo foi co-escrito por Sharon M. Nickols-Richardson, professora de ciência de alimentos e nutrição humana, que também é diretora do Illinois Extension and Outreach; e a então estudante de graduação Cassandra J. Nikolaus.<br />
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<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://www.sciencedaily.com/releases/2020/03/200306183343.htm">Science Daily</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-10609766863230372102019-11-24T10:29:00.000-03:002019-11-24T10:29:35.967-03:00Desafio da teoria dos jogos: você pode prever o comportamento humano?Dado um intervalo de números inteiros de 0 a 100, qual seria o número inteiro mais próximo de dois terços da média de todos os números apostados? Por exemplo, se a média de todas as apostas for 60, a resposta correta será 40. Joga-se o jogo sob condições conhecidas pelos teóricos como "senso comum": cada jogador tem as mesmas informações e sabe que todos os outros jogadores também as têm. Lucas Husted nos explica.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhujyw9OnqJqexAXJpMsE9YoQcn9FO9E0GVq_QABDXm0uIm41rBdSK3ZCRodbVSOmWqjlwRy0MKJPJUFPdc1MA9XYshR5C_ot7W2qD6DDbabmLlBcNpK0BGwwt6Q4J52rbvy9G7s7uz2-I/s1600/teoriaDosJogos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhujyw9OnqJqexAXJpMsE9YoQcn9FO9E0GVq_QABDXm0uIm41rBdSK3ZCRodbVSOmWqjlwRy0MKJPJUFPdc1MA9XYshR5C_ot7W2qD6DDbabmLlBcNpK0BGwwt6Q4J52rbvy9G7s7uz2-I/s1600/teoriaDosJogos.jpg" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
Há alguns meses, fizemos um desafio à nossa comunidade. Perguntamos a todos: dado um intervalo de números inteiros de 0 a 100, adivinhe o número inteiro mais próximo de dois terços da média de todos os números apostados. Então, se a média de todas as apostas for 60, a resposta correta será 40. Na sua opinião, qual número foi a aposta correta para dois terços da média?<br />
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<div style="max-width: 854px;">
<div style="height: 0; padding-bottom: 56.25%; position: relative;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" scrolling="no" src="https://embed.ted.com/talks/lang/pt-br/lucas_husted_game_theory_challenge_can_you_predict_human_behavior" style="height: 100%; left: 0; position: absolute; top: 0; width: 100%;" width="854"></iframe></div>
</div>
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Vamos tentar justificar a resposta. Joga-se esse jogo sob condições conhecidas dos teóricos como "senso comum". Cada jogador não apenas tem as mesmas informações, bem como sabe que todos os outros também as têm, e que todos os outros sabem que todos sabem, e assim por diante, infinitamente. Agora, a maior média possível ocorreria se cada pessoa apostasse no 100. Nesse caso, dois terços da média seriam 66,66. Como todo mundo pode imaginar isso, não faria sentido apostar algo superior a 67.<br />
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Se todos os jogadores chegarem à mesma conclusão, ninguém apostará um número maior que 67. Agora, o número 67 é a nova média mais alta possível. Portanto, nenhuma aposta aceitável deveria ser maior que dois terços disso, ou seja 44. Essa lógica pode ser amplamente aplicada. A cada passo, a resposta lógica mais alta possível continua diminuindo. Então, pareceria sensato apostar no menor número possível.<br />
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E, de fato, se todos escolhessem o zero, o jogo atingiria o chamado "Equilíbrio de Nash". É um estado em que cada jogador escolheu a melhor estratégia possível em relação a todos os outros, e nenhum jogador pode se beneficiar por escolher de modo diferente.<br />
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Mas não é o que ocorre na realidade. Acontece que as pessoas não são totalmente racionais ou não esperam que os outros o sejam. Ou talvez sejam as duas coisas juntas.<br />
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Quando se joga este jogo no mundo real, a média tende a ser algo entre 20 e 35. O jornal dinamarquês "Politiken" organizou o jogo com a participação de mais de 19 mil leitores, resultando em uma média de cerca de 22, e a resposta correta foi o número 14. Quanto ao nosso público, a resposta foi 31,3. Então, se você apostou no 21, como sendo dois terços da média, acertou.<br />
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Os teóricos do jogo econômico têm uma forma de representar essa interação entre a racionalidade e a viabilidade, chamada de "raciocínio de nível K". O "K" representa o número de vezes que um ciclo de raciocínio se repete. Um jogador no nível K zero abordaria o nosso jogo com ingenuidade, apostando um número aleatório, sem pensar nos outros jogadores. No nível K1, o jogador presumiria que os demais estivessem jogando no nível zero, resultando em uma média de 50 e, portanto, ele aposta no 33. No nível K2, ele presumiria que as outras pessoas estivessem jogando no nível um, levando-o a apostar no 22. Seriam necessários 12 níveis K para atingir o zero.<br />
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Segundo as evidências, a maioria das pessoas para nos níveis K1 ou K2. E essa informação é útil, pois o lógica do nível K entra em ação em situações de alto risco. Por exemplo, os corretores da Bolsa de Valores avaliam as ações não apenas com base nos relatórios de ganhos, mas também no valor que os outros atribuem a esses números. E durante as cobranças de pênaltis no futebol, tanto o marcador quanto o goleiro decidem pelo lado direito ou esquerdo, baseados no que supõem que a outra pessoa está pensando. Muitas vezes, os goleiros memorizam os padrões dos adversários com antecedência. Mas o jogador sabe disso e pode planejar a jogada. Em cada caso, os participantes tomam a decisão sobre a melhor atitude em relação a como os outros entendem a situação.<br />
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Mas os níveis K1 ou K2 não são, de forma alguma, um regra imutável. O fato de estar ciente dessa tendência pode fazer com que as pessoas ajustem suas expectativas. Por exemplo, o que aconteceria se as pessoas jogassem o jogo dos dois terços depois de compreender a diferença entre a abordagem mais lógica e a mais comum? Envie a sua aposta sobre o que serão os dois terços da nova média usando o formulário abaixo, e nós descobriremos! <br />
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<span style="font-size: xx-small;">Lição de Lucas Husted, dirigido por Anton Trofimov.</span><br />
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<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://ed.ted.com/lessons/game-theory-challenge-can-you-predict-human-behavior-lucas-husted">TED</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-23168059345186562962019-09-21T02:59:00.001-03:002019-09-21T02:59:11.342-03:00Suicídio causou mais mortes em policiais do que confronto com crimeEm 2018, 104 policiais cometeram suicídio e 87 morreram em confronto.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia-Vmww6CWDJQ3ya3WGiInFKPuJQsoMZpAOppb4i522lEwVjm2DSNVaBhqeI9lv7ik7TVM8T11yogBnqIfDkCnzLGbdo15-MvNb9FIWz85bY2-U7uIq32GVNYEQa4VMnaZW11kP_-G_00/s1600/setembroAmarelo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="640" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia-Vmww6CWDJQ3ya3WGiInFKPuJQsoMZpAOppb4i522lEwVjm2DSNVaBhqeI9lv7ik7TVM8T11yogBnqIfDkCnzLGbdo15-MvNb9FIWz85bY2-U7uIq32GVNYEQa4VMnaZW11kP_-G_00/s320/setembroAmarelo.jpg" width="320" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
A 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra exposição à violência fatal a que os policiais brasileiros estão sujeitos. Em 2018, 343 policiais civis e militares foram assassinados, 75% dos casos ocorreram quando estavam fora de serviço e não durante operações de combate à criminalidade.<br />
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A violência a que os policiais estão permanentemente expostos tem efeitos psicológicos graves. Em <b>2018</b>, <b>104</b> policiais cometeram suicídio – número maior do que o de policias mortos durante o horário de trabalho (<b>87</b> casos) em confronto com o crime.<br />
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<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
“No senso comum, o grande temor é o risco da violência praticada por terceiros, mas na verdade o suicídio está atingido gravemente os policiais e não está sendo discutido e enfrentado de forma global”<br />
<b>Cristina Neme</b>. Pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que edita o anuário.</blockquote>
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“É um problema muito maior que muitas vezes é silenciado. São os fatores de risco da profissão que levam ao estresse ocupacional. Eles passam por dificuldades que outras pessoas podem ter, mas que no caso do policial esses problemas, quando associados ao estresse psicológico da profissão e do acesso à arma, pode facilitar esse tipo de ocorrência”, lamenta a pesquisadora.<br />
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<span style="font-size: large;">Letalidade</span><br />
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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra que houve queda de <b>10,43%</b> de mortes violentas intencionais em <b>2018</b>. Mas apesar da queda verificou-se que ao mesmo tempo cresceu em <b>19,6%</b> o número de mortes decorrentes de intervenções policiais.<br />
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A ação da polícia é responsável por <b>11</b> de cada <b>100</b> mortes violentas intencionais no ano passado, quando <b>6.220</b> pessoas morreram após intervenção policial, uma média de <b>17</b> pessoas mortas por dia.<br />
<br />
O perfil das vítimas repete a situação encontrada em outros anuários: <b>99,3%</b> eram homens, quase <b>78%</b> tinham entre <b>15</b> e <b>29 anos</b>, e <b>75,4%</b> eram negros.<br />
<br />
Para a pesquisadora Cristina, os números correspondem a uma decisão superior de ação policial. “A atitude da liderança política é fundamental para reverter o quadro de letalidade e promover políticas de segurança mais eficazes", assinala a especialista que reclama de “discursos demagógicos e falaciosos que legitimam a prática da violência”.<br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MQgGqczcN4A" width="560"></iframe><br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">Escrito originalmente por Gilberto Costa</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">Repórter da Agência Brasil</span><br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">Fonte: Agência Brasil (adaptado)<br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-87185930019328654792019-09-15T20:52:00.002-03:002019-09-15T21:36:36.760-03:00Happiness por Steve CuttsEm Happiness, ou Felicidade, o animador radicado em Londres, Steve Cutts, deixa mais uma vez sua marca crítica ao consumismo e ao comportamento de manada da sociedade atual. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9uRtNPwRGLb0RZgehoN1_9eBhc7lwi6ECd0zE56M6PJjMMIgh5AwAqGbPdcoXGHAxGePX_gFX4LAf_Cdsj0x5y7M-SAnsQTWxuxIixgn6GfzxHB_eTmT-lL8RmiBhtqznYs_xUHyS9QE/s1600/happiness.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9uRtNPwRGLb0RZgehoN1_9eBhc7lwi6ECd0zE56M6PJjMMIgh5AwAqGbPdcoXGHAxGePX_gFX4LAf_Cdsj0x5y7M-SAnsQTWxuxIixgn6GfzxHB_eTmT-lL8RmiBhtqznYs_xUHyS9QE/s1600/happiness.jpg" data-original-width="640" data-original-height="360" /></a></div><a name='more'></a><br />
Nessa animação a sociedade moderna é claramente representada por ratos. E os conglomerados urbanos se transformam em um labirinto de cobaias com a onipresente publicidade vendendo felicidade por toda a parte. Sempre por meio de alguma promoção, produto ou serviço que leva a outra promessa de ser feliz, que leva a outra e a outra.<br />
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<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/e9dZQelULDk" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe><br />
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A trilha sonora principal traz a Habanera da Ópera Carmem. Cuja temática trata de sedução e paixão, mas também de degradação moral, violência e tragédia. Uma fundo apropriado se a sua intenção é retratar uma sociedade decadente. Mind the gap!<br />
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<hr/><br />
Steve Cutts é um ilustrador e animador inglês que, embora já tenha trabalhado para grandes empresas como Coca-Cola, Sony, Toyota e Reebok, é bastante conhecido por algumas das animações de curta duração que produziu, algumas delas criticando as grandes empresas. Combinando o uso de softwares como Adobe Flash e After Effects, seus vídeos, como <a href="https://blog.brasilacademico.com/2012/12/man-animacao.html" target="_blank">Man</a> e <a href="https://blog.brasilacademico.com/2014/12/consumo-chamada-para-o-despertar.html" target="_blank">Wake Up Call</a> são vistos por milhões de espectadores, têm em comum o tom satírico, provocador e polêmico, lidando especialmente com questões ligadas à preservação do meio ambiente e dos direitos animais.<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">Fonte: YouTube<br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-10673833761343448262019-08-12T11:27:00.000-03:002019-08-12T11:40:22.274-03:00Como conduzir uma conversa entre pessoas em discordânciaNum mundo profundamente dividido, como temos conversas com delicadeza, curiosidade e respeito? A experiente jornalista Eve Pearlman apresenta o "jornalismo de diálogo": um projeto em que os jornalistas vão ao coração das divisões sociais e políticas para apoiar discussões de ideias entre pessoas em discordância. Vejam o que aconteceu quando um grupo que nunca se cruzaria de outra forma — 25 liberais da Califórnia e 25 conservadores do Alabama — se juntou para conversar sobre temas controversos. "Conexão real para além das diferenças: isto é um bálsamo de que a nossa democracia muito precisa", diz Pearlman.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_pCkYmuLeLE23S8o5M0-6z3mTUgutb7HFI2SerDx0hBs5Dnvbaw9AswLExTACcvga0EHWDgrJLEoYgsCeyTbsAGGgyqUndyQ_-PvwFQS4FCI6yNaXOLHVbBBJ306lIOI11M50w5t4JA8/s1600/eve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="640" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_pCkYmuLeLE23S8o5M0-6z3mTUgutb7HFI2SerDx0hBs5Dnvbaw9AswLExTACcvga0EHWDgrJLEoYgsCeyTbsAGGgyqUndyQ_-PvwFQS4FCI6yNaXOLHVbBBJ306lIOI11M50w5t4JA8/s320/eve.jpg" width="320" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
No período que antecedeu a eleição de 2016, eu observei, como muitos de nós, o aumento da discórdia, a causticidade e a sordidez em nossos espaços públicos. Houve um aumento insano na polarização. Era desanimador e penoso. Então, comecei a considerar com um colega jornalista, Jeremy Hay, como poderíamos praticar nosso ofício de modo diferente. Como chegar ao centro das divisões, a pontos de conflito, como os jornalistas sempre têm, mas, uma vez lá, fazer algo realmente diferente. Sabíamos que queríamos usar as principais ferramentas do nosso ofício: avaliação criteriosa da informação, pesquisa diligente, curiosidade, um compromisso de servir o bem público, de servir nossa democracia e fazer algo novo. Então mapeamos esse processo, o qual chamamos de jornalismo de diálogo, para irmos ao centro de divisões sociais e políticas e, então, construir ali conversas apoiadas pelo jornalismo entre pessoas de lados opostos em questões polarizantes. <br />
<br />
<div style="max-width: 854px;">
<div style="height: 0; padding-bottom: 56.25%; position: relative;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" scrolling="no" src="https://embed.ted.com/talks/lang/pt/eve_pearlman_how_to_lead_a_conversation_between_people_who_disagree" style="height: 100%; left: 0; position: absolute; top: 0; width: 100%;" width="854"></iframe></div>
</div>
<br />
Mas como realmente fazer isso num mundo tão dividido, tão profundamente dividido, quando vivemos num universo no qual primos, tias e tios não conseguem falar uns com os outros, quando por vezes vivemos em ecossistemas de informações separados e distintos e, de modo reflexivo e habitual, nós difamamos e acabamos desprezando aqueles de quem discordamos? Mas queríamos tentar. Assim, logo após a eleição de <b>2016</b>, naquele período entre a eleição e a posse, nos juntamos ao Alabama Media Group para fazer algo realmente diferente. Trouxemos <b>25</b> partidários de Trump, do Alabama, juntos para conversar com <b>25</b> partidários de Hillary Clinton, da Califórnia. E os juntamos num grupo fechado e sob moderação do Facebook, que mantivemos aberto por um mês.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Queríamos dar a eles um espaço pra se envolverem com curiosidade e abertura genuínas. </blockquote>
<br />
E queríamos apoiá-los na construção de relacionamentos, não apenas uns com os outros, mas conosco como jornalistas. Depois queríamos fornecer a eles fatos e informações que poderiam, na verdade, receber, processar e usar para reforçar as conversas deles. <br />
<br />
E como um prelúdio para esta conversa, o primeiro passo no que chamamos de “jornalismo de diálogo”, foi perguntar o que eles achavam que o outro lado pensava sobre eles. Então, quando perguntamos aos partidários de Trump do Alabama o que achavam que os partidários de Clinton na Califórnia pensavam deles, aqui está um pouco do que disseram: <br />
<br />
<br />
<ul>
<li>“Acham que somos religiosos Pregadores da Bíblia”. “Que somos retrógrados, caipiras e burros.”</li>
<li>“Que temos bandeiras dos estados confederados no nosso quintal; somos racistas, sexistas e ignorantes.”</li>
<li>“Que vivemos descalças e grávidas, com entrada de garagem de terra.” </li>
<li>“E acham que somos todas certinhas e que andamos por aí com saias rendadas, tendo campos de algodão ao fundo.”</li>
</ul>
<br />
<br />
Aí fizemos a mesma pergunta aos californianos: “O que acham que os alabões pensam sobre vocês?” E eles disseram isso: <br />
<br />
<br />
<ul>
<li>“Que somos californianos loucos e liberais.” </li>
<li>“Que não somos patrióticos.” “Somos esnobes e elitistas.” </li>
<li>“Não acreditamos em Deus e somos permissivos com nossos filhos.” “E nos concentramos em nossa carreira, não em nossa família.” </li>
<li>“Que somos elitistas, intelectuais que questionam tudo, gente rica que só come orgânicos, desconectados do mundo.” </li>
</ul>
<br />
<br />
Fazendo perguntas como essas no início de cada conversa, identificando e compartilhando estereótipos, descobrimos que as pessoas, em todos os lados, começam a ver as caricaturas simplistas e, por vezes, mesquinhas que carregam. E baseados nisso, pudemos passar a um processo de conversa genuína. <br />
<br />
Dois anos após aquele lançamento, Projeto Califórnia - Alabama, passamos a promover diálogos e parcerias com organizações de mídia por todo o país. E têm sido sobre alguns de nossos problemas mais controversos: armas, imigração, raça, educação.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
E descobrimos, particularmente, que o diálogo real é, de fato, possível. </blockquote>
<br />
E que, dada a oportunidade e estrutura para que se possa fazê-lo, muitos, mas nem todos, dos nossos concidadãos são ávidos pra se envolver com o outro. <br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Muito frequentemente, jornalistas têm estimulado divisões em nome do drama, do público leitor ou a serviço de nossas próprias opiniões. </blockquote>
<br />
E muitas vezes fomos para cada lado citando uma voz partidária de um lado e uma voz partidária do outro, com um fato anedótico convincente e uma citação final incisiva, com os quais os leitores se identificam por preconceito. Mas nosso processo baseado em diálogo tem um ritmo mais lento e um núcleo diferente. E nosso trabalho é guiado pelo princípio de que diálogo através da diferença é essencial a uma democracia que funcione, e que o jornalismo e os jornalistas tenham um papel multifacetado a cumprir ao apoiar isso. <br />
<br />
Então, como trabalhamos? Em todas as etapas, somos o mais transparentes possível sobre nossos métodos e motivos. A cada etapa, nos concentramos em responder às pessoas, explicando por que fazemos o que estamos fazendo.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Dizemos às pessoas que não é uma armadilha: que ninguém está ali para chamar você de burro, nem que a sua experiência não importa. </blockquote>
<br />
E sempre pedimos um tipo realmente diferente de comportamento, uma nova padronização fora do xingamento reflexivo, tão entrincheirada em nosso discurso que muitos de nós, em todos os lados, nem mesmo percebe mais. <br />
<br />
As pessoas geralmente entram em nossas conversas um pouco zangadas. E dizem coisas como: “Como você pode acreditar em X?” “Como você pode ler Y?” “Pode acreditar que isso aconteceu?” Mas geralmente, neste milagre que nos delicia toda vez, as pessoas começam a se apresentar, a explicar quem são e de onde vêm, e começam a fazer perguntas um do outro. E, com o tempo, as pessoas retornam constantemente aos tópicos difíceis, cada vez com um pouco mais de empatia, um pouco mais de nuance e de curiosidade. E nossos jornalistas e moderadores trabalham com afinco pra apoiar isso porque não é um debate, não é uma batalha, nem um “talk show” matinal de domingo.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Não é um jogo de pontos de discussão, nem um amontoado de memes e gifs ou artigos com manchetes que impõem uma opinião. </blockquote>
<br />
Não tem a ver com conquistas políticas vitoriosas fazendo perguntas capciosas. <br />
<br />
Descobrimos que nosso estado de discórdia é ruim para todos. É um estado profundamente infeliz. As pessoas nos dizem isso constantemente. Elas dizem que apreciam a oportunidade de se envolver respeitosamente, com curiosidade e com abertura, e que se sentem contentes e aliviadas por uma chance de baixar a guarda. E assim fazemos nosso trabalho desafiando diretamente o clima político atual do nosso país, e fazemos isso sabendo que é um trabalho difícil e desafiador para manter e apoiar as pessoas em cenários opostos na conversa.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
E fazemos isso sabendo que a democracia depende da nossa capacidade de resolver os problemas que compartilhamos juntos. </blockquote>
<br />
Fazemos esse trabalho com a comunidade no centro do nosso processo jornalístico, deixando nossos egos de lado escutando primeiro, com atenção, a toda nossa volta e através de nossos próprios preconceitos, hábitos de pensamento, e apoiando outros pra que façam o mesmo. E fazemos isso sabendo que o jornalismo, como instituição, está lutando, e que sempre teve um papel a desempenhar e continuará a tê-lo no apoio à troca de ideias e opiniões. <br />
<br />
Para muitos dos participantes em nossos grupos, as repercussões são duradouras. Muitas pessoas se tornaram amigos no Facebook e na vida real, além das linhas políticas. Após fecharmos aquele primeiro Projeto Trump - Clinton, uns dois terços das mulheres continuaram formando seu próprio grupo no Facebook, escolheram um moderador de cada estado e continuam discutindo questões difíceis e desafiadoras. As pessoas sempre nos dizem que são gratas pela oportunidade de fazer parte desse trabalho, por saber que as pessoas do outro lado não são loucas por terem tido uma oportunidade de se conectar com outras com as quais, de outro modo, não teriam tido a chance de falar. <br />
<br />
Muito do que vimos e descobrimos apesar de chamar a nós mesmos de Spaceship Media, não é uma coisa de outro mundo.<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Se você xingar as pessoas, se rotulá-las ou insultá-las, elas dificilmente vão querer ouvir você.</blockquote>
<br />
Criticar não ajuda, nem envergonhar nem tratar alguém com condescendência. Comunicação genuína requer prática, esforço, prudência e autoconsciência. Não existe um algoritmo que possa resolver onde estamos, pois conexão humana real é, de fato, conexão humana real. Então lidere com curiosidade, enfatize a discussão, não o debate, saia da sua caixa, pois conexão real através da diferença... esse é um bálsamo que nossa democracia precisa desesperadamente.<br />
<br />
Obrigada. <br />
<br />
(Aplausos)<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://www.ted.com/talks/eve_pearlman_how_to_lead_a_conversation_between_people_who_disagree/" target="_blank">TED</a><br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span>Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3049085869098582068.post-35157901539724005902019-06-20T23:41:00.001-03:002022-03-09T03:33:00.745-03:00Campus Party 2019 BrasíliaEstive na Campus Party Brasília 2019 e mostro aqui minhas impressões sobre o evento.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBeU1zB5QtgXux3Ghai_PxhuXa0jY7iMvddTHTiGbsr4LhZxh2h08mJi-6KR0sGogFA73eYeDZYbXEmVXhyphenhyphenm-1ghcxNfdmMpAU6E1x4gzvXEdTvf_I4AhedDXpi0PV_WeuaxpQBqaKVNM/s1600/cp00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBeU1zB5QtgXux3Ghai_PxhuXa0jY7iMvddTHTiGbsr4LhZxh2h08mJi-6KR0sGogFA73eYeDZYbXEmVXhyphenhyphenm-1ghcxNfdmMpAU6E1x4gzvXEdTvf_I4AhedDXpi0PV_WeuaxpQBqaKVNM/s320/cp00.jpg" width="320" /></a></div>
<a name='more'></a><br />
Segundo os seus organizadores, a Campus Party é a maior experiência tecnológica do mundo que une jovens geeks em torno de um festival de Inovação, Criatividade, Ciências, Empreendedorismo e Universo Digital.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4t7RaNx7nbSEGvW4s7MWiw2Tcc-LOjyoEXKB5hXHnk86F9gXODbs0_XX3l8wJPvTnWLj8a8TijNxHl3ypM46e0QUrcZVhBJTa_TDiB4sGd-gDFD1B57x-pBT5rRzFLYUP7vX4mDc8xvg/s1600/cp12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="640" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4t7RaNx7nbSEGvW4s7MWiw2Tcc-LOjyoEXKB5hXHnk86F9gXODbs0_XX3l8wJPvTnWLj8a8TijNxHl3ypM46e0QUrcZVhBJTa_TDiB4sGd-gDFD1B57x-pBT5rRzFLYUP7vX4mDc8xvg/s400/cp12.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Piscina de bolinhas com videogame da RNP. Futuro campuseiro no letreiro, como cosmonauta,<br />
sem medo de monstros fictícios e assistindo sua primeira palestra com programadora youtuber.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
A sociedade vive em um ritmo acelerado, mas na Campus Party o tempo para, você não sabe se é dia ou noite. São dias totalmente imersivos em um ambiente propício para a inovação, troca de conhecimento e até novos negócios. A experiência em camping é inesquecível. - Trecho retirado do site do evento</blockquote>
<br />
A Campus Party Brasília 2019, segunda maior do mundo, estará instalada no Estádio Nacional Mané Garrincha. Em sua terceira edição, o evento vai até domingo (23) e terá mais de 350 horas de conteúdo e atividades.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdO8Dq2cjCVX-GKih4WxskwavzgK5xAbxnT5NCzSPKvhXeNhZfO_KmX_dS0yMISDUtNLf9tk7UlAXqy-_0V0iM7YaslHL7b_rFou4r_C535APcyokLBUYBcVtEBlUYpQAAooMPJIYlz8/s1600/cp09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="622" data-original-width="640" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdO8Dq2cjCVX-GKih4WxskwavzgK5xAbxnT5NCzSPKvhXeNhZfO_KmX_dS0yMISDUtNLf9tk7UlAXqy-_0V0iM7YaslHL7b_rFou4r_C535APcyokLBUYBcVtEBlUYpQAAooMPJIYlz8/s400/cp09.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Garoto enfrenta pane com seu drone no dronódromo (neologismo).</td></tr>
</tbody></table>
A programação ocorre 24 horas por dia. Segundo a organização, a expectativa é receber mais de 70 mil pessoas, sendo 6 mil campuseiros pagantes, entre acampados e visitantes.<br />
<br />
O local do evento foi dividido em três grandes áreas: Open Campus, Arena e Camping.<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Open Campus</span><br />
<br />
É a área gratuita do evento, totalmente aberta para visitação.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirhFpawx2EtKeJ7HkCAv_z0IooAlK2kgzNebx54k-NSeMpd3WhS48B1EbrlGpVns1-AEYC743YRcc5lxGh8Di6u6orcK_txclCpazCbC-3w6HrTAva_vYOT7Wx9EeUrcGZbOlHAFG7f8E/s1600/cp02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="640" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirhFpawx2EtKeJ7HkCAv_z0IooAlK2kgzNebx54k-NSeMpd3WhS48B1EbrlGpVns1-AEYC743YRcc5lxGh8Di6u6orcK_txclCpazCbC-3w6HrTAva_vYOT7Wx9EeUrcGZbOlHAFG7f8E/s400/cp02.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Simuladores de asa delta, carros e aeronaves eram alvo de muita procura.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Aqui você encontra Simuladores, Drones, Estandes de patrocinadores, oficinas (MakerSpace), jovens empreendedores (Startups & Makers), espaço Educação do Futuro, Roboticampus, Campus Jobs e praça de alimentação (com grande presença de food trucks).<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizrFRYo0pQKHQg8GUvr8ImMiSLGt_OhLecwt0P5XamscrI69OSRz4q7GtPlLGkJVKHuPXEhsR2IG1cb3HDG-Kzx3JR3VIencvi2c1GvmjwQJNSrqM6EzUXMAH2HcG0ZIDQz0SUMoQWsPU/s1600/cp04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="590" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizrFRYo0pQKHQg8GUvr8ImMiSLGt_OhLecwt0P5XamscrI69OSRz4q7GtPlLGkJVKHuPXEhsR2IG1cb3HDG-Kzx3JR3VIencvi2c1GvmjwQJNSrqM6EzUXMAH2HcG0ZIDQz0SUMoQWsPU/s400/cp04.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gerações lado a lado: Na hora da luta, um PS4 <br />
parece até preterido ante um saudoso Super Nintendo.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: medium;">Aqui nós tivemos a oportunidade de visitar um aglomerado de projetos de universitários que exibiam desde um protótipo de carro de corrida (Apuama Racing), usado como forma de aprendizado transversal aplicado entre vários sabores de engenharia (mecânica, elétrica, etc) até um grupo de desenvolvedores de foguetes (<a href="http://www.capitalrocketteam.com/" target="_blank">Capital Rockets</a>) que junto com o pessoal da <a href="http://www.zenitaerospace.com/" target="_blank">Zenit Aerospace</a> (na área paga) mostravam que a astronomia e seus afluentes está bem viva entre o jovens acadêmicos.</span><br />
<span style="font-size: medium;"><br />
</span> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDtaJahS8pDtlszhEXTeIO1JiHDPV5zTj91EPw5hJaMMDpmOs5hQeONLnQNHfqEIolp1sFT5lCc3XHpkS7-Gkbj9XDuMKX_5LICfPYCUCDVtX6AVfRVqX9qj_cLrIZbCt2WFXgFK-UVmw/s1600/cp15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="640" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDtaJahS8pDtlszhEXTeIO1JiHDPV5zTj91EPw5hJaMMDpmOs5hQeONLnQNHfqEIolp1sFT5lCc3XHpkS7-Gkbj9XDuMKX_5LICfPYCUCDVtX6AVfRVqX9qj_cLrIZbCt2WFXgFK-UVmw/s400/cp15.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Garoto se sentindo o Hamilton no protótipo da Apuama Racing e<br />
ensaiando sua futura palestra. Combustível sólido de foguetes da Capital Rocket e<br />
projeto de visão computacional de estudantes da UnB. </td></tr>
</tbody></table>
Um outro estande mostrava um sistema de visão computacional que reconhecia e classificava tudo que passava em frente sua câmera. Ele nos reconheceu como pessoas corretamente, mas, curiosamente, a garrafa vermelha presente na foto era corretamente reconhecida em pé mas, quando deitada, era confundida com um cachorro quente. 😂<span style="font-size: medium;"><br />
</span> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVtqMSGMQsS_Fxkb91fwl3bCLXniRVvknsT6xsAubRWnLXRPEadxDy3vnO8bZocvEr6YT7DsCmPDnkJTCmL5OmoiCLwZdrdgjMtohQ1_lwOzLwBAPBz1793V9zecGnBWyaQhAsYtpb_hk/s1600/cp13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="640" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVtqMSGMQsS_Fxkb91fwl3bCLXniRVvknsT6xsAubRWnLXRPEadxDy3vnO8bZocvEr6YT7DsCmPDnkJTCmL5OmoiCLwZdrdgjMtohQ1_lwOzLwBAPBz1793V9zecGnBWyaQhAsYtpb_hk/s400/cp13.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tentando ganhar um brinde no jogo de RA da <a href="http://www.madpixel.com.br/" target="_blank">MadPixel</a></td></tr>
</tbody></table>
Também visitamos uma empresa de desenvolvimento de jogos que exibiu, entre outros, um advergame customizado que fazia uso da realidade aumentada por meio de cartas fornecidas mediante curtidas no Instagram da empresa. As cartas, uma vez reconhecidas pela sistema acionava um caça-níqueis virtual que dava direito a livros infantis para os ganhadores.<br />
<br />
<blockquote class="wow fadeInUp" data-wow-duration="4s">
Alexandre, esta edição foi a minha primeira. Encontrei colegas que trabalhou comigo, fiz networking, participei de palestras. Teve alguns &quot;campuseiros&quot; me vendo codificar e vieram trocar idéias comigo, até me chamaram de professor. Joguei vídeo games e ouvi muitos Ohhhhhhhhhh!!!!! Foi uma experiência maravilhosa, espero ir em outras. Parabéns pelo blog. Abraços!!! - Comentário do campuseiro Carlos Henrique S. Amaral</blockquote>
<span style="font-size: large;">Arena</span><br />
<br />
Essa é a área paga do evento (R$ 150), com palestras, oficinas (Workshops), Hackathons, bancadas com internet de alta velocidade e 3 academias: Gamers, Developers e Creators. Para tudo tem fila na Campus Party e aqui você tem um pouco mais de espaço para e tempo para falar com os palestrantes e expositores.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFa9AVvSOcLzt6fzJUJkxDD3mzjrxnXCdO6zvq7ajqjTPG9DiWdmMIZUTcQvZ5eNwxpPhZElbcgv3xZwqakFdokaHCu8cbtBqS_ifuYhOcLYtIYf-i7v7_dEGsW_qFKZ1EBdhPamISLO0/s1600/cp08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="622" data-original-width="640" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFa9AVvSOcLzt6fzJUJkxDD3mzjrxnXCdO6zvq7ajqjTPG9DiWdmMIZUTcQvZ5eNwxpPhZElbcgv3xZwqakFdokaHCu8cbtBqS_ifuYhOcLYtIYf-i7v7_dEGsW_qFKZ1EBdhPamISLO0/s320/cp08.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Robôs da Robótica Sustentável</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Para os não iniciados, uma Hackathon, termo eventualmente aportuguesado para "hackaton", é uma maratona de programação na qual hackers se reúnem por horas, dias ou até semanas, a fim de resolver algum problema, como facilitar o acesso dos cidadãos a dados públicos, por exemplo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO61geRRsIAzbBXW72T9eyXBVZwQG07oLYsL4GsI3ZeZ2syMu17_030pc87Fu-atKOSUWDoCn_1KdNYs6D_UAvahxFWjAKl8MhWTqxCOT4FwnzrYIPFdRhhO0oxPS8BaifXHEfqvzbPOU/s1600/hackatonCPBSB3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="640" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO61geRRsIAzbBXW72T9eyXBVZwQG07oLYsL4GsI3ZeZ2syMu17_030pc87Fu-atKOSUWDoCn_1KdNYs6D_UAvahxFWjAKl8MhWTqxCOT4FwnzrYIPFdRhhO0oxPS8BaifXHEfqvzbPOU/s400/hackatonCPBSB3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os hackatons da #CPBSB3</td></tr>
</tbody></table>
Para isso exploram dados abertos, desvendam códigos e sistemas lógicos, discutem novas ideias e desenvolver projetos de software ou mesmo de hardware.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ6sQCPKhiE8KaKuwGBWE0hnlrOaiftexavAVsPyLBks-QWG2oGWjwPO9no9LDzUrZd2JQtGIFJC9-zgS4omNxFqyOMPd4zi1nlBphHM3M4hix9qBAXmh8Eh2z7aAQN8V1k3eYvxSuXSA/s1600/cp10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="640" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ6sQCPKhiE8KaKuwGBWE0hnlrOaiftexavAVsPyLBks-QWG2oGWjwPO9no9LDzUrZd2JQtGIFJC9-zgS4omNxFqyOMPd4zi1nlBphHM3M4hix9qBAXmh8Eh2z7aAQN8V1k3eYvxSuXSA/s400/cp10.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sim, o GDF estava presente (e ainda fez o meu sticker)</td></tr>
</tbody></table>
Encontrei com ex-alunos e colegas professores da área de tecnologia. Além disso, na enorme fila (que durou menos de uma hora para chegar na minha vez), conversado com programadores de Brasília já descobri um desenvolvedor criador de <i>plugins</i> para o Moodle que trabalhou em projetos em uma das organizações que investiguei em minha dissertação.<br />
<br />
Poderá, eventualmente, apresentar suas soluções na instituição que trabalho, além de trocarmos impressões sobre gamificação e sobre o próprio evento. Sem dúvida, a CP é uma grande oportunidade de fazermos <i>networking</i> e observarmos tendências. O período gasto da fila se mostrou mais uma oportunidade do que um desperdício.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_1nGFElWP9juuoVVg8H7NjGdw9Ff5m_eIbdF3WA3qOQ14u4pZc61ybj3tq3Pl5ml5psOQp7Da0bahfYzDizLXgGogDMFq16dBCGBHcqCwL0y0yOo956t6ijWDK3SXvNEA8XUImnXOBE/s1600/cp05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="640" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_1nGFElWP9juuoVVg8H7NjGdw9Ff5m_eIbdF3WA3qOQ14u4pZc61ybj3tq3Pl5ml5psOQp7Da0bahfYzDizLXgGogDMFq16dBCGBHcqCwL0y0yOo956t6ijWDK3SXvNEA8XUImnXOBE/s400/cp05.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Impressora 3D por R$ 3.500. Robô controlado por app por R$ 300.<br />
Carregador de baterias incluso.</td></tr>
</tbody></table>
Vi parte de uma palestra sobre redes neurais com o Prof. Souza Neto no estande da RNP (onde também permitiam disputar uma corrida com um Nintendo Switch dentro de uma piscina de bolinhas 😎). Outra que falava de gamificação e uma terceira que tratava de aula invertida. Para você ver os eventos é bom se programar direitinho e baixar o app do evento é recomendado.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidoZuaKnAavamGKeo_vUF8RakmiL5UoiLCVH4ckaJQRC5xKn4cJevePOLP57e8oGZNv_8nnlo7PX3v4hEgSQaW1-EQ2r2a-MKMAWUE10np10T5YhMZR6_DvipcNRIiaZ3MSzQJQxECo-k/s1600/psico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="527" data-original-width="320" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidoZuaKnAavamGKeo_vUF8RakmiL5UoiLCVH4ckaJQRC5xKn4cJevePOLP57e8oGZNv_8nnlo7PX3v4hEgSQaW1-EQ2r2a-MKMAWUE10np10T5YhMZR6_DvipcNRIiaZ3MSzQJQxECo-k/s320/psico.jpg" width="193" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Na verdade era só uma palestra sobre hacking</td></tr>
</tbody></table>
Um estande de um ex-aluno (3DF Master - <span style="font-size: x-small;">📞</span> <span style="font-size: x-small;">61 98300 0405</span>) vendia impressoras 3D montadas em Brasília, robôs em forma de tratores (derivados do projeto aberto "Taturana" e com parte das peças impressas em suas impressoras) com processadores Arduino controlados pelo smartphone. Ao me aprofundar no projeto descobri que tratava-se de um conjunto de soluções integradas para escolas que estavam sendo controladas por um sistema que seria explicado em uma palestra no dia seguinte (Educatux). Empreendedorismo na veia.💪<br />
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E é claro que não vou perder de forma alguma a palestra que ensina a psicografar senhas com o próprio Allan Kardec.😂<br />
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<span style="font-size: large;">Camping</span><br />
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Aqui é a área reservada para as pessoas que compraram ingresso (R$ 240) com camping. Barracas, duchas, e um espaço wellness para cuidados com a saúde e bem-estar ficam à disposição, além da padaria No Céu Tem Pão. Ah! <b>A barraca fica para você</b> depois do evento.<br />
<br />
O local é totalmente abrigado e a barraca aloja confortavelmente um adulto de 1,80m. Os banheiros até que estavam bem limpos (o masculino que visitei no final da área de camping) e a barraca é de muito boa qualidade. Mas a preocupação com a segurança era sentida tanto nos vários pontos de revista e coleta de biometria até na fala dos participantes que receavam deixar seus aparelhos eletrônicos nas barracas e algum gatuno afanar (apesar do ingresso de R$ 240).<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRiRGIF04AJakcfA4bnfeYAQxrcjCAgrXoGQPpatBxnzq7omHfWAzjdzIHlFhTJDRgNZPt48NgxfxcE6gr732TUis1inH5jVU9rgn_bWSXM63hicZsVRj2YRD_PwsXzQpEofE4TN56HAY/s1600/cp06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="640" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRiRGIF04AJakcfA4bnfeYAQxrcjCAgrXoGQPpatBxnzq7omHfWAzjdzIHlFhTJDRgNZPt48NgxfxcE6gr732TUis1inH5jVU9rgn_bWSXM63hicZsVRj2YRD_PwsXzQpEofE4TN56HAY/s400/cp06.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Unicórnio ilustra o espírito empreendedor da Campus Party.</td></tr>
</tbody></table>
As barracas já estavam armadas e marcadas a espera do campuseiro. Toalhas estendidas sobre as barracas, tênis nas entradas, balões de patrocinadores e até um unicórnio (símbolo das raras startups que tiveram receita de US$ 1 bilhão em menos de um ano, o sonho de todo jovem empreendedor) mostram haver vida naquele pombal humano. É organizado com letras representando fileiras e numeradas uma a uma.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-9-RryH-4TyOsNEcd5LSdMB96qpdUBuo2tK99ojysUezUz_EyLMqrG9OKX8JK_VUW5vbmt8fUTuXJr8iMuOXqPJF07A9KvQfiLrdvSfL0N-bLvhcOvmWYOni6wuSqbyFDPTMUH8fHdvs/s1600/cp07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="640" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-9-RryH-4TyOsNEcd5LSdMB96qpdUBuo2tK99ojysUezUz_EyLMqrG9OKX8JK_VUW5vbmt8fUTuXJr8iMuOXqPJF07A9KvQfiLrdvSfL0N-bLvhcOvmWYOni6wuSqbyFDPTMUH8fHdvs/s400/cp07.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A barraca da Campus Party vista por dentro.</td></tr>
</tbody></table>
A barraca em si é de bastante qualidade. Impermeável, com vários zíperes e uma tela mosquiteiro na entrada bastante útil nesses tempos de surtos de dengue. Forrada com plástico no piso, ela ainda conta com dois bolsinhos para guarda pequenos objetos e vem com uma sacola onde você irá guardá-la ao final do evento.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKqKqw6dRD_08bn1MGqINqttH4KhBcUGOH3_K2rUyWV9VtWQQ8GENzrOcfSOjSCCEq5GZ3ZjIqQPyMa_nAFnF1j6_6LAtynKhqvT5OhD78bua17wXt2je3KxqioHq89S1rjQV_p-RGbq0/s1600/cp11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="640" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKqKqw6dRD_08bn1MGqINqttH4KhBcUGOH3_K2rUyWV9VtWQQ8GENzrOcfSOjSCCEq5GZ3ZjIqQPyMa_nAFnF1j6_6LAtynKhqvT5OhD78bua17wXt2je3KxqioHq89S1rjQV_p-RGbq0/s400/cp11.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Havia até barracas para casal (um pouco mais larga e mais alta)</td></tr>
</tbody></table>
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Aqui é onde você sente mais perto a tal imersão da experiência Campus Party. Pois são os acampados que, após cessarem os eventos, se soltam. Não sendo mais permitida a entrada gratuita de visitantes só os campuseiros que vem e vão dos carrinhos de lanche externos ao estádio (e que vendem bebida alcoólica, proibida no local do evento) transitando por um acesso secundário.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7kOJCm68ixHZpMqlYuJiKracm8RIJhKmf-DvhET1U6F1GUO6nin7uXjKy1Ek2LXzCfRQi9ol6GYwgzka-DH9Me159qoXw-TmZcRdkwYBawpORgbok7QNtpJBps3v9WeRoqEEijFtHJQ4/s1600/cp16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="640" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7kOJCm68ixHZpMqlYuJiKracm8RIJhKmf-DvhET1U6F1GUO6nin7uXjKy1Ek2LXzCfRQi9ol6GYwgzka-DH9Me159qoXw-TmZcRdkwYBawpORgbok7QNtpJBps3v9WeRoqEEijFtHJQ4/s400/cp16.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A noite no camping. Encher o colchão enche o saco.<br />
Gabinetes transparente, refrigerado com líquido e estilosamente com LEDs. <br />
Uma cosplayer da unicórnio.</td></tr>
</tbody></table>
Aí é que o campus vira uma grande "party"! Com vários ambientes distribuídos de forma meio anárquica. Podemos experimentar um forró em duplas e até sentir a presença de Anitta em grupo. E nesse momento observamos alguns tecnófilos descendo com seus colchões infláveis por entre computadores tunados e refrigerados a água com gabinetes, fones, alto falantes, teclados e outros periféricos iluminados com LEDs coloridos e animados. Afinal, potência não é nada sem estilo. E tudo contribui para uma atmosfera de <i>fiesta.</i><br />
<i><br />
</i> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge8iqRJzQBpAxjRxkiWQw3ZUurvqVjK3zyKsTYsJ4BWqTZ_HjLThJ4IMSpM6G3l9MrRIUyltW1uqM1SmqGLWzgZC1oRt618HG81NQ0dU5eqZii9OUG0YcDczEVdmmSAFDrWllDW2kDfuU/s1600/cp17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="640" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge8iqRJzQBpAxjRxkiWQw3ZUurvqVjK3zyKsTYsJ4BWqTZ_HjLThJ4IMSpM6G3l9MrRIUyltW1uqM1SmqGLWzgZC1oRt618HG81NQ0dU5eqZii9OUG0YcDczEVdmmSAFDrWllDW2kDfuU/s400/cp17.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogo de carta. Rock Band-like. Forró. Dançando com o Kinect (1 e 2). Arcade clássico.</td></tr>
</tbody></table>
Nem pense que a guitarra em frente ao micro é de verdade. Certamente é um controle de algum Rock Band com um vocalista que se juntou ao bandokê buscando mais um bom <i>score</i> no jogo do que uma performance digna da Eurovision.<br />
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Palestra muda no meio de uma festa!<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DtsTDPf5PIw?start=749" width="560"></iframe></center>
Mas há os que preferem um divertimento mais analógico, como jogos de cartas com mecânica nem tão convencional e tabuleiros tradicionais. Também tem sessão de cinema em um dos telões dos palcos das palestras. Na oportunidade passaram o filme do anti-herói Deadpool. Uma espécie de rei da zoeira do mundo dos super-heróis.<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Último dia!</span><br />
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Sim. Uma hora temos que desmontar as barracas e as bancadas. Arrastar gabinetes em carrinhos de feira e voltar para o mundo real com dia e noite bem definidos. Afinal o <i>checkout </i>era até só ao meio-dia. Tirar aquelas hastes com os segmentos ligados com um fio elástico até que não foi tão difícil. Fazer caber tudo na sacola parecia impossível mas só sobrou um pouco de lona para fora.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRjUQMhyz_vsQU7y8998TfF9LCxWlnrNfIN92_nZsrnHHvtHcnBkLHCc9vKGeMrRRWbwFfOv7TyiTlBYDajkj3aeN-xCcqxe4IBjg7w7Au3qbIoo4uxOzEOt-uirH669vG1tsW4-Q8LKI/s1600/cp18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="507" data-original-width="640" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRjUQMhyz_vsQU7y8998TfF9LCxWlnrNfIN92_nZsrnHHvtHcnBkLHCc9vKGeMrRRWbwFfOv7TyiTlBYDajkj3aeN-xCcqxe4IBjg7w7Au3qbIoo4uxOzEOt-uirH669vG1tsW4-Q8LKI/s400/cp18.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Oficina de robótica. Ex-aluno atualmente no Serpro. Simulador de carro háptico.<br />
Desenvolvedores de sensores médicos. Amigos da TI da Capes.</td></tr>
</tbody></table>
Difícil mesmo foi dizer tchau para a Arena que já não tinha mais nada no ar. Nem o chute a gol interativo digital. Nem o guindaste de pegar brindes. Nem a piscina de bolinhas... Mas espere! A parte gratuita ainda estava a pleno vapor. Com palestras, corridas de drones, oficinas, simuladores e food trucks!!!<br />
<br />
Ainda deu para a última leitura biométrica da digital, a última revistada na bagagem. Tempo para pegar uma última oficina de robótica com Arduino e Scratch - cujo professor e palestrante teve seu notebook afanado apesar das constante revistas😠.<br />
<br />
Também tive tempo para ver o Lino, o Chatbot assistente que poupa tempo dos alunos da UnB. Também vi o Motion Sense, um projeto de um instituto tecnológico que quando estive completo fará diagnóstico com o auxílio de sensores mais precisos do que aqueles encontrado nos smartphones com o auxílio de IA. Também deu para ter um último contato com o grupo multidisciplinar de estudantes, <a href="https://www.facebook.com/unbeatablesbr" target="_blank">UnBeatables</a>, que programam pequenos robôs androides franceses que dançam, jogam futebol etc - e aproveitei para indicar o polêmico filme I Am Mother (NetFlix) para a futura psicóloga do grupo e para você também 📺.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtA71KodUF3d0kl4H6c99aVFAeRR2Vgb416OOgARjFG4oPOUDRfe_2jMvn9Kl3p26pI28O2tHNOKofo8n_71XW7aLkFWTNSTtrl7Nz7Q-nhmkDwWTTdVIey0D57OMoiJxwhLkCXB3MeHk/s1600/cp19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="640" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtA71KodUF3d0kl4H6c99aVFAeRR2Vgb416OOgARjFG4oPOUDRfe_2jMvn9Kl3p26pI28O2tHNOKofo8n_71XW7aLkFWTNSTtrl7Nz7Q-nhmkDwWTTdVIey0D57OMoiJxwhLkCXB3MeHk/s400/cp19.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ex-aluno especialista em impressão 3D. Robôs da UnBeatable. <br />
Desenvolvedores do chatbot Lino. Ex-colega de facú e atualmente na Red Hat.<br />
Amigo do MPT. Desmontando o acampamento.</td></tr>
</tbody></table>
Como morador de Brasília fiquei muito satisfeito com a notícia de que a CPBSB3 havia passado a CP de São Paulo em número de visitantes (a #CPBSB3 foi a 2ª maior do mundo com mais de 100 mil visitantes). Isso deverá tornar a próxima edição da CP Brasília a própria CP Brasil. E deverá voltar no início do ano que vem. Que bom!<br />
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<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zzak3iTlf38" width="560"></iframe></center>
<br />
Com isso, resta desejar a todos os visitantes de fora um feliz regresso a seus lares e que levem saudades (mesmo ciente das reclamações que vi no app do Campuse.ro). Espero que voltem e faça uma bonita festa, novamente. Shut Down...<br />
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<hr />
<center>
Educação 4.0<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Fy_llVntq_k" width="560"></iframe><br />
</center>
<a href="https://www.youtube.com/user/campusparty/videos" target="_blank">[Vídeos das palestras ##movie##]</a><br />
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<strike>Quer conferir que dia será aquela palestra ou aquele workshop que você quer participar? Dá uma olhada na agenda!</strike> <strike>Você pode ter acesso à ela via site ou app da Campus Party!</strike><br />
<br />
SITE: <a href="https://brasil.campus-party.org/campus-party-brasilia/" target="_blank">https://brasil.campus-party.org/campus-party-brasilia/</a><br />
PALESTRAS: <a href="http://quero.party/agendacpbsb3talk/" target="_blank">http://quero.party/agendacpbsb3talk/</a><br />
WORKSHOPS: <a href="http://quero.party/agendacpbsb3workshop/" target="_blank">http://quero.party/agendacpbsb3workshop/</a><br />
iOS: <a href="http://quero.party/ioscampusparty/" target="_blank">http://quero.party/ioscampusparty/</a><br />
Android: <a href="http://quero.party/androidcampusparty/" target="_blank">http://quero.party/androidcampusparty/</a><br />
<br />
<br />
🚫Deixe em casa (sob pena de ser apreendido)<br />
<div>
<ul>
<li>Qualquer tipo de fumo</li>
<li>Eletrodomésticos (cafeteira, torradeira, etc)</li>
<li>Qualquer tipo de objeto que pode ser considerado armamento ou armas brancas e objetos pontiagudos;</li>
<li>Bebidas alcoólicas</li>
<li>Entorpecentes</li>
</ul>
<div>
🚨Importante!</div>
<ul>
<li>Proteja seus arquivos fazendo backup</li>
<li>Registre seu equipamento no Registro de Equipamentos(Computadores, CPUs, laptops, telas, TVs, monitores e consoles), localizado dentro da Arena desde o dia 18/06, às 12h.</li>
<li>O registro de equipamento é 24h até o término do evento.</li>
<li>Atualize seu antivírus e ative seu Firewall</li>
<li>Desative a opção “Salvar Senha” do seu navegador</li>
</ul>
*<b>Esse post sofrerá atualizações durante o evento</b>. #CPBSB3<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"> Fonte: <a href="https://brasil.campus-party.org/campus-party-brasilia/guia-do-campuseiro/" target="_blank">Campus Party Brasília</a> (site oficial)<br />
[Visto no <a href="http://blog.brasilacademico.com/">Brasil Acadêmico</a>] </span></div>
Warhttp://www.blogger.com/profile/12831025092728917775noreply@blogger.com2